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 Linhas do Tua, Corgo e Tâmega

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Fantômas

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MensagemAssunto: Mobilidade para a Linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Mar 23, 2010 4:06 pm

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Mobilidade para a Linha do Tua
Mirandela


Câmara de Mirandela descontente com proposta da EDP para alternativa à linha do Tua

A EDP já tem uma proposta de mobilidade da Linha do Tua, relativamente aos dezasseis quilómetros que serão inundados pela barragem de Foz Tua.

A proposta contempla a criação de diversos cais para fazer a ligação aos barcos que levarão os passageiros entre o Tua e a Brunheda.

Daí e até Mirandela o transporte poderá ser feito de autocarro ou de comboio.

A EDP propõe ainda a criação de dois museus, um em Mirandela e outro no Tua, onde estará patente a Memória da Linha do Tua, o património e sua envolvente.

Esta proposta não agradou à Câmara Municipal de Mirandela.

O vice-presidente da autarquia diz que este estudo de mobilidade não tem em conta a realidade da região.

“A primeira análise que posso fazer é que aquele estudo de mobilidade não tem em conta a mobilidade da nossa região e não serve aquilo que são os objectivos” afirma António Branco, acrescentando que “não vai resolver o problema da mobilidade em torno da barragem e assumir como elemento de mobilidade o turismo também não me parece correcto”. Por isso “não é um estudo que possa agradar” realça.

Esta novidade sobre o estudo de mobilidade para a Linha do Tua foi avançada à margem de num Workshop da EDP sobre “Redução de Custos nos Negócios”.

Brigantia, 2010-03-23
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MensagemAssunto: Pare, Escutem e Olhem a Linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeQua Mar 24, 2010 11:25 am

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«Pare, Escute, Olhe»
Distrito de Bragança


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Pare, Escutem e Olhem a Linha do Tua

Com texto de Jorge Laiginhas e fotos de Leonel de Castro, «Pare, Escute, Olhe», editado pela Civilização, é um grito de revolta perante o fechar de olhos do(s) Governo(s) em relação a Linha do Tua. Os dois autores acreditam que há vida para além da possível Barragem Hidroeléctrica de Foz-Tua e não compreendem a cegueira dos governantes perante uma região, Trás-os-Montes, que tem todas as capacidades paisagísticas para ser um pólo de turismo nacional e internacional.

Com o olhar a preto e branco Leonel de Castro escondeu toda a riqueza de cores da Linha do Tua. Uma atitude consciente porque o objectivo desde o início deste trabalho conjunto foi transmitir «uma marca nostálgica», mas também de incompreensão. Ao longo das páginas de «Pare, Escute, Olhe» temos a oportunidade de verificar a angústia de um povo, que não compreende os motivos do abandono que é submetido todos os dias, meses, anos, décadas… A obra termina com uma carta dirigida a José Sócrates, uma carta de uma região que pede apenas um simples olhar, um olhar que nuca faltou a Jorge Laiginhas e Leonel de Castro, responsável pelas respostas abaixo.

Como surgiu a ideia deste trabalho entre ambos?
Quando nos conhecemos o tema veio logo à baila. Falei com o Jorge Laiginhas que estava a fotografar a linha e ele imediatamente disse que também gostaria de fazer algo. Juntámos portanto o útil ao agradável e fomos os dois para o terreno. E assim surgiu a nossa criança, sem qualquer apoio, com muito esforço, vontade e muito, muito gozo.

Porque as fotos a preto e branco, quando uma das forças da Linha do Tua é precisamente as suas cores?
Acho que o monocromático se ajustava mais ao tema. No entanto é um suporte que me agrada bastante no tipo de trabalho individuais que costumo desenvolver. É verdade que toda aquela paisagem tem uma gama muito grande de cores, mas para se ganhar num lado tem de se perder em outro. Acredito que o preto e branco casou muito bem com o tema que desenvolvemos.

Há no livro um claro ar melancólico, nostálgico. Isso aconteceu ao longo do trabalho ou foi algo pensado desde o início?
Desde o início que deixámos essa marca nostálgica patente no trabalho. Porque transmite o espírito de abandono do povo transmontano.

Quem utilizava a Linha do Tua? Quem eram na realidade os seus passageiros?
Os grandes frequentadores da linha eram os habitantes de Ribeirinha, Vilarinho das furnas, Abreiro, Vieiro, Cachão e Frechas. No entanto, se o governo estivesse interessado em manter a linha, criava um plano turístico para a região. É assim que se faz nos países civilizados. O governo fechou a linha porque não lhe trazia lucro. Mas o metro de Lisboa também dá prejuízo e ainda não fechou! Os transmontanos não pagam os mesmos impostos que os habitantes do Terreiro do Paço?

