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 Educação e ensino

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MensagemAssunto: Pais prometem luta contra fecho de escolas   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQui Jun 03, 2010 11:19 am

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Pais prometem luta contra fecho de escolas

por JOSÉ ANTÓNIO CARDOSO, LUÍS MANETA, SANDRA BENTO, CÉLIA DOMINGUES E AMADEU ARAÚJO
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1301138

Pais prometem lutar contra o encerramento de escolas com menos de 20 alunos. Interior e Norte são as zonas mais afectadas.

O anúncio do encerramento de cerca de 500 escolas do 1.º ciclo já no final deste ano lectivo apanhou muitas famílias desprevenidas. O Ministério da Educação garantiu, na terça-feira, que as crianças vão para escolas melhores e com mais condições, mas os pais estão mais preocupados com as distâncias que os filhos vão percorrer e como esta mudança vai alterar o dia-a- -dia das crianças.

Por isso, prometem lutar para impedir que as escolas encerrem. Aos pais juntam-se as autarquias, que garantem ao Ministério da Educação que só fechará as escolas se os municípios concordarem.

Menos preocupadas com as mudanças parecem estar os mais novos. Algumas dizem estar ansiosas por fazer novos amigos na nova escola.

Esta fase de encerramentos faz parte da reforma da rede escolar que começou a ser feita há cinco anos. Até ao final do ano lectivo 2011-2012 fecharão outras 400. No total, serão 900 as escolas que fecharão as portas.

Torneiros, Mirandela

"Vou arranjar ama para ir buscá-los"


"Nem me diga que vão fechar a escola?... Pois não sei como fazer no próximo ano. Se assim for tenho de gastar dinheiro com uma ama que vá buscá-los a Vila Real e que fique com eles enquanto eu e o pai trabalhamos muitas vezes sem horário. É que com a escola aqui sempre alguém cuida dos meus filhos, em Vila Real não tenho ninguém." O desabafo é de Márcia Carvalho, 31 anos, que tem um filho, de seis anos a estudar na EB1 de Torneiros, em Mirandela, uma das 900 escolas que o Ministério da Educação quer fechar por ter menos de 21 alunos.

Márcia preparava-se também para colocar a filha Carolina, de cinco anos, nessa escola no próximo ano lectivo. Agora, a decisão do Governo ameaça dar-lhe um abanão na vida. "Até admito vender a casa aqui na aldeia e mudar-me para Vila Real." Outra das suas preocupações é a qualidade. "Tenho muitas dúvidas de que a escola para onde as crianças forem transferidas, tenham as mesmas condições que esta, pois as instalações são novas", diz Márcia, referindo-se ao facto de a autarquia a ter remodelado e ampliado em 2008 , gastando ali duzentos mil euros. Aliás, a escola dispõe de um moderno sistema de aquecimento a biomassa, com o qual apenas estão equipadas duas escolas em todo o País.

Tal como Márcia, a autarquia também não parece disposta a aceitar a decisão do Ministério. Dolores Monteiro, vereadora com o pelouro da Educação da Câmara de Vila Real, não tem receio em avisar que no final do ano lectivo apenas encerrarão no concelho duas escolas - Mateus 1 e 2. "As restantes escolas, garanto, que não vão fechar quer o Ministério queira ou não", promete a vereadora, incluindo na lista a EB1 de Torneiros.

A Câmara de Mirandela não é a única a tomar esta posição. A Associação Nacional dos Municípios já avisou que só vai deixar que fechem as escolas que as autarquias concordem.

Silveiras; Montemor-o-novo

"Ele, tão pequeno, vai ter de ir para fora da terra"


Outra das escolas ameaçadas é a primária de Silveiras, Montemor- -o-Novo. Fernanda Menino, mãe de Duarte, de seis anos, que a partir de Setembro frequentará o 1º ano do ensino básico, diz que a família irá passar a viver com o coração nas "mãos". Isto porque o filho será obrigado a levantar-se bem cedo - chega a haver aulas de Inglês às 08.15 - para passar o dia inteiro "fora de casa", num espaço onde "não conhece ninguém".

A escola alternativa a Silveiras fica na cidade, em Montemor-o- -Novo, a mais de 15 quilómetros de distância. Para lá chegar é preciso contar, no mínimo, com 30 minutos de viagem, tal é o movimento constante de veículos pesados na estrada nacional que liga Lisboa à fronteira do Caia. "Não concordo de maneira nenhuma que ele, tão pequeno, seja obrigado a ir estudar para fora da terra e sujeito a um stress enorme."

Em Silveiras, Duarte tem a família e os amigos que conhece das brincadeiras de rua e do ensino pré-escolar, que funciona numa das salas da escola primária. "Se é para reduzir despesas, cortem nas regalias e deixem a Educação em paz", dispara a mãe.

Para Fernanda Menino, "não faz sentido" encerrar um espaço com "excelentes condições, que até tem refeitório e polidesportivo" para obrigar as crianças, logo desde muito pequenas, a ir estudar para a cidade. "A Junta de Freguesia tem uma carrinha para os ir buscar. Mas se forem todos para Montemor, teria de lá ir por duas ou três vezes. Como a escola termina às cinco e meia, os últimos a apanhar a carrinha passam a entrar em casa já de noite."

"Andar aí com carrinhas cheias de crianças para trás e para a frente é um perigo", concorda Francisco Serrano, pai de Luís Carlos, que frequenta o 1.º ano na escola de Silveiras. Com apenas 9 alunos, a escola enquadra-se dentro dos parâmetros dos estabelecimentos de ensino que o Ministério da Educação quer encerrar. Os pais, alarmados com essa possibilidade, correram a colocar uma faixa onde manifestam o seu descontentamento. Francisco Serrano diz que outra "dor de cabeça" seria a alimentação do filho numa escola com centenas de alunos e uma "enorme confusão" à hora de almoço. "Com a idade que têm nem lhes dá para pegar nos tabuleiros. Alguns nem comem. Aqui é outro ambiente, são acompanhados por pessoas que os conhecem", remata.

Zoio, Bragança

"Fazer 20km para estudar"


Ana Beatriz, de sete anos, vive agora a 50 metros da escola da terra. Mas, afinal, no próximo ano lectivo, vai ter de percorrer 20 quilómetros para ir às aulas porque a escola que frequenta é uma das que vai encerrar em Bragança.

Na aldeia de Zoio, a escola é frequentada por dez crianças - das quais seis vão transitar para o quinto ano e vão para Bragança. As outra quatro, incluindo Beatriz, e mais dois novos alunos não chegam para evitar que as portas fechem. Por isso, Ana Beatriz, que anda na segunda classe, vai ser transferida para a escola da aldeia de Rebordãos. "Preferia ficar aqui porque estou mais perto de casa e posso lá ir na hora de almoço ou no intervalo quando preciso de alguma coisa", diz, admitindo, porém, que está ansiosa por fazer novos amigos. "Lá há mais meninos com quem posso brincar."

Esta é única vantagem apontada pela mãe, Matilde. "Vai contribuir para desenvolver a sua socialização." Mas Matilde Nunes também preferia que a filha "ficasse em Zoio porque já aconteceu ficar doente e o professor mandá-la para casa. Mas o que mais preocupa esta mãe são as deslocações. "Tem de se levantar mais cedo e percorrer uma estrada que atravessa a serra da Nogueira e que no Inverno com neve e geada é muito perigoso", conta Matilde, lembrando que até os professores se queixam." Já o pai, João Gato, garante que não vai deixar a filha ir para Rebordãos. "Se fecham aqui a escola então levo-a para Vinhais" (o concelho vizinho). "Só são 13 quilómetros e aquilo lá é mais sossegado" diz, acrescentando: "Se for preciso vou eu levá-la e buscá-la todos os dias."

Tinalhas, Castelo Branco

Rotina com avós vai ser quebrada


João, de nove anos, já pergunta como vai ser o próximo ano na escola. Vê a família a fazer novos planos a partir de Setembro e quer respostas. "Para que escola vai estudar? Quem vai levá-lo? Como vai?" As perguntas de Manuela Mendes juntam-se às do filho que estuda em Tinalhas, concelho de Castelo Branco, onde a escola está em perigo de fechar.

Manuela Mendes Leva todos os dias o João à escola frequentada por 15 alunos. Uma das avós vai buscá-lo às 17h30. Com o encerramento, a família Mendes alterará hábitos diários. "A minha mãe ou a minha sogra gostam de ir buscar o João à escola. É uma pena que isto feche, porque esta é também uma forma de os avós poderem estar com os netos. Falo por mim e por muitas famílias que conheço. Se ele sair daqui, não sei como será para vir ao final do dia das aulas", diz. "A que horas chegará a casa?".

Manuela trabalha na sede do Agrupamento de Escolas José Sanches, em Alcains, onde estão matriculadas cerca de 800 crianças. Espera por isso que seja para este estabelecimento, a oito quilómetros, que sejam transferidos os alunos de Tinalhas, mas ainda nada sabe ao certo. Assim podia levar o filho de manhã com ela. Mas João pode também ser colocado em Rio de Moinhos, a quatro quilómetros. A angústia é grande. "O João começa a entender que a escola pode fechar e é óbvio que começa a ver que alguma coisa se vai passar. Esperávamos que ele saísse daqui só daqui por um ano, para o ensino secundário, nunca que fosse já".


Queirã, Vouzela

"Vai ser complicadíssimo"


"Não acredito. Vai ser complicadíssimo". O desabafo é de Lurdes Lourenço, avó de uma aluna de Queirã, conselho de Vouzela, onde vão encerrar 12 escolas. A freguesia vai perder todos os estabelecimentos básicos e a solução para as crianças é a sede da vila, a 12 km.

"Não podemos perder a escola. Até adjudicaram a construção de um centro escolar como é que pode ser?", interroga-se Cândida Carvalho, avó de uma das crianças. Mas é. Queirã vai perder as escolas da sede da freguesia e de Vasconha. "Vai ser complicadíssimo", acrescenta Lurdes Lourenço. "São muito novas para os autocarros e para estarem longe". O "problema são os transportes que vão exigir mais verbas e o município não tem, conclui.

O Governo tem que nos vir cá dizer isso, pessoalmente e explicar tudo direito ou saímos à rua", promete Cândida Carvalho.

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MensagemAssunto: Cada escola escolhe exames para 'saltar' o 9.º ano   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSáb Jun 05, 2010 5:05 pm

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Cada escola escolhe exames para 'saltar' o 9.º ano

por ANA BELA FERREIRA
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1301935

Alunos com mais de 15 anos que chumbem no 8.º ano vão poder fazer exames de equivalência para chegar ao 10.º.

Este ano lectivo e pela primeira vez os alunos com mais de 15 anos, que frequentem o 8.º ano, vão poder fazer fazer exames de equivalência ao 9.º ano. Para "saltar" o último ano do 3.º ciclo, estes estudantes fazem os exames nacionais de Português e Matemática e nas restantes disciplinas fazem as provas feitas por cada escola. Só aqueles que vão chumbar no 8.º é que podem propor-se a exame.

Esta modalidade de concluir o 3.º ciclo através de exames e provas de equivalência já era permitida para os alunos do 9.º ano que estavam em risco de chumbar. Mas o número de estudantes que se propunha a fazer estas provas sempre foi muito reduzido: apenas 2%, explica Álvaro dos Santos, presidente do Conselho de Escolas.

