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 Educação e ensino

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MensagemAssunto: 24 mil aproveitam segunda oportunidade   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 2:59 pm

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24 mil aproveitam segunda oportunidade

Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1318754

Prova de Português marcou arranque da 2.ª fase de exames nacionais. Alunos garantem que era mais fácil

Mais fácil. Foi assim que alguns dos 24 111 alunos que fizeram ontem a prova de Português classificaram o primeiro exame da segunda fase. Também a Associação de Professores de Português (APP) considera que a prova "está de acordo com os conteúdos programáticos seleccionados pela tutela como objecto de avaliação", pelo que não apresenta dificuldades acrescidas.

Francisco Santos repetiu o exame para tentar subir a nota. "Desta vez era mais fácil, e agora espero ter mais de 14 valores", confessa o estudante de 18 anos, que vai concorrer ao curso de Direito.

Os alunos da Escola Secundária Maria Amália, em Lisboa, tentavam à saída do exame confirmar as respostas certas junto dos colegas. Entre as várias conversas fica claro o alívio dos jovens perante uma prova considerada acessível.

Menos despreocupadas estavam Carlota Santos e Teresa Dias, que não conseguiram passar na 1.ª fase. Ainda assim, Carlota, de 20 anos, mostrava-se mais confiante que a amiga. "Acho que não vou conseguir passar", diz Teresa, de 18 anos, que precisa da nota de Português para se candidatar a Psicologia ou a Direito. Já Carlota não necessita da nota de Português para entrar em Ciência Política.

Helena Fignier, 20 anos, resolveu repetir o exame, e, depois de ter passado duas horas e meia na sala, mostrava-se confiante e ao mesmo apreensiva. Tudo porque "na primeira fase também me tinha corrido bem e só tive 11, por isso acho que o facto de a prova correr bem não quer dizer nada", sublinha a candidata a Direito.

Mais nervosa estava Joana Sardo, que resolveu deixar o exame de Português apenas para fazer na segunda fase. "As minhas específicas são História e Português e decidi dividi-las pelas duas fases", explica a aluna de 18 anos.

Apesar do risco, a jovem acredita que a prova era mais fácil e que pode tirar uma boa nota. Mas se isso não acontecer: "Fica para o próximo ano", diz.

A segunda fase dos exames nacionais, que começou ontem, termina a 19 de Julho e os resultados serão conhecidos a 30. Os alunos que fizerem as provas nacionais agora ainda podem candidatar-se à primeira fase de acesso ao ensino superior.

No exame de ontem estavam inscritos 33 006 alunos, mas 8895 faltaram. Assim, de acordo com os dados do Ministério da Educação, o exame nacional de Português teve uma taxa de presenças de 73%. Também na escola Maria Amália foram cerca de 60 os alunos que faltaram à prova. A direcção da escola disse ao DN que estavam inscritos cerca de 120 alunos.

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Educação e ensino - Página 4 000203CE
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MensagemAssunto: «Massificação exagerada»    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 2:27 pm

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«Massificação exagerada»
Bragança


Pais contra encerramento de escola em Bragança para «encher» novo centro escolar

Os pais da escola básica do Toural, em Bragança, manifestaram-se hoje, sexta-feira, contra o encerramento daquele estabelecimento que consideram ter como «único propósito encher um dos novos centros escolares da cidade"» o de Santa Maria.

Algumas dezenas de pais e professores concentram-se junto à escola depois de terem recebido a confirmação de que vai encerrar e de que as 55 crianças vão ser transferidas para o centro escolar de Santa Maria.

Os contestatários dizem que "encher o centro escolar de Santa Maria, que ainda tem pouquíssimas inscrições, é a única justificação" para acabar com uma das escolas com melhores condições da cidade, recentemente remodelada e a única com uma sala para crianças surdas-mudas.

Segundo a directora, Fátima Fernandes, as crianças vivem nas imediações e muitas deslocam-se a pé, o que não vão poder fazer para o centro escolar de Santa Maria.

O transporte é uma das preocupações de Manuel Gonçalves, pai de uma das crianças, porque, ao contrário do que acontece com os alunos deslocados das aldeias, na cidade a autarquia não assegura o transporte.

Manuel Gonçalves diz que mora na zona contrária ao centro de Santa Maria e que necessitará de uma hora e meia de viagens e dois bilhetes em cada sentido para levar o filho à escola nas linhas urbanas.

Uma outra encarregada de educação, Sandra Correia, contesta a decisão por os pais não terem sido ouvidos nem terem sido apresentadas alternativas à decisão anunciada há uma semana e meia e hoje confirmada.

A informação chegou "tarde" para puderem, segundo dizem, matricular os filhos no outro novo centro escolar da cidade, o da Sé, que já tem as inscrições esgotadas.

Ainda assim, umas das formas de protesto que acordaram, segundo Sérgio Barros, da associação de pais do agrupamento de escolas Augusto Moreno, que integra o Toural, será pedirem a transferência em bloco dos alunos para o centro escolar da Sé.

"As autoridades é que vão ter de resolver o problema, porque os pais têm direito à escolha", avisam.

Os pais decidiram fazer uma exposição ao Ministério da Educação, na tentativa de ainda serem ouvidos.

Se não obtiverem resposta, ponderam novas formas de luta, nomeadamente a mudança para o agrupamento de escolas Paulo Quintela.

Entre os manifestantes de hoje estavam alguns antigos alunos da escola do Toural como João Ortega, arquitecto e eleito do PS na assembleia municipal de Bragança, para quem esta reorganização escolar "está a transformar uma boa ideia que foi a criação de pólos para retirar as crianças isoladas de escolas com um, dois, três alunos, numa massificação exagerada".

A Câmara de Bragança (PSD) manifestou oposição ao encerramento desta escola e a outras consequências da reorganização escolar no concelho.

Bragança já teve uma centena de estabelecimentos, agora tem 20.

Numa exposição ao secretário de Estado da Educação, a autarquia considera que "as iniciativas da Direcção Regional da Educação [do Norte] são prematuras e devem ser adiadas até à análise conjunta das várias alternativas, dando tempo de ponderar e de oferecer as melhores condições aos alunos e a toda a comunidade escolar".

JN, 2010-07-16
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MensagemAssunto: IPB com licenciatura inovadora partilhada com cinco países europeus    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 2:49 pm

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Gestão de Negócios Internacionais
Bragança


Educação e ensino - Página 4 Sobrinhoteixeira_rosto

IPB com licenciatura inovadora partilhada com cinco países europeus

O Instituto Politécnico de Bragança vai abrir no próximo ano um curso internacional, partilhado com mais cinco países da União Europeia.

O presidente da instituição, Sobrinho Teixeira, diz que é um projecto inovador que faz parte da aposta na internacionalização do IPB.

Será uma licenciatura em Gestão de Negócios Internacionais.

“É um curso europeu, uma parceria entre cinco países (Alemanha, Reino Unido, Polónia, Lituânia e Roménia, juntamente com Portugal), em que haverá uma entrada de 20 alunos. Ficarão um ano em Bragança e os segundo e terceiro anos serão nesses países. Em contrapartida, também receberemos alunos desses países. As aulas serão em inglês”, revelou.

Os alunos terão ainda a possibilidade de ter acesso a apoios num dos anos em que estudarão fora do país.

“Num primeiro ano, os alunos estão numa situação normal. No ano seguinte, vamos financiar através do antigo programa Erasmus, um ano da sua estadia no estrangeiro. O terceiro terá de ser suportado pelos próprios alunos”, explicou.

Para além disso, também a aposta nos Cursos de Especialização Tecnológica, que este ano vão ter 650 vagas, será reforçada.

Sobrinho Teixeira revela que abrirá um novo curso em Mogadouro, em Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário.

“Em Mogadouro iremos implementar mais um curso que esperamos que seja um sucesso e em Moncorvo manteremos os dois que existem, para tornarmos a região de Bragança numa das mais qualificadas a nível nacional.”

Para além destes, recorde-se que também no próximo ano lectivo vai abrir um outro curso em Fitofarmácia e Plantas Medicinais, na Escola Superior Agrária.

Na calha está ainda uma licenciatura em arquitectura paisagista que, contudo, só deverá iniciar-se em 2011.

Brigantia, 2010-07-16
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MensagemAssunto: Nenhum aluno conseguiu saltar do 8.º para o 10.º ano   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSáb Jul 17, 2010 3:44 pm

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Nenhum aluno conseguiu saltar do 8.º para o 10.º ano

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1319620

Entre os cerca de 150 estudantes com mais de 15 anos que tentaram chegar ao secundário, houve positivas a Português e Matemática, mas ninguém passou a todas as provas

Chegou a ser descrita como uma medida "facilitista" e houve mesmo quem questionasse a sua constitucionalidade. Afinal, a hipótese de saltar do 8.º para o 10.º ano - tentada por cerca de 150 alunos maiores de 15 anos - não passou do papel. Ou melhor das folhas de exame.

O Ministério da Educação confirmou ontem, numa resposta enviada ao DN, que "apesar de se terem registado algumas notas positivas nos exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática, nenhum destes alunos concluiu o ensino básico por esta via".