Apesar dos acidentes e da proximidade da morte, a verdade é que a Linha do Tua era uma espécie de grito de revolta de uma região. No entanto, esse grito nunca foi ouvido…
Os acidentes só existiam porque nunca houve investimento na linha para os evitar. A manutenção já não era feita há algum tempo, ou melhor, não se fazia com tanta frequência. Aliás, ainda podemos ver as travessas podres que se encontram lá. Depois, a máquina que circulava na linha também não era a apropriada para aquele trajecto.

Devem ter tido contacto com os maquinistas da Linha do Tua. O que eles falavam? Quais eram os seus medos, preocupações e angústias?
Todos os maquinistas adoravam a linha. Era ali que ganhavam o pão para as suas famílias. Relativamente aos seus medos, não sei responder... Mas as suas preocupações e grandes angústias é ficarem sem emprego e deixarem de terem o pão para levarem para casa!

Qual a sua posição em relação a Linha do Tua?
Eu sou contra a barragem. Defendo a linha porque faz parte da identidade de Trás-os-Montes e seria importante criar um plano turístico para o local. O comboio é um transporte útil e necessário para muito gente que ainda lá vive. Defendo a preservação do vale e da natureza. A barragem não vai trazer benefício para a região, vai alterar o clima e prejudicar a agricultura, além de destruir uma paisagem que é património mundial.

Acredita que não ter acontecido um desastre maior ao longo dos anos foi um milagre?
Não. A linha tem 120 anos. Não deve ter tantos registos de acidentes e de mortes ao longo destes anos como tem o IP4 só durante um ano.

Por fim, o primeiro-ministro vai ler a carta que escreveram para ele?
Acredito que sim mas não a vai levar a peito!

Pedro Alves in DD, 2010-03-24
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MensagemAssunto: EDP propõe barcos e autocarros em alternativa à linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeQua Abr 07, 2010 11:30 am

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EDP apresenta duas propostas
Distrito de Bragança


Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Edp_logo

EDP propõe barcos e autocarros em alternativa à linha do Tua


A EDP não vai mesmo apresentar nenhuma proposta de alternativa ferroviária ao troço da Linha do Tua que ficará inundado com a construção da barragem de Foz-Tua.

As alternativas do projecto de mobilidade, que está em consulta pública até ao dia 19 deste mês, vão passar pelos transportes fluviais e rodoviários.

Em causa está o estudo de alternativas de transporte às populações servidas pela linha do Tua, imposto pela Declaração de Impacte Ambiental emitida pelo Ministério do Ambiente que aprova a construção da barragem fortemente condicionada com a cota de Nível de Pleno Armazenamento mais baixa (170 metros), das soluções alternativas que estiveram em avaliação.

Com esta decisão, a linha ferroviária do Tua será inundada em cerca de 16 quilómetros dos cerca de 54 que aquela via-férrea tem na sua extensão, ficando submersos cinco apeadeiros e desactiva automaticamente e em definitivo, os primeiros quatro quilómetros da ferrovia, entre o Tua e Tralhariz, para os trabalhos de prospecção e elaboração do projecto.

Uma das imposições é o estudo das alternativas de transporte, incluindo a alternativa ferroviária, que a EDP afastou de imediato pela relação custo/benefício.

No total, esta solução orçaria num valor compreendido entre os 130 e os 140 milhões de euros, valor muito desproporcionado face aos benefícios expectáveis, pode ler-se no documento que está para consulta nas entidades públicas da região do Vale do Tua, até ao dia 19 de Abril.

Para chegar a estes valores, o Gabinete de Estudos e Geotecnia, a quem a EDP solicitou o estudo, teve em conta que a extensão necessária da linha para vencer o desnível seria de cerca de 8 quilómetros e que mesmo essa solução só seria possível à custa de um atravessamento para a margem direita do rio e um regresso à margem esquerda, por forma a findar o traçado na actual estação do Tua, o que teria impactes importantes ao nível paisagístico e ambiental, observa documento.

Sendo assim, a EDP apresenta duas propostas paralelas, cada uma adaptada a cada segmento de procura, ainda que articuladas.

Isto porque, no entender da empresa, uma solução única não consegue servir de forma equilibrada as solicitações.

A solução turística combina a alternativa ferroviária entre Mirandela e Brunheda, com a alternativa fluvial entre Brunheda e a barragem e a alternativa rodoviária entre a barragem e o Tua.

O restabelecimento da ligação ferroviária entre Mirandela e Brunheda implica uma requalificação numa extensão de 33 quilómetros, que permitiria a extensão do serviço regular de passageiros e potencia a organização de serviços ocasionais dirigidos ao segmento turístico, bem como recupera parte do património ferroviário da Linha do Tua, explica o documento.

No entanto, o investimento, estimado em cerca de 15 milhões de euros, não deve ser da responsabilidade nem encargo da EDP, mas sim da REFER.

A alternativa fluvial entre Brunheda e a barragem poderá ser realizada utilizando barcos eléctricos ou a diesel e recomenda a construção de 4 cais: barragem, Amieiro, São Lourenço e Brunheda.

