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 A Segurança/Criminalidade

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Fantômas

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MensagemAssunto: Triplo homicídio de Torres Vedras   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeSex Jul 23, 2010 3:30 pm

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Triplo homicídio de Torres Vedras

por Lusa
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1322151

PJ sem 'elementos concretos' de mais vítimas

Os investigadores do triplo homicídio de Torres Vedras 'não têm elementos concretos' sobre a eventual existência de mais vítimas, mas 'não fecham a porta' a essa eventualidade, disse hoje o director nacional da Polícia Judiciária (PJ).

'Não temos nenhum elemento concreto que nos aponte nesse sentido. De qualquer modo, a experiência que temos leva-nos a dizer que não fechamos aporta a qualquer eventualidade', afirmou Almeida Rodrigues, que falava aos jornalistas após visitar a sede da Directoria do Norte da PJ, no Porto.

'Estamos a explorar todas as possibilidades no sentido de poderem existir outras vítimas. De qualquer modo e para que haja acalmia, digo que não temos qualquer elemento concreto que nos aponte nesse sentido', acrescentou.

O responsável pela PJ sublinhou o 'excelente trabalho' dos seus inspectores neste caso, feito ao longo de quatro meses e 'no mais absoluto sigilo', que permitiu reunir prova que consta de dezena e meia de volumes.

Almeida Rodrigues declarou que, apesar de os três corpos ainda não terem sido encontrados, os indícios provatórios 'foram suficientemente sólidos para que o juiz de instrução criminal tenha decretado a prisão preventiva do suspeito'.

Ainda assim, a PJ 'procura sempre o reforço dos elementos provatórios e, nesse reforço, está também a busca dos cadáveres das vítimas', afirmou, acrescentando que essa busca se está a realizar também por outra razão: 'Entendemos que as famílias devem fazer o luto e esse luto é feito com a entrega dos corpos'.

O suspeito do triplo homicídio, 42 anos, encontra-se no estabelecimento prisional anexo à PJ de Lisboa a cumprir prisão preventiva decretada quinta-feira por um juiz de instrução de Torres Vedras.

O homem foi detido na madrugada de terça feira pela PJ, na sequência de uma investigação às circunstâncias do desaparecimento de três jovens - duas raparigas, de 16 anos e de 27 anos, e de um rapaz, de 22 anos -, cujos corpos ainda não foram encontrados.

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MensagemAssunto: Fogo vingativo contra ex-mulher mata dois vizinhos   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeSeg Jul 26, 2010 11:07 am

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Fogo vingativo contra ex-mulher mata dois vizinhos

por MÓNICA FERREIRA, Paços de Ferreira
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1322962

Casal estava em processo de divórcio. Ele ameaçou-a, ela alertou as autoridades. Quando o fogo deflagrou, os vizinhos de cima, dois idosos, dormiam. Morreram carbonizados.

Fernanda Sousa, 46 anos, recebeu um telefonema do ex-marido pedindo que fosse à casa que ambos habitaram. Ameaçou-a: caso não o fizesse atearia fogo à habitação. Ela avisou as autoridades, mas as chamas deflagraram e mataram os vizinhos de cima, dois idosos, cunhados, de 68 e 84 anos.

Tudo aconteceu na madrugada de ontem em Parada de Todeia, concelho de Paredes. As autoridades detiveram para interrogatório judicial o indivíduo que avisou a ex-mulher, de quem está separado há cerca de um ano, das suas intenções: José Augusto Correia, de 42 anos.

O edifício - conhecido na terra como Casa do Fundo - tem dois andares. No de baixo morou 12 anos o casal desavindo, no de cima àquela hora dormiam já os cunhados Manuel Leão e Fausto Borges.

O incêndio foi detectado cerca da 01.10 por uma vizinha: "Ligou para o meu tio Manuel a dizer para ele fugir que a casa estava a arder, mas ele respondeu-lhe que já não ia ter tempo de fugir", afirmou José Leão, sobrinho de Manuel Leão.

Quando os bombeiros chegaram ao local encontraram os corpos carbonizados; as chamas, que tiveram início no rés-do-chão do edifício, onde habitava José Augusto Correia, já tinham alastrado ao primeiro andar, onde se encontravam as vítimas, e destruído por completo parte do edifício.

Segundo Rui Gomes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cête, "os corpos foram encontrados num quarto do primeiro andar. Um deles (Fausto Borges) foi encontrado ainda na cama, com o corpo numa posição meio oblíqua, com os pés fora do colchão, o que pode indicar que se tentou ainda levantar, e o outro [ Manuel Leão] na entrada do quarto, com 70 por cento do corpo no interior e a parte da cabeça e dos ombros ainda no corredor".

Quando recebeu o telefonema ameaçador, Fernanda Sousa deu de imediato o alerta às autoridades. As ameaças eram recorrentes. "Desde que começou a correr o processo de divórcio entre nós que o comportamento dele se alterou. Já fui apresentar muitas queixas à GNR por maus tratos e ele, em Novembro de 2009, apanhou dois anos de pena suspensa por causa disso, para além de uma multa de 900 euros por posse de arma", contou ao DN. O casamento durou 20 anos. O casal tem um filho, de 19 anos.

Segundo Álvaro Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Parada de Todeia, "esta multa está a ser cumprida em serviço comunitário que está a ser prestado à junta de freguesia e ele também está a ser acompanhado por um psicólogo em Paços de Ferreira devido às atitudes que tem tido desde que se separou".

A população da freguesia de Parada está consternada com o caso. "Eles não mereciam esta sorte. Foi uma tristeza muito grande", referiu Bárbara Brito, cunhada de Manuel Leão, que não encontra explicação para tal situação, "até porque eles davam-se muito bem; ele vivia cá há mais de 15 anos".

Os corpos foram transportados para o Instituto de Medicina Legal do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa pelos Bombeiros Voluntários de Cête que estiveram no local com 31 homens e onze viaturas.

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MensagemAssunto: PJ procura corpos dos três jovens com 'robot'   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeSeg Jul 26, 2010 11:12 am

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PJ procura corpos dos três jovens com 'robot'

por JOAQUIM GOMES
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1322862

Zona onde morava Francisco Leitão, alegado autor de três homicídios, começou a ser discretamente vistoriada ainda antes da detenção. PJ descarta co-autoria.

A Polícia Judiciária (PJ) está a utilizar há várias semanas um robot especializado em detectar movimentos de terras para tentar encontrar os cadáveres dos três desaparecidos de Torres Vedras, segundo apurou o DN junto de fontes ligadas ao processo.

A utilização do carrinho-robot na zona de Carqueja, Lourinhã, onde residia Francisco Leitão, conhecido como "rei dos gnomos", começou muito antes da detenção deste único suspeito da autoria material do triplo homicídio. A PJ pretendia surpreender o cadastrado - Leitão tem antecedentes criminais de fogo posto, abusos sexuais, furto e viciação de viaturas e posse de armas -, de modo a confrontá-lo com a evidência dos factos.

O robot, cuja designação técnica é GPR (Ground Penetrating Radar), parece um carrinho, tem rodas para medir distâncias e anomalias do terreno. O aparelho funciona com ondas acústicas e as imagens mapeadas são depois exibidas num monitor de computador (ver infografia).

A recuperação dos corpos, além do mais, permitiria reforçar a prova deste processo, mas a PJ viu-se forçada a precipitar a detenção de Francisco Leitão. Não só quis evitar uma possível fuga, para a Holanda, como, principalmente, impedir o assassínio de uma quarta vítima, Luís, tido como sendo a última paixão do "rei dos gnomos", e cuja obsessão em "conquistá-lo" terá levado ao alegado assassínio da namorada de Luís, Joana Correia.

O robot que pertence ao Laboratório da Polícia Científica tem feito prospecção diária, numa ampla mancha florestal, a fim de saber onde foram removidas terras recentemente.

A partir dessa prospecção, realizada discretamente na região entre Lourinhã e Peniche, é confirmado se determinado solo foi remexido.

O aparelho, o único existente em Portugal, foi adquirido no início do ano passado quando a PJ adquiriu 12 carrinhas, verdadeiros laboratórios móveis. Esta tecnologia é a grande esperança dos investigadores da PJ para uma triagem que permita com mais probabilidades de êxito chegar até aos corpos de Tânia Ramos, Ivo Delgado e Joana Correia. Também os cães da GNR especialistas em detectar cadáveres estiveram há uma semana em buscas na casa de Leitão e num eucaliptal próximo.

A Judiciária acredita cada vez mais que o triplo homicídio terá um autor, Francisco Leitão, não havendo até ao momento quaisquer indícios nem de co-autoria, nem de cumplicidade.

Segundo o DN apurou, a dada ocasião houve a intervenção de uma segunda pessoa, mas somente para enganar o pai de Ivo Delgado, acompanhando-o e a Francisco Leitão numa deslocação a Espanha, há cerca de dois anos. Trata-se de um homem conhecido por João da Rulote. Este chegou a ser conduzido às instalações da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da PJ na mesma ocasião em que Francisco Leitão foi detido.

A expectativa dos investigadores da unidade de elite da PJ seria João da Rulote poder revelar o local onde estão os cadáveres, admitindo a possibilidade de o amigo de Francisco Leitão ter participado na ocultação dos mesmos. Mas este não admitiu sequer o conhecimento da prática dos três homicídios.

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MensagemAssunto: Plano de emergência para bairros levou 5 anos a arrancar   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeTer Jul 27, 2010 2:09 pm

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Plano de emergência para bairros levou 5 anos a arrancar

por VALENTINA MARCELINO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1323290

Do 'arrastão' de Carcavelos aos confrontos do Tamariz, o Governo falhou na prevenção da violência e crime na sua origem.

O megaplano do Governo, anunciado há cinco anos como a grande bandeira de prevenção criminal para os "bairros de risco", mal saiu ainda do papel. A "Iniciativa Bairros Críticos" envolveu sete ministérios e visava uma intervenção de emergência em zonas urbanas socialmente vulneráveis e com problemas de segurança.

Este projecto foi a resposta arquitectada pelo Executivo para travar o alarme social provocado em 2005 pelo "arrastão" de Carcavelos e pelo assassínio de dois agentes da PSP, na Amadora, casos que mostraram os riscos iminentes para a segurança com origem nessas áreas.