O Ministério da Educação (ME) decidiu alargar esta hipótese aos alunos que este ano frequentaram o 8.º ano e que não vão passar para o 9.º. Desta forma, têm mais uma oportunidade de concluir a escolaridade mínima obrigatória, antes de esta ser alargada para o 12.º ano. Mas os professores desconfiam do sucesso desta medida.

"Como é que alunos que não têm capacidade para transitar do 8.º para o 9.º ano vão conseguir passar nos exames do 9.º ano sem nunca terem assistido a estas aulas?", questiona a professora Isabel Le Gué. Da mesma forma, Paulo Guinote, autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, refere que esta medida tem como "principal objectivo tentar impedir estes alunos de ficarem pendurados nos 12 anos de escolaridade, mas é difícil que consigam passar".

Também pouco confiante em relação às hipóteses de sucesso que estes alunos podem ter está a professora Rosário Gama. "Se algum pai ou aluno quiser fazer este exame, eu vou desaconselhar", adianta a directora da Escola Infanta Dona Maria, em Coimbra. Na sua escola não conhece nenhum aluno que esteja nesta posição. Isabel Le Gué também não sabe se vai ter alunos a fazer provas. No ano passado, foram menos de dez aqueles que tentaram fazer o 9.º ano por exame.

Números reduzidos que o presidente do Conselho das Escolas acredita que, no País, não ultrapassem os 2% dos alunos que fazem exames. São cerca de 108 mil os matriculados no 9.º ano e que devem fazer os exames nacionais, que começam dia 16.

Além dos exames nacionais de Português e Matemática, os estudantes autopropostos têm de fazer exames a todas as disciplinas do 9.º ano. Estas provas são realizadas internamente por cada escola e vão ser feitas este ano pelos alunos do 9.º ano e pelos do 8.º que tenham chumbado e queiram tentar a equivalência.

Os professores ouvidos pelo DN referem que muito raramente um aluno que faz estes exames passa. "Só de vez em quando é que há alunos que conseguem passar", admite Rosário Gama.

Para se inscrever nos exames, os alunos têm de fazer 15 anos até Setembro. Uma exigência que para os pais cria injustiças. "O facto de só alguns alunos com 15 anos poderem fazer as provas beneficia uns em detrimento de outros", diz Rui Martins, da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE). Já a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) não quis comentar esta medida.

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MensagemAssunto: Passos Coelho critica encerramento de escolas   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeDom Jun 06, 2010 10:49 pm

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Passos Coelho critica encerramento de escolas

por Lusa
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1302345

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, criticou hoje o encerramento de escolas com menos de 20 alunos, questionando o Governo sobre o número de institutos públicos que vai encerrar.

"O encerramento de escolas com poucos alunos é uma exigência pedagógica e uma exigência financeira e a gente pergunta: quantos institutos públicos decidiu o Governo encerrar em Portugal?", questionou.

"Quantos lugares de assessores e adjuntos vai o Governo declarar que vai pôr fim nos próprios gabinetes do Governo?", acrescentou.

A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou na passada terça-feira que mais de 900 escolas básicas com menos de 21 alunos poderão encerrar, abrangendo um universo máximo de 15 mil crianças.

Pedro Passos Coelho, que falava em Portalegre durante um almoço convívio com militantes e simpatizantes do PSD, disse também que o Estado tem que estar "ao nosso serviço" e que os portugueses têm que se tornar mais "exigentes" com as reformas do Estado.

"O Estado tem que estar ao nosso serviço. Não somos nós que estamos ao serviço do Estado e daqueles que lá trabalham, nós temos que começar a ser mais exigentes também relativamente à reforma do próprio Estado", declarou.

O líder do PSD, que criticou a gestão dos dinheiros públicos na Saúde e Segurança Social, voltou a frisar que a despesa pública tem que ser "reestruturada".

Durante o seu discurso, com mais de trinta minutos, Passos Coelho afirmou ainda que nesta altura começam a surgir vários militantes do PS "incomodados" com as medidas de austeridade que estão a ser tomadas e que, por esse motivo, preferiam que o PSD fosse Governo.

"Há pessoas hoje no PS que já mostram incómodo por perceber que os próximos anos vão ser muito difíceis e que é muito aborrecido ficar no Governo uma série de anos a tomar as dores de toda a gente, sem poder fazer um bonito", disse.

Por isso, acrescentou o líder laranja, "haveria hoje gente no PS que preferia que fosse o PSD para o Governo mais cedo para fazer as medidas de austeridade para a cigarra voltar no tempo da bonança".

"Nós temos que resistir a este tipo de avaliação e análise. As sondagens para nós são um estímulo, sabemos que estamos a recuperar, sabemos que o país volta a olhar para o PSD com uma expectativa positiva, que não tem medo da nossa mensagem e que pressente que o próximo Governo vai ser do PSD", sublinhou.

O Partido Social Democrata (PSD) detém a maioria de presidências de Câmara do distrito de Portalegre, liderando 07 em 15, incluindo a capital de distrito.

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MensagemAssunto: Aumenta consumo de estimulantes pelos jovens alunos   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 07, 2010 2:08 pm

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Aumenta consumo de estimulantes pelos jovens alunos

por PATRÍCIA JESUS e ANA BELA FERREIRA
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1302426

Jovens recorrem a suplementos ou mesmo a medicamentos da família das anfetaminas para estudar melhor.

A venda de suplementos para aumentar a concentração e a memória disparou: nos últimos 12 meses venderam-se quase 525 mil embalagens, mais 66% que há dois anos. Aumentou também o consumo de psicoestimulantes, medicamentos prescritos para tratar doenças como défice de atenção e hiperactividade, sendo que muito clínicos receiam que os jovens tomem também estes remédios para estudar.

Segundo dados da consultora IMS Health avançados ao DN, o consumo de psicoestimulantes como metilfenidato e modafinil (substâncias da família das anfetaminas, que estão na base de medicamentos como Modafinil e Modiodal , Ritalina, Concerta ou Rubifen)subiu 34% nos últimos dois anos.

"Tenho ideia que já há muitos alunos em Portugal a tomar estas substâncias, embora não tenha números. As anfetaminas são dos produtos mais usados, porque estimulam a atenção", explica o psicólogo clínico Carlos Lopes Pires, especialista em farmacologia.

"No meu tempo, há 30 anos, tomavam anfetaminas, agora usam os medicamentos derivados de anfetaminas, que fazem o mesmo efeito", indica António Vaz Carneiro, do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência.

Um passeio rápido pelos fóruns na internet mostra a quantidade de dúvidas dos alunos da faculdade e até do secundário sobre estas "soluções" em vésperas de exames: dos suplementos aos medicamentos, procuram-se formas de superar o cansaço e a ansiedade.

"Aparecem-me alguns jovens muito ansiosos, porque são épocas em que está muito em jogo na vida deles. A ansiedade funciona como um motor, mas também pode ser um bloqueio. Se estiverem muito ansiosos posso receitar um ansiolítico, mas nada mais do que isso", diz a neurologista Helena Coelho. Mas a médica reconhece que se "consome de tudo menos bom senso".

"Aqueles medicamentos, como as anfetaminas, dão-lhes a sensação que aprendem melhor, mas é uma ilusão. É um doping mental que aumenta a memória de curto prazo, mas não há nenhum estudo que demonstre um aumento da capacidade cognitiva", explica Vaz Carneiro. "O problema é que quando passa o efeito esquecem tudo o que estudaram", acrescenta Carlos Lopes Pires.

Além disso, há o risco de habituação. "Se são tomadas por um espaço de tempo curto - uma semana - à partida não cria habitação. Mas depende das pessoas". E os efeitos para a saúde "podem ser devastadores": desde problemas graves no fígado a surtos psicóticos. "As pessoas podem ficar muito eufóricas por causa da energia das anfetaminas e depois passarem por estados depressivos, porque sentem falta dessa energia", conclui o psicólogo.

Ou seja, a inteligência não vem em comprimidos, ao contrário do que o marketing nos faz pensar, alerta Vaz Carneiro. "A solução é trabalhar e estudar muito." Mas se os dados das vendas dos "inofensivos" suplementos forem vistos de mês a mês, nota-se que há um pico em Outubro, mês de regresso às aulas, e outro em Abril, quando se aproximam os exames finais (ver infografia). Para os especialistas, os suplementos vitamínicos têm um efeito placebo. "Não aquecem nem arrefecem, não fazem efeito numa pessoa que não tenha problemas porque consegue ter esses nutrientes através da alimentação", indica Carlos Lopes Pires.

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MensagemAssunto: Silvano rejeita encerramento de escolas   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQua Jun 09, 2010 3:41 pm

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«Fizemos uma carta educativa»
Mirandela


Educação e ensino - Página 3 Silvano_cara

Silvano rejeita encerramento de escolas

A câmara de Mirandela não aceita cumprir a orientação do Ministério da Educação de encerrar as escolas com menos de 21 alunos.

É essa a proposta que o presidente da câmara de Mirandela vai apresentar ao executivo e à Assembleia Municipal e espera ver aprovada.

“Há um ano e meio atrás fizemos uma carta educativa que foi aprovada pela DREN e homologada pelo ministério que previa a construção de um centro escolar” refere. “Na altura encerraram-se algumas escolas e as que ficaram só fechariam quando houvesse centro escolar” acrescenta José Silvano.

“Como o centro escolar só estará concluído dentro de dois anos e não houve melhoramento de instalações em outros sítios para acolher alunos de umas aldeias para as outras” salienta.

Por isso, “queremos que o ministério cumpra aquilo que assinou com a câmara de Mirandela que é manter as seis escolas que ainda existem no meio rural, independentemente do número de aluno, até estar concluído o centro escolar”.

Caso o Ministério da Educação seja irredutível no seu propósito de avançar com esta medida para o concelho de Mirandela, José Silvano garante que terá de suportar os custos com o transporte.

“Se o ministério quer fazer, paga os transportes. Terá de assumir as consequências” ameaça. “O ministério só pode avançar com o consentimento da câmara que é quem faz os transportes, mas se quiser usar uma posição de força, pode fazer os transportes, mas terá de os pagar”.

O presidente do Município de Mirandela espera ter o apoio dos restantes vereadores e dos membros da assembleia municipal para apresentar esta proposta ao Governo.

Brigantia, 2010-06-09
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MensagemAssunto: Mil inscritos para cursos de Medicina em Espanha   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSex Jun 11, 2010 9:06 pm

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Mil inscritos para cursos de Medicina em Espanha

por CÉU NEVES
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1304035

Portugueses que querem ir para universidades no país vizinho são quase tantos como os que entram cá. Hoje fazem provas.

Mil portugueses inscrevem-se todos os anos para estudar nas universidades espanholas, a quase totalidade em Medicina. São praticamente tantos quantos os que entram nas universidades portuguesas, 1508 o ano passado. E são 330 os que pediram para fazer provas específicas, uma novidade do sistema espanhol neste ano lectivo. Segundo o director-geral do Ensino Superior português, "foi a forma airosa encontrada para privilegiar os alunos espanhóis".