Além de terem de passar nos exames externos de Português e Matemática do 9.º ano - participaram na 2.ª chamada como auto-propostos - os estudantes em causa tinham de obter aprovação em cerca de uma dezena de outras disciplinas do 9.º ano para progredir para o 10.º ano, sendo esses exames feitos pelas escolas. Uma tarefa que se revelou demasiado ambiciosa.

Esta possibilidade - que, segundo defendeu na altura o Ministério da Educação, sempre existiu, tendo apenas sido ajustada a lei porque a escolaridade obrigatória passou entretanto para os 18 anos - foi duramente criticada em Junho. Paulo Portas, líder do CDS- -PP chegou a classificá-la como um exemplo de "facilitismo", que pode ser "muito bonito para as estatísticas, mas é péssimo para o sistema de ensino".

Uma ideia subscrita por alguns constitucionalistas, que admitiram poder estar em causa o princípio da igualdade, por serem dadas condições "mais favoráveis" a estes estudantes.

O certo é que, quanto às estatísticas, cedo se percebeu que dificilmente seriam afectadas, com professores e directores das escolas desde logo a referirem como "residuais" os casos de sucesso neste tipo de exames feitos por autopropostos.

Uma ideia repetida ontem ao DN por Edviges Antunes Ferreira, da Associação de Professores de Português. "Quem está no terreno, sabe que a situação não era a que se propagandeou, com muitas gente indignada a dizer que ia ser fácil", disse.

Para esta professora, os resultados só mostram que, "como se previa", a possibilidade criada "pouco adiantou" aos alunos. "Um aluno que não sabe, não sabe mesmo", disse. "Os estudantes têm é de ir às aulas e, quando são detectadas dificuldades, são-lhes aplicados planos individuais. Tudo isso já está previsto."

Já para a Sociedade Portuguesa de matemática (ver entrevista) pode ser considerado "espantoso" que alguns alunos tenham conseguido ter positiva na prova desta disciplina.

Recorde-se que, apesar de ter refutado as acusações de facilitismo, a ministra da Educação, Isabel Alçada, ainda manifestou a "esperança" de que alguns alunos conseguissem concluir o básico por esta via. O Governo definiu mesmo estas provas, destinadas a alunos que em muitas situações já estavam fora da rede, como uma "última oportunidade".

No final, 149 fizeram a prova de Português e 145 a de Matemática. O ministério não disse quantos passaram a cada disciplina.

In DN

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MensagemAssunto: Novos cursos no Piaget    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSeg Jul 19, 2010 12:13 pm

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Novos cursos no Piaget
Macedo de Cavaleiros


«Estivemos a fazer uma prospecção em Trás-os-Montes»

A Escola Superior de Educação do Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros tem, no próximo ano lectivo, um mestrado acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, a A3Es.

Cristiana Madureira, presidente da Escola Superior de Educação do Nordeste, explica que no ano passado já decorreu uma pós-graduação em Administração e Gestão Escolar, que este ano será convertida em mestrado.
Para este mestrado podem concorrer professores e educadores, ou todos os profissionais que tenham um currículo em gestão.

Para além deste Mestrado em Administração e Gestão Escolar, a ESE do Piaget de Macedo tem ainda um conjunto de outros mestrados.

“Mestrados que conferem habilitação para a docência, nomeadamente na educação musical e primeiro ciclo de ensino básico e professor em primeiro e segundo ciclo do ensino básico.”
Ao nível das licenciaturas, a novidade está no curso de Educação Social, que terá a possibilidade de e-learning, ou seja, ensino à distância.

“Alunos de todo o país poderão realizar todo o ano curricular deste curso”, explica.
Outra aposta do Piaget de Macedo é a licenciatura em Espanhol, tendo em conta a procura de licenciados nesta área pelos agrupamentos de escolas da região.

“Estivemos a fazer uma prospecção em Trás-os-Montes e verificámos que há muita falta de professores de Espanhol.”

A Escola Superior de Educação do Piaget de Macedo terá ainda licenciaturas em Desporto e Animação Turística, Educação Básica e Educação e Comunicação Multimédia.

Brigantia, 2010-07-19
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MensagemAssunto: 701 escolas do 1º ciclo já não abrem em Setembro   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSex Jul 23, 2010 2:52 pm

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701 escolas do 1º ciclo já não abrem em Setembro

por Lusa
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1322052

A partir do próximo ano lectivo já não vão abrir 701 escolas do primeiro ciclo, mais 200 do que a estimativa inicial do Governo, sendo que mais de metade localizam-se na zona Norte, segundo dados finais da tutela.

O Ministério da Educação anunciou no início de Junho um reordenamento da rede escolar, designadamente o encerramento de cerca de 500 escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos e a agregação de unidades de gestão (agrupamentos e escolas não agrupadas).

Dos 701 estabelecimentos de ensino a encerrar, 384 (54,7 por cento) situam-se na área administrativa da Direcção Regional de Educação (DRE) do Norte, 155 na DRE do Centro, 119 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 32 no Alentejo e 11 no Algarve.

Os alunos destas escolas, número não indicado pela tutela, serão transferidos para "centros escolares ou escolas dotadas de melhores condições de ensino e de aprendizagem".

Durante o mandato da ministra Maria de Lurdes Rodrigues já tinham sido encerradas cerca de 2500 escolas do primeiro ciclo do ensino básico de reduzida dimensão.

"Com esta reorganização, as escolas do primeiro ciclo com menos de 20 alunos, na sua esmagadora maioria escolas de sala única, onde o professor ensina ao mesmo tempo, e na mesma sala, alunos do 1.º ao 4.º ano, passam a ser uma excepção, prosseguindo o objectivo de garantir, a todos os alunos, igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade", sublinha o gabinete da ministra Isabel Alçada.

Quanto ao processo de agregação de unidades orgânicas, resultaram 84 novas unidades, com uma média de 1700 estudantes cada.

No Centro são criados 28 novos agrupamentos, 24 em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Norte, 10 no Algarve e três no Alentejo.

"A agregação de unidades de gestão não implica o encerramento de escolas nem o encaminhamento de alunos para outros estabelecimentos de ensino. Antes pretende adequar a rede aos 12 anos de escolaridade, para que numa unidade de gestão estejam integrados todos os níveis de ensino, sem fracturas no momento em que as crianças e jovens transitam de ciclo de ensino ou de escola", justifica o Governo.

Outro dos objectivos desta medida passa por centralizar "num único pólo" a gestão "administrativa e financeira e o próprio projecto educativo".

Em cada uma das novas unidades foram nomeadas Comissões Administrativas Provisórias.

Este reordenamento da rede escolar gerou polémica e críticas por parte dos partidos da oposição, bem como de alguns parceiros educativos, que chegaram mesmo a pedir a suspensão do processo.

"Este trabalho foi e continua a ser desenvolvido no terreno, distrito a distrito, autarquia a autarquia, escola a escola, em estreita colaboração com as associações de pais e restante comunidade educativa, e com as autarquias, em linha com o que foi estabelecido nas cartas educativas aprovadas entre 2006 e 2008", garante o Governo.

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MensagemAssunto: Em três concelhos só já resta uma escola para as crianças   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSeg Jul 26, 2010 9:51 am

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A caminho do deserto
Distrito de Bragança


Educação e ensino - Página 4 Escolaprimaria_st

Em três concelhos só já resta uma escola para as crianças

O distrito de Bragança perde 17 escolas com os encerramentos confirmados hoje pelo Ministério da Educação, somando já três concelhos em que um pólo escolar substituiu todas as antigas primárias reduzidas a menos de um terço em pouco anos.

A partir do próximo ano lectivo fecham as escolas rurais no concelho de Carrazeda de Ansiães onde encerram sete estabelecimentos e as crianças vão ter aulas no pólo escolar da vila.

O pólo passará a ser a única “escola” do primeiro ciclo com o encerramento da EB1 de Carrazeda, Castanheira do Norte, Pombal de Ansiães, Linhares, Vilarinho da Castanheira, Selores e Fonte Longa.

A informação foi confirmada à Lusa por fonte da Equipa de Apoio às Escolas (EAE) da Terra Quente e Baixo Sabor que abrange os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães e Mirandela.

Na área deste organismo regional do Ministério da Educação encerram ainda a escola de Cabanas, em Torre de Moncorvo, concelho onde permanecem abertas duas escolas rurais em Carvalhal e Felgar, além da sede de concelho.

A cidade de Macedo de Cavaleiros perde quatro escolas e além da que vai concentra as crianças na sede de concelho ficam apenas abertas as escolas de Morais e Chacim, no meio rural.

A capital de Distrito, Bragança, vai concentrar as crianças em dois novos pólos escolares e encerrar quatro escolas: Estacada, São Sebastião, Loreto e Estação e quatro turmas do Campo Redondo.

No espaço rural fecha a escola do Zoio e os seis alunos passam a deslocar-se para Rebordãos, segundo confirmou à Lusa fonte da EAE da Terra Fria e Arribas que tem a tutela de Bragança, Vinhais, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta.