As boas intenções, no entanto, colidiram com a demora na atribuição de financiamentos e na definição das acções a desenvolver. Cova da Moura, na Amadora, Vale da Amoreira, na Moita, e Lagarteiro, no Porto, foram os bairros seleccionados para o projecto-piloto. Mas aquilo que devia ser sido exemplar acabou por se arrastar e só nos últimos meses começaram a aparecer as primeiras iniciativas, embora sem grande expressão.

"As pessoas sentem uma enorme frustração com a demora destes processos", confessa o presidente da Junta de Freguesia do Vale da Amoreira. "Com o agudizar da crise, a situação que já era má há cinco anos ainda se deteriorou mais", lamenta Manuel Jorge da Silva, autarca naquele bairro há 12 anos.

Na Cova da Moura, a porta-voz da mais importante associação, o Moinho da Juventude, corrobora o desânimo. O plano de pormenor para a reabilitação do bairro só deverá ser aprovado em Setembro, mas o que mais desanima Godelieve Mersshaert é o desinteresse em acções que visavam, especificamente, "a prevenção da violência, através da inserção no mercado de trabalho ex-reclusos". "Estava tudo acertado em 2009 e ficou na gaveta", lamenta.

Sobre o Lagarteiro, o facto de, finalmente, a reabilitação dos edifícios começar em Setembro, deixa o presidente da freguesia, socialista, mais optimista. "Demorou a começar, mas agora há razões para sorrir", acredita Fernando Amaral.

Apesar de este megaplano incidir sobre apenas três dos mais de cem bairros problemáticos das áreas de Lisboa e Porto, os incidentes da praia do Tamariz, no Estoril, evidenciaram bem o falhanço do trabalho de prevenção, de inclusão social, que está a ser feito. A praia separada por uma linha invisível, brancos de um lado, negros do outro, deixou os turistas atónitos. "Já viajámos por muitos países, de grande multiracialidade, e nunca vimos nada assim", admitia então ao DN um casal de jovens alemães, a olhar do paredão para o areal do Tamariz.

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MensagemAssunto: "O meu filho estava perdido da cabeça"   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeTer Jul 27, 2010 3:46 pm

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"O meu filho estava perdido da cabeça"

por MÓNICA FERREIRA, Paços de Ferreira
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1323338

Mãe diz que José Augusto não queria matar dois homens quando ateou um fogo para se vingar da ex-mulher.

Ficou em prisão preventiva, por decisão, ontem à noite, do Tribunal de Paredes, o homem que, domingo de madrugada, pegou fogo a uma casa em Parada de Todeia, matando dois homens, seus senhorios. O processo de divórcio terá estado na origem do acto cometido por uma pessoa que, durante anos, todos estimaram.

"O meu filho era uma pessoa amorosa; aqui na freguesia toda a gente gostava dele, e nunca pensámos que ele fizesse uma loucura como esta", começou por referir Ana Correia, mãe do homem de 42 anos que, na madrugada do passado domingo, pegou fogo a uma habitação na freguesia de Parada de Todeia, concelho de Paredes, tirando a vida a Manuel Leitão, de 68 anos, e Fausto Borges, de 84.

De lágrimas nos olhos, Ana Correia, de 65 anos, acredita que o filho só fez "esta loucura" por estar "perdido da cabeça" com o processo de separação que está a decorrer há cerca de um ano. "Só tenho pena do que aconteceu com aqueles dois homens que até eram muito amigos dele."

E o pai, José Correia, concorda: a vida do filho começou a "andar para trás quando a mulher o abandonou, há cerca de um ano".

José Augusto Correia trabalhou durante muitos anos como electricista. Ao perder o emprego, tentou a sorte em Espanha; mas, lá, a vida não lhe correu de bem e regressou à terra "nas penduras".

O pai ajudou-o a arranjar um emprego na área de montagem de ar condicionado. Trabalhou nisso durante dois anos. Até que "começaram os problemas em casa, e o meu filho começou a faltar ao trabalho e foi aqui que a situação se complicou, acabando por ser despedido", afirmou o pai.

A mulher deixa, então, José Augusto. Para Ana Correia, isso foi fatal. "Quando foi abandonado, o meu filho começou a beber. Não andava para aí a cair, mas de vez em quando vinha cá a casa e nós sabíamos que estava alterado."

José Augusto passa a ter atitudes agressivas com toda a gente, excepto com a mãe. "Conversava muito comigo, dizia-me que andava triste, chorava no meu colo pois sentia-se sozinho. Dizia-me que, quando estava em casa, só tinha vontade de chorar, pois antes tinha uma família e agora não tinha nada", diz Ana Correia.

Os pais nunca lhe viraram costas. "Ele só me dizia que queria que ela voltasse para ele ou então que resolvessem de vez a questão do divórcio", lembra a mãe.

Há meio ano, José Augusto Correia começou a frequentar as consultas de psiquiatria no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa; os pais, preocupados com o seu estado psicológico, chegaram a pedir no departamento da Segurança Social daquela unidade hospitalar para que o filho fosse internado, mas a resposta que obtiveram foi de que "ele teria de ser seguido no departamento e que se fosse necessário interná-lo o médico daria ordem para isso", referiu José Correia.

No dia da tragédia, José Augusto Correia esteve em casa dos pais à hora de almoço e, durante a tarde, foi fazer na junta de freguesia trabalho comunitário a que estava obrigado para pagar uma multa de 900 euros que lhe foi aplicada pelo tribunal, em Novembro passado, num processo de violência doméstica contra a mulher.

Voltou aos pais mais tarde, recusando o convite para jantar. "Ia para casa tomar um banho porque tinha tido muito calor durante o dia e só se queria refrescar", afirmou a mãe.

Cinco horas depois, regressou contando aos pais o que tinha feito. "Não contava que tivesse matado os dois homens; quando a GNR chegou e lhe disse que tinha havido duas vítimas no incêndio, ele nem quis acreditar", lembra Ana Correia, acrescentando que "ele é meu filho e tenho pena dele, mas tenho muita pena por aquelas duas pessoas terem morrido".

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MensagemAssunto: 'Rei Ghob' disse a amiga que a PJ o ouviu por pedofilia   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeTer Jul 27, 2010 3:55 pm

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'Rei Ghob' disse a amiga que a PJ o ouviu por pedofilia

por RITA TEIXEIRA
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1323300

Foi a última pessoa a receber um telefonema de Tânia. Conta que Leitão disse ter sido ouvido pela PJ ainda no Verão de 2008.

Tânia Santos, de 27 anos, já estava desaparecida há três meses quando Francisco Leitão contou a uma amiga da jovem ter sido ouvido pela PJ, alegadamente por suspeitas de pedofilia. "Foi num sábado à noite. Estávamos num bar em Fonte de Lima, Lourinhã, quando quatro homens o levaram", recorda a amiga de Tânia. Horas depois, Leitão reapareceu. "Disse que tinha sido levado por elementos da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária por suspeitas de pedofilia."

Nessa altura, algures em Setembro de 2008, Tânia estava desaparecida há mais de três meses, tal como Ivo, que sumiu cerca de duas semanas depois. A Judiciária nega ter tido contacto com Leitão nessa altura (ver relacionado).

A amiga de Tânia, uma jovem de 21 anos, conviveu de perto nos últimos dois anos com o alegado homicida de Tânia e Ivo (desaparecidos em Junho de 2008) e Joana (em Março deste ano).

Maria (nome fictício) conheceu Tânia na empresa onde trabalhava na altura, o centro de abate de aves Avibom, e começaram a sair juntas. "Ela adorava o Leitão. Chegou a contar-me que passavam fins-de-semana juntos", recorda Maria. É aqui que Ivo, namorado de Francisco Leitão, entra na história. Aproximou-se de Tânia para ajudá-la a livrar-se das alegadas agressões do marido. "Chegou a dizer que o matava", revela Maria. A amiga de Tânia avisou Ivo: "Se o fizeres, desgraças a tua vida!".

Foi Tânia a apresentar Maria ao "rei Ghob". Maria estava quase a casar-se. "O descapotável da Tânia ia ser o carro dos noivos", revela Maria. Era no Peugeot preto descapotável que ambas saíam, sempre na companhia da filha de Tânia, com nove anos na altura.

"A menina ia sempre connosco. A Tânia dizia 'seja para onde for, a minha filha vem comigo'." Foi por isso com estranheza que, no dia da sua despedida de solteira, no início de Junho de 2008, Maria recebeu o telefonema de Tânia. "A chorar disse que não podia vir à minha festa de despedida de solteira."

Horas depois recebeu um sms de Tânia no telemóvel, em que pedia: "Toma conta da minha filha". Na altura, a menina estava internada no hospital. Terá tentado defender a mãe das agressões do pai e acabou ferida. Naquela tarde de sábado, Tânia, que estivera sempre no hospital ao lado da filha, disse que ia ter com Maria para a ajudar "por causa do casamento". Nunca mais foi vista.

Dias depois, a família de Tânia apareceu acompanhada de Francisco Leitão na casa de Maria. "Foi ele quem nos incentivou a ir à polícia. Como tinha recebido a mensagem, fui com o Leitão como testemunha", conta.

As tentativas para contactar Tânia nunca resultaram. "O telemóvel estava sempre desligado", conta. Duas semanas depois, desapareceu Ivo. O "rei Ghob" começou a contar outra versão. "Disse que o Ivo estava a tomar conta de uma quinta que ele tinha em Espanha. E Tânia estava com ele."

"Cheguei a perguntar-lhe 'então se gostava assim tanto do Ivo, porque o deixou ir para Espanha com a Tânia?' Respondeu-me: 'Se ele está bem, eu estou bem'", relatou a mãe adoptiva de Maria.

Apesar de convidado, Francisco Leitão não foi ao casamento de Maria, uma semana depois de Tânia ter desaparecido. "Como a Tânia não estava, não quis ir." Mas foi ao baptizado da filha de Maria, agora com dois anos, e "filmou e montou o vídeo".