Os dados são da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED), instituição através da qual se inscrevem todos os alunos estrangeiros. Indicam que há uma média de mil portugueses a inscreverem-se anualmente, número que tem vindo a aumentar e que é confirmado pelo responsável da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). Até ao momento emitiram 165 certificados, mas os pedidos aumentam significativamente após a saía das classificações dos exames nacionais.

Este ano, além da prova geral de acesso (que os portugueses podem substituir pela classificação final do secundário), existem provas específicas que são voluntárias, mas que podem elevar a nota final em quatro pontos, numa escala de zero a dez, ponderação que depende de cada faculdade.

As provas, que hoje se realizam, englobam as matérias leccionadas nas escolas secundárias espanholas e são em espanhol. "A probabilidade de um aluno espanhol aumentar em um ou dois pontos a nota é muito grande", sublinha Morão Dias, director-geral do Ensino Superior.

Em Portugal, as provas específicas para Medicina (Biologia, Química, Física e Matemática) realizam-se hoje no Instituto Espanhol "Giner de los Ríos", em Lisboa. E muitos dos alunos portugueses que vão realizar a prova aprenderam espanhol e confiam que as matérias não sejam muito diferentes das leccionadas nas escolas portuguesas (ver testemunho).

São alunos que não conseguiram entrar nas faculdades de Medicina portuguesas o ano passado e vão fazer melhoria de nota este ano. Se conseguirem subir a média do secundário acima dos 178,8 (nota mínima no Continente, 178,2 nos Açores), voltam a candidatar-se em Portugal, caso contrário, tentam garantir a entrada no sistema de ensino espanhol. Isto para aqueles que não desistem, ou podem não desistir, de ser médicos.

Espanha é o país com mais alunos portugueses nos cursos de Medicina, pela proximidade geográfica e pelos encargos, já que o custo das propinas e o seu nível de vida é sensivelmente igual ao nacional. Só em Santiago de Compostela, os portugueses são já 11% do total de estudantes em Medicina.

O sistema espanhol tem uma média de seis mil vagas anuais e as primeiras são, muitas vezes, ocupadas pelos estudantes portugueses que não conseguem entrar nas universidades do seu país. "Os primeiros alunos a entrar são portugueses e isso tem um impacto social muito grande em Espanha e que incomoda a sociedade espanhola", sublinha Morão Dias.

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MensagemAssunto: Ministério gasta 1,8 milhões de euros com exames   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeDom Jun 13, 2010 2:52 pm

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Ministério gasta 1,8 milhões de euros com exames

por HELDER ROBALO
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1304735

Professores recebem cinco euros pela correcção de cada prova do secundário. Os 356 mil exames previstos serão vistos por pelo menos 7100 docentes. Provas arrancam na quarta-feira.

O Ministério da Educação vai desembolsar quase 1,8 milhões de euros para assegurar a correcção de 356 127 exames do secundário previstos. Segundo despacho do secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, cada professor que corrigir uma prova de exames nacionais do 10.º ao 12.º anos tem "direito à importância ilíquida de cinco euros".

O valor é igual ao do ano passado, mas irá implicar um aumento da despesa, dado que o número de estudantes inscritos no secundário cresceu. Há 161654 alunos em prova, mais 4794 que em 2009.

No ano passado, candidataram-se à primeira fase 156 mil alunos do secundário, para realizarem 346 282 provas. Acabaram por ser feitas cerca de 269 mil. Por estas o Ministério da Educação pagou 1,3 milhões de euros aos professores.

No despacho, assinado a 7 de Maio, o secretário de Estado especifica que a correcção de provas do ensino secundário são pagas a cinco euros, enquanto as do básico não são remuneradas, por se incluírem "no domínio das tarefas a cumprir pelos professores".

Política diferente da adoptada para as reapreciações, já que, quer no básico quer no secundário, são pagas a 7,48 euros, valor ilíquido. Já os especialistas que asseguram a análise das reclamações às reapreciações é "paga a importância ilíquida de 14,96 euros", é ainda definido.

Perante o número de exames previstos, e tendo em conta que, segundo o ministério, "cada professor classifica, em regra, um máximo de 50 provas", isto implicará o destacamento de pelo menos 7100 professores para a fase de correcção de exames. Já no dia das provas, por cada sala, vão estar presentes dois professores vigilantes.

Alheios a isto estão os alunos, mais preocupados em rever a matéria dada ou em estudar intensivamente. Embora os professores deixem uma mensagem clara: "Não é numa semana que vão ocorrer milagres e que vão recuperar o atraso do resto ano", garante Edviges Antunes Ferreira, vice-presidente da Associação de Professores de Português (APP).

Para outro dos "cadeirões" do secundário, a mensagem é igual: "Em Matemática não há truques de última hora" a que os alunos possam recorrer para melhor se prepararem para o exa-me nacional", sublinha Joaquim Félix, da Associação de Professores de Matemática (APM).

Ideia partilhada por Lígia Santos, aluna do 1.º ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que o ano passado foi a melhor aluna do secundário a Matemática. "Nesta altura, o que se pode fazer a Matemática é rever os exercícios desenvolvidos durante o ano." Porque, alerta Lígia, "o estudo tem mesmo de ser feito ao longo do ano".

É este também o segredo de Maria Teresa Neves, 18 anos, no 1.º ano de Medicina da Universidade de Lisboa, e eleita a melhor aluna de Português no secundário em 2008/2009. "Para Matemática tem de haver um estudo continuado ao longo do ano", insiste.

Já em relação a Português, quem só se agarra aos livros à "última hora" deve começar por reler algumas das obras dadas e apostar nas revisões da gramática.

Português e Matemática concentram mesmo o maior número de inscritos para os exames do secundário. Nas várias provas de Português contam-se 76 003 alunos, enquanto em Matemática estão inscritos 68 079 estudantes. Na lista surgem depois a Física e Química A, com 59 728 alunos, e Biologia e Geologia, com 57 048 inscritos.

Para os dois docentes contactados pelo DN, Português e Matemática são duas disciplinas cujo estudo não pode ser guardado para a última semana. "Português exige uma preparação prévia e as explicações de última hora só se forem para tirar dúvidas pontuais", esclarece a professora Edviges Antunes Ferreira.

"Torne a fazer os testes e fichas que tenha feito ao longo do ano e consulte as respectivas correcções se houver dúvidas", aconselha Joaquim Félix, para Matemática.

Se persistirem dúvidas "ou se se deparar com algum problema que não consegue resolver, não hesite em procurar o seu professor ou debater o assunto com algum colega".

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MensagemAssunto: Alentejanos os que mais copiam, açorianos os mais sérios   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 14, 2010 1:06 pm

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Alentejanos os que mais copiam, açorianos os mais sérios

por Lusa
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1305093

Os alunos alentejanos são os que mais copiam, de acordo com um estudo realizado em dez universidades portuguesas. No extremo oposto, como os mais bem classificados, surgem os açorianos: metade garante que não usa cábulas nos exames.

Um estudo realizado nas universidades públicas dos cursos de Economia e Gestão, publicado no mês passado no Journal of Academic Ethics, entrevistou 2675 alunos: dois em cada três admitiram copiar.

Recorrer a métodos ilícitos para conseguir tirar boas notas é uma prática que vai aumentando consoante os alunos se vão aproximando do final do curso.

"Nota-se um aumento de comportamento desonesto nos anos finais do curso. Penso que isto será resultado da pressão para ter boas notas e entrar no competitivo mercado de trabalho", disse à agência Lusa Aurora Castro Teixeira, uma das autoras do estudo.

Mas, salientou a investigadora, existe "uma grande diferença" entre homens e mulheres: "Os rapazes têm uma propensão à cópia em 20 por cento acima das raparigas".

Outra das revelações do estudo é a "grande heterogeneidade em termos de regiões. Os alunos residentes no Alentejo aparecem com uma propensão à cópia muito superior", contou a autora do estudo, que indica que oito em cada dez alentejanos são cábulas.

Neste "ranking", são os alunos originários das ilhas que surgem como os mais cumpridores das regras: metade dos açorianos diz que nunca copia, logo seguidos por 41,7 dos madeirenses. Todos os outros assumem fazê-lo.

No Continente, "as zonas do interior aparecem com índices mais elevados em contradição com o litoral", onde 40 por cento de alunos respondem aos exames sem recorrer a "ajudas externas".

As investigadoras quiseram perceber outras causas que poderiam potenciar práticas ilegais nos exames e concluíram que contextos mais permissivos levavam a índices mais elevados de "copianço".

Os institutos que sensibilizam os alunos para as questões de ética ou que têm códigos de honra -- só há um - revelam-se mais bem sucedidos.

"A média nacional (de "copianços") ronda os 60 por cento, mas naquele organismo que tinha um código de ética a média é abaixo de 40 por cento", lembrou a investigadora, salientando que além de "padrões de ética muito mais exigentes" havia sanções "extremamente eficazes" para quem era apanhado a copiar.

A grande maioria entende que ser apanhado não traz grandes consequências e talvez também por isso cerca de metade dos alunos (51,4 por cento) consideram que copiar não é um ato grave nem com muita relevância.

Mais do que uma questão moral, a presença de vigilantes nas salas de exames é considerada por muitos como dissuasora. Aurora Teixeira diz que "os alunos que mais copiam são os que consideram que os vigilantes são dissuasores e que assumem que se tivessem menos vigilantes estudavam menos".

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MensagemAssunto: Alunos arriscam fazer provas para dar 'salto' em vão   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 14, 2010 1:12 pm

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Alunos arriscam fazer provas para dar 'salto' em vão

por PEDRO SOUSA TAVARES,
Hoje

Testes que permitem passar do 8.º para o 10.º serão feitos à condição. Só quem chumbar avaliação normal pode usá-los

Os estudantes do 8.º ano que façam o exame de Português do 9.º no dia 23 - numa tentativa de "saltar" para o 10.º - arriscam não tirar qualquer partido do teste. Isto porque, na maioria dos casos, a admissão dos alunos na prova será feita "à condição", ou seja, a sua validade está dependente da avaliação final que o conselho de turma (CT) da escola der ao aluno.

Paradoxalmente, os estudantes que conseguirem passar para o 9.º ano pela via tradicional acabarão por não poder beneficiar das provas. Motivo? O regime que permite aos maiores de 15 anos acabar o 9.º ano através de exames e provas de equivalência à frequência não se aplica a quem tenha concluído o ano lectivo.

A confusa solução de examinar alunos "à condição" - prevista no regulamento das provas - é a única que, à partida, permite conciliar o novo regime com o calendário das escolas. É que o terceiro período, para o 8.º ano, acaba numa sexta-feira, dia 18, e a segunda chamada do exame de Português do 9.º ano - obrigatório para quem queira tentar este "salto" - é no dia 23. E as pautas com os inscritos nas provas têm de ser afixadas dois dias antes da sua realização. Ou seja, logo na segunda-feira seguinte ao último dia de aulas.

Mas mesmo nestas condições, defende Adalmiro Botelho da Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, são de prever complicações. "Não vejo impacto [positivo] nenhum nesta lei", diz o director da secundária de Oliveira do Douro. "É uma perda de tempo. E um trabalho enorme que a s escolas vão ter."