Ainda no segmento turístico, é proposta a alternativa rodoviária entre a barragem e o Tua, efectuada por um Mini Bus de elevado desempenho ambiental.

Outra proposta da EDP passa pela transformação da actual linha-férrea entre a barragem e o Tua em via pedonal.

Esta solução envolve um envelope financeiro, da responsabilidade da EDP, entre os 3,5 e os 5 milhões de euros.

Na solução para a mobilidade quotidiana, a EDP propõe a combinação do serviço de transporte ferroviário entre Mirandela e Brunheda, com um serviço assente na rodovia e na utilização de autocarros entre Brunheda e o Tua.

Esta hipótese teria um encargo para a EDP de 600 mil euros, mais os cerca de 15 milhões da requalificação da linha, da responsabilidade da REFER, da qual não foi possível obter qualquer reacção a estas propostas.

Uma das contrapartidas da EDP para os concelhos que vão ser abrangidos pela construção da barragem do Tua é a sua participação, através de um fundo financeiro, no nascimento de uma Agência Regional de Desenvolvimento A empresa tem até Julho para apresentar ao Governo o projecto da barragem, bem como todas as soluções para as exigências da DIA.


Brigantia, 2010-04-06
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MensagemAssunto: Família da última vítima mortal continua à espera do inquérito judicial e de uma indemnização   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Abr 13, 2010 10:23 am

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Acidente na linha do Tua
Distrito de Bragança


Família da última vítima mortal continua à espera do inquérito judicial e de uma indemnização

A família da mulher que morreu no último acidente na linha do Tua continua à espera, quase dois anos depois, da conclusão do inquérito judicial, sem ainda ter sido indemnizada, disseram hoje à Lusa familiares.

\"Ninguém nos contactou, ninguém nos disse nada, portanto não sabemos absolutamente nada\", disse à Lusa Rosa Barros, irmã de Olema, a única vítima mortal do acidente de 22 de agosto de 2008.

A carruagem em que viajavam cerca de 50 pessoas tombou causando um morto e dezenas de feridos, naquele que foi o quarto acidente com outros tantos mortos em um ano e meio.


Lusa, 2010-04-12
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MensagemAssunto: Obras paradas da linha férrea inquietam autarcas   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Abr 20, 2010 12:15 pm

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Linha do Corgo
Distrito de Vila Real


Obras paradas da linha férrea inquietam autarcas

Autarcas de Vila Real, Santa Marta de Penaguião e Régua temem derrapagem no prazo da empreitada .

Os autarcas dos concelhos servidos pela Linha do Corgo estão preocupados. As obras de remodelação da via estão paradas e não sabem quando vão recomeçar. Foram a Lisboa fazer perguntas ao Governo, mas não trouxeram respostas que os sosseguem.

A via-férrea que liga Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Vila Real deveria reabrir até ao final de 2010. A promessa foi feita em Julho do ano passado, pela anterior secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, durante a cerimónia de consignação da primeira fase das obras, em Vila Real, onde também anunciou que a empreitada iria custar 23,4 milhões de euros.

A primeira fase está concluída desde o fim do ano passado. Ao longo dos 26 quilómetros da via foram levantados os carris e travessas, bem como corrigida e beneficiada a plataforma. As seguintes fases, sem data para começar, prevêem a colocação dos novos carris e travessas, e a beneficiação de estações e apeadeiros.

Sem ver andamento nas obras e com os meses a passar, os presidentes das câmaras da Régua, Santa Marta e Vila Real puseram-se a caminho da capital e pediram boas-novas ao secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia Fonseca. \"Viemos quase como fomos e até cheguei um pouco triste\", lamentou-se o autarca penaguiota, Francisco Ribeiro, perante a única promessa do governante, de que se iria inteirar do assunto e em breve os poria a par da situação.

Se da tutela não houve qualquer informação que sossegasse os autarcas, da Refer o JN ainda não conseguiu obter qualquer resposta sobre a situação das obras e o seu futuro. Os presidentes de Câmara vão agora tentar bater também à porta da Refer e da CP para ver se de lá vem alguma informação. E vão pedir ao governador civil de Vila Real para que se empenhe no processo, não estando fora de hipótese pedir uma reunião com o ministro das Obras Públicas.

Francisco Ribeiro deixa claras duas coisas. Primeiro: \"Não andamos aqui a brincar\". Segundo: \"Há um compromisso com as populações e não abdicamos dele\". Lembra que o Governo ficou de os informar sobre o andamento das obras e de criar uma comissão de acompanhamento, da qual fariam parte os autarcas, e \"nada foi feito\". Daí a reunião em Lisboa. \"Infelizmente nada nos disseram\".