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MensagemAssunto: Braço-direito do 'rei Ghob' foi interrogado pela PJ   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQui Jul 29, 2010 12:07 pm

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Braço-direito do 'rei Ghob' foi interrogado pela PJ

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1324247

Vivia na parte de baixo do 'castelo' e seguia Francisco Leitão para todo o lado

Os pais vivem no lugar de Bufarda, Peniche, próximo da aldeia de Carqueja. Mas não é em casa dos pais que Daniel, um dos "gnomos" do "rei Ghob", passa o seu tempo. O jovem de 17 anos adquiriu um lugar cimeiro na "corte" do alegado triplo homicida há meses, passando a ser quase um substituto de Ivo Delgado, a segunda vítima mortal de Francisco Leitão. Segundo contaram ao DN o irmão do detido, Luís Leitão, e a sua mulher, Patrícia, logo a seguir à detenção de Francisco pela PJ, Daniel também foi "levado pela polícia".

Daniel foi abordado pelos inspectores da Unidade Nacional contra o Terrorismo da PJ na qualidade de testemunha. O mesmo aconteceu com o jovem Luís, namorado da terceira vítima mortal, Joana Correia. Ambos prestaram declarações aos investigadores nas instalações da Judiciária, em Lisboa.

A obsessão que Francisco Leitão terá desenvolvido em relação a Luís, ao ponto de ser suspeito de matar a namorada do jovem, deverá ter existido também em relação a Daniel. Este tornou-se num braço-direito do "rei Ghob" e surge em alguns dos vídeos do apocalipse que Francisco Leitão realizou. Num desses vídeos, no qual o alegado triplo homicida anuncia o fim do mundo, aparece à sua direita Daniel e à esquerda o cunhado Nelson, companheiro de Dina Leitão.

Terça-feira, Daniel e Nelson regressaram à casa- -castelo. Terão estado a limpar o espaço, que está repleto de lixo. Ontem, o DN voltou também a Carqueja, mas não avistou o jovem. Em casa dos pais, num lugar próximo de Bufarda, ninguém respondeu.

Daniel poderá ajudar os investigadores a conhecer mais pormenores sobre os grupos de "gnomos" que circulavam pelo "castelo" de Carqueja em torno do "rei Ghob".

"O Daniel dormia na parte de baixo da casa", disse ao DN Luís Leitão. Ou seja, ficava frequentemente na parte da casa onde residia a irmã de Francisco Leitão, Dina, com o companheiro Nelson e os três filhos (dois dela com outro homem e um dele com outra mulher). O irmão do alegado triplo homicida trabalha na construção civil e chegou a ir ao "castelo" várias vezes para ajudar nas obras que foram feitas na propriedade da família.

"O Daniel estava sempre presente com o meu irmão. Quando eu fui ajustar contas com o Francisco por ele ter acedido à password do meu filho, fui à casa de Carqueja e lá estava o Daniel. Foi ele quem se meteu no meio da briga com o meu irmão e, por isso, levou a navalhada que era dirigida ao Francisco", contou Luís Leitão.

Daniel não apresentou queixa por agressões contra Luís Leitão, provavelmente por ser menor e não querer envolver os pais. Mas Francisco Leitão apresentou queixa na GNR da Lourinhã como se tivesse sido o ofendido, contou o irmão ao DN.

Ainda há poucas semanas, Luís Leitão teve de se dirigir ao posto da GNR da Lourinhã por causa dessa participação de Francisco Leitão.

Entretanto, grande parte da "corte" do "rei Ghob" optou por desaparecer. A irmã e o companheiro mal têm sido vistos, tendo mesmo abandonado a casa e ido para a residência de uma parente que mora perto. Os "gnomos" - como Francisco Leitão chamava aos seus seguidores - também preferem resguardar-se e, o pouco que falam acerca da sua relação com o "rei Ghob", fazem-no sob anonimato. Apesar dos esforços, o DN ainda não conseguiu falar directamente com Daniel.

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MensagemAssunto: Campa da mãe do 'rei Ghob' na lista das buscas da PJ   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 4:45 pm

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Campa da mãe do 'rei Ghob' na lista das buscas da PJ

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1325413
A terra remexida na sepultura chamou a atenção da PJ, que pretende fazer uma busca no Cemitério de S. Bartolomeu.

A campa da mãe de Francisco Leitão, o alegado triplo homicida de Carqueja, chamou a atenção da Polícia Judiciária. Segundo o DN apurou com fonte policial, como a terra está remexida junto à sepultura, os inspectores querem verificar se haverá no interior algo de estranho. Por outras palavras, se a campa da mãe do "rei Ghob", no Cemitério de São Bartolomeu dos Galegos, pode ser o local onde o alegado triplo homicida enterrou os corpos de Tânia, Ivo e Joana.

Este não é o local prioritário para as próximas buscas da Polícia Judiciária, mas faz parte da lista de sítios que a PJ quer visitar. Segundo apurámos, poderá bastar ver a campa por fora e nem ser necessário abri-la. Mas se for mesmo preciso proceder ao levantamento da campa, o DN sabe que a PJ estará disposta a pedir um mandado judicial para o efeito, embora vá deixar esse local para o fim.

Para além da terra remexida, algumas pessoas da zona terão comentado o mau cheiro que provinha dali. Fonte próxima da família de Francisco Leitão garantiu que não há nada de estranho com a sepultura. "Foi mal montada e a pedra deve-se ter partido. A pedra lateral está estalada há muitos anos", adiantou a fonte.

Seja qual for o motivo pelo qual a pedra se partiu, o estado em que a tumba se encontra não deixa de chamar a atenção.

O DN apurou que a próxima semana será decisiva para os inspectores da Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ que investigam as mortes dos jovens Tânia, Ivo (em Junho de 2008) e Joana (em Março passado). Nos próximos dias, haverá um ou dois locais onde a Judiciária pretende fazer escavações, sítios onde Francisco Leitão costumava guardar objectos.

Nenhuma das hipóteses que a Polícia Judiciária colocou desde o início está posta de parte, nomeadamente a de os três corpos estarem enterrados numa área de pinhal, algures nos concelhos da Lourinhã, Peniche e Torres Vedras. Só que essa é uma área demasiado vasta, o que justifica a estratégia da UNCT de evitar "buscas cegas", como as que foram feitas no Algarve no caso Maddie.

A investigação da UNCT traduz-se em sete meses de trabalho e 17 volumes. Até agora, a colaboração de Francisco Leitão com os inspectores tem sido praticamente nula.

O alegado triplo homicida, a cumprir prisão preventiva numa ala reservada do Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária, em Lisboa, deverá receber hoje à tarde a visita da irmã, Dina Leitão, do cunhado Nélson e de uma outra pessoa amiga. No entanto, Francisco Leitão já foi visitado pela irmã desde o momento da sua detenção e também lhe escreveu uma carta à mão, na cadeia, declarando a sua inocência nas mortes de Tânia, de 27 anos, Ivo, 22, e Joana, 16.

A Judiciária já ouviu os familiares e os amigos do chamado "rei Ghob", entre os quais alguns dos jovens que circulavam pela casa- -castelo de Carqueja, como Luís, 17 anos (namorado de Joana) ou Daniel, 17 anos - este último residente em Bufarda, lugar próximo de Carqueja, que seria uma espécie de braço-direito do arguido.

Porém, nenhum dos jovens ou familiares ouvidos mostrou saber alguma coisa sobre as alegadas mortes de Tânia, Ivo e Joana. Pelo contrário. Nenhum deles parece acreditar que o Chico seja um assassino.

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MensagemAssunto: "Rei Ghob" também era rei das estátuas furtadas   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeSeg Ago 02, 2010 11:49 am

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"Rei Ghob" também era rei das estátuas furtadas

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1325724

Francisco Leitão tinha dezenas de estátuas roubadas de cemitérios espanhóis.

Na investigação e vigilância que faz desde Março ao alegado triplo homicida de Carqueja (Lourinhã), a Polícia Judiciária descobriu que Francisco Leitão terá milhares de quilos de estátuas que foram roubadas de cemitérios de Espanha, apurou o DN junto de fonte policial. São estátuas de figuras míticas ou religiosas, muitas delas ainda embrulhadas em plástico e empilhadas na casa-castelo.

As estátuas destinar-se-iam a ser utilizadas na "catedral" que Francisco Leitão projectava construir no sinistro castelo de Carqueja, adiantou a mesma fonte.

Os inspectores da Unidade Nacional contra o Terrorismo suspeitam que Francisco Leitão, nas sucessivas viagens a Espanha, levava cobre furtado e trazia estátuas, apurámos. As esculturas vinham de várias partes de Espanha, não apenas de Badajoz, cidade fronteiriça onde o detido se deslocaria amiúde.

Uma simples observação da casa-castelo de Carqueja permite perceber que aquela não está acabada. Há acrescentos visíveis a olho nu, como a estufa com clarabóia de vidro na parte superior.

Francisco Leitão, recorde-se, já tem antecedentes por furto, viciação de veículos e posse ilegal de arma. Segundo uma notícia já publicada pelo JN, nas buscas à casa--castelo, a PJ encontrou, numa espécie de tanque, restos de plástico de fio de cobre e suspeita que o facto estará associado à receptação de cobre praticada por Francisco Leitão. O alegado triplo homicida estaria a ser investigado pela GNR pelos negócios ilícitos da viciação de veículos e furtos de cobre quando foi detido.

Também corre na GNR de Peniche um processo por posse de material pornográfico devido à queixa-crime apresentada pela sua cunhada, Patrícia Leitão.

Ontem foi dia de visitas a Francisco Leitão no Estabelecimento Prisional da PJ. Segundo adiantou o seu advogado Fernando Carvalhal, a irmã do detido Dina Leitão, o companheiro Nelson e uma amiga tinham planeado ir visitá-lo durante a tarde.

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MensagemAssunto: Francisco Leitão vai recorrer da preventiva   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQui Ago 05, 2010 4:41 pm

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Francisco Leitão vai recorrer da preventiva

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1326909

O advogado do alegado triplo homicida considera que não existem fortes indícios de que Francisco Leitão matou os três jovens.

A defesa do homem suspeito de ter assassinado três jovens, assegurada pela sociedade Fernando Carvalhal e Associados, tomou uma primeira decisão no caso. "A nossa equipa vai recorrer da aplicação da prisão preventiva até ao próximo dia 10" para o Tribunal da Relação de Lisboa, afirmou ontem ao DN o advogado Fernando Carvalhal. "Entendemos que os pressupostos que fundamentam a prisão preventiva, sobretudo a existência de fortes indícios da prática do crime, não estão reunidos."

