A Saúde

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Hospitais esgotaram quota de consultas e cirurgias

por Lusa
Hoje

Alguns hospitais das Misericórdias esgotaram em menos de dois meses a quota de consultas e cirurgias que tinham para oito meses, no âmbito de um acordo assinado em Março com o Ministério da Saúde.

"O que me chega é de uma enormíssima satisfação por parte das comunidades. Temos hospitais que já gastaram em mês e meio a quota que lhes foi atribuída para oito meses, e as pessoas foram todas atendidas e foram todas tratadas e não foram dali para os hospitais públicos", disse à Lusa o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, nas vésperas do X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, que começa na quinta-feira em Coimbra.

O Ministério da Saúde assinou no final de março acordos com 12 hospitais das Misericórdias a quem pagou cerca de 22 milhões de euros para prestarem cuidados de saúde, colocando-os em pé de igualdade com os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O objectivo é aumentar a capacidade de resposta aos cidadãos, reduzindo o tempo de espera para consultas e para cirurgias.

Manuel Lemos explicou que nos acordos assinados com cada uma das misericórdias que tem hospitais ficou definido para cada uma um 'plafond' de consultas e cirurgias.

Para dar ideia da grande procura que estes serviços têm tido e da sua "enorme capacidade de resposta", Manuel Lemos contou que pelo menos dois hospitais que "não tinham histórico" e cujo 'plafond' era por isso mais baixo, alcançaram rapidamente esse limite e chegaram mesmo a pedir para aumentar a quota.

"Não imaginávamos que o nível de satisfação fosse tão grande", afirmou Manuel Lemos, mostrando-se convicto de que o "número global [de consultas e cirurgias previstas] vai ser completamente alcançado".

O número previsto é de entre 15 e 25 mil cirurgias e 100 mil consultas de especialidade por ano, sendo as áreas mais abrangidas a oftalmologia, dermatologia, otorrino e cirurgia vascular.

In DN

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Foco de infecção no quarto piso
Bragança


Legionella volta a matar no hospital de Bragança

Já são duas vítimas mortais registadas no hospital de Bragança devido a pneumonia provocada pela bactéria legionella.A última foi um homem de 87 anos, que morreu no passado sábado. Tinha 87 anos e morreu depois de ter estado internado duas vezes no hospital de Bragança.

Em Maio, pouco depois de ter sido público que havia um foco de infecção no quarto piso da unidade hospitalar de Bragança, o homem deu entrada no hospital com queixas que nada tinham a ver com problemas respiratórios.

Teve alta três semanas depois, mas acabaria por regressar ao hospital já com sintomas de pneumonia apenas quatro dias depois. Fragilizado, com problemas de imunidade, acabaria por falecer menos de 48 horas depois, no último sábado, vítima de pneumonia provocada pela bactéria legionella.

É a segunda vítima mortal desde o final de Abril, altura em que se registou o primeiro caso naquela unidade de saúde.Para já, a administração do Centro Hospitalar do Nordeste mantém-se em silêncio, remetendo mais esclarecimentos para um comunicado a divulgar esta terça-feira.

Ainda não são conhecidas as análises feitas ao sistema de canalização do quarto piso, que se provou estar infectado com a bactéria, depois das duas operações de desinfecção levadas a cabo após o aparecimento dos dois primeiros casos, sendo que um deles se revelou mortal.

No entanto, o quarto piso deverá ser evacuado já nos próximos dias.

Brigantia, 2011-06-21
In DTM

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Maioria das consultas foi dada fora do prazo estabelecido

por Lusa
Hoje


Mais de três em cada 10 primeiras consultas de especialidade nos hospitais públicos foi dada, no ano passado, fora do prazo máximo estabelecido, embora o acesso tenha aumentado, segundo dados oficiais.

O Relatório Anual sobre Acesso a Cuidados de Saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS) referente a 2010 mostra que só 69% das consultas hospitalares, marcadas a partir dos centros de saúde, ocorre dentro dos tempos máximos de resposta garantidos.