Para passarem para o 10.º ano, alunos do 8.º ano terão de ter positiva não só nos exames nacionais de Português e Matemática como em todas as restantes disciplinas do 9.º ano (ver caixa), que farão em provas das escolas como autopropostos. Uma tarefa que Adalmiro Fonseca classifica como "pouco menos do que impossível. Como é que um aluno que não sabe uma língua a vai conseguir fazer em exame, ainda por cima seguido de prova oral?", ilustra.

Rosário Gama, directora da Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, concorda que "não há" grande hipótese de sucesso para estes alunos. E acrescenta: "Espero que não haja. É muito mau para os jovens irem para o 10.º ano sem aprender nada." Na sua escola, conta, "nenhum" aluno pediu para aderir a este regime. De resto, a expectativa geral dos directores é que seja muito reduzido o número dos que tenham feito.

Álvaro dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, não faz juízos qualitativos sobre a medida. Diz apenas que a realização das provas "à condição" é "uma forma de resolver o problema", mas que "não é uma situação confortável para os alunos".

Apesar da controvérsia gerada pela hipótese deste "salto" escolar, o Ministério da Educação defende que ela não é nova, tendo remetido o DN para um despacho com quatro anos (18/2006) que já permitia a alunos fora da escolaridade obrigatória - que na altura acabava aos 15 anos - fazerem o 3.º ciclo por esta via. Segundo o ministério, as mudanças mais recentes serviram apenas para adaptar as regras à nova escolaridade de 18 anos.

Está previsto que um representante do ministério seja ouvido quarta-feira no Parlamento a este respeito.

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MensagemAssunto: Costas voltadas ao rural   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 14, 2010 4:06 pm

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Costas voltadas ao rural
Distrito de Bragança


Fecho de centros de saúde e escolas aumenta «emigração» para sedes concelhias

Com o anúncio do encerramento de mais 900 escolas do 1.º Ciclo, voltaram as vozes críticas contra o progressivo empobrecimento e abandono das pequenas localidades do interior.

Se, décadas atrás, o desenvolvimento desordenado do país empurrava as populações para o litoral, hoje são as sedes concelhias - mais bem equipadas - os grandes pólos de atracção. Combater a desertificação do mundo rural é tarefa que exige novas políticas de investimento. O turismo promete revitalizar as terras onde já só os velhos teimam em viver.

Miguel, 40 anos, casado, dois filhos. Vive numa aldeia de um concelho do distrito de Bragança. Diariamente, faz 25 quilómetros de viagem até à sede do concelho, onde trabalha. É ali que frequenta um ginásio, leva a família à piscina e ao cinema, faz compras no centro comercial e no hipermercado. Na aldeia, já só quase dorme. O anúncio do encerramento da escola do 1.º Ciclo frequentada pelos filhos foi a gota de água. "Já estou à procura de casa para viver na sede do concelho. Acabam--se as viagens diárias", desabafou.

A história não espanta Fernanda Cravidão, especialista em Geografia Humana e investigadora do Centro de Estudos Geográficos de Coimbra. Acredita que o encerramento de estabelecimentos de ensino do 1.º Ciclo - tal como tem acontecido com os centros de saúde - poderá ajudar a incrementar um fenómeno que há muito se regista a nível da regiões: o efeito de sucção que as sedes concelhias exercem sobre os pequenos povoados locais.

"Estou certa de que o Census 2011 vai mostrar muito bem uma rede de mais de 70% de concelhos problemáticos, com menos população. Neles, as cidades-sede mostram um aumento do número de habitantes, em detrimento das restantes localidades, que perdem população devido a um efeito de sucção", referiu.

Sedes dos concelhos são pólos centrípetos

O fenómeno de atracção e concentração das cidades sedes de concelho, que progressivamente deixa aldeias e vilas votadas ao abandono, criando assimetrias a nível local, tem uma explicação para Fernanda Cravidão. "Hoje em dia, as sedes concelhias estão dotadas de bons equipamentos em termos de lazer e ocupação dos tempos livres. Por outro lado, é natural que os jovens, após a escolaridade básica, frequentem ali cursos profissionais ou instituições de Ensino Superior Politécnico. Aos poucos, a população vai sendo atraída para as sedes dos concelhos. Tudo somado faz com que o definhar progressivo do território se acentue", explicou.

Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), confirma o retrato do interior rural. "As crianças estão a sair das aldeias para frequentar os centros escolares construídos nas sedes dos concelhos e os pais procuram casa nessas cidades, para evitar os transportes. A desertificação aumenta pela ausência dos professores e outros postos de trabalho. Hoje, fechar uma escola é fechar uma aldeia", sustentou.

Pedro Hespanha, doutorado em Sociologia e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, especialista em Sociologia Rural e Urbana e Políticas Sociais, reconhece o poder de atracção que as sedes concelhias têm sobre a população local. "Hoje em dia, as sedes dos concelhos têm mais equipamentos e serviços e estes, às vezes, são até de melhor qualidade do que os que existem nas grandes cidades".

Porto, Lisboa, Coimbra - já não atraem? "Aos jovens, se lhes derem trabalho localmente, eles não preferem ir para as grandes cidades. Hoje, não é como no tempo dos nossos avós, em que raramente se ia à grande cidade. Hoje há muito mais acesos, chega-se mais depressa a qualquer sítio", sublinhou.

Fernando Ruas realça o facto de este novo rumo da desertificação não ser tão grave como o que, décadas atrás, fez aumentar os centros urbanos do litoral. Contudo, o desequíbrio que agora se regista a nível concelhio, com a polarização das sedes, traz inúmeros inconvenientes. "As terras são abandonadas e aumenta o número de incêndios, há cada vez mais enxurradas, já não há quem cuide das terras", realçou.

Pedro Hespanha partilha a mesma visão. "As terras são abandonadas e depois vêm os incêndios florestais, as enxurradas... Os rurais foram sempre considerados guardiães da natureza, mas agora já não se vê nada disto. Será este o interior que queremos?", questionou.

Velhos resistentes

Com a saída dos mais novos, as aldeias ficam entregues a uma população envelhecida. "Os idosos não querem sair das aldeias. Viveram sempre ali e não querem abandonar as suas casas. A sociedade deve ter consciência deste problema", alertou o investigador.

Fernanda Cravidão recorda que o envelhecimento da população e o despovoamento das regiões eram fenómenos previsíveis há décadas. "Os responsáveis políticos e os gestores do território nunca se preocuparam muito com o interior e, sobretudo, só muito tardiamente deram atenção aos estudos de investigação", realçou.

"Nunca tivemos um modelo de desenvolvimento que olhasse para o interior com a mesma acuidade com que olhava para o litoral. Manteve-se, durante décadas, o rural da subsistência, dos emigrantes que lá iam de férias, dos incêndios florestais e do erro quase histórico da desactivação das linhas de caminho-de-ferro. Construíram-se auto-estradas, mas as vias secundárias só muito tardiamente foram requalificadas", explicou.

Tudo isto contribuiu, no seu entender, para o definhar da população, cada vez mais envelhecida, doente, pobre e desinstruída. "Por outro lado, o despovoamento levou ao definhar do território, que foi sendo abandonado sem que se encontrassem para ele soluções". Neste capítulo, Fernanda Cravidão alerta para o facto de não se poder pensar em repovoamento. "Não temos gente e são territórios que têm de ser vividos de outra forma. Não podemos querer ter o mundo rural de há 40 anos, até porque ele já não tinha qualidade, caso contrário as pessoas não teriam partido".

A investigadora lamenta o facto de Portugal ter aproveitado mal parte significativa dos fundos comunitários destinados ao mundo rural. "A desertificação do interior é uma situação complexa, mas não sem soluções. Agora, não há um modelo. Temos de encontrar fórmulas que possam dar ao mundo rural uma vida que não tem. E isso pode ser feito quer através da florestação, novas formas de agricultura e turismo, desenvolvimento de actividades que ali levem, periodicamente, gente. As soluções terão de ser encontradas em solidariedade territorial, em que os municípios trabalhem em cooperação", defendeu.

Por seu turno, Pedro Hespanha interroga-se por que motivo a União Europeia tem uma política de coesão territorial, graças à qual o nosso país, enquanto Estado periférico, tem recebido muitos fundos, e Portugal não segue política idêntica para as suas regiões. "São questões deste tipo que a sociedade portuguesa tem de reflectir e definir o que quer para as regiões do interior", sustentou.

O presidente da ANMP defende novas políticas de discriminação positiva que levem a população a fixarem-se nas terras do interior. Entre elas, sugere benefícios fiscais. "Há cerca de um ano, apresentámos ao Governo um Plano de Investimento Municipal, que resulte em mais emprego em todas as regiões. Até hoje, não obtivemos resposta".

António Covas, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, que se tem dedicado ao estudo destas questões, entende que as melhores soluções são as negociadas que salvaguardem, no tempo, os interesses dos visados. "Essas negociações e compromissos envolvem mitigação, adaptação e compensação para os problemas criados, mas tudo isto pressupõe que as partes envolvidas tenham discernimento, clarividência e sensatez para transformar um problema numa oportunidade", esclareceu.

Especificidade e autonomia locais

Já Ricardo Magalhães, chefe de Projecto de Estrutura de Missão do Douro, considera necessário primar pela autonomia local, tendo em conta que nenhuma região é plana ou uniforme, razão pela qual os investimentos devem atender às especificidades locais. A haver concentração, diz que não deve acontecer nas sedes dos concelhos. "Isto permite ter uma visão mais ocupada do território. Por que motivo não se escolhem outros aglomerados que não as sedes para construir equipamentos como centros escolares?", indaga.

Ricardo Magalhães não tem dúvidas que as políticas de desenvolvimento regional seguidas não têm sido as mais eficazes. "Ficaram claramente aquém das expectativas criadas. Aliás, a paisagem fala por si", sublinhou. No seu entender, é importante que as políticas de desenvolvimento local sejam debatidas com as forças ali instaladas, "e não por correspondência".

Entre as novas políticas de coesão territorial, o responsável destaca a importância do turismo, que aposta no valor patrimonial, paisagístico e cultural das regiões. "Tem sido um dos activos no desenvolvimento da região do Douro. Em breve, um novo activo será desenvolvido: o azeite", revelou. Na busca de soluções, Fernanda Cravidão desaconselha dramas e reafirma que a solução passa por olhar para o interior de outra forma, tirando partido do que há. "Aquele discurso de povoar o interior, conceder subsídios para casais e coisas do género, é muito bem intencionado, mas não resulta. É um discurso perdido".


Fernando Bastos in JN, 2010-06-14
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MensagemAssunto: «É um incentivo ao despovoamento»   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 14, 2010 4:11 pm

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O fecho das escolas
Distrito de Vila Real


«É um incentivo ao despovoamento»

A tarde faz caretas e à hora da merenda quase não se vê vivalma nas ruas de Lamares. Pelo acesso à escola primária local desta aldeia de Vila Real ecoa o alarido das crianças que correm atrás da bola no recreio. É tempo de actividades extracurriculares para os 13 alunos que ali estudam. São de Lamares, Lagares e Gache.