O advogado visitou segunda- -feira Francisco Leitão no Estabelecimento Prisional da PJ, o qual se encontra "bem", numa cela individual da ala reservada da cadeia da Judiciária. O "rei Ghob" também continua a ser visitado pela PJ quase diariamente, mas, apurámos, remete-se ao silêncio quando é confrontado pelos inspectores com os três homicídios (Tânia, Ivo e Joana) pelos quais está indiciado e a cumprir prisão preventiva até ao julgamento.

Os inspectores da Unidade Nacional contra o Terrorismo da PJ, que estão a investigar os três homicídios ocorridos entre Junho de 2008 e Março de 2010 na zona da Lourinhã, estão num impasse. Esta semana é considerada decisiva para a PJ, apurámos, ao nível de buscas no terreno e respectivos resultados. Os corpos dos três jovens, que os investigadores acreditam estar enterrados em zonas de pinhal, ainda não apareceram. Têm sido feitas buscas em locais estratégicos, nomeadamente terrenos e instalações que são propriedade do suspeito. Até agora, sem resultados.

A Polícia Judiciária tem voltado ao contacto com algumas testemunhas. Na segunda-feira, como o DN já noticiou, falou com Luís Pinheiro, o namorado de Joana. E, antes disso, a PJ voltou a falar com o marido de Tânia Ramos, que será a primeira vítima. "Depois de o Leitão ter sido presente a tribunal, a PJ voltou a falar comigo", afirmou Nuno Ramos ao DN. "Nunca fui visto como suspeito, só os meus sogros é que pensavam assim. Voltei a falar com a PJ, mas não acrescentei mais nada", disse. Nuno não precisou a data da nova conversa com a Judiciária.

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MensagemAssunto: Francisco Leitão lê tudo sobre o caso   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeSáb Ago 07, 2010 4:14 pm

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Francisco Leitão lê tudo sobre o caso

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1327764

A PJ levou-lhe a televisão que ele pediu. Na cela individual lê diariamente o que a imprensa escreve sobre ele.

O alegado triplo homicida de Carqueja, Lourinhã, está bem protegido dos outros reclusos no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária (EP PJ), na Rua Gomes Freire, em Lisboa. Francisco Leitão, 42 anos, foi colocado na ala reservada do EP PJ, numa cela individual, afastado de reclusos perigosos que poderiam querer aplicar-lhe o "código", ou seja, uma pena de "tareia" por ser o presumível assassino de três jovens da zona da Lourinhã.

Na cela, as suas leituras diárias resumem-se aos jornais e revistas, procurando manter-se actualizado sobre as notícias que são publicadas sobre si, adiantou ao DN fonte próxima do recluso. Francisco Leitão tem-se mostrado "chocado" com o que lê sobre o alegado triplo homicídio, pois continua a insistir nada ter a ver com as mortes de Tânia, Ivo e Joana.

Francisco Leitão pediu apenas uma televisão, que a Polícia Judiciária foi buscar à sua casa-castelo de Carqueja, e enviou para a sua cela, referiu ao DN fonte próxima do arguido. Ainda ontem, o alegado triplo homicida recebeu as visitas da irmã e do cunhado.

Dina Leitão, o companheiro Nelson e alguns amigos de Carqueja têm-no visitado com regularidade nos dias estabelecidos para as visitas da família. Durante a semana tem também uma ou outra visita do seu advogado, Fernando Carvalhal.

O contacto de Francisco Leitão com os outros reclusos é evitado até na hora das refeições. Segundo apurámos, o "rei Ghob" recebe as refeições, que são fornecidas por uma empresa de catering, na cela.

Num dia em que a PJ o foi buscar para prestar mais declarações sobre o caso, os guardas prisionais deixaram-lhe na cela as duas refeições correspondentes ao almoço e ao jantar: sandes, duas peças de fruta e sumos.

Francisco Leitão tem dito ao seu advogado que os inspectores da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da PJ, que investigam o caso, vão buscá-lo quase diariamente. As conversas entre o recluso e os inspectores que investigam o triplo homicídio não decorrem na zona prisional da PJ mas sim nas instalações da Polícia Judiciária, num gabinete fechado.

Mas nem o advogado de Francisco Leitão nem nenhum dos seus sócios na firma Fernando Carvalhal &Associados foram convocados, até agora, para estarem presentes em alguma dessas sessões do recluso com os inspectores que investigam o caso. O mais provável, segundo apurámos, é que o arguido tenha prescindido da presença do seu advogado. Até porque Francisco Leitão se tem remetido ao silêncio, mantendo a sua versão de que não matou ninguém e portanto não pode dizer onde estarão os corpos de Tânia, 27 anos, Ivo, 22, e Joana, de 16.

As buscas no terreno dos inspectores da UNCT têm-se revelado infrutíferas. Os investigadores já percorreram várias zonas de pinhal nos concelhos de Lourinhã, Peniche e Torres Vedras, até agora, sem resultados. Também procuraram os corpos num eucaliptal e num armazém de sucata, propriedades de Francisco Leitão. A ajuda técnica do georradar também não levou a resultados concretos nas zonas percorridas.

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MensagemAssunto: Álcool levou-o a matar a mulher e a suicidar-se   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 08, 2010 3:28 pm

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Álcool levou-o a matar a mulher e a suicidar-se

por ISALTINA PADRÃO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1328082

Ciúme e bebida terão conduzido à tragédia entre casal romeno da qual resulta a 24.ª vítima de violência doméstica. Há 3 órfãs.

18.30 de sexta-feira, mais coisa menos coisa. Enquanto no prédio da frente uma vizinha ouvia "atentamente como sempre" o terço na rádio, no r/c do n.º 66 da Rua Bento Jesus Caraça, em Moscavide, jaziam os corpos de um casal de cidadãos romenos que ali morava há cerca de um mês. Homicídio seguido de suicídio. Revelou ao DN fonte da Polícia Judiciária a quem foi entregue o caso.

Dordea Dorel, de 45 anos, terá morto com uma faca de cozinha a sua companheira dos últimos sete anos. Após este acto, que conduziu à morte Dordea Sabina Ana (30 e tal anos) e deixou três órfãs, Dorel ter-se-à suicidado usando a mesma faca. Sabina Ana transformou-se assim na 24ª vítima mortal resultante de violência doméstica deste ano. Isto, segundo as contas feitas pela deputada Helena Pinto, do Bloco de Esquerda.

No local do crime reinava ontem o silêncio, não só devido à pacatez da zona, como à estupefacção que tomou conta dos vizinhos. "Há 30 anos que moro nesta rua e nunca se passou nada tão chocante por aqui", conta ao DN uma vizinha que não conhecia o casal porque vivia ali há pouco tempo.

Entre a azáfama de empacotar os haveres das vítimas e ultimar as burocracias para os funerais, alguns familiares ainda deram uma palavrinha ao DN. "Tanto quanto sei, chatearam-se. Ele estaria já bebido e, infelizmente, fez isto", contou alguém próximo que solicitou o anonimato, mas que admitiu que, de facto, Dorel bebia. "Não posso dizer que não", afiançou.

A vizinhança vai mais longe e fala "do que se ouve por aí". "Perece que ele era muito ciumento e que quando bebia lhe batia. Desta vez foi longe de mais", conta uma vizinha, mais uma vez sob anonimato. E é também nesse registo que uma outra fornece algumas informações do sucedido.

"Pelo que dizem, a mulher foi esfaqueada pelo marido dentro de casa. Arrastou-se para o hall a pedir socorro mas acabou por morrer ali. Dizem que sangrava muito porque terão sido vários os golpes (ao que o DN apurou, pelo menos dez). Depois o homem matou-se em casa. Quando chegou a autoridade, os corpos estavam um no pátio e outro no interior da casa."

A rua foi encerrada e era grande o aparato. "Primeiro chegaram dois carros da PSP, depois uma ambulância de bombeiros e mais tarde o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Já não havia nada a fazer", disse a vizinha. O DN tentou contactar o INEM mas não foi possível.

De acordo com o familiar próximo, Dorel e Sabina Ana viviam em Portugal há cinco anos e há cerca de um mês mudaram-se para esta casa em Moscavide, onde moravam com mais um casal: o irmão e a cunhada de Sabina Ana. Mas aquando do crime as vítimas estavam sozinhas. O casal que morreu trabalhava junto num restaurante. Iam sempre juntos para o trabalho e voltavam juntos. "O que se passava em casa nós não sabemos", disse o mesmo familiar.

Dorel e Sabina Ana iam já no segundo casamento. Do primeiro, Dorel tinha uma filha com mais ou menos sete anos. Sabina Ana tinha duas filhas entre os oito e os dez. As crianças moram na Roménia, para onde o corpo de Sabina Ana será trasladado. Quanto ao de Dorel, a família está a decidir. Para já, os corpos estão no Instituto de Medicina Legal de Lisboa.

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MensagemAssunto: Professor de Geografia e assaltante nas férias   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Ago 11, 2010 11:06 am

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Professor de Geografia e assaltante nas férias

Hoje

Lecciona numa escola da Margem Sul do Tejo. De férias, na zona de Braga, roubava e falava com sotaque brasileiro para disfarçar.

Estava de férias escolares e aproveitou a estada no Norte, na zona de Braga de onde é natural, para realizar vários assaltos. O alvo eram locais que permitissem liquidez de dinheiro para assim satisfazer a dependência da droga. O professor de Geografia, de uma escola da Margem Sul do Tejo, com 34 anos, acabou por ser detido pela Polícia Judiciária (PJ).

As autoridades há vários dias que andavam a seguir todos os passos do suspeito, depois de muitos dos lesados terem fornecido pistas que levaram à sua identificação. Isto embora o professor tenha feito tudo para disfarçar a sua identidade. Num dos assaltos, ocorrido no passado dia 5, à farmácia Loureiro Basto, na Avenida do Cávado, em Braga, o detido chegou a utilizar sotaque brasileiro, depois de apontar uma arma de fogo à funcionária, pedindo a "grana, rápido!" Dali levou cem euros que se encontravam na caixa registadora, a GNR foi chamada ao local, mas depois o caso transitou para a PJ, que na altura já investigava a onda de assaltos a farmácias e postos de abastecimento de combustível, tanto em Braga como em Amares. A própria funcionária da farmácia afirmou na altura à polícia que não tinha dúvidas que o indivíduo era o mesmo que, um mês antes, tinha assaltado pela primeira vez o estabelecimento.