Oftalmologia e consulta da dor são as especialidades que mais incumprem nos tempos de espera das consultas. Ao todo, os hospitais portugueses deram 10,8 milhões de consultas em 2010, mais 3% do que tinha acontecido no anterior. Nas cirurgias, o relatório aponta para uma diminuição ligeira da mediana do tempo de espera em lista de inscritos, que era de 3,3 meses em 2010, quando em 2009 era de 3,4 meses. Contudo, olhando para os últimos cinco anos, verifica-se uma diminuição da mediana do tempo de espera em 62% de 2005 para 2010 e uma redução de 35% no número de inscritos no mesmo período.

Apesar disso, há ainda especialidades em que a mediana do tempo de espera é superior a cinco meses, como o caso da neurocirurgia ou da cirurgia vascular.

In DN

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Doentes de evolução prolongada
Bragança


CHNE implementa terapias não convencionais em doentes psiquiátricos

As terapias não convencionais têm estado a ter resultados positivos em doentes psiquiátricos do Centro Hospitalar do Nordeste.Os 40 utentes da Unidade de Doentes de Evolução Prolongada estão a ser alvo de um plano terapêutico que recorre a este tipo de terapias.

Os jogos tradicionais são uma forma de promover a socialização, integração e desenvolvimento físico e emocional, valorizando as relações interpessoais, os desafios em grupo e a auto-estima.

Os benefícios são comprovados pelos técnicos que acompanham diariamente estes doentes.“Ao nível do comportamento eles ficam mais calmos e conseguem interagir melhor. Não estão tão sujeitos à monotonia e ao sedentarismo de estarem sempre sentados a ver televisão ou a dormir” refere Sérgio Barrios, técnico de desporto, que falava à margem de uma jornada de jogos tradicionais organizada em parceria com outras instituições sociais da cidade de Bragança.

Já a enfermeira responsável pela unidade, diz que estas terapias promovem um estilo de vida mais saudável contribuindo até para a redução do tratamento com recurso a fármacos.“Desta forma eles gastam as energias cumuladas que estas doenças lhes causam.

Notamos que há uma melhor absorção da terapêutica que lhes está prescrita clinicamente” afirma Fátima Geraldes.O director clinico do CHNE salienta as mais-valias deste plano terapêutico.“Quando as pessoas estão um pouco afastadas da vida real, não tendo capacidade para se autonomizarem, entendemos que era importante desenvolver estas actividades dentro do artesanato e desporto para os tirar deste ambiente fechado onde têm de estar para que eles tenham uma vida o mais normal possível dentro das suas próprias incapacidades” refere Sampaio da Veiga.

A Unidade de Doentes de Evolução Prolongada do CHNE acolhe actualmente 40 doentes psiquiátricos.


Brigantia, 2011-07-04
In DTM

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Cientista portuguesa ajuda a perceber doença de Alzheimer

por Lusa
Hoje

Uma cientista portuguesa a trabalhar em França descobriu um novo mecanismo de regulação do tráfego de proteínas dentro das células do corpo humano que poderá ajudar no tratamento do cancro ou da doença de Alzheimer.

O estudo de Cláudia Almeida, 35 anos, investigadora no Instituto Curie, em Paris, foi publicado na revista Nature Cell Biology.

O que está em causa é perceber as razões por que algumas proteínas deixam de chegar aos seus destinos dentro das células, originando as doenças, de modo a conseguir depois agir de modo a tratar e corrigir essas alterações.

O que Cláudia Almeida agora descobriu foi que há uma proteína que contribui para deformar as paredes do Golgi, a estrutura onde se formam as novas moléculas e que as encaminha para os seus destinos.

Em declarações à Lusa, Cláudia Almeida salientou a importância destas investigações, que vão permitir perceber as alterações nos mecanismos celulares que vão originar as doenças.

Trata-se, contudo, de um processo demorado, já que "há 20 anos que se trabalha intensamente e ainda não se conseguiu qualquer cura" para a doença de Alzheimer, por exemplo, refere a investigadora.

Sem avançar prognósticos, a cientista diz que se trata de um processo demorado de investigação, que não exclui que de um momento para outro sejam feitas descobertas relevantes que abreviem o tratamento.

Cláudia Almeida é licenciada em bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorou-se em neurociências em Nova Iorque e fez o pós-doutoramento em Paris, onde é actualmente bolseira no Instituto Curie.

In DN