Espanha

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Mariano Rajoy pede eleições antecipadas

por Lusa
Hoje


O líder do PP, o maior partido da oposição espanhola, defendeu hoje a realização de eleições antecipadas em Espanha, dois dias depois do líder socialista e primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciar que não se recandidata em 2012.

Mariano Rajoy, que ecoou assim os comentários feitos no fim-de-semana por outros dirigentes do PP, considerou que as eleições antecipadas são essenciais para garantir "estabilidade, confiança e certeza" no momento económico atual.

Para Rajoy, que falava à Cadena Ser, seria "uma boa notícia" que se clarificasse a liderança do país e se "produzisse uma mudança política".

Estes foram os primeiros comentários de Rajoy desde que, no sábado, o líder do PSOE e primeiro-ministro anunciou no Comité Federal dos socialistas que não se recandidata nas eleições gerais de 2012.

Zapatero anunciou que depois das eleições regionais e municipais de 22 de maio, o PSOE deverá iniciar o processo para a realização de eleições primárias para definir o seu sucessor.

Dois ministros do seu atual Governo, Alfredo Pérez Rubalcaba (Interior e número dois do Governo) e Carme Chacón (Defesa) são apontados como possíveis candidatos à sucessão.

Nenhum formalizou ainda qualquer intenção de se apresentar a eleições primárias no PSOE, tendo Chacón chegado mesmo a apelar, no fim-de-semana, para que se suspendam campanhas de apoio à sua candidatura iniciadas nas redes sociais e na Internet.

In DN

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Aznar: Zapatero sai antes que o façam sair

Hoje

O ex-presidente do Governo espanhol José Maria Aznar disse hoje que Zapatero sai antes que o façam sair, ao comentar o anúncio do actual chefe do executivo de Espanha de não se apresentar como candidato em 2012.

Durante um encontro com militantes do Partido Popular em Washington, a propósito das próximas eleições regionais e municipais de maio, Aznar afirmou que Zapatero "não continua porque seria prolongar a agonia de uma legislatura esgotada".

O ex-chefe do Governo espanhol pediu o voto para o Partido Popular, depois de qualificar o desempenho do Governo socialista como "desastroso".

Aznar, que foi chefe do executivo entre 1996 e 2004, disse que "Espanha passou de um exemplo a um problema".

"Sabemos o que se passa cada vez que governam os socialistas: enfraquecimento do Estado de Direito e problemas económicos", acrescentou.

Aznar salientou esperar que os comícios de maio sejam um "marco" para o início da "recuperação económica" e sirvam "para pedir contas aos governantes".

Referiu-se ao desemprego, realçando que quase cinco milhões de pessoas sem trabalho é uma "tragédia" para Espanha e defendeu a necessidade de uma reforma laboral profunda.

Também apontou o objectivo de "recuperar" as relações com os EUA.

In DN

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Madrid já tem praia

Hoje


As últimas áreas de lazer do Madrid Rio acabam de abrir ao público, incluindo a nova praia da capital espanhola. Um projecto que levou oito anos a concluir.

São mais de um milhão de metros quadrados de espaço verde ao longo de quase oito quilómetros a acompanhar o rio Manzanares. No total foram plantadas mais de 33 mil árvores de 47 espécies diferentes.

A praia não permite contudo mergulhos, já que na realidade são três espaços com repuxos ou vaporizadores, sob espelhos de água

In DN

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Espanha quer travar pré-reformas em empresas lucrativas

por DN.pt
Hoje

O governo espanhol quer acabar com os reduções de pessoal através de pré-reformas, pelo menos em grandes empresas com lucros, obrigando estas a acarretar com as prestações sociais a que têm direitos estes funcionários.

"Um pré-reformado é um trabalhador nos seus últimos anos de vida laboral que chegou um acordo, colectivo ou individual, com a sua empresa, pelo qual recebe uma indemnização no momento de ser demitido. Então, o pré-reformado, como qualquer outro desempregado - a figura administrativa do pré-reformando não existe - passa a cobrar dos serviços públicos a prestação a que tem direito durante um máximo de dois anos. Isto supõe custos do despedimento mais baixos para as empresas, já que na hora de calcular a indemnização ambas as partes contam com o dinheiro" dos apoios sociais, explica o El País.

De acordo com este jornal, o governo espanhol vai aumentar os custos destas pré-reformas em empresas que dão lucro, obrigando-as a pagar o subsídio de desemprego aos empregados que demite através da pré-reforma.

Há, no entanto, excepções em que o Estado não sai prejudicado, diz o El País. Várias empresas têm reduzido os seus quadros através das pré-reformas sem que os funcionários demitidos tivessem de recorrer aos subsídios sociais. A Telefónica, por exemplo, demitiu 14 mil pessoas entre 2003 e 2008, a maioria com mais de 52 anos, e compensou os antigos funcionários até que estes atingissem a idade para a reforma antecipada ou para a reforma normal.

In DN

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Rainha de mão dada com as infantas Leonor e Sofia

por Filomena Araújo
Hoje


A rainha Sofia, os príncipes das Astúrias e as infantas Elena e Cristina foram à missa em Palma de Maiorca, enquanto o Rei ficou a trabalhar em Madrid.