O professor acabaria por dar mais uma pista à polícia no assalto que se seguiu, no mesmo dia, por volta das 20.40. Desta vez entrou de óculos de sol, boné na cabeça e arma em punho e exigiu todo o dinheiro da caixa ao funcionário das bombas de gasolina Auto Rafael, em Gualtar, em Braga. Também neste caso gritou: "Passa a grana." O funcionário, um estudante, de 20 anos, a trabalhar há duas semanas, nem teve tempo de reagir e entregou todo o dinheiro e os maços de tabaco. Um cliente entrou na loja e ficou paralisado a assistir ao assalto. Depois de agarrar em 560 euros da caixa, o professor fugiu no carro em que habitualmente se deslocava. A PJ diz que o detido é responsável de pelo menos cinco assaltos, realizados entre os dias 2 e 6 deste mês, mas há fortes indícios que muitos outros tenham sido da sua autoria. A polícia continua a investigar e está convencida de que o professor cometeu outros assaltos nas zonas de Lisboa e Setúbal.

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MensagemAssunto: Chumbo de videovigilância "protege os marginais"   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Ago 11, 2010 11:20 am

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Chumbo de videovigilância "protege os marginais"

por DANIEL LAM
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1329084

Comissão Nacional de Protecção de Dados deu parecer negativo. Autarquia vai reformular projecto e dividi-lo em três fases para combater criminalidade que continua a subir.

O Ministério da Administração Interna não autorizou o pedido da Câmara da Amadora para instalar 113 câmaras de videovigilância em todas as 11 freguesias do concelho. O ministério de Rui Pereira seguiu o parecer desfavorável da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), segundo o qual o sistema colocaria em causa a privacidade dos cidadãos. A autarquia vai reavaliar a situação criminal com dados mais actualizados e apresentar nova proposta, dividindo o projecto em três fases.

Luís Paiva de Andrade, vogal da CNPD, salientou ao DN que a lei relativa à instalação de sistemas de videovigilância na via pública "é muito restritiva. Praticamente só para situações de criminalidade anómala".

Segundo explicou, no caso concreto da Amadora, "não era uma criminalidade anómala, que justificasse sacrificar os direitos dos cidadãos circularem livremente e de forma anónima na via pública".

"O facto de alguém se saber vigiado pelas câmaras pode condicionar a forma como organiza uma reunião, restringir o número de actividades preparatórias que tenham lugar ao ar livre, condicionar a escolha dos locais preferidos para a sua efectivação e, inclusivamente, dissuadir os interessados de nela participarem", refere o parecer, a que o DN teve acesso.

"Se compararmos agora os custos e sacrifícios impostos aos direitos pessoais afectados, com os benefícios da protecção de pessoas e bens, prevenção de crimes e manutenção da segurança e ordem públicas, teremos de concluir que os primeiros excedem manifestamente os segundos", adverte o mesmo documento da CNPD.

Uma opinião contestada pelo presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, segundo o qual "vive-se um clima de insegurança, que afecta principalmente as pessoas mais idosas, que são fracas. Muitas são agredidas e roubadas quando vão receber as suas pensões. Vivem com medo e deixam de sair à rua. Estas pessoas é que ficam impedidas da sua liberdade de circulação".

Na sua opinião, este parecer que inviabiliza a instalação de videovigilância "está a proteger os marginais e não a população".

Joaquim Raposo adianta ao DN que "a criminalidade continua a aumentar e não está toda contabilizada, porque muitas pessoas não apresentam queixa oficial às autoridades policiais".

O pedido conjunto da Câmara da Amadora e da PSP para autorizar o sistema de videovigilância foi entregue no Ministério da Administração Interna (MAI) em 2008 e apresentava dados de criminalidade registados entre Janeiro de 2002 e Junho de 2008.

Em 2007, quando foi preparado o projecto, a implementação do sistema de videovigilância "custaria cerca de um milhão de euros, porque já temos malha de fibra óptica, que seria aproveitada", revelou o autarca.

"As câmaras seriam colocadas de forma a não captarem janelas nem varandas e as imagens só seriam visionadas por polícias devidamente autorizados. Penso que não põe em causa a privacidade nem a liberdade dos cidadãos", disse Joaquim Raposo, frisando que "o objectivo é garantir a segurança às pessoas".

O ministro Rui Pereira "ligou- -me na semana passada a informar-me sobre o parecer negativo da CNPD", recordou o autarca, adiantando que na próxima semana vai "reunir-se com a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo. Em Setembro, o assunto vai ser abordado em reunião de câmara e depois reúne-se o Conselho Municipal de Segurança, que inclui a PSP, para avaliar a situação já com os dados posteriores a Junho de 2008".

Além disso, "será feito um estudo de opinião para avaliar o sentimento da população sobre estas questões de segurança", revelou.

Embora ainda não estejam decididas as medidas a tomar, Joaquim Raposo adiantou que "talvez o projecto seja dividido em três fases", voltando depois a ser entregue ao MAI para se submeter a novo parecer da CNPD.

"Sei que existe criminalidade. Sei que o problema existe. Melhor seria que não fosse necessário recorrer a estas medidas, mas é", concluiu o autarca da Amadora.

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MensagemAssunto: Detido violador que deixou menor inconsciente   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Ago 25, 2010 4:21 pm

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Detido violador que deixou menor inconsciente

por JOAQUIM GOMES
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1334375

Rapariga de 15 anos foi quase estrangulada pelo suspeito que já tem cadastro.


O homem suspeito de ter violado, agredido e roubado uma rapariga de 15 anos que tentou estrangular em Gaia foi detido pela Polícia Judiciária, numa operação que decorreu em menos de 48 horas depois de ter ocorrido o crime.

O detido, de 23 anos, residente em Vila Nova de Gaia, é suspeito de ter no sábado violado uma rapariga de 15 anos, que conduziu para uma mata, sob ameaça de uma faca.

Para além de ter violado a jovem, agredindo-a repetidamente, abandonou-a inconsciente. A menor perdeu então os sentidos e assim ficou desde a tarde de sábado até à manhã de domingo, num período estimado de cerca de 12 horas.

Depois de ter violado e agredido a menor, o jovem terá tentado estrangular aquela rapariga residente em Gaia, cujos pais entretanto tinham participado o seu desaparecimento às autoridades policiais, adiantando que se dirigia na ocasião para casa dos avós.

Ao fim de algumas horas de sofrimento, a menor, que apresentava diversos ferimentos por todo o corpo, pediu auxílio a populares que encontrou já na freguesia de Mafamude, na cidade de Gaia. Foi assistida no Hospital de Gaia e fez exames relativos à violação do Hospital de São João, no Porto, tendo os peritos recolhido também eventuais vestígios para confirmar com o ADN do detido.

O jovem roubou o dinheiro, o telemóvel e um leitor de música à rapariga, equipamentos que à excepção do dinheiro, foram apreendidos pela PJ durante a busca à sua casa, em Vila Nova de Gaia. A faca utilizada para intimidar a vítima foi também apreendida pela PJ, assim como uma réplica (imitação) de pistola e outros objectos.

O suspeito, Ricardo Manuel Pinheiro Ferreira, de 23 anos, desempregado, já tem cadastro, por crimes de furto e condução de automóveis sem possuir carta.

O indivíduo, que segundo descreveu a vítima, usava um brinco na orelha, ficou com vários arranhões na cara, feitos pela própria jovem, quando tentou resistir aos ímpetos do suspeito da agressão e violação. Ricardo Ferreira terá sido reconhecido pela vítima nas instalações da Polícia Judiciária do Porto.

O arguido, que pernoitou nas Prisões da PJ do Porto, foi apresentado por inspectores da PJ durante a tarde ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, mas acabou por ser apenas identificado pelo juiz. Hoje será novamente ouvido em primeiro interrogatório judicial, para aplicação de medidas de coacção.

In DN

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MensagemAssunto: Mil carteiristas referenciados pela polícia só em Lisboa   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 29, 2010 11:10 am

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Mil carteiristas referenciados pela polícia só em Lisboa

por RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1335717

Os "carteiros" clássicos têm mais de 50 anos. Chegam a 'limpar' mil euros por dia. A reforma das leis penais tornou-lhes a vida mais fácil: o crime vai até cinco anos e não prevê prisão preventiva.

Praça da Figueira, Lisboa, 18.00. Uma tarde perfeita de Verão numa praça que é o coração da capital portuguesa, cheia de turistas. Encostados a uma parede estão três dos mais antigos carteiristas de Lisboa . "Já ganharam o dia", comenta um polícia. As autoridades chamam-lhes "carteiros" e sabem bem quem eles são: na Grande Lisboa, nos últimos cinco anos, foram identificados 1010 carteiristas, cem são mulheres (ver infografia).

Os "carteiros" clássicos da capital têm mais de 50 anos e andam na actividade há décadas. A reforma penal de 2007 facilitou-lhes a vida porque a moldura penal do furto por carteirismo vai até cinco anos de prisão, o que já não permite a aplicação da prisão preventiva. A alternativa à pena de prisão, neste crime, é a pena de multa até 600 dias. A impunidade do crime não deixa de estar associada à diminuição do número de queixas em todo o País (ver caixa).

Entre 21 de Junho e 15 de Agosto deste ano registaram-se 778 participações por furto de carteira no distrito de Lisboa, menos 213 do que em igual período do ano passado.

Actua com a família toda


O mais "habilidoso" dos "carteiros" de Lisboa também costuma frequentar o Rossio e a Praça da Figueira, nas pausas para almoço e final do dia. "Zé do Porto", na casa dos 50 anos, recebeu a alcunha da sua cidade natal. Actua em grupo, com a mulher, uma ex-prostituta de Lisboa, o filho de 22 anos, um irmão, e agora até o neto bebé que o grupo leva de carrinho para os eléctricos 15 e 28, os mais visados pelos carteiristas.