Em Bragança, os pais da antiga primária do Toural parecem ter conseguido convencer o Ministério da Educação que não incluiu este estabelecimento na lista de encerramentos e “está ainda a estudar” o caso.

Outras escolas da região mantém-se abertas “excepcionalmente” apesar de terem menos de 21 alunos como é o caso de Castro Vicente em Mogadouro, que aguarda por um novo pólo escolar.

Na mesma situação estão as escolas de Palaçoulo, em Miranda do Douro e de Vilar de Lomba, em Vinhais, concelho que mantém abertas duas “escolas suspensas” em Ervedosa e Penhas Juntas.

Argoselo, no concelho de Vimioso, conseguiu 21 matrículas para o próximo ano letivo e permanece aberta.

Em Freixo de Espada à Cinta e Alfândega da Fé o processo de concentração está concluído com todas as crianças num único pólo escolar na sede de concelho.

Carrazeda junta-se a esta realidade numa região onde, nos últimos anos, encerraram por falta de alunos mais de dois terços das antigas primárias, passando de mais de 320 para menos de uma centena.

Entretanto, vai decorrer a fusão dos agrupamentos de escolas de Sendim e Miranda do Douro e de Izeda com a secundária Abade de Baçal, em Bragança, apesar dos protestos.

O distrito de Bragança tem cerca de 16 mil alunos desde o jardim de infância ao superior.


Lusa, 2010-07-25
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MensagemAssunto: Transporte de alunos custa um milhão de euros ao Estado   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSeg Jul 26, 2010 10:58 am

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Transporte de alunos custa um milhão de euros ao Estado

por PAULO JULIÃO, Viana do Castelo
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1322864

Factura mensal vai ser paga pelo Ministério da Educação. Cálculos são das transportadoras, que já fazem estes serviços.

O transporte dos alunos do ensino básico que a partir de Setembro são forçados a mudar das escolas que vão fechar poderá custar aos cofres do Ministério da Educação cerca de um milhão de euros por mês. Os preços do mercado destes transportes rondam os 150 euros por aluno, todos os meses.

Em Setembro, há mais oito a dez mil alunos a precisar de transporte devido ao fecho de 701 escolas, a maioria com menos de 21 crianças. Apesar desta tarefa estar a cargo das câmaras municipais, a factura dos serviços vai para o Ministério.

As contas das empresas de transporte apontam para verbas que elevam a factura mensal para os 800 mil a 1,2 milhões de euros, consoante os concursos públicos e os circuitos de transporte.

Isto porque poucos dos transportes de alunos das escolas que vão fechar poderão ser resolvidos com as carrinhas das juntas de freguesia. Desde logo, pelo número de crianças das escolas que fecham as portas. O autarca de Vila Mou, em Viana do Castelo, que em Setembro já não vê reabrir a escola básica, explica a situação: "Seria incomportável usar carrinhas pequenas. Eram muitas viagens de manhã e à tarde para transportar 17 crianças em carrinhas que só têm capacidade para oito", explica Filipe Costa. As viaturas que pertencem às juntas de freguesia asseguraram um papel importante aquando do fecho das escolas com menos de dez crianças, mas, segundo os transportadores, dificilmente poderão ser usadas para estes circuitos especiais de maior dimensão.

Com o aumento do número de alunos a transportar, crescem também as preocupações com a segurança. A lei do transporte colectivo de crianças, criada em 2006, obriga à utilização de motoristas certificados ao volante destes autocarros, com mais de 100 horas de formação feitas por empresas certificadas, além da realização de testes psicotécnicos.

Quanto aos autocarros, para poderem concorrer a estes serviços, as empresas têm que comprovar a utilização de viaturas com sistemas de retenção individuais, com menos 16 anos e sistema de primeiros-socorros, além de inspecções anuais.

A mesma lei coloca como obrigatório um acompanhante para o transporte de menos de 30 crianças, e dois para um número superior. Exigências que fazem disparar os custos, como explicou ao DN Rui Matos, da empresa Auto-Viação do Cura, que actualmente assegura o transporte de 750 crianças em todo o País.

"É um importante negócio, mas as margens também são muito esmagadas, tendo em conta as especificidades que são colocadas para o assegurar", explicou. Aquela empresa assegura, com mais de duas dezenas de autocarros certificados, circuitos de transporte escolar em municípios como Paredes de Coura, Viana do Castelo, Vila Verde, Sintra, Loures, Torres Vedras ou Mafra. "Estamos a falar de custos que, de tabela, podem ascender, por autocarro de 52 lugares, a cinco ou seis mil euros por mês. A concorrência limita um pouco estas margens", explicou.

Segundo o protocolo assinado entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios (ANMP), os concursos para o transporte são promovidos pelas Câmaras, que depois serão integralmente ressarcidas pela Tutela. "Não temos motivos para pensar que possam existir atrasos nessas transferências para os municípios, até porque o protocolo foi assinado há pouco tempo. Mas vamos estar atentos", explicou ao DN Rui Solheiro, da ANMP.

In DN

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MensagemAssunto: Vão fechar 17 escolas primárias com menos de 21 alunos em Chaves   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSex Jul 30, 2010 2:18 pm

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Reordenamento da rede escolar
Chaves


Vão fechar 17 escolas primárias com menos de 21 alunos em Chaves

O concelho de Chaves vai ter no próximo ano lectivo menos 17 escolas primárias, que vão encerrar por terem menos de 21 alunos, na sequência do reordenamento da rede escolar decidido pelo Governo, disse fonte autárquica.

No concelho há no entanto quatro outras escolas primárias (do 1.º ciclo) que se vão manter abertas, mesmo sem terem o número mínimo exigido, disse à Lusa o presidente da câmara de Chaves, João Batista.

“Essas quatro escolas mantêm-se em funcionamento por estarem no limite dos 21 alunos, por terem alunos com necessidades educativas especiais e seria complicado muda-los de escola e por causa da distância das escolas para onde seriam transferidos”, adiantou.

Aos alunos que vão mudar de escola ser-lhes-á “comparticipado o transporte e as refeições”, disse também João Batista.

Além disso, “colocámo-los [os alunos] em escolas de acordo a não percorrerem mais de 20 minutos para chegar ao estabelecimento de ensino”, frisou.

Esta medida do ministério da Educação gerou algum descontentamento por parte da população, contudo, “falamos com os pais, juntas de freguesia e professores de forma a clarificar a situação”, acrescentou.

“A vontade do município de Chaves era encerrar apenas as escolas com menos de dez alunos”, referiu.

Assim, no próximo ano lectivo vão estar em funcionamento 19 escolas do 1ºciclo em funcionamento em Chaves.

Além destes estabelecimentos de ensino, fecham mais seis do 1.º ciclo e cinco jardins de infância, mas devido à entrada em funcionamento do novo Centro Escolar de Santa Cruz/Trindade.


Lusa, 2010-07-29
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MensagemAssunto: «Erasmus Lusófono» traz estudantes chineses a Portugal   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSáb Jul 31, 2010 4:30 pm

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Portugal, Macau e a China
Bragança


«Erasmus Lusófono» traz estudantes chineses a Portugal

Um grupo de onze estudantes chineses vai passar três semanas em Portugal, durante o mês de Agosto, para conhecerem melhor a cultura e a língua portuguesa, que estudam na Universidade de Pequim.

Os anfitriões serão os institutos politécnicos de Bragança e Santarém, ao abrigo de protocolos de colaboração celebrados entre os politécnicos portugueses e o congénere de Macau. Esta parceria criou uma espécie de «Eramus Lusófono», tripartido entre Portugal, Macau e a China para a mobilidade de estudantes, disponibilização de professores portugueses e qualificação das escolas portuguesas existentes no sudeste asiático, disse Sobrinho Teixeira, presidente do Politécnico de Bragança e do CCISP, Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

A deslocação da comitiva de estudantes chineses, integrada também por professores, é uma das primeiras iniciativas depois da oficialização da parceria, em Janeiro, em Bragança, e caberá à cidade transmontana a receção.

Segundo o responsável, os estudantes chegam a Bragança a 4 de Agosto e permanecerão até dia 9. Seguem depois para Santarém, onde, além da capital de distrito, têm também um programa a cargo da Câmara de Almeirim.

O objetivo desta visita é os estudantes poderem praticar a língua e conhecerem o espaço e cultura nacionais, o que vão fazer em diferentes eventos, desde passeios pelo património e natureza, à degustação da gastronomia típica destas zonas.

Durante a estada em Bragança, os estudantes chineses vão ter a oportunidade de visitar um segundo país, a vizinha Espanha, e experimentar a realidade sem fronteiras do espaço europeu com um passeio na cidade castelhana de Zamora.

O interesse pelo português tem vindo a aumentar no sudeste asiático e só na China existem 15 universidades com cursos de língua portuguesa, segundo dados avançados pelo presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Lei Heong Iok, aquando da assinatura dos protocolos, em Bragança. Segundo disse naquela ocasião, só em Pequim há seis universidades com cursos de português e por todo o país são já algumas centenas os estudantes destes cursos.