Pelas novas contas do Governo, esta é uma das escolas que vai entrar na lista das que, com menos de 21 alunos, vão ter de encerrar no final do ano lectivo. Uma das 23 do concelho de Vila Real, nas contas da autarquia. Mas a vereadora da Educação, Dolores Monteiro, não sabe onde poderia colocar as cerca de 300 crianças que ficariam sem escola. Pelos menos até que os centros escolares estejam prontos a funcionar.

Na aldeia de Lamares, como tantos outros lugares do interior, os jovens abalam e restam os velhos. Os moradores torcem o nariz à possibilidade de também ficarem sem escola. "Cuido eu que aqui não a deviam fechar", atira Filomena Correia, que tem um café na localidade. "Porque aqui ainda há bastantes miúdos e dão alegria à povoação". Não tem lá netos a estudar, mas está segura de que se o estabelecimento de ensino fechar "a aldeia fica mais pobre".

Nuno Vilela concorda e assegura que o fecho de escolas nas aldeias "é um incentivo ao despovoamento". Sabe que "há pessoas da cidade de Vila Real que têm procurado Lamares para viver, mas, sem escola para os filhos, se calhar voltam a ir embora". Pensa, até, que esse facto acabará por levar alguns pais a procurar viver próximo da escola dos filhos". "Só cá vão ficar os velhos como eu", lamenta Joaquim Ribeiro, 73 anos.

Dolores Monteiro está convencida que se está a fazer "grande alarme" sobre a decisão do Governo de encerrar escolas com menos de 21 alunos, acreditando que a medida não irá abranger todos os concelhos de igual modo. Para já, em Vila Real e de acordo com a Carta Educativa, só vão fechar no final deste ano lectivo as escolas de Mateus e Abambres, sendo que os alunos vão passar para a da Araucária, que foi remodelada.

Eduardo Pinto in JN, 2010-06-14
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MensagemAssunto: Só vão fechar três escolas no concelho de Bragança   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQua Jun 16, 2010 4:17 pm

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Espinhosela, Zoio e Samil
Bragança


Educação e ensino - Página 3 Escola_pri

Só vão fechar três escolas no concelho de Bragança

Afinal, vão fechar apenas três escolas no concelho de Bragança. Salsas e Castro Vicente viram, para já, o seu tempo de vida prolongado.

Para já, e de acordo com uma fonte ligada ao processo, no concelho de Bragança vão encerrar três escolas primárias: Espinhosela, Zoio e Samil. As escolas de Salsas, Parada e Quintanilha viram o seu prazo alargado, mesmo se só vierem a ter 20 alunos.

Quanto ao agrupamento de Izeda, vai mesmo ser fundido, mas com a escola secundária Abade de Baçal, mantendo-se todas as escolas abertas.

A ideia inicial, que previa a sua integração no de Augusto Moreno, foi abandonada. No entanto, será o director da escola maior, neste caso da Abade de Baçal, a assumir a presidência do Agrupamento.

Também o agrupamento de Sendim, já no concelho de Miranda do Douro, será fundido com a Escola secundária de Miranda.

Em Vimioso, Argozelo vai manter-se aberta, tal como se esperava, pois a alternativa seria o transporte dos alunos por 18 quilómetros numa estrada em más condições.

Também a escola do Palaçoulo vai continuar aberta.

A grande surpresa acontece em Mogadouro. A escola do primeiro ciclo de Castro Vicente vai manter-se aberta por mais um ano, apesar de ter nove alunos. Uma situação que só deverá manter-se enquanto não ficar concluído o novo centro escolar de Mogadouro.

Ontem era a data prevista para o anúncio oficial da lista de escolas que irão encerrar no distrito de Bragança. Mas, ao que foi possível apurar, a lista definitiva só deverá ser anunciada, o mais tardar, nos próximos 15 dias, até 1 de Julho.

Brigantia, 2010-06-16
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MensagemAssunto: Crianças e pais frequentam a mesma sala de aula   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSex Jun 18, 2010 2:00 pm

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Em Penhas Juntas
Vinhais


Educação e ensino - Página 3 10453_jn

Crianças e pais frequentam a mesma sala de aula

A diferença também é marcada pelo facto de ser o único estabelecimento de ensino do distrito que tem uma percentagem maior de alunos de etnia cigana. Em 11 alunos, apenas dois não pertencem a esta comunidade, cujos elementos, durante muitos anos, não frequentavam o ensino e se o faziam não iam com regularidade, nem com assiduidade.

Maria Dina Lousada, professora há 25 anos, está a leccionar na escola de Penhas Juntas, pela primeira vez. A uma semana do fim do ano lectivo classifica o trabalho como uma “experiência óptima”, que a obrigou a aprofundar mais a sua própria maneira de ser e de estar perante as crianças que vêm de uma cultura familiar diferente. “Foi uma experiência nova, é um grupo quase exclusivo de etnia cigana, mais duas crianças que vieram de Leiria depois de o ano lectivo arrancar”, explicou a docente, que não regateia elogios aos alunos “assíduos e pontuais”, garante.

O programa de formação de adultos é um projecto do Agrupamento de Escolas de Vinhais por dois anos, estando a poucos dias de terminar a primeira fase. Ana Maria dos Santos, mãe de duas alunas e ela própria estudante à noite, está muito satisfeita por ter regressado à escola. Já sabe assinar o nome e está a esforçar-se por aprender a ler, “mas juntar as letras é mais difícil”, admite. Em pequena nunca foi à escola e valoriza saber ler e escrever. É por isso que incentiva os seis filhos a “aprender as letras”, porque assim “podem ir para qualquer lugar e sabem onde estão e como devem ir”, referiu. “Só faltam quando estão doentes”, acrescentou.

Maria Dina Lousada considera uma “mais valia” para o ensino das crianças a frequência da escola pelos pais, porque passaram a valorizar mais o ensino e adquiriram a noção de que é importante ir à escola, tanto mais que muitos nunca tiveram oportunidade de a frequentar na infância.

As crianças vão para as aulas de manhã muitas vezes sem ter tomado o pequeno-almoço

O programa escolar dos mais novos é diferente e adaptado à situação, com metas específicas de acordo com as necessidades dos alunos “que são um pouco diferentes e enfrentam maiores dificuldades de aprendizagem, pois em casa não têm nenhum tipo de acompanhamento. “Precisam de muita insistência porque o que adquirem é o que levam daqui”, contou a professora.

Estes alunos não levam os livros para casa durante todo o ano lectivo, deixando-os na escola. O mesmo sucede com o computador Magalhães. As crianças vão para as aulas de manhã muitas vezes sem ter tomado o pequeno-almoço, e é na escola que fazem as refeições do dia. Logo à chegada é-lhes dado leite e bolachas, a meio da manhã fazem um lanche com sandes e fruta, almoçam e lancham à tarde, sendo as refeições são suportadas pela Câmara Municipal de Vinhais.

Se a escola encerrar no próximo ano, muitos destes jovens ficarão desprotegidos, considera Dina Lousada. “Noutro meio não sei como vai ser, porque eles precisam de uma atenção especial. Muitas vezes, quando vão para o 2º ciclo, acabam por se tornarem menos assíduos e dificilmente prosseguem os estudos”, explicou a docente. “Para conseguirem”, acrescenta, “teriam de ter um ensino o mais possível individualizado, pois solicitam a nossa ajuda constantemente e sou pouco seguros do que são capazes”

Recorde-se que a escola de Penhas Juntas foi encerrada há três anos, mas manteve-se aberta, a título excepcional. O futuro é incerto, uma vez que a nova determinação do Ministério da Educação prevê o encerramento de todas as escolas com menos de 21 alunos. No entanto, o director do Agrupamento de Escolas de Vinhais, Rui Correia, confirma que haverá tentativas para manter a escola aberta, pelo menos mais um ano.

Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-06-17
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MensagemAssunto: Mil directores têm lugar em risco com nova reforma   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 21, 2010 10:00 am

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Mil directores têm lugar em risco com nova reforma

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1308348

Escolas, professores e municípios preocupados com efeitos de fusões.

Até um milhar de directores de escolas e adjuntos - a esmagadora maioria em funções há menos de um ano - arriscam perder os seus postos com a fusão de agrupamentos que o Governo quer promover. Ameaçados estão também muitos professores e funcionários, sobretudo os que têm vínculos precários. E até as autarquias temem ver desperdiçada parte do investimento feito nos últimos anos na requalificação das escolas.

A reforma consta da Resolução 44/2010, do Conselho de Ministros, a mesma que decretou o fecho das escolas primárias com menos de 21 alunos. E está a gerar enorme preocupação a todos os parceiros, que dizem não entender a pressa do Governo e o facto de não terem sido ouvidos no processo.

Na prática, a ordem do Governo é para que acabem os chamados agrupamentos horizontais, constituídos apenas por escolas do mesmo nível de ensino. Uma medida que significa que, até ao próximo ano lectivo, as cerca de 330 escolas secundárias - até hoje separadas da restante rede - vão passar a ser as escolas-sede de agrupamentos que irão do pré-escolar ao 12.º ano. Mas as implicações desse passo vão fazer-se sentir a todos os níveis do sistema.

Desde logo porque as antigas escolas-sede dos agrupamentos vão perder esse estatuto para as secundárias, pondo em causa o emprego das suas direcções: "O que está a ser dito às escolas é que os directores das secundárias vão passar a presidir às CAP [Comissões Administrativas Provisórias] dos novos agrupamentos e os outros, cujos agrupamentos desaparecem, têm 15 dias para deixar funções", disse ao DN Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que considera "razoável" estimar em um milhar os postos de trabalho de directores e adjuntos em risco. A estes há ainda a somar os professores e funcionários alvo destas fusões (ver texto).

Mas as preocupações concentram-se, sobretudo, no impacto da medida na qualidade do ensino. O presidente da ANDAEP ressalva que a associação até "concorda com o princípio" de reunir os vários ciclos de escolaridade num agrupamento, tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos. Só não aceita a forma "apressada" com que o processo está a ser implementado, reconhecendo que "a única explicação possível" é a vontade governamental de cortar na despesa.

"Em termos pedagógicos, não há benefício nenhum em fazer as coisas desta forma", diz. "Criar um novo agrupamento implica um conjunto de alterações. Desde logo, é preciso aprovar um novo projecto pedagógico, e não se aprova um projecto pedagógico para um agrupamento do 1.º ciclo ao secundário em alguns meses."

Opinião idêntica tem António José Ganhão, presidente da Comissão de Educação da Associação Nacional de Municípios. "A nossa reacção, neste momento, é de total surpresa", diz ao DN. "Este tipo de alterações acarreta a obrigação constitucional de negociar com as autarquias, mas nem sequer fomos consultados sobre o assunto", critica.

O presidente da Câmara de Benavente questiona também o porquê da medida: "Estes novos agrupamentos terão, em alguns casos mais de 2500 alunos. A anterior equipa ministerial dizia que era indesejável ter mais de 2000 sob a mesma gestão. Não entendo o que mudou", desabafa. O autarca lembra que, "com o acordo" do último Governo PS, foram aprovadas novas cartas educativas dos municípios, e que estes assumiram "como prioridade", ao nível da utilização de fundos estruturais, a reabilitação do seu parque escolar. O DN tentou sem sucesso ouvir o Ministério da Educação.