A infantas Leonor e Sofia, filhas de Filipe e Letizia, foram as protagonistas da missa da Páscoa. As duas crianças entraram de mão dada com a rainha Sofia na Catedral de Palma, em Palma de Maiorca. Os príncipes das Astúrias e as infantas Elena e Cristina também assistiram à missa.A rainha chegou à catedral no mesmo carro que as filhas Elena e Cristina, enquanto os príncipes das Astúrias e as filhas chegaram num outro carro, conduzido pelo próprio príncipe Filipe. Mais de 500 pessoas, entre elas muitos turistas, chamaram "bonita" à rainha Sofia e à príncesa Letizia.O rei Juan Carlos faltou à missa da Páscoa por se encontrar a trabalhar no Palácio da Zarzuela, em Madrid. O soberano está a preparar a visita oficial a Espanha, do Emir do Qatar e da sua mulher, Jequesa Mozah Bint Nasser, que começa amanhã e termina na quarta-feira.

In DN

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22 imigrantes desaparecidos num naufrágio

por Lusa
Hoje

Os serviços de salvamento marítimo espanhóis lançaram hoje operações de busca para encontrar 22 imigrantes desaparecidos no naufrágio de uma embarcação no Mediterrâneo a cerca de 20 milhas da costa sudeste de Espanha.

Um porta-voz da Guarda Civil, Juan Carlos Lopez, disse que se soube na quinta-feira à tarde que o navio estava em perigo e que as equipas de resgate o encontraram hoje e resgataram 29 pessoas.

Os imigrantes salvos disseram à polícia que outras 23 pessoas estavam a bordo antes de o navio começar a afundar-se. Conseguiu-se retirar um homem da água, mas não havia sinais dos restantes 22.

Os desaparecidos são 19 homens, uma mulher e duas crianças.

Dos sobreviventes, dois foram transportados para um hospital na cidade espanhola de Motril por sofrerem de hipotermia e os restantes estão a receber ajuda da Cruz Vermelha.

Lopez disse ainda não saber de onde partiu o navio.

Todos os anos milhares de imigrantes de África tentam alcançar a Europa por mar, calculando-se que muitos morrem afogados na perigosa viagem.

In DN

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Príncipes e PM nos funerais das vítimas em Lorca

por Lusa
Hoje


Os príncipes das Astúrias e o primeiro-ministro espanhol estão entre as individualidades que hoje participam nas cerimónias fúnebres das nove vítimas mortais do sismo de quarta-feira em Lorca (Múrcia, Espanha).

Os corpos estão em câmara ardente desde quinta-feira na igreja daquela localidade, estando o início das cerimónias previsto para as 11:00 locais no recinto de feira de Santa Quitéria.

Os familiares das vítimas deram a sua autorização para que as cerimónias fúnebres decorram conjuntamente. Foram declarados três dias de luto a nível regional e dois dias a nível nacional.

O sismo de 5,2 graus na escala de Richter, causou nove mortos, centenas de feridos - dois ainda em estado grave - e danificou uma parte significativa dos edifícios públicos e privados da localidade de Lorca.

In DN

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Decapitou mulher e passeou a sua cabeça pelas ruas

Ontem


Um homem decapitou, esta manhã em Arona (sul de Tenerife), uma mulher inglesa e passeou a sua cabeça pela rua antes de ser detido pelas autoridades. A informação é avançada pelo El Mundo.

"Custa-me acreditar que se tratasse de uma cabeça de verdade", comentou ao jornal espanhol um jornalista inglês que não assistiu ao crime mas viu o criminoso. "Não vi o ataque, mas vi o homem. Estava a passar junto a uma loja chinesa e vi um grupo de gente à entrada e uma ambulância. Pensei que alguém tinha desmaiado, passei e ouvi os gritos", explicou o jornalista num vídeo colocado na sua página online.


"Olhei para trás, e um homem descia a rua com uma cabeça, que pensei ser artificial, no ar", conta. E adianta: "Tinha a cabeça cheia de sangue no ar. Pensei que era falsa. Na outra mão não tinha nada, nem uma arma".

Segundo um responsável do município, o agressor - um indigente búlgaro de 28 anos - entrou numa loja chinesa e, com uma faca de dimensões médias, decapitou esta mulher de 60 anos que se encontrava no interior do estabelecimento. Os seguranças do centro comercial onde se localiza a loja, perseguiram o indivíduo que acabou por cair no chão e largar a cabeça da sua vítima na rua. Segundo a polícia, o agressor já tinha antecedentes criminais e não tinha nenhuma relação com a vítima.

In DN

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Sobrinho de rei Juan Carlos morre em acidente de viação

Hoje


A família real espanhola está de luto pela morte de Fernando Moreno de Bórbon. O sobrinho do rei Juan Carlos, de 41 anos, perdeu a vida na madrugada da passada quinta-feira num acidente de moto.

O príncipe Felipe foi o único membro da família real a comparecer às cerimónias fúnebres de Fernando Moreno de Bórbon. Os reis não puderam marcar presença no funeral do criador de cavalos de 41 anos por se encontrarem de visita oficial à Suiça.

Fernando Moreno de Bórbon era filho de uma prima do rei Juan Carlos e mantinha uma relação especialmente próxima com a família real, devido à sua paixão pela prática do hipismo. Era com a infanta Elena que mantinha um relacionamento mais estreito, tendo-a acompanhado em muitas tardes hípicas.

In DN

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Partido Popular pode passar a dominar o mapa político

por Lusa
Hoje


O mapa político espanhol pode passar a ser dominado pelo azul do Partido Popular (PP) depois das eleições regionais e municipais de 22 de maio, a confirmarem-se as tendências que as sondagens apontam: uma derrota clara dos socialistas.