Lusa, 2010-07-31
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MensagemAssunto: Escola do Toural não encerra    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 11:09 am

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Recuo do Ministério da Educação
Bragança


Escola do Toural não encerra

A escola do 1.º Ciclo do Toural, em Bragança, vai manter-se aberta pelo menos durante o próximo ano lectivo. Este é, apenas, um exemplo do recuo do Ministério da Educação (ME) no encerramento de estabelecimentos de ensino no distrito de Bragança.

Recorde-se que, inicialmente, o Governo pretendia fechar as portas das escolas com menos de 21 alunos, uma situação que motivou protestos de pais, professores e autarquias.

Depois das manifestações locais, a tutela decidiu, agora, manter algumas escolas abertas com pouco mais de uma dezena de crianças, bem como a escola do Toural, que tem cerca de 60 alunos, mas poderiam ser integrados no Centro Escolar de Santa Maria.
Em Bragança, a par do Toural, também Samil e Espinhosela vão continuar a ter a escola aberta durante o próximo ano lectivo.

O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, mostra-se satisfeito com o recuso do ME e lembra que, inicialmente, o processo estava a ser conduzido sem informação e, até, “sem respeito por algumas pessoas e instituições”.

O edil admite, ainda, que o processo de reestruturação escolar tem que ser contínuo e poderá caminhar no sentido de construir outro centro escolar, possivelmente na freguesia de Samil.

Na Terra Quente a única alteração é a manutenção da escola de Seixo de Manhoses, que também motivou o protesto da população. Este estabelecimento, com cerca de 12 alunos, vai continuar aberto, visto que havia turmas na escola do 1.º Ciclo de Vila Flor que iriam ultrapassar o número máximo de alunos.

Além disso, o coordenador da Equipa de Apoio às Escolas da Terra Quente e Sabor, Manuel Pires, lembra que com as grandes obras que estão a decorrer naquela zona do distrito, o número de alunos pode sofrer um ligeiro aumento, tal como aconteceu no Felgar.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-08-01
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MensagemAssunto: Só mudanças radicais podem aproximar Portugal da Finlândia   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSeg Ago 02, 2010 10:51 am

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Só mudanças radicais podem aproximar Portugal da Finlândia

por ELISABETE SILVA
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1325715

Alterações no currículo, na carga horária e no apoio são algumas das questões.

A ministra da Educação, Isabel Alçada, pretende aproximar o sistema educativo português do aplicado nos países nórdicos. A ideia principal é acabar com os chumbos, mas, para que tal seja possível, na Finlândia o acompanhamento dos alunos é muito mais activo e próximo do que em Portugal, o programa curricular não é tão disperso e ainda tem de se salientar o facto de o ensino ser gratuito.

As diferenças para a realidade portuguesa são gritantes e, para sindicatos, associações de pais e partidos políticos, a ideia de Isabel Alçada pode ser mesmo vista como utópica, a não ser que sejam feitas mudanças profundas.

O professor universitário José Manuel Canavarro considera que o currículo em Portugal "se dispersa por várias áreas", destacando que se ultrapassa a dezena de disciplinas. "No ensino secundário já há alguma liberdade de escolha. Se calhar no 2.º e 3.º ciclos também poderia ser possível, mas sempre com uma 'ementa' fixa", afirmou.

Ou seja, para José Manuel Canavarro, o ideal seria existir um programa obrigatório que incluísse disciplinas como Português, Matemática, ciências experimentais e História. Reduzir o número de disciplinas contribuiria para que as escolas tivessem a possibilidade de incluírem temas que considerassem importantes.

Na Finlândia, as crianças começam a frequentar a escola aos sete anos e podem optar por áreas que se interessem mais, além das disciplinas obrigatórias. A carga horária é também mais reduzida.

"Em Portugal também se poderia pensar num regime horário menos rígido. Isto é, nas disciplinas obrigatórias deveria existir um número de horas que tem de ser cumprido, mas as escolas terem liberdade de escolher se as aulas são de 50, 60 ou 90 minutos."

Uma das questões mais delicadas é o apoio que os alunos com mais dificuldades recebem. Na Finlândia, todas as crianças têm acesso a este apoio, que pode mesmo ser individualizado. Não são feitas distinções entre prodígios ou crianças com dificuldades. Os professores orientam os alunos de acordo com a necessidade de cada um.

José Manuel Canavarro deu ainda o exemplo de Inglaterra, no qual não são os professores a dar este apoio. "Há um conjunto de pessoal de apoio, que permite que os professores se concentrem no que fazem melhor: ensinar", referiu.

Em Portugal, os docentes enfrentam muita burocracia, ao contrário do que acontece noutros países, como a Finlândia, retirando tempo para se concentrarem mais em preparar as aulas e apoiar os alunos.

Mas há bons exemplos. "Alguns programas formaram professores que só dão apoio, não leccionam. Trabalham essencialmente em concelhos problemáticos e têm alcançado bons resultados", destacou.

Portugal enfrenta também o problema das mentalidades. O professor universitário realça que muitas famílias não dão importância à escola: "É necessária uma intervenção de outro nível. Na Finlândia há uma cultura de responsabilização e inovação."

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MensagemAssunto: Lista final do ministério revela mudanças em três regiões   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Ago 19, 2010 3:57 pm

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Lista final do ministério revela mudanças em três regiões

por ANA BELA FERREIRA, PATRÍCIA JESUS e ANA MAIA
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1332055

Em Lisboa e Vale do Tejo fecham mais duas que o previsto, no Algarve mais uma. Centro fica com mais três abertas

O Ministério da Educação (ME) divulgou ontem a lista de escolas do 1.º ciclo com menos de 21 alunos que já não abrem em Setembro. A lista final mostra que há concelhos que ficam reduzidos a uma escola. O mais afectado é Lamego, que encerra 21. Região Norte (384) tem mais de metade dos fechos. Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (2) e do Algarve (1) fecham mais escolas do que inicialmente previsto, ao contrário do Centro, que mantém mais três escolas. O ME consegue assim o número de encerramentos programado.

A Associação de Municípios mostra-se descontente por não ter recebido a lista antes de ser divulgada. Entre os concelhos que ficam reduzidos aos mínimos estão Sabrosa, Meda, Óbidos, Carrazeda de Ansiães, Murça e Peso da Régua. Este é o número mínimo de escolas por concelho, e o Ministério da Educação (ME) garante que nenhum vai ficar sem estabelecimentos do 1.º ciclo.

Em Sabrosa, Vila Real, vão fechar todas as escolas, ficando os 216 alunos na sede de concelho, num centro escolar. O vice-presidente da câmara, Domingos Carvas, disse ao DN que já estava à espera destes encerramentos. Agora, "a autarquia está preocupada com as negociações das comparticipações do Estado na rede de transportes e refeições", porque o custo da concentração de alunos "é altíssimo".

No concelho de Lamego, onde fecham 21 escolas primárias e apenas cinco ficam abertas, o presidente da câmara ainda não está convencido de esta ser a melhor decisão. "É uma situação que me causa muitas dúvidas mas que não podia deixar de fazer tendo em conta as indicações de alguns especialistas que os centros escolares são uma forma de combater o insucesso e o abandono", admite Francisco Lopes.

Para o autarca, estes encerramentos são um duro golpe para as comunidades onde estavam inseridas e um peso financeiro para as câmaras. "Só em transporte escolar serão 600 mil euros. Temos um diferendo com o ME, porque só quer pagar 300 euros por aluno deslocado e de escolas que tenham menos de dez alunos. Estão a propor um valor de 120 mil euros, um quinto dos gastos."

A Associação Nacional de Municípios Portugueses admite que ainda não conhece a lista final das escolas. Mas António José Ganhão, responsável pela área da Educação, deixa uma promessa de contestação.

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MensagemAssunto: Escolas de Vinhais têm anúncio de encerramento mas vão continuar a funcionar   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSex Ago 20, 2010 3:51 pm

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Penhas Juntas e Ervedosa
Vinhais


Escolas de Vinhais têm anúncio de encerramento mas vão continuar a funcionar

Duas escolas do concelho de Vinhais, no Nordeste Transmontano, constam da lista das 700 encerradas pelo Ministério da Educação mas ainda vão abrir em Setembro, como outras no país, por condicionalismos locais à concentração de alunos.

A distância foi o que pesou no caso de Penhas Juntas e Ervedosa, Vinhais, que são consideradas escolas suspensas segundo contou à Lusa o presidente da Câmara, Américo Pereira.

O autarca socialista é adepto da concentração de alunos que considera “um princípio correto”, mas existem condicionalismos impossíveis de ultrapassar como é o caso das distâncias geográficas neste concelho.

“Fica muito caro e pondo no prato da balança o benefício de integrar em escolas grandes e o custo da deslocação e o sacrifício que implica para as crianças, é melhor que algumas se mantenham abertas”, disse.

Por esta razão, Penhas Junta com 18 crianças e Ervedosa “ainda com menos”, segundo o autarca, estão oficialmente desactivadas mas continuam abertas indefinidamente até se encontrar uma solução para estas crianças.