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MensagemAssunto: Autarca de Izeda contra fusão de agrupamento escolar   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 21, 2010 2:48 pm

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Contra qualquer tipo de fusão
Bragança


Autarca de Izeda contra fusão de agrupamento escolar

A junta de freguesia de Izeda mantém a posição assumida há três semanas e não aceita a junção do Agrupamento de Escolas da freguesia com o de Abade de Baçal, em Bragança.

A presidente da junta, acredita que a seguir, vai ser eliminado o terceiro ciclo na escola de Izeda.

“Nós ainda nem sabemos se no próximo ano vamos ou não ter terceiro ciclo, mas se houver vai ser a curto prazo porque depois a escolaridade obrigatória passa para o 12º ano que não existe em Izeda” por isso “a probabilidade é tirarem o terceiro ciclo” considera Rosa Pires, acrescentando indignada que “isto é um fecho encapotado da escola”.

Mas a autarca vai mais longe e acusa o coordenador da Área Educativa, Luís Martins, de ter interesses pessoais na base da proposta de fusão.

E pede, por isso, a manutenção do Agrupamento tal como está.

“Nós pedimos que deixem estar a escola como está porque ela irá fechar por si mesma a longo prazo com a falta de alunos” refere. Mas por outro lado a autarca diz que “a proposta foi elaborada pelo coordenador da equipa de apoio às escolas que é professor efectivo em Izeda e isso leva-me a pensar que ele está com medo de voltar lá e quer garantir em Bragança o lugar de professor efectivo”.

Com a decisão cada vez mais oficial de fusão do agrupamento de Izeda com um de Bragança, Rosa Pires admite que poderá haver novas medidas de protesto.

E deixa mesmo uma ameaça velada. “Somos demasiado pequenos para nos fazermos ouvir e lutar contra uma estrutura organizada. Não sei se iremos partir para uma nova forma de luta, mas nós não vamos esquecer e no momento oportuno eu irei mostrar o meu descontentamento” refere.

Guerra aberta entre Izeda e a Equipa de Apoio às Escolas da Terra Fria e Arribas.

Brigantia, 2010-06-21
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MensagemAssunto: «Tudo mais ou menos estruturado»   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jun 21, 2010 2:55 pm

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«Tudo mais ou menos estruturado»
Distrito de Bragança


Dúvidas no encerramento de algumas escolas da Terra Quente transmontana

O processo de encerramento de escolas na Terra Quente ainda não está fechado. Se na área de influência da Terra Fria Transmontana vão encerrar cinco escolas, três em Bragança e duas em Vinhais, na Terra Quente ainda há algumas dúvidas.

Apesar de não querer gravar declarações, Manuel Pires, responsável pela Equipa de Apoio às Escolas da Terra Quente, revela que está tudo “mais ou menos estruturado”, mas ainda há dúvidas nos concelhos de Mirandela e de Vila Flor.

Dúvidas que devem ficar esclarecidas até hoje.

O impasse na cidade do Tua reside no facto de ainda não estar construído um Centro Escolar de raiz.

Já em Vila Flor, a incerteza continua a ser a Escola da aldeia de Seixo de Manhoses.

Em Torre de Moncorvo só duas escolas vão manter-se em funcionamento: Carvalhal e Felgar.

Quanto às crianças dos restantes estabelecimentos de ensino, no próximo ano lectivo, terão aulas na sede de concelho.

Em Carrazeda de Ansiães, o Centro Escolar está concluído e está a ser tratada a rede de transportes.

O Ministério da Educação já se comprometeu a comparticipar os gastos das autarquias com o transporte dos alunos para as sedes de concelho.

Brigantia, 2010-06-21
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MensagemAssunto: Actividades mobilizaram comunidade escolar    Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQua Jun 23, 2010 3:52 pm

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Actividades mobilizaram comunidade escolar
St.ª Marta de Penaguião


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Dia das Ciências no Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião

Organizado pelas Áreas disciplinares de Ciências da Natureza / Naturais e Físico-Químicas, o dia das Ciências ofereceu um vasto conjunto de actividades à comunidade escolar.

Por outro lado, este tipo de iniciativas permite motivar os alunos e despertar neles o gosto pelas actividades experimentais e o interesse pelas Ciências.

Esta iniciativa contou com a participação activa e empenhada de muitos alunos que demonstraram um grande interesse e responsabilidade na realização das actividades, com particular carinho para os mais pequenos.

Este ano, para além de diversos alunos dos 2º e 3º Ciclos, houve uma grande afluência de visitantes, nomeadamente os Jardins-de-infância e as escolas do 1º Ciclo pertencentes ao Agrupamento.

Tivemos ainda a presença do Sr. Presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, que elogiou toda a dinâmica criada em torno das ciências experimentais.

Ao longo desta semana, foram propostas aos alunos as diversas actividades, tais como:
- Participar em diversas experiências que decorreram nos laboratórios de Ciências, Física e Química;
- Participar na Visita ao Planetário Portátil, que esteve durante dois dias presente no Agrupamento;
- Visita às Exposições de Ciências da Natureza / Naturais e Físico – Químicas, cujo tema era “Construção de materiais Cientifico - Didácticos”;
- Feira dos Minerais;
- Participar no Concurso “Desenho do Cientista”.

As representantes das Disciplinas de Ciências Físico-Químicas e Naturais aproveitaram para agradecerem a todos os alunos, Professores, Educadores e pessoal auxiliar que acompanharam os alunos às actividades, contribuindo assim para o êxito destas iniciativas.

P. Vilela, 2010-06-23
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MensagemAssunto: Escolas centenárias à beira do fim    Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQui Jun 24, 2010 12:01 pm

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Escolas centenárias à beira do fim
Distrito de Bragança


Educação e ensino - Página 3 Escola_antiga_jn

Centros Escolares das vilas e cidades recebem as crianças das aldeias que perdem o 1.º Ciclo e o Pré-escolar


Mais de duas dezenas de escolas do 1.º Ciclo e Jardins-de-Infância do distrito de Bragança vão fechar as portas já no próximo ano lectivo.

A reestruturação escolar avança, mais uma vez, no sentido de encerrar as escolas centenárias que ainda resistem nas aldeias e concentrar os alunos nos centros escolares que estão a ser construídos nas vilas e cidades do Nordeste Transmontano.

No concelho de Bragança, as escolas de Espinhosela (com 14 crianças), Samil (16) e Zoio (9) já não abrem as portas no próximo ano lectivo. Os alunos de Espinhosela e de Samil vão ser transferidos para os centros escolares da cidade, ao passo que as crianças do Zoio passam a ir às aulas na escola de Rebordãos, que ainda consegue resistir com 24 crianças.

A escola de Quintanilha, com 18 alunos, também vai continuar a funcionar, visto que o transporte dos alunos excedia os 50 minutos previstos pela legislação. Também o estabelecimento de ensino de Salsas, com 20 alunos, vai manter-se aberto no próximo ano lectivo.
Na cidade vão encerrar as escolas de S. Sebastião, Estacada, Estação e, provavelmente, do Toural, sendo as crianças transferidas para o Centro Escolar de Santa Maria. Já os alunos que frequentavam os pré-fabricados do Campo Redondo e as turmas do 1.º Ciclo que estavam a funcionar na Escola Paulo Quintela vão ser transferidos para o Centro Escolar da Sé (ver caixa).

No município de Vinhais, as escolas de Ervedosa, com 7 alunos, e de Penhas Juntas, com 10 crianças também têm o fim anunciado. O coordenador da Equipa de Apoio Educativo Nordeste Terra Fria e Arribas, Luís Martins, afirma que estas escolas encerram definitivamente no próximo ano lectivo, sendo os alunos transferidos para a vila. A excepção é Vilar de Lomba, que se vai manter com 15 crianças, visto que Rebordelo não tem espaço para receber estes alunos e a deslocação até Vinhais ultrapassa os 50 minutos.

No concelho de Vimioso, o estabelecimento de ensino de Argozelo mantém-se a funcionar com 18 alunos, visto que os estudos elaborados garantem que nos próximos anos terá mais do que 21 alunos. Também em Miranda do Douro, a escola de Palaçoulo vai abrir no próximo ano lectivo, com 18 crianças.

Já em Mogadouro, o estabelecimento de ensino de Castro Vicente vai resistir mais um ano, com nove alunos, visto que o centro escolar de Mogadouro ainda não está concluído.

Carrazeda de Ansiães encerra todas as escolas e concentra os alunos do 1.º Ciclo e do Pré-escolar no centro escolar da vila

Na Terra Quente, a situação que está a causar polémica é o encerramento da escola de Seixo de Manhoses, no concelho de Vila Flor. A proposta passa pela transferência dos nove alunos para a EB1 de Vila Flor, visto que a construção do centro escolar ainda não avançou. Neste município mantêm-se, ainda, as escolas de Freixiel, Vila Boas, Samões e o centro escolar de Santa Comba da Vilariça.

Em Macedo de Cavaleiros, os alunos já vão estudar nos centros escolares, à excepção das crianças que vão permanecer em Chacim e Morais, que têm mais de 21 alunos. Na cidade também encerram quatro escolas para transferir os alunos para os centros escolares.
Já em Mirandela, o coordenador da Equipa de Apoio Educacional da Terra Quente e Baixo Sabor, Manuel Pires, garante que o processo ainda não está concluído. No entanto, em cima da mesa está a possibilidade de encerrar as escolas de Abreiro, Cachão, Romeu, Suçães, Pereira e Va­le de Salgueiro. Estas escolas têm menos de 21 alunos, mas a falta de alternativas para integrar os alunos poderá prolongar a abertura destes estabelecimentos de ensino por mais um ano.

Em Carrazeda de Ansiães, encerram todas as escolas do Mundo Rural, sendo as crianças transferidas para o centro escolar da vila. Castanheiro do Norte e Vilarinho da Castanheira vão perder o 1.º Ciclo e o Pré-escolar, ao passo que Mogo de Malta e Seixo de Ansiães perdem os jardins-de-infância e Linhares, Pombal de Ansiães, Selores e Fonte Longa vêem encerrar as escolas do 1.º Ciclo.
Por sua vez, em Torre de Moncorvo resistem as escolas do Carvalhal e do Felgar, encerrando, apenas, a escola de Cabanas de Baixo e os jardins-de-infância de Castedo e Urros.

Em Alfândega da Fé e Freixo de Espada à Cinta, os alunos já estão concentrados nos centros escolares.

A lista oficial dos estabelecimentos de ensino que encerram no próximo ano lectivo deverá ser divulgada pelo Ministério da Educação no início do próximo mês.


Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-06-24
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MensagemAssunto: Sócrates anuncia investimento no ensino básico   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSex Jun 25, 2010 1:11 pm

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Sócrates anuncia investimento no ensino básico

por Paula Sá
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1310231

Num momento em que o Presidente da República adverte os empresários que “durante muitos anos” o Estado não poderá investir na economia, o primeiro-ministro anuncia no Parlamento uma linha prioritária de investimento nas escolas do 2º e 3º ciclo do ensino básico.

No debate quinzenal na Assembleia da República, subordinado ao tema “desenvolvimento económico”, José Sócrates afirmou que o Governo se vai empenhar na execução do QREN – o programa de fundos comunitários. E neste quadro anunciou também o lançamento de uma nova linha de crédito, no valor de 700 milhões de euros, para apoiar as empresas que já recorreram ao financiamento comunitário.