A um ano das legislativas e quando José Luis Rodríguez Zapatero já confirmou que não se recandidatará, os eleitores podem acabar, com os votos nos governos regionais, a punir o governo central, fortemente atacado pela crise económica e, em particular, pelo elevado desemprego do país.

Em jogo estão, além de 13 dos 17 governos regionais, o governo das cidades de Ceuta e Melilla e 8.000 governos autárquicos - processos que, noutras circunstâncias poderiam ser condicionados maioritariamente por temas locais, mas que, neste caso, se verão contaminados pelos debates nacionais.

As sondagens mais recentes, realizadas pelo Centro de Investigações Sociológicas (CIS), apontam para um cenário que, a confirmar-se, seria de ampla derrota para o PSOE que pode vir mesmo a perder dois dos seus feudos históricos: Extremadura e Castela La Mancha.

O CIS antecipa que o PP se torne no partido mais votado, com opções a governar, em Castela la Mancha, Extremadura e Baleares -- regiões atualmente controladas pelos socialistas -- mantendo, por outro lado, os feudos tradicionais de Madrid, Múrcia ou Rioja.

Uma das batalhas mais importantes é em Castela La Mancha onde a número dois do PP, María Dolores de Cospedal, poderá vencer as eleições com 25 mandatos, um mais que o candidato socialista e atual presidente regional, José María Barreda.

Os Resultados próximos dão um apoio de 46,3 por cento ao PP e de 45 por cento ao PSOE e que representaria uma perda de dois mandatos para os socialistas.

Na Extremadura, apesar de a sondagem antecipar uma vitória do PP com 32 mandatos, o PSOE poderá continuar a governar mas apenas se somar os seus previsíveis 31 mandatos, em coligação, aos dois da Esquerda Unida (IU), que regressaria assim ao parlamento regional.

No que toca às restantes autonomias atualmente governadas pelo PSOE - Astúrias, Aragão e Baleares - as sondagens não deixam totalmente descansados os socialistas, com várias possibilidades em aberto.

Nas Astúrias, por exemplo, a entrada no panorama eleitoral do novo partido Fórum das Asturias (PAR), liderado pelo ex-ministro do PP, Francisco Alvarez Cascos, está a dinamitar as projeções das principais forças políticas.

Noutros locais os resultados podem permitir que os socialistas continuem a governar mas apenas com coligações.

Na Cantábria as sondagens antecipam uma vitória do PP com 18 mandatos (mais um que em 2007) com o PRC (regional da Cantábria) a obter 13 mandatos (mais um) e o PSOE a perder dois (ficando com .

Para Navarra as sondagens antecipam uma vitória do partido regional, o UPN, ainda que com uma perda de cinco mandatos (para 17), seguindo o Nafarroa Bai (com 12 lugares) e o PSN, que perderia um para 11.

Depois da rutura da sua aliança com o UPN o PP entraria sozinho do parlamento com seis mandatos com a Esquerda Unida a obter quatro.

No arquipélago das Baleares, a sondagem antecipa que o PP recupera a maioria absoluta, entre 32 e 33 deputados (obteve 29 em 2007), com o PSOE a manter a sua representação (22 deputados) e os restantes partidos a cair.

Os 35,38 milhões de eleitores escolhem, a 22 de maio, os governos de 13 das 17 comunidades autónomas espanholas - Astúrias, Cantábria, Navarra, Castela e Leão, La Rioja, Comunidade Valenciana, Comunidade de Madrid, Castela La Mancha, Múrcia, Canárias, Ilhas Baleares, Aragão e Extremadura - e das duas cidades autónomas de Ceuta e Melilla.

Serão ainda eleitas as Juntas Gerais do País Basco, os Cabildos Insulares das Canárias, os Conselhos Insulares das Baleares, o Conselho Geral de Aran e os conselhos de Navarra.

In DN

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Milhares na Puerta del Sol apesar da proibição da manif

por Lusa
Hoje


Milhares de pessoas permanecem concentradas na praça Puerta del Sol, no centro de Madrid, desafiando a chuva e a proibição ao protesto deliberada hoje pela Junta Eleitoral madrilena e que já levou a um reforço significativo de policiamento.

Agentes policiais estão a solicitar documentação aos jovens que pretendem dirigir-se à praça, reforçando com carrinhas e agentes vários dos acessos e a segurança tanto na entrada da sede do Governo regional como noutros pontos da praça. Na rede de Metro - há várias saídas para a praça - está a ser difundida uma mensagem pelo sistema sonoro advertindo os utilizadores de que devem evitar a concentração que estava oficialmente marcada para começar às 20:00 locais (19:00 em Lisboa). Pelas redes sociais continuam a multiplicar-se apelos para que mais pessoas se desloquem até à Puerta del Sol, com a recomendação de que, caso a polícia intervenha, devem responder "sem violência" para evitar maiores problemas.

Muitos dos manifestantes, que estão a distribuir fotos, vídeos e mensagens pelas redes sociais, insistem que se forem desalojados hoje voltarão na quinta-feira e, assim, todos os dias até às eleições de domingo. "Vivo num país onde se pode acampar na rua para ver Justin Bieber, mas não para defender os meus direitos", é um dos tweets mais replicados. "Hoje os corruptos e cúmplices dos banqueiros querem-nos proibir de manifestar a nossa indignação. Todos ao Sol", lê-se noutro.