O "Zé do Porto" foi detido pela última vez em flagrante delito no passado dia 8, depois de furtar a carteira a um turista que desatou aos gritos, no eléctrico 15, em Alcântara. Segundo apurou o DN com fontes policiais, aquando do incidente, a mulher de Zé do Porto fugiu e ele acabou detido pela PSP na companhia de um irmão e de um cúmplice, também detidos. O valor furtado era de 350 euros. Presente ao tribunal de Pequena Instância Criminal, ficou apenas constituído arguido com Termo de Identidade e Residência (TIR).

Nos últimos dois anos, o famoso "carteiro" foi detido em flagrante delito pela PSP cinco vezes, sempre na companhia da mulher e de outros elementos do grupo. Nos 20 anos que já leva a "limpar" carteiras, só cumpriu pena efectiva de prisão uma vez - esteve "dentro" oito anos.


Investigação difícil


Na PSP de Lisboa, os agentes que melhor conhecem a actividade dos carteiristas são os da brigada de investigação criminal da Divisão de Segurança e Transportes Públicos. A investigação deste crime, que só permite detenção em flagrante delito, é feita na rua, seguindo os movimentos dos carteiristas nos eléctricos, autocarros e metro, mas também com recolha de prova através do visionamento das cassetes de vídeovigilância dos transportes públicos (eléctricos, autocarros e metro).

Muitos dos carteiristas de Lisboa migram no Verão para o Algarve, para a peregrinação do 13 de Agosto em Fátima e para o Sul de Espanha, adiantou ao DN fonte policial. Cinco carteiristas foram identificados pela GNR, em Fátima, durante o 13 de Agosto.

Do ponto de vista da investigação, os que têm dado mais trabalho à PSP são os bandos de carteiristas do Leste europeu, sobretudo romenos, que actuam em grupos de cinco ou seis distribuídos pelos eléctricos 15 ou 28 ou pelos autocarros. Segundo adianta fonte policial, os romenos instalaram-se no ramo por altura do Campeonato Europeu de Futebol, que decorreu em Lisboa em 2004, e aprenderam uns truques com os velhos mestres lisboetas.

O modus operandi é muito similar aos clássicos: um deles provoca uma manobra de diversão como um empurrão casual à vítima e faz "tampão" para o outro levar a carteira sem ninguém se aperceber. A carteira depois passa de mão em mão até que um dos membros do bando sai, impune, do eléctrico. Também há carteiristas portugueses a trabalhar com romenos, segundo apurámos com fontes policiais.

Muitas vezes os "carteiros" nem se dão ao trabalho de fazer a investida no interior do eléctrico. Põem--se na fila e atacam a vítima aí, depois do clássico "empurrão". Um dos pontos de ataque é o Elevador da Glória, que sobe dos Restauradores ao Príncipe Real. Outro é o muito visitado Elevador de Santa Justa, onde a PSP até já teve de colocar agentes em serviço gratificado dada a afluência de carteiristas. E, para os golpes no interior de transportes, os mais utilizados são o eléctrico 28, que percorre quase toda a Lisboa antiga, e o eléctrico 15, que vai até Algés.

Os carteiristas só arriscam ficar em prisão preventiva e cumprir uma pena que pode ir até oito anos por furto qualificado se se provar que o detido é "membro de bando destinado à prática reiterada de crimes contra o património", segundo o artigo 204.º do Código Penal. Se a "coisa furtada for de diminuto valor, "não há qualificação do crime e a pena nunca será superior a cinco anos. E o "diminuto valor" da carteira abrange a maior parte dos casos, pois é um valor que seja inferior a cem euros.

Lucros avultados

Os lucros diários de um carteirista podem chegar aos mil. Com sorte, dois mil euros, como um já contou à polícia. Varia consoante o número de investidas. Os "carteiros" clássicos gastam quase tudo o que ganham na batota, nos casinos e na bebida. Os mais novos gastam os lucros sobretudo na droga.

É na Praça da Figueira que se costumam encontrar e almoçar. Nas traseiras da Praça da Figueira, no Rossio, há uma nova geração de ladrões a actuar, os magrebinos, que furtam carteiras aos turistas sentados na esplanada da Pastelaria Suíça, segundo apurámos com fonte policial. Todos se respeitam e têm o seu "território".

O Rossio já foi centro da espionagem e dos exilados europeus durante a II Guerra Mundial. Os mil olhos da praça lisboeta seguem agora outros movimentos. E nós, incautos, nem reparamos.

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MensagemAssunto: Morte de jovem baleado na cabeça intriga Judiciária   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 29, 2010 3:27 pm

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Morte de jovem baleado na cabeça intriga Judiciária

por JOAQUIM GOMES, Braga
Hoje

Admitia-se que tivesse sido suicídio, mas os investigadores agora têm dúvidas.

O funeral realizou-se na quinta- -feira, mas a Judiciária quer saber se a morte de um jovem de 18 anos, encontrado terça-feira em Mide, Lordelo, já sem vida com um tiro na cabeça, foi mesmo um suicídio (primeira hipótese aventada), acidente ou homicídio.

"Ainda é prematuro concluir a causa da morte", segundo fonte policial contactada ontem à tar- de pelo DN. A principal dúvida da PJ tem a ver com o tipo de projéctil que matou o jovem, eventualmente, ser de um calibre diferente do da arma encontrada ao lado dele.

O Laboratório de Polícia Científica da PJ vai analisar a arma e comparar essas e outras características da pistola e dos ferimentos. Mas foi à procura de mais armas e acabou por deter um tio do rapaz, não por haver qualquer relação com a morte, mas por posse de várias armas ilegais. Era com este tio que o rapaz - solteiro, estudante e emigrado na Alemanha - passava férias, em São Martinho do Campo, Santo Tirso.

O tio, de 53 anos, foi uma das pessoas inquiridas pela PJ em Braga, assim como os pais do rapaz. Familiares mais próximos admitem que todos sabiam da existência das armas.

A autópsia, acompanhada por inspectores da Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Braga, não terá apontado seguramente para suicídio, tendo os investigadores da PJ esperado apenas pela realização do funeral para a inquirição dos familiares mais próximos da vítima. Estes estiveram durante todo dia de anteontem a prestar declarações na PJ. No final, nenhum quis falar, dado o estado de choque que afectou a família e para não interferirem nas investigações actualmente em curso.

Encontrado na terça-feira, na localidade de Mide, em Lordelo, tendo na quarta-feira sido autopsiado no Gabinete Médico-Legal de Guimarães, o jovem apresentava a cabeça ensanguentada por ferimento causado por um tiro, tendo sido transportado pelos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves, enquanto a GNR de Lordelo tomou conta da ocorrência e chamou a PJ.

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MensagemAssunto: Médica degolada na cama e vítima de sevícias sexuais   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Set 08, 2010 11:05 am

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Médica degolada na cama e vítima de sevícias sexuais

por ALFREDO TEIXEIRA
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1339358

Tinha 55 anos, exercia funções no Centro de Saúde Norton de Matos como clínica de medicina geral e familiar e vivia na Quinta da Lomba. Corpo foi encontrado por empregada.

Uma médica do Centro de Saúde Norton de Matos, em Coimbra, foi ontem, de manhã, encontrada morta em casa. Eugénia Madeira, de 55 anos, estava deitada na cama, degolada, nua e com sinais de ter sofrido sevícias sexuais. O apartamento, localizado na Quinta da Lomba, uma das zonas residenciais mais conceituadas da cidade, estava todo revirado.

A Polícia Judiciária (PJ) recusa avançar com uma causa para o crime. Certo é que Eugénia Rosa Fernandes Madeira foi vítima de homicídio, embora se desconheça os contornos.

Foi a empregada da limpeza que descobriu o corpo da médica. Cerca das 08.30 de ontem, quando entrou no apartamento viu que tudo tinha sido revirado e, temendo o pior, dirigiu-se logo para o quarto. Na cama, completamente nua e com um golpe perfurante no pescoço estava Eugénia Madeira. A empregada de imediato pediu socorro e para o local foi destacada uma equipa do INEM que recolheu o corpo. Ao mesmo tempo a PJ procurou todos os indícios do crime, confirmando ter-se tratado de um homicídio. A médica tinha o pescoço degolado, havia também sido asfixiada com uma almofada e haviam ainda indícios de sevícias sexuais.

O mais curioso é que a porta principal do apartamento estava fechada. Foi a empregada quem a abriu e muito possivelmente o autor ou autores do crime terão entrado pela varanda, uma vez tratar-se de um andar, sendo o relevo no exterior do prédio em socalcos.

A vítima, divorciada, vivia com o filho, estudante no quinto ano de medicina mas que ainda se encontrava de férias na Figueira da Foz. Pouco conhecida da vizinhança nenhum dos moradores demonstrou ontem qualquer opinião sobre a médica. "Esta é uma zona muito sossegada, quase um condomínio fechado, onde as pessoas entram pelas garagens e mal se conhecem", afirmou ao DN a responsável por um centro de estética na urbanização.

Eugénia Madeira trabalhava há 17 anos no Centro de Saúde Norton de Matos onde era médica de clinica geral e familiar. "Era um elemento sempre pronto a colaborar e responsável por muitos dos programas específicos aqui realizados", recorda a directora do centro Maria da Conceição Milheiro. Isabel Maria era uma das pacientes que ficou "chocada" com a morte.

O centro de saúde foi encerrado ontem à tarde pois quase a totalidade dos profissionais que ali trabalham se encontravam em estado de choque, nomeadamente pela morte violenta da médica. "Era de uma dedicação enorme e foi em muito graças ao trabalho que ela desenvolveu que o centro foi distinguido pela DECO com o primeiro prémio e certificação de qualidade", recorda a directora.

Eugénia era também uma pessoa "bem disposta e nunca se queixou de qualquer problema", daí que todos tenham sido "apanhad os de surpresa com a sua morte". A última vez que foi vista com vida foi na noite de anteontem ainda no centro de saúde. Estava animada e disse que ia preparar a festa dos anos do pai que se realizaria ontem. A PJ está agora a investigar e aguardar pelo relatório da autópsia, no Instituto de Medicina Legal de Coimbra.

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MensagemAssunto: Medo, choro, ameaças e INEM no tribunal   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Set 29, 2010 12:38 pm

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Medo, choro, ameaças e INEM no tribunal

por PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1347671

Testemunha-chave só chorou e disse não se recordar de nada. A tensão dominou e o INEM assistiu um homem na sala.