E é o silêncio que mais parece incomodar os autarcas, pois estando há anos nestes cargos, sabem que, às vezes, quando dependem de várias vontades, os prazos são difíceis de cumprir. \"No entanto, não vamos calar-nos e estaremos atentos, na defesa intransigente dos nossos interesses. Se os responsáveis do Governo disseram à nossa frente que aquilo é para andar, agora não terei cara para dizer ao povo o contrário. Espero que a honestidade não seja posta em causa\". É assim, peremptório, que Francisco Ribeiro aceita que a actual situação económica do país manda apertar o cinto, porém, nota que \"esperar mais um mês ou mais meio ano não é a mesma coisa que esperar o resto da vida\".


JN, 2010-04-20
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MensagemAssunto: «Páre, Escute, Olhe» já foi visto por mais de três mil   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeSeg Abr 26, 2010 9:12 am

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Filme de Jorge Pelicano
Distrito de Bragança


«Páre, Escute, Olhe» já foi visto por mais de três mil

O documentário «Pare, Eswcute, Olhe», de Jorge Pelicano, já foi visto por mais de três mil pessoas, em duas semanas de exibição.
A obra, que chegou ao grande ecrã dia 8 de Abril, está a ser exibida nos cinemas Lusomundo Amoreiras, Parque Nascente, Cinema City Alvalade, e nas exibições descentralizadas em Torres Novas, Vila Real, Mirandela, Guarda, Faro, Tavira, Castelo Branco e Redondo.

Na sequência de «muitos espectadores, quando acabam de ver o filme, perguntarem o que podem fazer em nome da defesa do património do Tua, foi lançado um manifesto online pela preservação do vale do Tua (http://www.peticao.com.pt/vale-do-tua), bem como um «apelo aos deputados».


SINOPSE DE «PÁRE, ESCUTE, OLHE»

, 2010-04-26
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MensagemAssunto: Movimento Cívico acusa ministro dos Transportes de «total desrespeito»   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Jun 08, 2010 12:32 pm

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Linha do Tua
Distrito de Bragança


Movimento Cívico acusa ministro dos Transportes de «total desrespeito»

O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) acusou hoje o ministro dos Transportes de «total desrespeito» pelos habitantes do vale do Tua por ter faltado à audição, na Assembleia da República, sobre a ferrovia transmontana.

A reunião da Comissão Parlamentar de Obras Públicas para ouvir o ministro foi agendada por iniciativa do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e estava marcada para sexta-feira, mas António Mendonça não compareceu.

O MCLT manifesta, em comunicado, “a sua indignação pela atitude de total desrespeito manifestada pelo ministro para com a Assembleia da República e, sobretudo para com os habitantes do vale do Tua, com a sua ausência inesperada”.

O movimento questiona também a tentativa de o ministro se fazer substituir pelo secretário de Estado dos Transportes e a posição da deputada socialista e ex-secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, que acusou os partidos da oposição de quererem fazer “chicana política e de não estarem interessados em ser esclarecidos ao rejeitarem a substituição”.

“Se o secretário de Estado está tão a par da realidade das vias estreitas do Douro, o que se passou então no lamentável episódio de Abril último, em que manifestou total desconhecimento sobre a situação da linha do Corgo, enquanto recebia três autarcas trasmontanos servidos por esta via?”, questionam os defensores da ferrovia.

Para o MCLT, “este tem sido o modus operandi deste e do anterior Governo, que tudo têm feito para se esquivarem a perguntas incómodas sobre um tema para o qual não conseguem arranjar nenhuma base de sustentação - a construção criminosa da barragem do Tua - agindo assim à margem da democracia e numa linha que se confunde de forma notável com a de uma qualquer ditadura”.

A linha do Tua esta encerrada na maior parte da sua extensão há quase dois anos, desde o acidente de agosto de 2008, o último de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.

Entretanto recebeu “luz verde” a barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros da via férrea.

De acordo com informações prestadas pela EDP à Lusa, a empresa deverá concluir ainda este mês a entrega de toda documentação exigida pela Declaração de Impacto Ambiental.

Uma das obrigações impostas é o estudo de mobilidade na zona afetada, incluindo a alternativa ferroviária que a EDP descarta apontando como alternativa à perda do comboio, as viagens de barco e de autocarro.

Toda a documentação apresentada pela EDP será analisada pela Agência Portuguesa do Ambiente e competirá ao Governo decidir se a barragem avança e a linha do Tua encerra ou não definitivamente.

O MCLT classifica de ”indesculpáveis os atrasos em relação à linha” e responsabiliza o Governo pelos “avultados prejuízos que a situação está a causar à Câmara e ao Metro de Mirandela, que assegura o transporte na via ao serviço da CP.

“Têm suportado estoicamente custos motivados pela cobiça do Governo e da EDP por impedir ou dificultar ao máximo a deslocação diária de centenas de passageiros locais, e pelo decréscimo do número de turistas que se deslocam na Linha do Tua e do efeito que têm sobre o comércio da região”, refere.

O movimento exorta os “responsáveis políticos a terem vergonha e sentido de honra e compromisso para com os cidadãos”.