As 'tags' "nonosvamos" ou "tomalaplaza" estão entre as mais usadas no twitter, com centenas de pessoas a juntarem-se a cada hora à página da plataforma Democracia Real Já, no facebook. O número de manifestantes cresceu significativamente nas últimas duas horas, especialmente depois da decisão da Junta Eleitoral, com gente de todas as idades a juntar-se aos jovens que garantiram a permanência do protesto durante todo o dia. Numa resolução aprovada durante a tarde de hoje, a Junta Eleitoral considera não haver "causas extraordinárias e graves que justifiquem a urgência da convocatória solicitada em 24 horas".

Além disso, considera a junta, "o apelo ao voto responsável" - a que fazem referências os convocantes do protesto de hoje - "pode afectar a campanha eleitoral e o direito dos cidadãos ao exercício do voto". A Junta já notificou a Delegação do Governo em Madrid, que poderá agora dar instruções às autoridades policiais para que dispersem os manifestantes. Uma decisão idêntica foi já tomada pela Junta Eleitoral em Granada, esperando-se que o mesmo ocorra noutras cidades espanholas.

In DN

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Manifestantes tomam conta da campanha eleitoral espanhola

por DN.pt
Hoje

Os últimos dias da campanha eleitoral para as comunidades autónomas e autarquias de Espanha foram tomados de assalto pelas marchas dos indignados, organizadas pelo movimento Democracia Real Ya (Democracia Real Já) através das redes sociais. O PP compara a situação com os protestos registados após os atentados de 11 de Março de 2004, e que levaram o partido a perder as legislativas, e diz que o PSOE, no poder, está por detrás das novas manifestações.

A Democracia Real Ya usou a mesma estratégia que o movimento português Geração à Rasca. Ambos são apartidários e usam as redes sociais para mobilizar os jovens. Em Portugal, o movimento levou às ruas de várias cidades mais de 200 mil pessoas. Em Espanha, o movimento está obter dividendos significativos pela influência que está a ter na campanha eleitoral.

Começou com protestos em 50 cidades, no fim-de-semana, que juntaram milhares de "desempregados, mal remunerados, subcontratados precários, hipotecados", jovens e idosos que são contra o actual sistema, as "reformas anti-sociais" dos governos, que estão "nas mãos dos banqueiros". Exigem "uma mudança de rumo e um futuro digno", medidas contra a "corrupção dos políticos, empresários e banqueiros" e rejeitam cortes nos direitos laborais "em benefício dos poderosos".

Também conhecido por Movimento 15 de Maio, dia em que começaram os protestos, a Democracia Real Ya conseguiu desbaratar as estratégias de campanha dos partidos e surpreendeu até os mais incrédulos no sucesso do movimento que se começou a desenhar há três meses. O diário espanhol Público escreve que o protagonismo da Democracia Real Ya não se nota apenas no facto "de o debate girar agora ao redor desta nova plataforma que nem sequer se apresenta às eleições, gostem ou não os assessores e os 'spin-doctors' mais experientes". Agora "é muito mais do que isso", graças à decisão da Junta Eleitoral de Madrid de considerar ilegal e proibir a concentração na Puerta del Sol. Mesmo assim a praça da capital foi tomada por "milhares de pessoas".

"Parece haver uma garantia até ao momento em que abram as urnas de voto: não há dúvidas de que os indignados protagonizarão o que resta da campanha, que se tornaram imprevisíveis sobretudo depois de que os sectores da direita [política] estabeleceram um paralelismo entre as concentrações de agora e as de 2004, após o 11 de Março", escreve o mesmo jornal.

Vários membros do Partido Popular (PP), na oposição e cujas sondagens prevêem uma vitória nas eleições deste fim-de-semana, dizem que os socialistas (PSOE) estão a manipular os movimentos de extrema-esquerda, tal como, dizem os populares, fizeram em 2004 quando o PSOE tentava chegar ao poder nas legislativas. Nessa altura, as sondagens davam uma vitória ao PP do primeiro-ministro José Maria Aznar, mas houve uma reviravolta quando milhares saíram às ruas protestando pela manipulação que o governo fizera da informação sobre os atentados em Madrid. Com medo de ser penalizado nas urnas pelo seu apoio à guerra no Iraque, o governo apontara o dedo aos bascos da ETA e não aos 'jihadistas' da Al-Qaeda.

In DN

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Zapatero admite derrota mas recusa antecipar legislativas

por Maria de Lurdes Vale
Hoje


O Partido Popular (PP) é o grande vencedor das eleições municipais de hoje em Espanha, com 37,59 por cento dos votos, quando estão escrutinados quase 98 por cento dos votos, batendo o PSOE, que registou o seu pior resultado de sempre.

O secretario-geral do PSOE, José Luís Rodriguez Zapatero, admitiu a "clara" derrota dos socialistas nas eleições municipais e autonómicas que se realizaram hoje em 13 das 17 comunidades de Espanha.O PSOE perdeu a Estremadura e Castilla La Mancha para o PP e a cidade de Barcelona para a CIU, feudos onde governava há 32 anos.

O Presidente do Governo espanhol assumiu esta derrota como "um castigo" e considerou que o mesmo se deve a uma "má explicação da origem e da natureza da crise" que se abateu sobre Espanha. "Tivemos que tomar medidas difíceis para combater os efeitos da crise e acelerar reformas para mudar o modelo produtivo", disse.

Recusando a antecipação das eleições legislativas previstas para Março do próximo ano, Zapatero explicou que "o respeito pelos tempos é um bom princípio" e que, neste momento, "é necessário avançar com reformas para a criação de emprego que em breve vão chegar ao Parlamento". O dirigente socialista assegurou que continuará a "trabalhar para obter as maiorias parlamentares que nos permitam levar por diante todas as reformas que temos de concretizar".