"Tenho medo, não me recordo." É desta forma que se resume aquele que seria o testemunho-chave do assalto ao Museu do Ouro, de Viana do Castelo, e que apenas aconteceu à terceira vez, e por videconferência, dado o manifesto receio da mulher em sair de casa. Isto apesar de ter protecção policial. A todos as perguntas que lhe foram dirigidas sobre a manhã de 6 de Setembro de 2007, data do violento assalto, respondeu sempre, lavada em lágrimas: "Não me recordo, não me recordo."

Carla é uma das proprietárias do stand em Santo Tirso atingido a tiro dias antes de testemunhar em Viana do Castelo, arrolada pelo Ministério Público. Desde essa altura que não sai de casa e confessa-se a "comprimidos e sem dormir à noite". À pergunta do juiz sobre se perdeu a memória depois deste incidente, ainda soltou um "se calhar foi" e, de imediato… lágrimas, num testemunho que, apesar da importância que lhe era dada, de nada serviu.

Segundo a acusação, um dos arguidos neste processo apareceu no referido stand, pouco depois do assalto em Viana do Castelo, com outro colega que apresentava um ferimento (acabaria por falecer alegadamente baleado pela polícia) presumivelmente a pedir apoio ao irmão desta. No entanto, sempre num choro permanente Carla nada confirmou, apesar de ser ela apontada como a que os recebeu. "A senhora não se recorda de nada por ter medo?", insistiu o juiz, recebendo um enorme choro do outro lado.

A mulher, o pai, Fernando, o irmão Camilo, e o funcionário do stand, Joaquim, têm protecção policial desde que a loja foi alvejada a tiros de caçadeira. Depois de várias tentativas para obter uma resposta conclusiva, o procurador do MP, que na semana passada tinha proposto a segurança a estas quatro testemunhas, avançou com a surpresa da tarde: a retirada de toda a protecção policial a Carla, solicitou uma certidão destas declarações e garantiu agir criminalmente por "falso testemunho". Nesta altura, o caos quase se instalou na sala de audiências com a defesa dos arguidos - que poderiam ser os maiores visados pelo testemunho - a insurgir-se: "Isto é uma tentativa de coacção sobre a testemunha. O que o MP está a fazer é inadmissível e, se for necessário pago do meu bolso a protecção da senhora", afirmou, exaltado, Miguel Brochado Teixeira, advogado de defesa.

Mas a sessão ficou marcada pelo caricato. Na parte da manhã, uma testemunha foi assistida pelo INEM enquanto outra, sua mulher, prestava declarações. Em causa, o depoimento de um casal e um filho, proprietários de dois cafés em Paços de Ferreira, e que durante "três a quatro dias" receberam em casa um dos arguidos deste caso, ferido - alegadamente logo após o assalto -, e que o terão tratado sem saber o que se passava. Em tribunal desmentiram algumas teses da acusação e contrariaram os depoimentos feitos na PJ, o que levou à ira o MP. A pedido da acusação, o homem acabou por ficar na mesma sala, enquanto foi chamada a mulher para depor. O estado do homem, diabético, agravou-se durante o depoimento e foi chamado o INEM. A testemunha foi assistida na sala de audiências, com a mulher a prestar declarações em lágrimas e constantemente virada para o marido, que acabaria por ser transportado para o Hospital de Viana, por precaução.

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MensagemAssunto: Imputabilidade reduzida para David Saldanha    A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQui Set 30, 2010 3:49 pm

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Imputabilidade reduzida para David Saldanha

por AMADEU ARAÚJO, Viseu
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1348151

Relatório psicológico diz que jovem de 20 anos tem "personalidade psicopática".

Uma "personalidade psicopática com traços explosivos". É desta forma que o Instituto de Medicina Legal (IML) classifica David Saldanha, que está a ser julgado no Tribunal de Viseu pelo homicídio de Joana Fulgêncio, a jovem de 20 anos encontrada morta na barragem de Fagilde. Um facto que permitirá ao tribunal considerar uma imputabilidade reduzida com a consequente redução de dois terços da eventual pena.

O relatório psiquiátrico, feito pelo do Instituto de Medicina Legal, foi dado a conhecer na terceira sessão do julgamento que ontem decorreu. Apesar de os peritos do IML confirmarem a "anormalidade da personalidade" o relatório considerou David Saldanha "imputável". Uma "enigmática conclusão" que levou o Ministério Público a pedir mais esclarecimentos ao IML, mas fonte do tribunal confirmou ao DN que a avaliação "tem subjacente uma imputabilidade reduzida porque considerou que o arguido tem intermitências no seu comportamento, que são consideradas explosivas e reactivas". Uma questão que "em última análise será dirimida num recurso para o Tribunal Supremo", adiantou a defesa.

Na sessão de ontem, o tribunal ouviu ainda três testemunhas, arroladas pela acusação, para perceber a razão da compra da marreta usada no crime. Em causa a premeditação do crime, que poderá agravar a sentença. Durante as sessões anteriores David Saldanha justificou a compra da arma do crime com ameaças de que teria sido alvo numa discoteca. Mas nenhuma das testemunhas ouvidas em tribunal corroborou as ameaças, pelo que o tribunal voltou a interrogar o arguido. David Saldanha manteve o argumento de compra da marreta por uma questão de "defesa, na sequência de uma briga" e acusou uma das testemunhas, colega de escola da vítima, de mentir. Pelo que o colectivo determinou novamente a audição da testemunha que poderá esclarecer se houve premeditação no crime. A acusação sustenta que a marreta terá sido comprada de forma premeditada, o que é contraditado pela defesa que durante todo o julgamento tem insistido na personalidade violenta e esquizofrénica do arguido. A confirmar--se esta situação, David Saldanha poderá ver a acusação alterada e uma eventual pena de prisão reduzida até ao máximo de um terço. Um outro relatório, este destinado a avaliar a personalidade do arguido, ainda não foi apresentado ao tribunal. O julgamento prossegue no dia 22 com uma acareação entre o arguido e a testemunha acusada de mentir.

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MensagemAssunto: Sequestrada e violada quando foi ao multibanco   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeTer Out 12, 2010 10:38 am

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Sequestrada e violada quando foi ao multibanco

por AMADEU ARAÚJO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1352399

Mulher de 30 anos foi levada para um pinhal onde foi violada. PJ deteve suspeito, um cadastrado que ficou em preventiva.

Uma mulher foi roubada, sequestrada e violada, em Aguiar da Beira, quando se preparava para levantar dinheiro no multibanco. A PJ já anunciou a detenção do suspeito, mas o crime deixou em estado de choque a pequena vila beirã e a vítima que não tenciona voltar ao trabalho.

Ana Cristina (nome fictício) preparava-se para levantar dinheiro no multibanco da Caixa Geral de Depósitos em pleno centro de Aguiar da Beira, a meia dúzia de metros da GNR. Eram 22.30, da véspera de feriado do 5 de Outubro, quando a mulher estacionou o carro à porta do banco. "Estava longe de adivinhar o tormento porque ia passar", contou uma amiga que, à semelhança da vítima, também solicitou o anonimato. Aguiar da Beira "é uma vila pequena e todos nos conhecemos", justificou. Acabou por levantar mais do que pretendia. A mulher foi abordada por um homem que, "sob ameaça de uma faca, a forçou a levantar 600 euros e a entrar na mala do carro", disse fonte judicial.

O homem, um cadastrado em liberdade condicional, conduziu o carro para um pinhal, onde "obrigou a mulher, de 30 anos, a manter relações sexuais". A mulher foi depois "abandonada e só cerca das 02.30 venceu o medo e saiu do carro para pedir auxílio", concluiu a fonte.

A mulher acabou por apresentar queixa na GNR e foi sujeita a exames periciais no Instituto de Medicina Legal da Guarda que confirmou a violação. O suspeito, de 28 anos, foi identificado com recurso à videovigilância do banco que filmou a mulher a entrar no porta-bagagem do seu carro. O homem tem antecedentes por crimes violentos e estava em liberdade condicional desde Março. Foi detido na última sexta-feira e ontem ouvido em tribunal. Vai ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva, indiciado por roubo, sequestro e violação.

Mas nem isso "serenou a vítima", que é funcionária de uma creche em Aguiar da Beira, adiantou a amiga. "Está a ser acompanhada por um psicólogo, mas recusa-se a sair de casa e não tenciona voltar ao emprego", concluiu a amiga.

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MensagemAssunto: Matou cunhado por causa de negócio de biscoitos   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQua Out 27, 2010 9:07 am

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A vítima tinha baixado o preço
Mesão Frio


Matou cunhado por causa de negócio de biscoitos

Famílias dedicam-se ao fabrico de biscoitos tradicionais. A vítima tinha baixado o preço. O cunhado e concorrente não gostou.

«Estava em casa a tratar do meu bebé quando, perto das 11.00, ouvi um estrondo, que me pareceu um tiro. Fui à janela e a primeira coisa que vejo é o meu vizinho Manuel Morais deitado à entrada da sua casa rodeado de sangue, e, o cunhado, António Manuel, a fugir com o capacete da mota na mão ao mesmo tempo que a mulher dele lhe gritava «ah! homem, que desgraçaste a tua vida!».»

Foi assim que Cláudia descreveu ao DN o episódio que ontem era motivo de todas as conversas em Ventuzelas, Mesão Frio. António Manuel, de 58 anos, disparou à queima-roupa sobre o seu cunhado, Manuel Morais, reformado da Guarda Nacional Republicana, de 53 anos. Atingiu-o no coração, e Manuel acabou por não resistir. A arma utilizada foi uma 6.35 que até agora ainda não foi recuperada pela Polícia Judiciária, que investiga o caso.

O DN apurou que o móbil do crime estará relacionado com o fabrico e comercialização do biscoito da Teixeira, um doce característico do concelho de Mesão Frio, muito apreciado em Trás-os-Montes e Alto Douro, onde é presença imprescindível em feiras e romarias (ver caixa).

Há muito que as duas famílias se dedicavam à confecção e venda do biscoito da Teixeira, mas, nos últimos tempos e face à menor procura do produto, Manuel Morais, que vendia nas feiras com a mulher e a filha, baixou o preço do doce, o que causou insatisfação por parte do cunhado, António Manuel. Este acusava-o de concorrência desleal e de lhe estar a estragar o negócio.