Lusa, 2010-06-08
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MensagemAssunto: Movimento cívico quer referendo popular   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeSáb Jun 26, 2010 3:30 pm

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Linha do Tua
Distrito de Bragança


Movimento cívico quer referendo popular

O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) desafiou hoje autarcas portugueses e espanhóis a promoverem um referendo sobre a reabertura, modernização e prolongamento da linha do Tua até Espanha.

O movimento defende que as populações locais devem pronunciar-se sobre o assunto e enviou as razões desta posição em documentos dirigidos aos autarcas de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança, e para os alcaides espanhóis de Pedralba de la Pradería e de Puebla de Sanábria.

O MCLT acredita que os nove municípios ainda podem vir a estar unidos pela ferrovia que há mais de 120 anos foi pensada com esse propósito de ligar o Douro, no sul do Distrito de Bragança, à fronteira com Espanha, a norte.


Lusa, 2010-06-25
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MensagemAssunto: Classificação da linha do Tua como monumento nacional pode travar barragem   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeSáb Jul 31, 2010 4:37 pm

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IGESPAR aceitou a petição
Distrito de Bragança


Classificação da linha do Tua como monumento nacional pode travar barragem

Os defensores da linha do Tua anunciaram esta quinta-feira que conseguiram abrir o processo de classificação da ferrovia transmontana como monumento de interesse nacional, o que poderá travar a construção da barragem de Foz Tua se a decisão for favorável, noticia a Lusa.

A construção da barragem do Foz Tua, que se encontra ainda em fase de aprovação, está prevista para a zona da linha-férrea e a albufeira submergirá 16 quilómetros.

De acordo com a Lusa, o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) aceitou a petição assinada por cerca de cinco mil pessoas para a classificação da Linha do Tua como Património de Interesse Nacional. A petição foi entregue a 26 de Março e mereceu agora parecer favorável do IGESPAR, que abriu um processo de classificação, o que implica a suspensão de obras na linha.

«Foi ultrapassada a primeira barreira», disse à Lusa a primeira subscritora do requerimento. Manuela Cunha explicou que «foi aberto o processo de classificação» que pode «ser conclusivo ou não». Mas, para os subscritores, «é sinal de que existem condições, caso contrário teria sido recusado».

Representantes dos subscritores vão divulgar, na sexta-feira, numa conferência de imprensa, no Porto, o despacho do IGESPAR.

A Lusa contactou aquele organismo, que remeteu para a Direcção Regional de Cultura do Norte, entidade que conduzirá o processo de classificação. A regional informou apenas que «não há ainda nada a dizer» sobre o mesmo.

A EDP também não comenta o processo de classificação da linha nem eventuais consequências para a barragem, cujo concurso para a construção já foi lançado, estando prevista para Outubro a entrega de propostas.

Lusa, 2010-07-31
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MensagemAssunto: Novas vozes pela reabertura da Linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeQui Ago 19, 2010 1:12 pm

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Juntar dez mil assinaturas
Carrazeda de Ansiães


Novas vozes pela reabertura da Linha do Tua

Um novo movimento de cidadãos criado numa aldeia do concelho de Carrazeda de Ansiães quer juntar dez mil assinaturas para pedir a reabertura da Linha do Tua até Bragança.

Há dois dias que o Movimento de Cidadãos em Defesa da Linha do Tua está no terreno a recolher assinaturas e a angariar defensores para salvar a última ferrovia do Nordeste Transmontano, ameaçada pela barragem de Foz Tua.

O movimento nasceu na aldeia de Codeçais "entre familiares, amigos e vizinhos", como contou à Lusa a principal dinamizadora, Graciela Nunes. Os promotores acreditam que "há financiamento europeu para preservar comboios históricos" como o do Tua, "só falta vontade". "Nós temos paisagens únicas que em países como a Suíça e Espanha são preservadas, enquanto nós deitamos aquilo que é bom fora", considerou.

O novo movimento defende que "a preservação da Linha do Tua pode trazer novo vigor à região" e vai lutar não só para preservar os cerca de 60 quilómetros que restam entre Mirandela e o Tua mas também pela reabertura de Mirandela até Bragança, troço desactivado em 1992. Graciela Nunes espera poder entregar "em meados de Setembro", na Assembleia da República, as dez mil assinaturas com a pretensão do movimento. Até lá, em vez de recorrerem à Internet, os promotores preferem ir "de terra em terra" a angariar assinaturas e a distribuir dossiers com os motivos desta causa.

Acreditam que ainda é possível "salvar a linha" a poucas semanas de ser tomada a decisão política sobre a barragem que pode inundar os 16 quilómetros mais atractivos da ferrovia e do vale do Tua.

A esperança dos promotores do novo movimento assenta sobretudo na eventual intervenção da UNESCO no processo pelos impactos que a barragem possa ter no Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade. Graciela Nunes acredita que o facto de a UNESCO poder desclassificar a zona se for afectada, pode influenciar a decisão sobre a barragem.