Zapatero anunciou no passado dia 2 de Abril que não seria candidato nas próximas eleições gerais, o processo para a escolha do seu sucessor irá ser analisado ao longo da próxima semana, segundo avançou o próprio.

PP vence, PSOE regista o pior resultado de sempre

O Partido Popular (PP) é o grande vencedor das eleições municipais de hoje em Espanha, com 37,59 por cento dos votos, quando estão escrutinados quase 98 por cento dos votos, batendo o PSOE, que registou o seu pior resultado de sempre.

Os dados oficiais confirmam que o PP foi a força mais votada, tendo aumentado o seu apoio em 1,56 por cento desde 2007 e registando já mais votos do que em 2007 (mais de 8 milhões), quando ainda não estão os 100 por cento dos votos escrutinados. Com base nestes dados o PP obterá 25.457 vereadores, mais 2.100 que há quatro anos.

Já o PSOE baixou de 35,31 para 27,82 por cento dos votos, com menos 1,83 milhões de votos e menos 3.000 vereadores. A terceira força em Espanha continua a ser a Esquerda Unida (IU), que aumentou o seu apoio de 5,54 para 6,36 por cento dos votos, obtendo 2.152 vereadores, mais que os 2.034 de há quatro anos.

Os conservadores catalães da Convergência e União (CiU) obtiveram mais 500 vereadores, mercê de um crescimento de 3,29 para 3,59 por cento dos votos. Seguem-se, em termos de apoio eleitoral, a UPyD (2,1 por cento mas apenas 148 vereadores), o PNV (sobe ligeiramente de 1,41 para 1,53 por cento) e a estreante coligação basca Bildu (obteve 1,47 por cento dos votos).

O mapa municipal espanhol consolida-se assim com o azul do PP, que consegue pelo menos 3.242 maiorias absolutas e 489 relativas, contra as 1.834 maiorias absolutas do PSOE, as 381 da CiU, as 147 do Partido Aragonês (PAR), as 106 da EA-Alternaviba e as 88 da coligação Bildu.

O PP controla 40,41 dos alcaides, contra os 23,09 do PSOE, os 4,8 por cento da CiU e os 1,85 do PAR.

Entre os muitos combates municipais perdidos hoje pelo PSOE destaca-se a perda da autarquia da 2.ª e 3.ª maiores cidades do país, Barcelona (para a CiU) e Sevilha (para o PP), além da perda de autarquias no País Basco, no caso San Sebastian para a coligação Bildu.

In DN

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Corrupção apresentou-se às eleições espanholas e venceu

por DN.pt
Hoje

As eleições municipais e regionais deste domingo, em Espanha, mostraram que os espanhóis não são diferentes dos portugueses quando às eleições concorrem políticos no poder que estão acusados de corrupção pela justiça.

"A corrupção é rentável. É a conclusão a que se pode chegar ao observar os resultados eleitorais daquelas comunidades e municípios nos quais se apresentavam candidatos imputados em delitos de corrupção", escreve hoje o El País, na apresentação de um sumário das disputas eleitorais em que participaram políticos alegadamente corruptos.

O caso mais emblemático é o da Comunidade Valenciana. O presidente desta região autónoma, Francisco Camps, está acusado de corrupção, num processo que envolve dezenas de políticos do Partido Popular (PP). O PP venceu as eleições a nível nacional com a maior vitória de sempre em regionais e municipais e renovou a maioria absoluta na Comunidade Valenciana. Os outros dez acusados que faziam parte das listas também obtiveram os voos suficientes para serem eleitos. Na Comunidade de Madrid, o PP apresentou também listas com mais de dez acusados de corrupção, mas o grupo encabeçado por Esperanza Aguirre reforço a maioria absoluta.

O caso Gürtel, apontado como o maior escândalo de corrupção da história democrática de Espanha, também atinge figuras do PP. Mas nos municípios atingidos por este caso o Partido Popular voltou a garantir votações expressivas. O mesmo aconteceu em Alicante, onde o caso Brugal tinha atingido o PP local.

Aparentemente, na maioria dos locais onde se registaram investigações por alegada corrupção o sentido de voto seguiu a tendência nacional: vitória esmagadora do PP. O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) perdeu o bastião Andaluzia nas eleições municipais e regionais em que teve o pior resultado de sempre a nível nacional. Por coincidência, ou não, os socialistas foram os visados na investigação às irregularidades cometidas pela Junta da Andaluzia em ajudas financeiras a empresas em dificuldade e que mantiveram empregos de forma artificial.

In DN

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Risco da dívida espanhola cresce 18,5% numa semana

Hoje

O risco da dívida espanhola chegou hoje ao seu valor mais elevado desde Janeiro, tendo crescido 18,5 por cento em apenas uma semana com o diferencial face aos títulos alemães a superar os 260 pontos base.

Dados do mercado citados pela imprensa espanhola atribuem esse aumento à incerteza sobre a situação na Grécia, as advertências do FMI sobre a Irlanda e aos resultados das eleições regionais e municipais de domingo.

Hoje o risco da dívida espanhola a 10 anos subiu até aos 263 pontos base, com uma taxa de juro de 5,614 por cento, acima dos 248 pontos base com que terminou na semana passada, segundo os dados do mercado secundário citados pela imprensa.

Em apenas uma semana o diferencial subiu de 222 para 263 pontos base, com o s investidores a temerem que as eleições municipais e regionais em Espanha podem ter um impacto negativo no défice e dívida pública.