Dois outros novos concursos serão lançados no âmbito do QREN, segundo o líder do Governo, para financiar projectos de internacionalização de empresas e projectos de investigação e desenvolvimento. Sócrates garantiu também aos deputados que “a economia portuguesa dá sinais de recuperação”.

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MensagemAssunto: Preço de manuais sobe mais do que a inflação   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeTer Jun 29, 2010 9:33 am

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Preço de manuais sobe mais do que a inflação

por RITA CARVALHO
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1311680

Governo e editoras acordaram subida do preço de 1,5% e 0,4%. Ontem, confirmaram que IVA não vai pesar mais na factura.

O preço dos manuais escolares para o próximo ano lectivo vai subir 1,5% no ensino básico e 0,4% no ensino secundário. O aumento já tinha sido definido em Maio pela convenção assinada entre o Ministério da Economia e a Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) e foi ontem confirmado pelo Governo. Isto depois de a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) e de as editoras terem acordado que a subida de preços se mantinha nos valores já acordados, apesar do aumento de um ponto percentual do IVA, anunciado no dia 13 de Maio por José Sócrates.

Segundo apurou o DN, o aumento do IVA será suportado pelas editoras, evitando que as famílias sejam ainda mais penalizadas na totalidade da factura escolar. Mas, na prática, os livros sairão este ano mais caros ao consumidor do que no ano passado. Isto porque o aumento do custo (1,5% e 0,4%) acordado com as editoras será superior à taxa de inflação estimada para este ano, que deverá rondar os 0,5%.

A negociação com o Governo decorreu nas últimas semanas, na sequência da subida do IVA de 5% para 6%. À mesma mesa das negociações esteve a Comissão do Livro Escolar, que representa as editoras, e a DGAE.

Apesar de a campanha dos manuais escolares só arrancar na segunda quinzena de Julho e da maioria dos pais só comprar os livros no regresso das férias de Verão, as editoras estavam já preocupadas com o resultado das negociações em curso e temiam que estas viessem a atrasar a disponibilização dos manuais.

Segundo apurou o DN, algumas optaram mesmo por não imprimir as capas dos livros enquanto não fossem fixados os preços definitivos.

No seu site, a Leya alertava ontem também os livreiros para este facto. Na secção de perguntas frequentes, o grupo que representa 30% do mercado escolar explicava que, "para proceder à entrega atempada dos artigos escolares, tinha já à data os manuais impressos com preço marcado assim como as folhas de rosto que acompanham as recomendações pedagó- gicas".

Contudo, acrescentava a informação online, "todos os preços ficaram agora desactualizados, pelo que, para cobrar correctamente o preço dos manuais escolares, sugerimos que consulte sempre a nota de encomenda".

Há escolas que chegaram mesmo a precaver os encarregados de educação para um eventual atraso na chegada dos livros do próximo ano lectivo. As listas já foram escolhidas pelos professores de cada escola, mas só deverão ser fornecidas aos pais na próxima semana, para que possam encomendá-los nas papelarias ou através da Internet.

A Confederação das Associações de Pais (Confap) disse ao DN que esta preocupação ainda não começou a ser levantada pelos encarregados de educação, uma vez que as aulas mal terminaram e as notas dos estudantes ainda nem saíram.

Sobre o aumento do preço dos manuais e o custo da subida do IVA, o presidente da Confap, Albino Almeida, afirmou que ainda é cedo para uma reacção. Disse, contudo, que hoje iniciaria contactos para conhecer as conclusões tomadas ontem. Albino Almeida acrescentou também que esperava "bom senso" por parte do Governo e das editoras e disse acreditar que alguns livreiros iriam minimizar os impactos no consumidor. "Este está a ser um ano difícil para as famílias. E sei que algumas livrarias vão ter esta atenção e não vão fazer repercutir esse aumento no preço final."

In DN

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MensagemAssunto: Médias caíram em metade dos exames   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSex Jul 09, 2010 10:59 am

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Médias caíram em metade dos exames

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1316141

Das 24 provas da 1.ª fase, 12 baixaram as médias nacionais. Destas, oito desceram mais de um valor. Houve cinco disciplinas com médias negativas. Ministério foca-se nos resultados dos internos

"A Matemática passei com dez. Geometria Descritiva A correu mal. Tive um quatro. Acho que correu mal a muita gente, até o nosso professor disse que muito poucos conseguiriam fazer os dois primeiros exercícios."

O relato de Tomás Marques, 16 anos, aluno do 11.º ano da Secundária Camões, em Lisboa, não é diferente do que o DN ouviu ontem de outros estudantes, quer deste liceu quer da Secundária Pedro Nunes, também na capital.

Geometria Descritiva A, com uma média nacional de 8,2 valores, acabou mesmo por ser protagonista de um dos maiores trambolhões em relação a 2009 - nada menos do que 1,6 valores. Mas não foi caso único.

Segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação (ME), dos 24 exames nacionais do ensino secundário realizados na 1.ª fase, metade - 12 - desceu as médias. E destes, oito registaram quebras acima de um ponto percentual. Apenas nove disciplinas subiram a média, com as três restantes a manterem o valor, ou sem termo de comparação com 2009.

Cinco disciplinas registaram valores negativos: Física e Química A, Geometria Descritiva A, Biologia e Geologia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) e Matemática B.

Numa nota oficial, o ME só assumiu as primeiras três negativas. E considerou ainda que o conjunto das médias "consolidam uma tendência de estabilidade dos resultados".

Questionado pelo DN sobre estas discrepâncias, o ministério explicou que, na nota, "a opção foi considerar os alunos internos", ou seja, aqueles que frequentaram a escola onde fizeram o exame. E justifica que estes "manifestam o desempenho da esmagadora maioria dos alunos".

Para a tutela, apresentar os totais nacionais sem atender a esse facto "daria uma imagem errada do trabalho desenvolvido na sala de aula por professores e por alunos".

E o ME cita o caso da Matemática B, em que "70%" dos que fizeram a prova eram alunos externos, que obtiveram uma média de 7,8 valores, que levou ao total nacional de 8,7.

Cláudia Oliveira, estudante de 18 anos que fez o exame de Matemática B no Pedro Nunes, em Lisboa, obtendo "três valores" a Matemática, pode ser apontada como um exemplo dos alunos que o ministério não considerou na sua análise, apesar de até ter frequentado "como assistente" as aulas. "Bloqueei na prova", contou.

O mesmo não se pode dizer, no entanto, de outros alunos internos da mesma escola que fizeram a prova de Física e Química.

Simão, Mafalda e José, com idades entre os 16 e os 17 anos, saíram todos do exame com negativas baixas. "Muita gente que tinha boas notas [internas] acabou com negativa", resumiu Simão. "Um amigo meu que tinha 18 acabou por ficar com 10 no exame."

Esta disciplina veio a confirmar-se como a que piores resultados registou este ano: 8,1 de média nacional. Os alunos internos conseguiram uma média de 8,4, quatro décimas superior.

Outros alunos, como Tomás, de 17 anos, combinavam alegrias com desilusões: "Tive 13 a História B, o que até superou as minhas expectativas, mas 14 a Economia, quando esperava muito mais. Vou recorrer desta nota", disse.

História B, com uma média de 11,9 valores (mais 1,9 do que em 2009) revelou-se uma surpresa agradável. Assim como Matemática A, que, com os 10,8 de média, melhorou 0,8 pontos em relação a 2009. Já os 13,2 valores do Alemão Inicial (mais 2,2) dizem respeito só a 805 alunos em prova.

As candidaturas ao superior arrancam dia 13 deste mês para quem não tenha de ir à 2.ª fase de exames nacionais, que decorre entre os dias 14 e 19.

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MensagemAssunto: Fusão de escolas num só agrupamento gera descontentamento   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jul 12, 2010 4:06 pm

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Novo modelo de gestão
Valpaços


Educação e ensino - Página 3 6163_jn

Fusão de escolas num só agrupamento gera descontentamento

As escolas do concelho de Valpaços vão ser integradas num único agrupamento escolar, que fará a gestão de todos os estabelecimentos de ensino. A maioria dos funcionários e professores da Escola Secundária de Valpaços está contra.

Queixa-se de não terem sido ouvidos no processo e temem que não haja tempo de pôr a funcionar a nova estrutura até ao início do ano lectivo. Também não concordam com os “critérios” que levaram à designação do presidente da Comissão Provisória que vai gerir o Agrupamento.

A partir do dia 1 de Agosto, o Agrupamento de Escolas de Carrazedo de Montenegro, o Agrupamento Vertical de Escolas de Valpaços e a Escola Secundária de Valpaços vão ser extintas enquanto unidades de gestão autónomas. A partir dessa data farão parte de um só agrupamento, o Agrupamento de Escolas de Valpaços. A gestão da nova estrutura será feita por uma Comissão Provisória, que ficará, ao que tudo indica, instalada na sede da Escola Secundária de Valpaços.

No entanto, a fusão das escolas no concelho, que integra a primeira vaga de municípios, onde a medida vai ser implementada já este ano, não está a gerar consenso. Pelo contrário. Na Escola Secundária de Valpaços uma petição subscrita por oitenta funcionários e professores pediu à ministra da educação que o processo de fusão fosse prorrogado por um período de um ano, como aconteceu noutros locais da própria região. “Foi tudo muito repentino. Sem nos dizerem absolutamente nada, fomos confrontados com a unificação. Isto não é democrático”, diz o actual presidente do conselho executivo da Escola Secundária de Valpaços, Abel Conde Ribeiro, temendo que não haja tempo para pôr a funcionar esta mega-estrutura até ao início do ano lectivo e que quem venha a ser penalizado sejam os alunos. “Eu não questiono o agrupamento, só pergunto por que não nos foi dado um ano, como aconteceu noutros concelhos, para, com calma, pensarmos a unificação. Porquê esta pressão?”, questiona.

Mas no documento, os 80 subscritores não põem só em causa o funcionamento do agrupamento. Também questionam o critério que levou à designação da presidente da Comissão Provisória do Agrupamento e o número de alunos. No caso de Valpaços, a presidência da comissão caberá, assim, à directora do Agrupamento Vertical de Escolas de Valpaços, a professora Olema Fernandes Gonçalves.

No entanto, os subscritores da petição entenderam que a de- signação com base no maior número de alunos é “um total desrespeito pela competência, trabalho, desempenho e dedicação” do director da Escola Secundária, avaliado com a classificação de “excelente”.

Quem também não se conforma com a unificação das escolas é o presidente da Câmara de Valpaços, o social-democrata Francisco Tavares. O autarca argumenta que a criação do agrupamento não teve em conta a “dimensão territorial do concelho”. “O agrupamento de Carrazedo de Montenegro deveria ficar autónomo. Um só agrupamento, sou completamente contra”, defende, criticando também o facto de a Direcção Regional de Educação do Norte “não ter ouvido ninguém” antes da tomada da decisão da unificação de todas as escolas. Aliás, Francisco Tavares questiona também o porquê de o mega-agrupamento ter avançado já em Valpaços, quando, em concelhos vizinhos, como Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena, isso não aconteceu.