Com pouco mais de dez mil habitantes espalhados por 35 freguesias e mais do triplo de localidades, restam neste concelho do Parque Natural de Montesinho cinco escolas do primeiro ciclo em Vilar de Lomba, Rebordelo, Penhas Juntas, Ervedosa e na da sede de concelho.

O encerramento de escolas com menos de 20 alunos teve outras excepções no Distrito de Bragança como Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, e Castro Vicente, em Mogadouro, que aguardam por um novo centro escolar.

O distrito de Bragança perde 17 escolas nesta fase da reforma da rede escolar, uma decisão pacífica, já que o Ministério da Educação deixou de fora todas aquelas onde houve protestos dos pais antes da decisão.

Esta região soma já três concelhos em que um pólo escolar substituiu todas as antigas primárias, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta e Alfândega da Fé.

Entre as 17 escolas que fecham em Setembro estão sete de Carrazeda de Ansiães e uma, a de Cabanas, em Torre de Moncorvo, concelho onde permanecem abertas apenas duas escolas rurais em Carvalhal e Felgar, além da sede de concelho.

A cidade de Macedo de Cavaleiros perde quatro escolas e além da que vai concentrar as crianças na sede de concelho ficam apenas abertas as escolas de Morais e Chacim, no meio rural.

A capital de distrito, Bragança, vai concentrar as crianças em dois novos pólos escolares e encerrar quatro escolas: Estacada, São Sebastião, Loreto e Estação e quatro turmas do Campo Redondo.

O distrito de Bragança tem cerca de 16 mil alunos desde o jardim de infância ao superior.


Lusa, 2010-08-20
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MensagemAssunto: Videovigilância instalada em 700 escolas já em Setembro   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Ago 26, 2010 11:01 am

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Videovigilância instalada em 700 escolas já em Setembro

por RITA CARVALHO,
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1334669

Até Dezembro, mil escolas estarão equipadas com rede de câmaras destinada a reforçar a segurança, dentro e fora do espaço

Cerca de 700 escolas dos 2.º e 3.º ciclo e secundário vão arrancar este ano lectivo com o sistema de videovigilância, número alargado para mil, até Dezembro. Outros 200 estabelecimentos de ensino aguardam a conclusão das obras de requalificação levadas a cabo pela Parque Escolar, para poderem instalar a rede de câmaras.

Os números foram avançados ao DN por fonte oficial da ONI, a empresa que ganhou o concurso público lançado há dois anos pelo Ministério da Educação e que prevê equipar 1200 escolas com esta rede de vigilância. Depois da polémica instalada entre a ONI e a Compta (ver caixa), e dos atrasos motivados pela impugnação do mesmo, e pela intervenção do Tribunal de Contas, a rede vai mesmo avançar na maioria das escolas já em Setembro. O projecto terá um custo de 24 milhões de euros, diluído ao longo de três anos.

No arranque do ano lectivo, haverá 700 escolas com o sistema completamente instalado e pronto a funcionar. Aliás, "um número significativo destas escolas já funcionou no ano lectivo anterior", explicou a ONI. E a inovação, garante a empresa, teve "uma recepção muito positiva por parte das escolas e das direcções regionais". Nos restantes 300 estabelecimentos, a rede está ainda a ser instalada e preparada, mas ficará operacional até ao Natal.

Para mais tarde ficam as 200 escolas secundárias onde a Parque Escolar está a intervir. Nessas, "foi necessário redefinir e recalendarizar o planeamento do projecto".

A instalação deste serviço gerou polémica. Por um lado, porque as câmaras levantavam dúvidas sobre a garantia de privacidade de alunos, professores e funcionários. Por outro, porque a Compta, discordando da adjudicação à ONI, acusou o ministério de falta de transparência e de optar por uma solução dez milhões de euros mais cara. A empresa apresentou mesmo uma providência cautelar para travar o processo. O caso viria a ser desbloqueado pelo Tribunal de Contas, que aprovou o contrato com a ONI.

Para garantir a privacidade, a Comissão Nacional de Protecção de Dados estabeleceu regras para a instalação das câmaras nas escolas. Não podem estar direccionadas para zonas de recreio e salas de aula, mas apenas em locais de acesso à escola e nas suas imediações, explicou ao DN Isabel Cruz, da comissão. Foi ainda criado um mecanismo electrónico para agilizar a autorização dada pela comissão a cada escola

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MensagemAssunto: PR promulga Execução de Penas e Estatuto do Aluno   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Ago 26, 2010 12:04 pm

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PR promulga Execução de Penas e Estatuto do Aluno

por PAULA SÁ
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1334677

Cavaco tem ainda entre mãos os 'chips' que permitirão as portagens nas Scut e o corte nos salários dos gabinetes do Governo

O Presidente da República deu ontem luz verde a mais dois diplomas que tinha levado para apreciação na sua bagagem de férias: a alteração ao Código de Execução de Penas e o novo Estatuto do Aluno. O PR tem ainda entre mãos a redução em 5% do salário dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis e os chips que permitem introduzir portagens nas Scut.

Cavaco Silva ficou satisfeito com as alterações introduzidas no Código de Execução de Penas no que toca ao regime de colocação dos reclusos em regime aberto no exterior. De uma simples autorização da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, evoluiu-se para a obrigatória homologação prévia dessa decisão pelo Tribunal de Execução de Penas.

Cavaco Silva tinha mostrado reservas ao anterior diploma, tanto mais que há precisamente um ano pediu a sua fiscalização preventiva ao Tribunal Constitucional. Apesar de o TC ter deliberado pela constitucionalidade do regime de colocação dos reclusos em regime aberto, o Chefe do Estado considerava que havia o risco para vítimas de alarme social pela possibilidade de um preso ficar naquelas condições sem a intervenção de um juiz.

Quem se apressou ontem a lamentar a promulgação foi o CDS, que mantém a ideia de que o diploma constitui "um erro e um péssimo serviço à justiça portuguesa". O deputado centrista Nuno Magalhães avisou, aliás, que para o CDS o processo "não está encerrado", deixando no ar a ideia de que o seu partido poderá apresentar no Parlamento novas alterações ao Código.

O mesmo CDS teve uma postura inversa perante a segunda promulgação do dia em Belém. Os centristas congratularam-se com o "sim" do Presidente ao novo Estatuto do Aluno, diploma que tinha sido votado favoravelmente na AR pelo PS e CDS, a 22 de Julho, na última sessão plenária.

O novo Estatuto acaba com as provas de recuperação de alunos com excesso de faltas, volta a distinguir faltas justificadas e injustificadas e determina que o "incumprimento reiterado" do dever de assiduidade determina a "retenção" do aluno, ou seja, o seu chumbo. No 1.º ciclo do ensino básico, o aluno não poderá exceder as dez faltas injustificadas e nos restantes ciclos as ausências não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina.

Associações de directores auscultadas pela Lusa consideraram necessário "dois meses" para adoptar o novo Estatuto aos regulamentos das escolas. Pelo que o ano lectivo, que começa entre 8 e 13 de Setembro , irá arrancar ainda sem as novas regras.

Belém tem vindo a despachar positivamente os diplomas aprovados na recta final do Parlamento. Cavaco, que até já tinha confessado "não me parece que existam diplomas muito complexos" entre aqueles, promulgou o novo regime das uniões de facto e o pacote da corrupção.

O PR tem agora que decidir sobre o diploma dos chips que permitem as portagens nas Scut, "cozinhado" entre Governo e PSD; e o diploma que prevê um corte de 5% no ordenados dos membros dos gabinetes do Governo, dos autarcas e governadores civis.

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MensagemAssunto: Um terço das crianças salta o pequeno-almoço   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeDom Set 05, 2010 3:14 pm

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Um terço das crianças salta o pequeno-almoço

por PATRÍCIA JESUS
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1338226

Estudo britânico revela dados preocupantes. Nutricionistas e professores dizem que realidade portuguesa é semelhante. E alertam para os riscos para a saúde e aprendizagem.

Os especialistas portugueses admitem que um terço das crianças não tome o pequeno-almoço antes de ir para a escola, à semelhança do que revela um estudo britânico. Segundo a investigação, publicada no European Journal of Clinical Nutrition, os alunos entre os 10 e os 16 anos que saltam esta refeição têm maior probabilidade de serem inactivos e obesos.

A presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, Alexandra Bento, e os professores acreditam que a realidade nacional não é muito diferente. A APN diz que não existem estudos em Portugal sobre o tema, mas teme que o número seja preocupante - "porque além das que não tomam pequeno-almoço, temos um número grande de crianças que não faz uma refeição correcta ou completa", diz Alexandra Bento.

Uma falha alimentar que tem consequências imediatas no rendimento escolar: aumenta o cansaço, a falta de concentração e de atenção, explica.

E há consequências a longo prazo para a saúde, porque favorece o aparecimento das doenças crónicas civilizacionais, como a obesidade e a diabetes, acrescenta. Por isso, "é importantíssimo as crianças tomarem o pequeno-almoço antes de saírem para a escola", conclui.