A linha faz parte da paisagem e da memória colectiva destas gentes que acreditam que a sua "voz também tem importância".

Lusa, 2010-08-19
In DTm

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MensagemAssunto: Cidadãos apelam em Lisboa à manutenção da linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeDom Set 19, 2010 2:44 pm

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Linha ferroviária do Tua
Mirandela


Cidadãos apelam em Lisboa à manutenção da linha do Tua

Defensores da linha ferroviária do Tua estão a realizar, este sábado, no centro de Lisboa uma vigília de protesto para «sensibilizar» os moradores na capital para a manutenção da linha.

A acção, que decorrerá até às 24:00, é promovida por três movimentos de cidadãos e pelo partido ecologista "Os Verdes", e ao fim da tarde algumas dezenas as pessoas já se concentravam no Largo Camões, junto a uma exposição fotográfica sobre a linha do Tua.

Um dos objevtivos da ação em Lisboa passa por apresentar um abaixo-assinado a entregar na Assembleia da República e que contém as reivindicações dos cidadãos abrangidos pela linha do Tua, nomeadamente impedir que a barragem prevista, e que coloca em risco a linha, se construa e a linha ferroviária seja submersa.

O texto apela ao Governo para que olhe para os transmontanos «com olhos de ver».

Até às 24:00 deste sábado, diversas animações culturais animam o largo Camões com o intuito de alertar os noctívagos lisboetas para a situação da linha do Tua.


TSF, 2010-09-19
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MensagemAssunto: Processo de classificação da Linha do Tua como Património de Interesse foi arquivado    Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeSeg Nov 15, 2010 10:46 am

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Vai haver um «recurso»
Distrito de Bragança


Processo de classificação da Linha do Tua como Património de Interesse foi arquivado

O processo de classificação da linha ferroviária do Tua como “património de interesse nacional” foi arquivado pelos serviços do Ministério da Cultura, segundo um despacho publicado, ontem, em Diário da República.

A petição para a classificação da linha tinha sido entregue em Março passado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o IGESPAR, e foi formalmente aberto no princípio de Setembro, instituindo, desde então, um perímetro de protecção de 50 metros em torno do eixo da linha férrea, em toda a sua extensão.

Passados dois meses, o processo foi agora arquivado, com base num parecer da Secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, segundo o anúncio do IGESPAR, ontem publicado.

A classificação da linha ferroviária do Tua como “património de interesse nacional” era mais uma tentativa para travar a construção de uma barragem na foz do rio, que a EDP quer adjudicar ainda este ano.

Mas Manuela Cunha, primeira subscritora da petição que deu origem ao processo de classificação da Linha como Património Nacional, garante que vai haver um “recurso desta decisão”.

Brigantia, 2010-11-15
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MensagemAssunto: Refer paga 132 mil euros... em táxis   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Nov 16, 2010 1:31 pm

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Petição arquivada
Vila Flor


Refer paga 132 mil euros... em táxis

«Porque é que nos tiraram o comboio? A pergunta é de José Celestino, 80 anos, residente em Vilarinho, concelho de Vila Flor. Mas reflecte o estado de desânimo de todos os que olham a Linha do Tua, em Trás-os-Montes, já amputada num troço e prestes a ser submersa noutro por uma barragem.

"Sem o comboio estamos desgraçados, a nossa aldeia tem 60 habitantes todos já velhos a necessitar de assistência médica. A Refer dá-nos a possibilidade de ir de táxi, mas temos de partir às sete da manhã e regressar depois das sete da noite. O que fico a fazer em Mirandela? Assim ou não vamos ao médico ou desembolsamos quinze euros para um táxi nos vir trazer a casa", diz José Celestino.

Ao que o DN apurou, a Refer paga aos quatro taxistas que efectuam o transporte de utentes entre as nove estações desactivadas e Mirandela cerca de onze mil euros por mês, 132 mil euros por ano. Daniel Conde, líder do Movimento Cívico pela Linha do Tua alega: "preferem o investimento rodoviário ao ferroviário..." (ver entrevista da última página).

Daniel, José e muitos transmontanos viram esta semana esgotar-se uma das derradeiras esperanças de preservação da centenária linha ferroviária, a petição pela classificação da Linha do Tua como património nacional. Subscrita por milhares de pessoas e entregue em Março ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), deu lugar a um processo que foi arquivado (ver caixa).

José Silvano, presidente da Câmara de Mirandela, disse ao DN que o arquivamento desta petição põe fim às suas esperanças de evitar a construção da barragem. "Irei lutar com todas as minhas forças para que o restante troço entre Brunheda e Mirandela se mantenha com a reabertura das estações entretanto encerradas."