Directora-adjunta da DREN defende modelo

“Agrupamento garante sustentabilidade das escolas”

Ao contrário dos subscritores da petição e do presidente da Câmara de Valpaços (ver texto em cima), a directora- -adjunta da Direcção Regional da Educação do Norte, Ema Gonçalo, professora do quadro da Escola Secundária de Valpaços, diz que “não é verdade” que não tenha havido diálogo sobre a criação dos agrupamentos. “Houve uma primeira reunião do secretário de Estado com os autarcas, onde o assunto foi lançado e explicado, depois os directores das escolas e agrupamentos estiveram na Direcção Regional e depois eu própria visitei todas as escolas para explicar a professores e funcionários o que se ia passar”, garantiu, ao Semanário TRANSMONTANO, Ema Gonçalo. Quanto ao calendário, a directora-adjunta assegura que em Valpaços o avançar do processo teve a ver com a fraca densidade de alunos e que esta foi até uma forma de garantir a “sustentabilidade” de algumas escolas e de “não quebrar serviços à população”. “Fala-se em mega-agrupamento, mas a verdade é que o agrupamento de todas as escolas de Valpaços terá menos alunos que o Agrupamento Nadir Afonso, em Chaves”, explica.

Quanto ao critério para a designação da presidente da Comissão Provisória que irá gerir o Agrupamento das Escolas de Valpaços, a directora-adjunta recorda que o critério é o mesmo “em todo o lado”. “A comissão provisória vai funcionar apenas durante um ano, depois será iniciado um processo eleitoral normal”, conclui Ema Gonçalo.

Margarida Luzio, Semanário Transmontano, 2010-07-12
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MensagemAssunto: Protesto do povo contra fusão de pólos escolares no concelho   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeSeg Jul 12, 2010 4:09 pm

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Sendim e Torre D. Chama
Distrito de Bragança


Protesto do povo contra fusão de pólos escolares no concelho

Prometeram e cumpriram. A população da vila de Sendim, concelho de Miranda do Douro saiu ontem à rua para desmontar a sua revolta contra a fusão do pólo escolar local com o da sede de concelho. Mais protestos prometidos para amanhã.

Mais de uma centena de veículos circularam em marcha lenta, sob uma temperatura que rondava os 35 graus, no troço da EN-221, que liga Sendim à população vizinha de Fonte de Aldeia. Apesar ser uma marcha pacífica, os sendineses entendem que esta foi “uma forma ordeira” de chamar a atenção à ministra da Educação para a manutenção do pólo escolar. A escola é um dos principais serviços públicos existentes na vila, sendo encarado como “um dos motores económicos e sociais” da localidade.

?Sem ministra sim, sem educação não!? Uma palavra de ordem que se podia ler num cartaz colocado em cima de uma das viaturas que fazia parte da marcha e que expressava a vontade da população em mater a unidade escolar nos moldes inicias.
Por seu lado, David Jantarada, membro da Associação de país não tem dúvidas, “por detrás da fusão vem o encerramento progressivo da escola e, consequente, a transferência dos alunos para Miranda do Douro”.

Na óptica Artur Nunes, presidente do município de Miranda do Douro, eleito nas listas do PS, o processo de fusão dos agrupamentos escolares “peca pela falta de sentido de oportunidade”.

“Já manifestei a minha discordância à ministra da Educação, relativamente ao timing em que o processo está a ser condizido. O tempo não é adequado e parece-me que tudo está a ser feito de forma muito rápida e sem falarem com ninguém”, observou Nunes.

Já Aquino Ginjo, presidente da Junta de Freguesia, mesmo com algumas garantias de que o pólo “não será encerrado” teme pela manutenção do que considera ser “ o pulmão económico da vila”. “A economia de Sendim, de certa forma, depende da escola e das pessoas que nela trabalham, por isso peço que não façam a fusão”, alertou o autarca.

A população promete mais formas de luta para amanhã, dia em que Sendim assinala o 20º aniversário da elevação a vila.

Já sobre a alegada tentativa de fusão do agrupamento da escola de Torre de Dona Chama com a secundária de Mirandela, o responsável pela Equipa de Apoio às Escolas da Terra Quente diz que se trata de puras especulações. “Para já não confirmo nada” refere Manuel Pires, acrescentando que “o reordenamento da rede é para breve e nessa altura vai saber-se, mas não me parece que haja novidades”, acrescenta.

Já o presidente da câmara, José Silvano, vai mais longe e garante que essa fusão não avança, pelo menos no próximo ano lectivo. “Esta ano não vai haver nenhuma fusão, os dois agrupamentos vão continuar a funcionar”, adianta. “No futuro logo que vê se haverá entendimento entre as partes para outro tipo de reforma”, conclui o edil. José Silvano diz também que já está decidido que não vai encerrar nenhuma escola primária no concelho de Mirandela, com menos de 21 alunos. “Não encerra nenhuma escola porque o ministério foi sensível à reivindicação e argumentos da câmara que dizia que não haveria mais junção de escolas até ter o centro escolar a funcionar” refere.

Francisco Pinto e Fernando Pires in JN, 2010-07-12
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MensagemAssunto: 31% dos portugueses não acabaram escolaridade obrigatória    Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 11:30 am

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31% dos portugueses não acabaram escolaridade obrigatória

por ANA BELA FERREIRA,
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1318752

Dados ontem divulgados pelo Eurostat revelam que Portugal continua a ter a maior taxa de abandono escolar da União Europeia, embora seja o País que teve maior descida

Portugal continua a ser o país da União Europeia com a maior taxa de abandono escolar, apesar dos valores terem vindo a descer desde 1999. No ano passado, a taxa de abandono escolar precoce foi de 31,2%, representando uma descida de 4,2% em relação a 2008.

Os dados do Eurostat ontem divulgados indicam que Portugal tem a mesma taxa que a Espanha, e só Malta (36,8%) tem uma taxa superior. A média de abandono escolar dos 27 países da União Europeia situou-se nos 14,4%.

Até 2020 tem que reduzir a média para os 10%, e a ministra da Educação já anunciou que Portugal espera chegar aos 15% em dez anos (ver caixa em baixo), uma meta que José Canavarro, ex-secretário de Estado da Educação, considera "alcançável".

Apesar de estar bastante acima da média europeia, Portugal foi o país que teve a maior descida da última década. Satisfeita com os resultados, Isabel Alçada sublinhou que "Portugal registou de 2008 para 2009 a maior subida da década".

A ministra da Educação lembra ainda que a taxa de abandono escolar caiu 4,2 pontos percentuais, "o que significa que mais 32 mil pessoas completaram o ensino secundário ou estão em sistemas de educação e formação. Isto representa um progresso imenso".

A diminuição do número de alunos que deixa de estudar antes de completar a escolaridade mínima obrigatória mostra, segundo a ministra, que "a oferta do ensino secundário é atractiva para jovens e adultos portugueses".

Mas para José Canavarro, estes números estão também relacionados com a crise económica, já que "quando estamos numa altura de crise económica há uma maior tendência para os jovens se manterem na escola", defende. Os jovens perceberam também que precisam de ter mais qualificações, acrescenta o professor universitário

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MensagemAssunto: Directores 'dissidentes' querem liderar Conselho das Escolas   Educação e ensino - Página 3 Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 2:53 pm

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Directores 'dissidentes' querem liderar Conselho das Escolas

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

Educação e ensino - Página 3 Ng1318755

Nomes ligados à contestação ao Governo anterior aparecem este ano nas listas

Ficaram conhecidos por darem a cara, em nome das escolas, nos tempos mais tensos de Maria de Lurdes Rodrigues na Educação, não hesitando em assumir posições críticas em aspectos como a carreira dos professores e o regime de gestão escolar. Agora prepararam-se para disputar a chefia no Conselho das Escolas, que vai hoje a votos, para mudar o sistema por "dentro".

São vários os nomes do movimento, que ficou conhecido como "escolas em luta", a figurar nas listas para eleger os representantes regionais e nacionais das direcções escolares neste órgão consultivo do Ministério da Educação. O mais conhecido de todos é, provavelmente, o de Rosário Gama. A líder da Secundária Infanta Dona Maria, de Coimbra, começou por dar nas vistas quando a sua escola chegou ao primeiro lugar dos rankings das públicas, em 2008. O seu primeiro comentário, mais do que de celebração, foi um lamento: avisou que dificilmente manteria aquele desempenho no futuro face ao número de professores seniores que estava a perder para a reformas antecipadas, ditadas pelo desconten- tamento que se vivia.

Um descontentamento, face a estes e outros assuntos, que, defende ao DN, nunca foi reproduzido junto do Governo pela actual direcção do Conselho das Escolas, liderada por Álvaro Almeida dos Santos. "No ano passado, em que houve muita contestação - e com razão -, nomeadamente em relação às eleições dos directores [em substituição dos antigos conselhos executivos], o Conselho das Escolas nunca transmitiu qualquer apoio às nossas posições", acusa.

Agora, quer estar do outro lado da barricada. O local certo, admite, para fazer vingar as posições que defende: "Concluímos, eu e outras pessoas, que para sermos mais activos, para tomar posições mais inconformistas, o Conselho das Escolas é o sítio certo. Pelo menos podemos exprimir opinião e ser ouvidos junto de quem decide."

Menos conhecida, apesar de respeitada pelas suas opiniões, Henriqueta Cristina Oliveira é outro rosto da contestação à frente de uma lista eleitoral, neste caso "para representar" a Beira Interior. Não se vê a liderar o conselho - "nem estaria disponível", avisa -, mas está pronta para "tentar dar sequência ao bom trabalho" do antecessor na região, que optou por não voltar a concorrer.

Deste órgão consultivo, criado pela antiga ministra Lurdes Rodrigues, diz ter tido "uma virtude: pôr as escolas de cada região a reunir frequentemente entre si". Mas quanto à capacidade de influência deste órgão junto do Ministério, a professora considera que esta nunca existiu realmente.

"Sempre tivemos o receio de que o conselho, tendo nascido de uma iniciativa do Ministério em vez da mobilização das próprias escolas, acabasse por ser mais um espaço para se dizer que havia consulta, um órgão manipulado e manipulável", recorda. E três anos depois da sua criação (ver caixa), Henriqueta Oliveira considera que "confirmaram-se" alguns dos receios iniciais.

Agora, diz, se for eleita como uma das representantes das escolas, já tem uma prioridade na agenda: "tentar travar o processo de fusão de agrupamentos, lançado de forma apressada e arbitrária pelo Governo. Não se trata de resistir à mudança. Todos sabemos que há escolas que podem ser fechadas ou reagrupadas. Mas há casos e casos. Não basta pôr um limite de três mil alunos".

No seu caso, devido ao desaparecimento de um agrupamento horizontal com escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo, a directora do agrupamento de escolas da Lousã, além das nove escolas que já chefiava, vai herdar mais 14. "Seremos um agrupamento com 1650 alunos, em 23 escolas. Como se pode fazer uma gestão de proximidade assim", questiona.

Entre as dezenas de candidatos ao Conselho das Escolas, dispersos pelas diferentes regiões, não consta o nome do actual presidente, Álvaro dos Santos, que termina em breve um mandato de três anos.

In DN

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