In DN

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PP desafia Zapatero a pedir moção de confiança

por DN.pt
Hoje


O Partido Popular (PP), reforçado pela maior vitória de sempre em eleições regionais e municipais, desafiou o primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero, a avançar com uma moção de confiança no parlamento, depois de o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ter sofrido uma derrota histórica no escrutínio de domingo.

O desafio foi lançado pela porta-voz do PP no Congresso, Soraya Sáenz de Santamaría. Para esta dirigente, uma moção de confiança seria a consequência lógica da derrocada eleitoral dos socialistas, escreve o El País.

Soraya Sáenz de Santamaría responde assim às vozes no interior do partido que instam o líder, Mariono Rajoy, a avançar com uma moção de censura. A direcção do PP não aceita esse cenário, pois não tem os votos suficientes no parlamento e isso daria uma vitória a Zapatero no momento de maior fragilidade do primeiro-ministro no seu segundo mandato.

Além disso, o PP poderá nem sequer ter de se mexer. O Partido Nacionalista Basco (PNV) tem sido o apoio preferencial de Zapatero no Congresso quando este precisa de aprovar legislação, pois o PSOE não tem maioria absoluta. O porta-voz do PNV, Josu Erkoreka, diz que o seu partido não descarta a possibilidade de pedir eleições antecipadas, tendo em conta que os votos "retiraram a legitimidade" ao governo em funções.

In DN

Guerra no PSOE pela liderança após derrota histórica

por DN.pt
Hoje

Os socialistas espanhóis estão em guerra aberta desde que o partido sofreu a maior derrota de sempre em eleições municipais e regionais. Como pano de fundo está a sucessão a José Luis Rodríguez Zapatero, que já anunciara antes do escrutínio que não se recandidataria ao cargo de primeiro-ministro.

Os barões do PSOE, fortemente atingidos pela derrota eleitoral já começaram a se preparar para colocar um ponto final ao 'zapaterismo', escreve o El Mundo. Alfredo Rubalcaba, actual vice-presidente do governo, e Carmen Chacón, ministra da Defesa, são os mais que prováveis candidatos à sucessão de Zapatero.

De um lado está o grupo que rejeita a realização de primárias e quer um congresso extraordinário para eleger a nova direcção do partido. Do outro,está o grupo por detrás de Chacón que exige a realização de primárias e que diz que os poderes regionais e municipais estão orientados para impedir que Chacón se apresente nas primárias e que haja apenas um candidato. Os seus apoiantes dizem que a ministra está também a ser pressionada para que não apresente a sua candidatura.

A guerra é de tal forma aberta e intensa que o vice-secretário-geral do partido, José Blanco, convocou os barões para uma reunião presidida por Zapatero antes do congresso federal de sábado, para se chegar a acordo sobre uma "linha mrioritária" para o futuro imediato do partido.

In DN

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Zapatero faz frente às tropas do vice-primeiro-ministro

por DN.pt
Hoje

A guerra interna no PSOE pela liderança é de tal forma que já nem sequer respeita José Luis Rodríguez Zapatero. O secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro de Espanha foi obrigado a opor-se aos barões que apoiam o vice-primeiro-ministro, Alfredo Pérez Rubalcaba, e que querem de imediato a escolha de um novo líder partidário, em congresso, mesmo arriscando levar o país para eleições antecipadas.

O comando do PSOE deverá ser disputado por Rubalcaba e Carme Chacón, actual ministra da Defesa. Os apoiantes de Chacón defendem a realização de eleições primárias, mas as "tropas" de Rubalcaba começaram a contar espingardas, pressionando os líderes regionais a apoiar uma eleição em congresso. Os partidários da ministra dizem que esta "está a resistir a pressões brutais, ataques e manobras de todo o tipo"" para que desista em favor do vice-primeiro-ministro.

Segundo o jornal espanhol Público, Zapatero, que não se vai recandidatar ao cargo de primeiro-ministro, reuniu-se ontem com Rubalcava e alguns dos barões do partido e deixou claro que não vai ceder a uma estratégia que poderá provocar uma antecipação das eleições legislativas e prejudicar os dois blocos actualmente em confronto no PSOE. "Claro que vamos ter um processo de primárias, é o que deve ser feito e é o mais saudável", afirmou Zapatero publicamente.

In DN

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Travado tráfico de material de guerra ao Irão e Venezuela

por DN.pt
Hoje

A Polícia Nacional de Espanha impediu a venda de nove helicópteros de combate ao Irão e de outro material de guerra à Venezuela por parte empresários que sabiam não ter autorização governamental para procederem à transacção, como obriga a lei.

O material de guerra está avaliado em 100 milhões de euros. A venda seria feita por cinco empresários espanhóis, que foram detidos em Madrid e Barcelona, cidades onde se situam os armazéns nos quais o material era guardado e preparado para a transacção, travada por Agentes de Informação da Polícia Nacional. Foram ainda detidos três empresários iranianos que tinham viajado a Espanha para formalizar o negócio.

Segundo o El Mundo, os helicópteros BELL-212 são de fabrico norte-americano e destinam-se ao transporte de tropas e material de guerra. Atingem uma velocidade máxima de 230 km/h e uma autonomia média de 600 km. A venda destes helicópteros está sujeita a controlo por parte de normas da União Europeia e de legislação espanhola: quaisquer autorizações só podem ser dadas por uma junta interministerial encarregue de vigiar o comércio de material de defesa. Além disso, as Nações Unidas proíbem a exportação deste tipo de bens para o Irão, no âmbito do embargo imposto a Teerão devido ao seu programa nuclear.