As duas velhas automotoras que restam - das quatro que antes rolavam sobre carris, uma caiu ao rio no acidente de Fevereiro de 2007 e a outra está inactiva há mais de um ano nas oficinas de Carvalhais - fazem o percurso entre Cachão e Mirandela. Têm a alegria perversa das cores dos graffiti mas deslizam tristes. Joaquim Cardoso, há mais de 50 anos atrás do café junto à estação do Cachão, diz que "os horários praticados pelos comboios não estão ajustados aos dos estudantes e pessoas que trabalham em Mirandela. Muitas vezes andam vazios porque as pessoas optam pelo autocarro".

Entre o Cachão e Brunheda a linha foi desactivada, não por culpa da barragem, que ali não chega, mas por opção da Refer. Naquele troço reina o silêncio. As estações estão em ruínas, as ervas tapam as travessas da via, os fios de cobre e postes das telecomunicações foram retirados.

O edifício da estação de Ribeirinha é ocupado por Abílio Augusto, com a mulher e seus dois filhos. Reformado da CP, em que trabalhou durante 42 anos na estação de Mirandela, mora ali há cerca de 37 anos, paga cinco cêntimos de renda, mas a manutenção da habitação tem de ser feita por si. "Sou pobre e tenho de aqui morar mas a casa não tem condições. E agora, com a suspensão dos comboios, estamos cada vez mais sós..."

José Cardoso in DN, 2010-11-16
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MensagemAssunto: Silvano diz que a linha do Tua já tem sentença de morte   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeDom Nov 28, 2010 3:24 pm

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Foz Tua
Mirandela


Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Silvano5

Silvano diz que a linha do Tua já tem sentença de morte

Está confirmada a sentença de morte da linha do Tua. Pelo menos é essa a conclusão a que chega José Silvano, presidente do Município de Mirandela, depois do Governo ter aprovado, ontem, em Conselho de Ministros a suspensão parcial dos Planos Directores Municipais dos concelhos abrangidos pela futura barragem do Tua, para impedir alterações de uso do território, bem como a emissão de licenças ou autorizações que possam comprometer a concretização do aproveitamento hidroeléctrico de Foz Tua. José Silvano admite ainda que a empresa Metro de Mirandela venha a ser extinta.

José Silvano admite ainda que a empresa Metro de Mirandela venha a ser extinta.

José Silvano a admitir que o governo deu ontem o passo definitivo para a machadada na linha do Tua ao aprovar a suspensão parcial dos PDMs dos concelhos abrangidos pela futura barragem do Tua. Esta é uma das cinco novas barragens que a EDP irá desenvolver em Portugal. Situada no rio Tua, afluente do Douro, a barragem de Foz Tua terá uma potência total de 255 megawatts, estando o investimento estimado em cerca de 300 milhões de euros. A entrada em operação está prevista para 2014.

O também administrador da empresa Metro de Mirandela, que sempre se manifestou contra a barragem, deita a toalha ao chão e considera que é inevitável o encerramento da circulação ferroviária na extensão total entre Mirandela e o Tua. José Silvano está mesmo convencido que até ao final do ano o processo vai ficar concluído e a obra deve arrancar no início de 2011.

“Para que haja a construção da barragem na Foz do Tua, a EDP precisa que haja a suspensão do PDM. Antes, a câmara contestou essa suspensão em tribunal mas eles ganharam. Aliado à proposta de desclassificação que a REFER fez ao Governo e à decisão condicionada de a EDP construir a barragem, são um conjunto de factos que levam que até 30 de Dezembro a barragem seja um facto consumado”, explica o autarca.

Mesmo assim, José Silvano ainda espera, em conjunto com os restantes quatro autarcas dos concelhos atravessados pela linha, conseguir amenizar os efeitos desta decisão reivindicando à EDP a concretização de um plano de mobilidade que contemple a ligação ferroviária entre Mirandela e Brunheda, ou seja, o troço que não ficará submerso pela construção da barragem.

“Porque entre não ficar com nada e ficar com a linha a funcionar entre a Bruneda e Mirandela, e depois ligação através de outros meios até ao Tua, do mal o menos. O importante para Mirandela continua a ser o início e o fim de um percurso turístico que pode atrair gente ao Tua.”

José Silvano entende ainda que a circulação ferroviária deve passar a ser assegurada por uma nova operadora, o que implicará a extinção da empresa Metro de Mirandela.

“Tem de ser o mesmo operador a fazer o transporte ferroviário, fluvial e rodoviário. Será o fim da Metro de Mirandela e os trabalhadores serão integrados, uns nessa empresa e outros na câmara municipal.”

No entanto, Silvano promete que os autarcas do vale do Tua não vão desistir de lutar pela criação de uma agência de desenvolvimento regional, como contrapartida da construção da barragem.