E o que tem um bom pequeno--almoço? "Há muitas opções, mas deve ter leite ou equivalente, como iogurtes ou queijo, hidratos de carbono de absorção lenta, como os que são fornecidos pelo pão ou pelos cereais, e, finalmente, fruta ou sumos de fruta." Mas cuidado com o tipo de cereais e produtos consumidos, porque muitos têm quantidades desaconselháveis de açúcar, alerta a nutricionista.

"Obviamente isto implica alguns minutos de preparação por parte dos pais e alguns minutos da manhã da criança, e o ritmo acelerado do dia nem sempre favorece essa preparação", reconhece Alexandra Bento.


Sem tempo ou sem dinheiro


Por outro lado, salienta que no País existem muitas realidades: em paralelo às famílias que não planeiam o pequeno-almoço, há as que "simplesmente não têm dinheiro para alimentar as crianças", diz. "Às vezes passa apenas por educar os pais, porque o custo de um pequeno-almoço no café quase que chega para pagar uma refeição correcta em casa durante toda a semana."

Nestes casos, compete às instituições identificar e arranjar soluções para estas crianças, diz a nutricionista. Salienta a importância dos programas para distribuir frutas nas escolas e defende que devem ser apostas mais alargadas. Aliás, no ano passado, a ministra da Saúde, Ana Jorge, chegou a referir que temia encerrar as escolas, a propósito da pandemia de gripe A, porque estas eram a fonte da única refeição de muitas crianças.

O professor Ramiro Marques, que comentou o estudo no seu blogue, disse ao DN que recebeu mensagens de muitas colegas, professoras no ensino básico, que confirmaram esta percepção de que muitas crianças portuguesas vão para a escola sem tomar pequeno-almoço.

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MensagemAssunto: Fuga de alunos do privado entope escolas públicas   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeTer Set 07, 2010 12:31 pm

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Fuga de alunos do privado entope escolas públicas

por RITA CARVALHO
Hoje

Educação e ensino - Página 4 Ng1338891

Abandono de privados gerou conflitualidades na rede pública, pois alunos só querem as melhores escolas. Há dias, alguns ainda não sabiam se tinham lugar.

O aumento da saída de alunos dos colégios privados para o sector público está a criar problemas na colocação destes estudantes nalgumas escolas. Na semana passada, a poucos dias do arranque do ano lectivo - marcado para amanhã -, ainda havia estudantes na zona de Lisboa e do Porto que não sabiam se tinham lugar na escola pública a que se tinham candidatado. Problema reconhecido por pais, directores e pelos próprios colégios.

A denúncia foi feita ao DN pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que diz que esta situação tem gerado "alguma conflitualidade" nas escolas. Adalmiro Botelho da Fonseca explica que, quando abandonam os colégios, os alunos escolhem "as melhores públicas dos rankings divulgados pelos media", e depois, "é difícil conciliar estas vontades". O fenómeno é recente e a pressão acontece sobretudo nas grandes cidades e sobre um universo restrito de escolas bem conotadas. E no ensino secundário, quando os alunos escolhem uma área pedagógica e finalizam um ciclo de aprendizagem.

Na semana passada, no Porto e em Lisboa ainda havia alunos por colocar, à espera de saber se ocupavam vaga na escola pretendida, diz Adalmiro Fonseca. Isto também porque a decisão de abrir mais uma turma compete ao ministério e não fica ao critério de cada escola. "Mas neste momento, admito que se trate apenas de casos pontuais."

Em Lisboa, num dos liceus mais antigos da capital, o Pedro Nunes, houve um aumento significativo dos alunos oriundos de colégios. Um fenómeno já herdado do ano anterior e que atrai até alunos de zonas mais distantes, mesmo quando não se assumem as dificuldades financeiras e se apresenta a mudança de residência como argumento. Mesmo assim, garantiu ao DN a direcção da escola, as turmas já estão completas. No liceu Maria Amália, também no centro de Lisboa, o número de turmas de 10.º ano manteve-se nos 13, tal como no ano anterior. Mas houve jovens que não conseguiram lugar.

O presidente da ANDAEP dá ainda o exemplo da zona de Cascais, onde, segundo contas da associação, este ano terão saído alunos suficientes para criar oito turmas na rede pública.

A Secundária da Cidadela, em Cascais, informou que mantém a tendência no número de alunos vindo dos privados, ao passo que na Secundária de Cascais não se sentiu um impacto grande - até porque a escola começa só no 10.º ano -, embora para aí sigam habitualmente alunos dos colégios.

O sector privado sente o impacto da saída de alguns alunos mas nega que haja um problema generalizado. Rodrigo Queiroz e Melo, da Associação Nacional de Estabelecimentos de Ensino Privado, diz que "não se trata de uma migração massiva que vai levar ao encerramento de colégios mas apenas à redução do número de alunos por turma". Aliás, acrescenta, este não é tanto um problema de quantidade de alunos mas mais de "capacidade reivindicativa das famílias". Ou seja, "quem sai são alunos que sabem quais as melhores públicas e fazem bastante pressão para aí conseguirem lugar". Os pais estão bem informados e mobilizam-se para conseguir um lugar na escola que querem, mesmo que não seja a da sua zona de residência.

Contra esta tendência de redução estão as escolas da Cooperativa Fomento, ligadas ao Opus Dei. Aqui há alunos a entrar e a sair, mas o saldo tem sido positivo. Ali, não há reflexo da crise.

In DN

Educação e ensino - Página 4 Outtahere
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MensagemAssunto: Dirigentes associativos debateram ensino superior em Vila Real   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Set 09, 2010 4:47 pm

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Movimento estudantil
Vila Real


Educação e ensino - Página 4 Enda_2010

Dirigentes associativos debateram ensino superior em Vila Real

Decorreu no passado fim-de-semana o Encontro Nacional de Direcções Associativas, que reuniu em Vila Real, representantes de dezenas de associações de estudantes do ensino universitário e politécnico.

Foram debatidos vários assuntos, mas o foco recaiu sobre o novo regulamento de atribuição de bolsas aos estudantes do ensino superior, que foi publicado pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior, na passada sexta-feira.

O primeiro documento apresentado em Junho deste ano foi amplamente criticado pelo movimento estudantil, que exigiu alterações, uma vez que sob estas linhas, previa-se uma diminuição acentuada do número de alunos a beneficiar dos apoios sociais.

Perante a exigência dos dirigentes em fazer parte desta discussão, o MCTES reuniu por diversas vezes com vários elementos de direcções académicas, que deram o seu contributo para este novo documento.
Os dirigentes, reunidos em ENDA, aplaudiram a introdução de várias normas, defendidas há já cerca de seis anos pelos estudantes.

O princípio da linearidade, contratualização e o princípio da verdade declarativa, que estão vertidos no novo regulamento, foram considerados, de uma forma geral, muito positivos e um avanço considerável em relação ao regulamento em vigência.

No entanto, os dirigentes associativos, alertaram para a necessidade de continuar a participar na conclusão deste processo, uma vez que faltam ainda definir as normas técnicas, fundamentais para a materialização do novo regulamento.

Neste ENDA, os dirigentes associativos discutiram ainda a rede nacional de ensino superior, tendo concluído que é necessária uma reestruturação urgente, que tenha em conta a necessidade de assegurar a qualidade de formação e a racionalização da oferta, tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho, sem, no entanto, comprometer as expectativas de formação do estudante.
O desemprego nos recém-licenciados e a implementação do processo de Bolonha foram também alvo de debate pelo movimento associativo.

No ENDA UTAD foi ainda eleito Rui Carvalho, da Associação Académica de Coimbra, como representante dos estudantes no Conselho Coordenador do Ensino Superior, enquanto Ricardo Morgado, presidente da Federação Académica do Porto, foi eleito como representante dos estudantes do ensino superior no Conselho Nacional de Educação.

, 2010-09-09
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MensagemAssunto: Toural ganha a batalha e escola continua aberta   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Set 09, 2010 4:54 pm

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Protestos dos pais venceram
Bragança


Toural ganha a batalha e escola continua aberta

Ao contrário do previsto, a Escola Básica (EB) do Toural, em Bragança, mantêm-se aberta. Os protestos dos pais venceram as determinações do Ministério da Educação. O ano escolar começou, deste modo, com alegria pela vitória na batalha travada.

Por terem conseguido manter a unidade aberta por mais um ano, foi com sorrisos de alegria que ontem, quarta-feira, às 9 em ponto, alunos e pais voltaram a cruzar o portão. “Estamos muito satisfeitos. O centro escolar é longe e fica fora de mão à maioria das famílias”, referiu Sandra Correia, mãe de uma menina de 8 anos.

Inicialmente, previa-se que a escola, com mais de 50 alunos, encerrasse este ano e as crianças fossem transferidas para o novo centro de Santa Maria. Pais e professores uniram-se e acabaram por levar a Câmara de Bragança recuar na decisão. As famílias queixavam-se da falta de transportes públicos para o pólo escolar, que consideram distante. A situação da instituição foi reapreciada pela Direcção Regional de Educação do Norte, que acabou por concordar com a sua manutenção.