In DN

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Problema com turbina faz parar central nuclear de Garoña

por Lusa
Hoje

A central nuclear de Santa María de Garoña, próximo de Burgos (norte de Espanha) suspendeu hoje o funcionamento do reactor por terem sido notadas vibrações anómalas na turbina, refere em comunicado o Conselho de Segurança Nuclear (CSN).

A CSN explica que a suspensão "não programada" ocorreu durante as provas finais do processo de recarga da central - que começou a 1 de Maio, altura em que a central foi parada -, o que atrasará agora o seu calendário de arranque.

Apesar disso, a CSN insiste que o incidente "não teve repercussões nos trabalhadores, na população nem no meio ambiente".

O incidente "foi classificado preliminarmente como de nível 0 [zero] na Escala Internacional de Incidentes Nucleares [INES]", refere a nota que explicou ter sido seguido o "procedimento regulamentar" para suspender a turbina nuclear.

Garoña é um dos oito reactores de Espanha que usa água em ebulição, sistema idêntico ao da central nuclear de Fukushima (Japão).

A central, gerida pela empresa Nuclenor, está situada no vale de Tobalina e realizou a sua última paragem no passado dia 13 de Outubro para trabalhos de manutenção no sistema de ventilação que arrefece o ar dentro do edifício de contenção primária.

A Nuclenor solicitou um alargamento da vida útil da central até 2019, tendo em março afirmado que Garoña -- a central mais antiga de Espanha - está preparada para resistir com segurança a um sismo três vezes mais forte que o de maior intensidade que os especialistas consideram possível na zona.

O Governo espanhol anunciou já que mantém o calendário previsto de encerramento da central em 2013.

O Parlamento Basco pediu em Março, com o único voto contra dos deputados do PP, o fecho definitivo desta central nuclear, cujo fecho já estava previsto para dentro de dois anos.

In DN

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Rubalcaba aceita ser candidato do PSOE

por Lusa
Hoje


Alfredo Pérez Rubalcaba quebrou hoje o silêncio e confirmou que vai apresentar-se às primárias que escolherão o candidato do PSOE às eleições legislativas espanholas, previstas para 2012, depois de uma "longa, profunda e consciente reflexão".

"Estou há 37 anos no PSOE. Sempre estive à disposição do meu partido e do meu país. E estou à vossa disposição agora. Vou-me apresentar às primárias, vou pedir o voto dos militantes, vou falar com todos para efectivamente, se assim o considerarem, pedir aos espanhóis o voto para o Partido Socialista nas próximas eleições gerais", afirmou o "número dois" do PSOE, que é também ministro do Interior.

"Faço-o pelas minhas ideias, pelas pessoas, especialmente as que esperam que lhes demos razões para voltar, pelos militantes, com quem quero falar e quem quero ouvir" e em resposta aos repetidos apelos dos companheiros socialistas, disse Rubalcaba.

O actual "número dois" do Governo espanhol falava depois de ouvir repetidas manifestações de confiança na sua candidatura feitas, de forma unânime, pelos dirigentes do partido que intervieram na reunião do seu Comité Federal.

Rubalcaba foi o último a falar nessa reunião, onde os dirigentes declararam apoiar a sua escolha como candidato do PSOE à presidência do Governo nas eleições legislativas de 2012.

"Obrigado. Ofereceram-me reiteradamente a vossa confiança e é muito importante ter a confiança da nossa gente, quando se trata de pedir a confiança das pessoas", afirmou.

"Sinto-me bastante reconfortado. Depois de ter passado uma semana extraordinária mas não foi esta", disse, numa referência ao rescaldo da derrota socialistas nas eleições regionais e municipais de domingo passado.

Rubalcaba explicou que nunca, até hoje, quis falar sobre esta questão publicamente - tendo-o feito "com pouca gente" em privado - porque considera que há que fazer "um exercício de maturidade", que "respeite os tempos e as formas".

Mas isso, insistiu, "não significa que não tenha pensado nisso, que não tenha feito uma longa, profunda e consciente reflexão".

Numa intervenção onde procurou dirigir-se a vários dirigentes do partido, Rubalcaba afirmou que o PSOE, "que é especialmente autocrítico" já começou a analisar o que fazer no futuro, num processo que "começa hoje".

"Temos que ganhar as eleições com um projecto", disse, afirmando que a mensagem para os espanhóis é de que para reformar o estado de bem-estar é melhor contar com os socialistas.

"Para reformar uma casa, o melhor é chamar o arquitecto que a desenhou e neste casos fomos nós, os socialistas", disse.

Referindo que parte para o combate eleitoral com a bagagem dos Governos socialistas de Felipe González e de José Luis Rodríguez Zapatero, declarando que assume "todas e cada uma" das políticas do actual primeiro-ministro.

O dirigente socialista considerou que os espanhóis acabarão por agradecer as reformas feitas pelo actual governo, considerando que a futura gestão tem que se pautar pela "firmeza de convicções".

Mas, afirmou, "com capacidade para ver que os problemas não são os mesmos, pelo que é preciso inovar nas soluções, e mudar".

"Peço-vos que tenham tanta vontade de ganhar como eu, e tanta determinação como eu", disse.

In DN

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Acampados garantem que não são problema de segurança ou saúde

Hoje


Os manifestantes acampados há quase duas semanas na Puerta del Sol em Madrid garantiram hoje que o seu protesto não interrompe o trânsito, não afecta o comércio da zona e não cria qualquer problema de segurança ou insalubridade.