A produção do doce da Teixeira é um negócio rentável, que ocupa muitas centenas de habitantes do concelho de Mesão Frio e Baião, onde se fabricam cerca de três mil quilos por mês. O preço médio por quilo desta iguaria tão apreciada na zona é de quatro euros.

Após discussão, o presumível homicida resolveu, juntamente com a sua mulher, irmã de Manuel Morais, pedir satisfações a este pelo prejuízo que lhe estaria a causar. Segundo testemunhos, a discussão foi curta e culminou com um tiro no coração disparado à queima-roupa.

Após o tiro, o corpo do reformado da GNR ainda apresentava sinais de vida e só após a assistência por parte dos Bombeiros de Mesão Frio foi declarado o óbito.

Após ter atingido o cunhado, António Manuel fugiu do local, na sua motorizada, tendo-se apresentado no posto da GNR de Paredes a cerca de 70 quilómetros do local do crime.

A mulher e filha de António Manuel não se encontravam em casa no momento da discussão e posterior crime. Foram avisadas pelos bombeiros, na estrada, quando estes se dirigiam para o local. Abaladas, acabaram por receber assistência na estrada, depois de saber do sucedido. O DN tentou, sem sucesso, falar com os familiares, mas estes não se mostraram disponíveis.

O corpo da vítima foi transportado para o Gabinete de Medicina Legal do Hospital de Vila Real onde será autopsiado amanhã. O presumível homicida será presente pela Polícia Judiciária de Vila Real no Tribunal Judicial de Mesão Frio para aplicação de medidas de coacção.

Jose Cardoso in DN, 2010-10-24
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MensagemAssunto: "Não vi o carro nem os meninos. Entrei em paranóia"   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeDom Nov 14, 2010 5:45 pm

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"Não vi o carro nem os meninos. Entrei em paranóia"

por MARINA ALMEIDA e RUTE COELHO
Hoje

A Segurança/Criminalidade - Página 5 Ng1375640

Sandra foi a casa e quando regressou o carro tinha sido roubado e os filhos raptados.

Foi um trauma para Sandra e Alcídio Silva, um casal residente na freguesia de Ponte, Guimarães. Ao final da manhã de ontem Sandra precisou de ir a casa, na Rua de S. João Baptista. Parou o Mini Cooper cinzento e deixou os dois filhos, Leandro, de sete anos, e Leonor, de dois, dentro do automóvel. A chave ficou na ignição. "Demorei pouco tempo. Quando regressei não vi ninguém. Fui ter com o meu marido à loja dele. Não sabia do carro nem dos meninos. Entrei em paranóia", contou Sandra à Rádio Santiago, depois de terminado o pesadelo e de as crianças terem sido entregues aos pais pela GNR.

Mas antes de Sandra ir ao encontro do marido, Alcídio viu o Mini cinzento passar em frente ao seu estabelecimento. "Passou frente à loja a alta velocidade e não parou no Stop. Só vi o meu filho no banco de trás a chorar e a bater nos vidros, mas não percebi logo que não era a minha mulher que ia a conduzir", contou Alcídio Silva ao DN.

O ladrão terá andado a rondar a zona e percebeu que Sandra tinha entrado em casa deixando o carro aberto com as chaves lá dentro. "Mas ele só viu os meus filhos quando entrou no carro, de certeza", disse Alcídio. O delinquente não devia ter grande experiência de condução. "O meu filho contou que ele quando arrancou com o carro subiu para cima do passeio. E perguntou ao meu filho como é que se metia a marcha atrás."

A viagem, desde a freguesia de Ponte, no concelho de Guimarães, até à localidade de Joane, no concelho de Famalicão, foi de dez quilómetros. Mas até as duas crianças serem vistas e entregues passou hora e meia. "O ladrão foi o tempo todo a fumar com os vidros fechados. Para o meu filho não entrar em pânico, foi contando umas histórias de pessoas que conhecia ali na zona. Quando chegaram a Joane, deixou os meus filhos em frente à farmácia e disse ao Leandro: 'Vai que a tua tia está ali na farmácia'." Seguiu no Mini Cooper em direcção a Famalicão.

Quando as duas crianças entraram na farmácia de Joane, Braga, o farmacêutico Jorge percebeu que algo estava errado. "Estavam assustados e diziam que um senhor lhes disse para esperarem ali por uma tia, que trabalhava na igreja", conta. O farmacêutico falou calmamente com as crianças e mal acreditou quando Leandro contou que "O carro da mãe tinha sido roubado com eles lá dentro e não sabiam da dela."

Era hora de almoço - cerca das 13.00 - e estavam mais duas pessoas na farmácia. Os funcionários estavam a trocar o turno e não viram nem o carro roubado nem o assaltante. O responsável da farmácia de Joane contactou a GNR local, que por sua vez ligou para a de Taipas - onde a mãe já tinha apresentado queixa do roubo do carro e do desaparecimento dos filhos. O farmacêutico notou que as crianças não tinham sinais de ferimentos. "Claramente aquilo correu-lhe tudo mal", diz Jorge, referindo-se ao ladrão de automóveis que "inventou uma história para se ver livre dos meninos".

Os menores seguiram com os militares da GNR para o posto. "Tiveram relutância em ir com eles, acabámos por convencê-los", relata o farmacêutico cujo dia de trabalho ficou marcado por um caso "no mínimo insólito." Os militares foram buscar as duas crianças. No caminho, segundo contou depois Leandro ao pai, "pararam numa pastelaria e compraram- -lhes sumos e bolos".

"Os meus filhos vieram ter connosco no carro da GNR. O menino vinha a chorar." Leandro ainda foi ao posto ver fotografias para tentar identificar o assaltante. "O menino disse que não era nenhum daqueles. Ele saberia reconhecê-lo", contou o pai. Os dois menores "estão a ser acompanhados por um psicólogo", adiantou.

A GNR alertou a Polícia Judiciária, uma vez que o furto do carro com duas crianças no interior pode configurar o crime de rapto. A PJ do Porto está a analisar a situação. Até ao fecho desta edição, a GNR das Taipas ainda não tinha localizado o Mini Cooper cinzento de matrícula 44-21-BL.

"No carro estavam os documentos do Mini, a chave de outro automóvel que temos, a minha carta de condução e os nossos bilhetes de identidade", conta Alcídio. O casal Silva apanhou um susto e aprendeu uma lição que nunca mais vai esquecer. "Acho que isto é um abrir de olhos para toda a gente. Nunca mais vamos deixar a chave no carro e os miúdos lá dentro", desabafou o pai das crianças.

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MensagemAssunto: Mulher espancada junto à casa dos pais   A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQui Dez 02, 2010 1:55 pm

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Agredida por um encapuzado

Vila Real

Mulher espancada junto à casa dos pais

Uma mulher de 47 anos foi agredida por um encapuzado à porta da residência dos pais, na passada sexta-feira, na rua do Souto, em Lordelo, concelho de Vila Real.

Eram 19h15, quando Maria Estela Costa, auxiliar educativa na EB1 de Lordelo, foi abordada pelo agressor, que descreve como "alto e forte". "Empurrou-me para o chão, agarrou-me ao pescoço e começou aos socos", conta a vítima.

O espancamento apenas parou quando a mãe de Maria Costa veio à porta, provocando a fuga do encapuzado. A auxiliar foi transportada para o Hospital de Vila Real, onde recebeu tratamento e teve de ficar acamada durante dois dias.

Maria Estela Costa conta algumas situações que poderão ter levado à agressão. Há mais de um mês, terão colocado o seu nome num site de acompanhantes, o que levou a uma queixa da auxiliar para a PJ. A vítima fala ainda em ameaças e lembra que já furaram os pneus do carro do pai.


CM, 2010-12-01
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MensagemAssunto: Gangue do multibanco vai de novo a julgamento    A Segurança/Criminalidade - Página 5 Icon_minitimeQui Dez 16, 2010 1:21 pm

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Gangue do multibanco vai de novo a julgamento

Hoje

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O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) mandou repetir o julgamento do gangue do multibanco em que foram absolvidos 11 dos 12 arguidos. Os indivíduos foram submetidos a julgamento, em Julho, acusados de roubar mais de dois milhões de euros.

Segundo fonte ligada ao processo, o acórdão do TRL mandou repetir o julgamento por entender que houve um erro na apreciação da prova por parte do colectivo de juízes da primeira instância, que absolveu quase todos os arguidos.

"A Relação mandou repetir o julgamento com base na falta de apreciação da prova em primeira instância", precisou a mesma fonte em declarações à agência Lusa.

A notícia de que o TRL mandou repetir o julgamento foi avançada ontem pelo jornal Correio da Manhã, que lembra que o tribunal de primeira instância entendeu não ser possível provar quem cometeu os crimes porque os seus autores actuaram encapuzados.

Os 12 arguidos foram acusados de associação criminosa, tráfico e furto de diversas caixas de multibanco entre 2007 e 2009, entre outros ilícitos. Só um dos membros do gangue foi condenado a dois anos e meio de prisão, por tráfico e posse de arma.

No acórdão lê-se que "é com um misto de incompreensão e de perplexidade que se tenta entender a decisão" tomada em Julho por um colectivo de juízes da Vara Criminal de Lisboa.

Para os juízes da Relação, em que se inclui o desembargador Ricardo Cardoso, o tribunal de primeira instância reconhece a existência dos crimes, mas não imputa a existência dos mesmos. "Se se atentar, tão-só, naqueles que foram dados como comprovados pelo mesmo tribunal, fica-se sem saber como é possível não punir, pelo menos, os arguidos Jonny Portela, Fernando Correia, Óscar Gonçalves, Sandra Carvalho, Carlos Ramos, Marco Aurélio Silva, e Marco Catarino", lê-se no acórdão.

Ainda segundo esta decisão, as vítimas do gangue do multibanco mereciam "um julgamento firme e determinado", com "valoração conjunta de todas as provas produzidas" pelo Ministério Público. Caso contrário, observam os juízes desembargadores, para se ser ilibado em Portugal "basta um gorro, um par de luvas e força bruta". Cabe agora ao tribunal de primeira instância marcar a data do novo julgamento.

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