A vontade popular prevaleceu sobre as determinações das leis e as indicações do ministério. Os pais recorreram a manifestações públicas, troca de correspondência com a tutela e reuniões com a Câmara. O agrupamento de Escolas de Augusto Moreno, que tutela a EB do Toural, esteve sempre do lado dos pais.

Ontem, quarta-freira, a directora do agrupamento, Emília Estevinho, estava tão contente como os eles. “Esta escola é uma mais-valia para alunos e famílias, está bem localizada e tem boas instalações, que sofreram obras recentes”, assegurou.

A unidade, única do distrito que dispõe de sala para acompanhar alunos surdos-mudos, recebe crianças de escolas de concelhos de Vila Real. Dispõe de biblioteca e de um grande recreio. Emília Estevinho não prevê que pais e alunos se arrependam de ter lutado por ela, perante a novidade do centro escolar, “que tem muito boas condições”, mas está aquém da lotação máxima. Tem 200 alunos, mas a capacidade excede os 300. Para a docente, o novo equipamento situa-se longe da maioria dos bairros da cidade.

Glória Lopes in JN, 2010-09-09
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MensagemAssunto: Centro Escolar de Carrazeda abre sem condições    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeQui Set 09, 2010 4:59 pm

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Abre a 13 de Setembro
Carrazeda de Ansiães


Educação e ensino - Página 4 Centro_escolar_crz

Centro Escolar de Carrazeda abre sem condições

Obra que custou 1,3 milhões de euros não tem recinto desportivo, nem coberturas para proteger as crianças no Inverno

A sede do Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães começa a funcionar no dia 13 de Setembro, mas sem todas as condições necessárias para o desenvolvimento da prática lectiva. Uma das falhas mais notórias é a falta de um recinto para a prática de desporto, admitiu o presidente da Câmara, José Luís Correia.

A Câmara está a envidar todos os esforços para concluir as obras e para ter tudo a postos para receber os alunos, mas o agrupamento têm falhas estruturais de projecto. “Também não existe uma área suficiente para o recreio, além de que o espaço que existe não apanha sol, pelo que no Inverno se vai transformar numa pista de gelo”, assegurou o edil, eleito no final de 2009 e que já apanhou o processo de construção do agrupamento em curso.

Entre as carências contam-se ainda a inexistência de uma cobertura entre o edifício onde decorrem as aulas e a cantina. “Quando estiver mau tempo, os estudantes vão molhar-se e apanhar frio”, frisou o presidente, que considera que o imóvel não foi dimensionado tendo em conta os 247 alunos que o vão frequentar.
O edifício custou 1,3 milhões de euros, mas está longe de “poder contemplar todas as valências necessárias ao desenvolvimento da prática lectiva”, acrescentou José Luís Correia.

Autarca de Carrazeda considera que a concentração dos alunos da vila não é a melhor opção

Para remediar a falta de um pavilhão desportivo no novo centro escolar, as aulas de ginástica poderão decorrer no ginásio da Escola Secundária de Carrazeda de Ansiães, desde que a direcção autorize, mas este equipamento também está em mau estado de conservação. “Está em péssimas condições e também não há condições para fazer o transporte dos alunos para lá”, afirmou o autarca. Ainda assim, José Luís Correia garante que vão fazer tudo o que estiver ao alcance do município para criar as melhores condições aos estudantes.

O edil está ainda convencido que a concentração de todas as escolas no centro escolar não é a melhor alternativa para o ensino no concelho. “Isso é discutível. Pode ser melhor em termos pedagógicos, resta saber se o é em termos sociais e económicos. Resta saber se os ganhos em termos pedagógicos e de aprendizagem compensam tudo o resto, nomeadamente a nível social”, sustentou José Luís Correia.

O concelho de Carrazeda de Ansiães perde este ano os seis pólos escolares que funcionaram no ano lectivo de 2009/2010 e que já concentravam crianças de várias aldeias, nomeadamente Castanheiro do Norte, Fontelonga, Linhares, Pombal, Selores e Vilarinho da Castanheira.

Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-09-09
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MensagemAssunto: Escola de Bragança coloca pela primeira vez dez alunos em Medicina   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeSeg Set 13, 2010 3:00 pm

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Escola Sec. Miguel Torga
Bragança


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Escola de Bragança coloca pela primeira vez dez alunos em Medicina

Os resultados do acesso ao Ensino Superior revelaram-se um marco para uma escola secundária de Bragança que, pela primeira vez, regista a entrada em simultâneo de dez dos seus alunos em Medicina, adiantou hoje fonte da direcção.

\"Este ano tivemos o privilégio de ter um conjunto de alunos excepcional\", disse à Lusa José Carrapatoso, presidente da direcção da Escola Secundária Miguel Torga, em Bragança.

Entre os 60 alunos que concluíram o 12.º ano, duas alunas foram as melhores da escola com médias de 19,8 e 19,7 e estão no grupo de dez que entrou em Medicina.

Os restantes dos dez futuros médicos tiveram médias superiores a 18,5.

Nem todos conseguiram entrar nos mais ambicionados, a Faculdade de Medicina e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, onde os últimos colocados tiveram 18,52 e 18,35.

Mas as médias, em geral, dos dez novos caloiros de Bragança são superiores ao valor mínimo registado nas entradas em Medicina, que é de 17,82 valores, pelo que a direcção da Miguel Torga acredita que todos conseguiram entrar em alguma das seis faculdades públicas de Medicina do país.

Os órgãos dirigentes da Escola Secundária Miguel Torga aguardam ainda pela confirmação \"oficial\" da lista de ingresso, que só será disponibilizada à meia noite.

Porém, já ninguém duvida de que a escola de Bragança nunca assistiu \"a tão grande número de alunos que entraram em Medicina de uma só vez e para a primeira opção\", como disse José Carrapatoso.

Estes alunos frequentam a escola desde o sétimo ano e o diretor acredita que \"o belíssimo trabalho\" realizado foi resultado da \"inteligência e trabalho dos alunos e do método da escola, que apela aos valores associados ao sucesso escolar e educativo\".

O director da escola tem \"esperança\" também que estes resultados possam vir a revelar-se no futuro um contributo para minimizar o maior problema da Saúde, que é a falta de médicos, em regiões do Interior como Bragança.

\"Temos esperança que daqui a seis anos possam regressar a Bragança. São jovens que gostam muito da sua terra e são muito dedicados a Bragança\", afirmou.


JN, 2010-09-13
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MensagemAssunto: Apesar dos atrasos ao nível da construção foi possível concluir a obra a tempo    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeTer Set 14, 2010 1:09 pm

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Centro Escolar da Sé lotado
Bragança


Apesar dos atrasos ao nível da construção foi possível concluir a obra a tempo

Novos equipamentos ultimados em contra relógio para receberem os alunos no início do ano lectivo
O Centro Escolar da Sé, em Bragança, abre as portas, na próxima segunda-feira, com as 10 salas do 1º Ciclo completamente cheias. O novo equipamento foi ultimado em tempo recorde para poder receber os alunos no primeiro dia de aulas.

Apesar dos atrasos ao nível da construção foi possível concluir a obra a tempo de ser vistoriada pelos técnicos da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), estando, neste momento, a ser terminados os últimos pormenores. “O espaço está vistoriado, os equipamentos estão instalados. Pode faltar um pouco de relva, mas nada que possa comprometer a abertura”, garante o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes.

Os contratempos que surgiram no decorrer da obra deveram-se, segundo o edil, à crise. “As empresas não conseguem fazer stocks para fornecer de imediato os empreiteiros, estes, por sua vez, não têm dinheiro para pagar por antecipação os materiais e a administração pública também não tem recursos para antecipar pagamentos, nem o pode fazer legalmente”, justifica o autarca.

Já o Centro Escolar de Santa Maria abriuas portas, com, apenas, oito salas do 1º Ciclo ocupadas. Apesar das “excelentes condições”, este equipamento fica com duas salas livres, que poderão ser preenchidas no ano seguinte, visto que os pais podem optar pela escola onde querem inscrever os filhos e os centros escolares têm melhores condições do que alguns estabelecimentos da cidade que se mantêm abertos.

“ São instalações modernas, bem projectadas, com bons materiais. Os responsáveis da DREN na visita que fizeram aos centros escolares realçaram a elevada qualidade destes centros no quadro dos equipamentos que estão a ser construídos na região Norte”, realça o autarca.

No futuro, Jorge Nunes garante que tem que ser equacionada a construção de mais dois centros escolares, para servir a parte sul-poente da cidade.
Em relação ao pré-escolar vão abrir, apenas, quatro turmas em cada centro escolar, de modo a que os privados possam reestruturar a sua oferta ao longo do tempo, visto que os novos equipamentos têm capacidade para oito turmas, que irão abrir de forma faseada.

Os dois novos equipamentos de ensino representam um investimento global na ordem dos 5 milhões de euros.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-09-14
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MensagemAssunto: As novas escolas só não têm terra para jogar ao berlinde   Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeDom Set 19, 2010 3:08 pm

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Nova vida

As novas escolas só não têm terra para jogar ao berlinde

Foi o polémico fecho das escolas do 1.º ciclo que ditou a transferência de milhares de alunos para os novos centros. Um processo que sobressaltou pais, indignou autarcas e ateou críticas ao poder central, por despovoar as aldeias e levar as crianças para longe de casa, onde passam todo o dia.