Num manifesto distribuído hoje à imprensa, os manifestantes dizem que não há qualquer fundamento para justificar os pedidos de sexta-feira do Governo regional de Madrid e da autarquia da capital para que o acampamento fosse desalojado.

Na nota, remetida à Lusa, a Comissão Legal do acampamento responde directamente às declarações efectuadas pelo conselheiro de Presidência, Justiça e Interior, em funções, do Governo regional, Francisco Granados.

Granados exigiu ao Ministério do Interior a retirada imediata dos manifestantes da Puerta del Sol, coração dos protestos em curso em Espanha, porque além de causar graves problemas à circulação, "está a pôr em grave risco a viabilidade de muitos negócios, de pequenos e médios comerciantes".

Também o delegado de Segurança e Mobilidade em funções na autarquia de Madrid, Pedro Calvo, vai hoje entregar à Delegação do Governo um relatório sobre as condições de salubridade na Puerta del Sol.

"A sensação de que estão a limpar a praça não é certa. As condições de salubridade vão conhecer-se amanhã (sábado) para que esta situação não se prolongue mais", disse Calvo.

Reagindo às declarações, os acampados afirmam que "não se está a interromper o trânsito, não consta que de modo algum a acampada esteja a afectar o pequeno comércio da zona" e "não se criou nenhum problema de insalubridade".

E recordam ainda que na manhã de sexta-feira "os serviços municipais de limpeza confirmaram que não existe problema algum de salubridade na praça".

In DN

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O candidato dos cem metros

Hoje


Alfredo Pérez Rubalcaba, o ministro do Interior e número dois do Governo espanhol, aceitou ser o candidato dos socialistas nas legislativas de Março de 2012.

O primeiro-ministro José Luis Zapatero lembrou que "alguém que foi capaz de correr cem metros em pouco mais de dez segundos é capaz de ganhar em dez meses umas eleições".

Quando era estudante, Rubalcaba praticava atletismo e tinha o sonho de poder participar nos Jogos Olímpicos, tendo chegado a correr os cem metros em 10,9 segundos, a cinco centésimos do recorde espanhol.

In DN

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Retiradas 17 toneladas de resíduos da Puerta del Sol

por Lusa
Hoje


Os serviços municipais de Madrid retiraram desde domingo mais de 17 toneladas de todo o tipo de resíduos da Puerta del Sol, durante a limpeza do acampamento de protesto que permaneceu no local quatro semanas.

Fontes dos serviços ambientais da câmara madrilena explicaram que mais de meia centena de funcionários e 20 máquinas estão envolvidos desde domingo nas operações de limpeza, em que participaram centenas de membros do próprio acampamento.

Pouco antes do final da manhã já tinham sido retirados praticamente todos os cartazes reivindicativos instalados na Puerta del Sol, muitos dos quais foram removidos pelos próprios 'acampados'.

As duas fontes da praça já estão a funcionar com normalidade, ainda que, numa delas, continua uma horta ecológica plantada pelos manifestantes e cujo futuro ainda não foi decidido.

Cerca de meia centena de pessoas com tendas de campanha e um barracão que servirá como ponto de informação é tudo o que permanece, hoje, do protesto de um mês na Puerta del Sol.

O barracão, feito com pladur e madeira e de cerca de 120 metros quadrados, foi instalado nas imediações da estátua de Carlos III, que ancorou, desde o passado 15 de maio, as lonas e outras estruturas que compunham a 'cidade' improvisada.

Apesar da decisão oficial de por fim à acampada, algumas dezenas de pessoas optaram por continuar, por tempo indefinido, a acampar na Puerta del Sol, antes de transformar o protesto numa acção itinerante.

In DN

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Incidentes em Barcelona fazem pelo menos 23 feridos

por Lusa
Hoje

Pelo menos 23 pessoas ficaram hoje feridas ligeiramente em incidentes em Barcelona entre a polícia e manifestantes, que tentaram bloquear o acesso dos deputados ao parlamento catalão.

Segundo um porta-voz do serviço de urgências médias de Barcelona, "23 pessoas ficaram ligeiramente feridas", incluindo três polícias, nos incidentes hoje de manhã.

Da parte da tarde, uma parte dos manifestantes continuava agrupada no exterior do parque, onde se situa o parlamento catalão, num clima de tensão, enquanto os deputados continuavam a debater o orçamento para 2011 que prevê uma redução de 10 por cento da despesa pública, de prestações sociais e do setor da saúde.

Mais de 2500 seguidores do movimento 15-M tentaram hoje boicotar o debate no parlamento catalão.

O plenário do parlamento catalão começou hoje com atraso, apenas com metade dos deputados no hemiciclo e num clima de nervosismo devido às dificuldades para chegar à Câmara, à qual a maioria chegou em furgonetas da polícia.

O presidente da Generalitat, Artur Mas, e a do parlamento, Nuria de Gispert, chegaram à câmara catalã num helicóptero dos Mossos d'Esquadra, que aterrou às 9:43 locais em frente do edifício.

Em Madrid, o presidente do Congresso, José Bono, confessou que além de o preocupar, está "indignado" que "invocando emoções, ideologias ou renovação se falte ao respeito às pessoas".

Bono também censurou que "se impeça a entrada de deputados do Parlamento da Catalunha na sede ou que se tente chegar até às portas do Congresso dos Deputados quando este está reunido".

"Seja politicamente correto ou não, interprete-se bem ou mal, o único império que há num Estado de Direito é a lei e os indignados têm que a cumprir", disse ainda Bono

In DN