Mas que, salvo críticas pontuais, se foi pacificando assim que as rotinas se instalaram. O DN foi conhecer três centros, dois em Trás-os-Montes (Freixo de Espada à Cinta e Carrazeda de Ansiães) e um em Pombal


Fátima solta a mão da mãe, despede-se com um beijo rápido e embarca no autocarro. Lá dentro já se instalou Rosinha, as irmãs, e meia dúzia de crianças que seguem para o centro escolar em Freixo de Espada à Cinta, onde está também a escola do 2.º e 3.º ciclos. Hoje, o transporte não pôde ir buscá-las ao centro de Lagoaça, pois a festa da aldeia plantou um palco no largo, impedindo a manobra e a recolha dos alunos. As festividades mais aguardadas do ano reflectem-se também no rosto sonolento de quem entra de mochila às costas e nos lugares que ficam vazios. "Muitos nem aparecem. Os professores já sabem que é assim", explica Sérgio, o funcionário da autarquia que leva e traz os meninos de casa à porta da escola.


São 08.20 do primeiro dia de aulas a sério. Mas Fátima, 10 anos, segue tranquila, sem medos. Apesar de ter ainda 24 quilómetros de curvas pela frente e de saber que vai passar o dia todo longe de casa, já não sofre os terríveis enjoos que a faziam vomitar diariamente e até obrigaram a mãe a comprar uma pulseira para o enjoo. Na escola da vila também já se habituou à sopa do refeitório.

Há quatro anos, quando foi dada ordem de encerramento à escola de Lagoaça, Fátima percebeu que não ia fazer a primária no mesmo local das outras crianças da aldeia. Aí já só havia 11 alunos e uma turma única do 1.º ao 4.º ano, o que prejudica a aprendizagem, dizem os especialistas. Mas a mãe foi das que aderiram ao boicote e saiu à rua em defesa da escola. Nesse ano houve um forte impulso ao reordenamento da rede escolar. Estavam reunidos os mesmos argumentos que levaram agora ao fecho de 700 escolas.

"As pequerruchinhas começaram a ir para tão longe com seis anos. Já viu, coitadinhas...", recorda Marília Caldeira, que considera que a aldeia tinha dimensão para manter a escola. Hoje, a polémica está pacificada, garante, recebendo o olhar de concordância de Sérgio, que ainda se lembra de como iam "aterrorizados" os mais novos naquele primeiro ano. "Depois, ela aprendeu com as outras. E hoje está mais do que habituada", remata a mãe. De passagem, o presidente da junta de freguesia, impulsionador do protesto, acrescenta: "Discordava da falta de condições e segurança no transporte. Tudo se resolveu."

No autocarro encarnado e branco, Rosinha é das poucas meninas - das quatro de Lagoaça a frequentar o 1.º ciclo - que hoje vêm à escola. Ao contrário das irmãs, Lizandra, no 4.º ano, e Fátima, no 6.º, já não estudou na aldeia e foi logo para Freixo, onde sonha estudar para professora. Só regressará a casa às 18.00. "Quando sair, se ainda tiver tempo, vou brincar e andar de bicicleta. Senão faço só os deveres", diz, envergonhada.

Jorge, com 11 anos e no 6.º, foi um dos que viveram a mudança, logo após entrar para o 1.º ano, e recorda com saudade a escola antiga. "Depois dos deveres, ainda tinha tempo de jogar à bola. Agora, no Inverno, já é de noite..." "Foi um bocadinho difícil", confessa. Mas o que tem de ser tem muita força e, com isto, Jorge até ganhou aulas de Inglês e Ginástica. Afinal, só antecipou em dois anos o que era inevitável no 4.º ano: ir para Freixo.

Depois da sinuosa estrada para Mazouco, onde a escola fechou há cinco anos, e já a chegar à vila, perto das 08.45, Sérgio leva Rosinha pela mão até à professora Fábia, que dá aulas ao 2.º ano. Ao mesmo local chegam autocarros de Poiares e Ligares, freguesias também sem escola desde 2006.

Foi nesse ano que fecharam as quatro primárias que ainda resistiam no concelho e, juntas, não somavam 40 alunos. Tudo se concentra no Freixo. Como o centro escolar se ergueu na antiga primária da vila, e as obras não estavam concluídas na altura, as crianças das aldeias foram instaladas na Escola Básica 2/3. Há dois anos, mudaram-se todos para o requalificado edifício que ganhou mais três salas e turmas para cada nível de ensino. Mas não um refeitório, como tanto desejavam os pais.

"Aproveitámos a primária antiga, que não tinha capacidade para refeitório. Mas as crianças atravessam a estrada, com professoras e auxiliares, e demoram dois minutos a chegar à EB 2/3", explica Pedro Mora, vereador. Além disso, há outro conforto: salas melhores e aquecidas, biblioteca e sala de informática. A câmara paga o transporte e a alimentação dos deslocados, facilita acesso à piscina e disponibiliza espaço para as actividades de enriquecimento curricular. Uma factura de 170 mil euros anuais.

"É o que dá sermos os resistentes do interior. Temos de garantir as melhores condições", desabafa o autarca. Mas a medida também não é serena para alguém da terra que assiste a mais uma "machadada" na vida rural, e vê vingar o despovoamento do concelho que perdeu três mil pessoas em 60 anos. "O sucesso escolar melhorou. Mas é triste ver as aldeias a perderem tudo."


Rita Carvalho in DN, 2010-09-19
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MensagemAssunto: Edifício para Escola Superior de Mirandela avança    Educação e ensino - Página 4 Icon_minitimeTer Set 21, 2010 4:19 pm

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Perspectivado para 1500 alunos
Mirandela


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Edifício para Escola Superior de Mirandela avança

Quinze anos depois de se ter instalado em Mirandela, na altura como pólo do Instituto Politécnico de Bragança, a Escola Superior de Comunicação Administração e Turismo (ESACT) recebe finalmente luz verde para iniciar o processo de construção de instalações definitivas.

Já foi publicado em Diário da República o edital para a abertura do concurso do projecto para a construção do edifício da ESACT perspectivado para acolher 1500 alunos.

Caso tudo corra dentro da normalidade, no final de 2012, a obra ficará concluída, com um custo a rondar os três milhões e meio de euros.

A publicação da abertura do concurso para o projecto é considerado um passo decisivo para a Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela deixar de ter instalações provisórias e passar a usufruir de um edifício condigno.

Uma luta de muitos anos de uma região desfavorecida, sublinha o presidente do Instituto Politécnico de Bragança. «É uma luta que não é só de uma instituição, nem de uma ou das pessoas mas é uma luta de toda a região» afirma.

Recorde-se que a ESACT começou como pólo do Instituto Politécnico de Bragança, em 1995, com 70 alunos, utilizando instalações provisórias, cedidas pela autarquia.

Passou a escola autónoma em 1999, e com o aumento constante de alunos, a direcção da escola viu-se obrigada a alugar salas do edifício da Portugal Telecom.

Apesar das constantes reivindicações e promessas de governos anteriores, a verba nunca chegou a vir.

Actualmente, a escola já tem cerca de 1300 distribuídos pelos nove cursos, sendo a maior escola desconcentrada do País.

O novo edifício está perspectivado para 1500 alunos.

«Temos de partir para projectos realistas ou pelo menos daquilo que é expectável e por isso, partimos para um horizonte de 1500 alunos, sendo que este anos irá ultrapassar os 1300» avança Sobrinho Teixeira.

O edifício vai ficar instalado num terreno cedido pela autarquia onde já funciona a cantina.

Vai custar três milhões e meio de euros e Sobrinho Teixeira está confiante que terá apoio financeiro do QREN.

“Estou optimista porque será naturalmente com verbas do QREN que a escola poderá ser construída” considera.

Se tudo correr dentro da normalidade nesta fase processual, o presidente do IPB está convencido que a obra deve arrancar no segundo semestre de 2011 e no final de 2012 estará concluída.

“Hoje em dia demora mais a elaboração do caderno de encargos, a elaboração dos concursos, todo o processo legal do que a execução” afirma, acrescentando que “a execução de uma obras destas pode ser tipicamente realizada em ano e meio o que está dentro dos prazos que tínhamos estipulado”.

Quinze anos depois de se instalar em Mirandela, o ensino superior público recebeu luz verde para avançar com a construção de instalações definitivas.

Para o presidente da câmara de Mirandela esta abertura do concurso para o projecto de construção do edifício da ESACT significa finalmente a concretização de um sonho que era sistematicamente adiado.

“Ao abrir o concurso para o projecto implica que o IPB já tenha verba cativa para as instalações quer seja de programas comunitários quer seja de outras parcerias que consiga arranjar” refere José Silvano, salientando que “abrindo concurso para o projecto é porque é um dado adquirido que a obra vai ser feita”.

Brigantia, 2010-09-21
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