Brigantia, 2010-11-28
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MensagemAssunto: Mais de quatro mil assinaturas pela reabertura da linha do Tua   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeTer Nov 30, 2010 2:42 pm

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4.500 assinaturas
Distrito de Bragança


Mais de quatro mil assinaturas pela reabertura da linha do Tua

O Movimento de Cidadãos em Defesa da Linha do Tua entrega, esta terça-feira, na Assembleia da República uma petição com 4.500 assinaturas em favor da reabertura da linha ferroviária do Tua e da reactivação do troço até Bragança.

O objectivo inicial era recolher dez mil assinaturas. Tal não foi conseguido, mas as 4.500 são suficientes para que a petição seja apreciada em plenário, no Parlamento.

Os responsáveis do movimento serão recebidos pelo presidente da Assembleia Jaime Gama, avança a Sic Notícias.

, 2010-11-30
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MensagemAssunto: Linha do Corgo parada e sem obras vítima da crise   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeSeg Dez 27, 2010 12:58 pm

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Restam as recordações
Distrito de Vila Real


Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Linha_corgo_dn

Linha do Corgo parada e sem obras vítima da crise

Via férrea foi encerrada por questões de segurança, com a promessa de obras prontas em 2010. Continua sem funcionar.

"Apesar de tudo, Boas-Festas para a senhora do Governo, Paula Vitorino, que nos tirou o comboio com a promessa de que ele voltaria no fim deste ano. E de certeza que nunca mais vai voltar, mentiram-nos." Adelino Craveiro, 76 anos, 45 dos quais como ferroviário na linha do Corgo, olha com desalento o trilho de ferro sem vida que serpenteia o rio que lhe deu o nome, encaixado nos socalcos transmontanos entre Vila Real e Chaves.

"Para mim esta época é muito difícil pois estou para aqui no buraco e não me posso deslocar como dantes para ver os meus familiares. Agora só se o filho se lembrar de mim para me vir buscar", diz.

É neste esquecimento que as populações vivem à beira da via férrea centenária. A Linha do Corgo, inaugurada em Maio de 1906 entre Régua e Vila Real, chegou em 1921 a Chaves. Em 1990 foi encerrado o troço entre Vila Real e Chaves, ficando operacionais os cerca de 25 quilómetros de linha entre Régua e Vila Real. Em Março de 2009 acabaram-se os comboios. A medida foi justificada pela secretária de Estado dos Transportes de então por questões de segurança. Ana Paula Vitorino anunciou na altura que iriam ser investidos 23,4 milhões de euros em obras de reparação da linha, prevendo que estariam terminadas antes do final de 2010. A linha continua parada.

Por agora, restam as recordações. O antigo ferroviário recorda os tempos áureos da Linha do Corgo quando chegava a Chaves. "Era uma alegria, os comboios de cinco e seis carruagens vinham cheios de gente de todo o País que ia passar o Natal à terra. Aqui na povoação o povo fazia negócio com os passageiros, vendiam-se garrafões de azeite e vinho do Porto e até couve troncha para comer com o bacalhau", diz Adelino Craveiro. "O comboio era a vida deste vale. Agora é a desolação e a desertificação, pois os mais novos foram-se todos embora."

A solidão é constante nas aldeias que ladeiam o Corgo. E na época das festas recordar é viver. "Eu ia todos os anos por esta altura no comboio até Chaves para depois comprar em Espanha o bacalhau e arroz que nessa altura era ali mais barato", conta Maria Henriqueta, 81 anos, residente em Ermida, Vila Real. "Eu também e até trazia às vezes um bocadinho de presunto e caramelos. Era uma festa, a viagem de comboio era barata e parava ao pé da porta!" Lucinda Pinto, 82 anos, junta-se à conversa. "Agora é uma tristeza pois já se diz que nos vão tirar o autocarro e vamos ter de pagar mais de 20 euros para ir à Régua ou Vila Real."

Recordações da época natalícia na Linha do Corgo também não faltam a Maria de Fátima, 60 anos, residente em Alvações do Corgo, Santa Marta de Penaguião: "Por esta altura era uma festa, pois os comboios vinham cheios, até se faziam comboios especiais tal a afluência, pois não só vinha muita gente que trabalhava em Lisboa e arredores como muitos emigrantes em França, que vinham passar o Natal a casa" e que na Régua faziam o transbordo para a linha do Corgo que ia até Chaves".

Hoje em troços da linha há hortas e as galinhas debicam a terra. Não se ouve o apito, não passa o "monstro de ferro". O monstro amigo que deixa saudades.

José Cardoso in DN, 2010-12-27
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MensagemAssunto: Manifestação pela linha do Tua reuniu 20 pessoas   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitimeDom Dez 04, 2011 6:47 pm

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Celebração do 1.º de Dezembro
Mirandela


Manifestação pela linha do Tua reuniu 20 pessoas

Vinte pessoas participaram dia 1 Dezembro, em Mirandela, numa manifestação com velas pelo comboio em Trás-os-Montes e contra a barragem de Foz Tua, uma iniciativa a que se juntou o duque de Bragança.

O representante da monarquia em Portugal foi pela segunda vez a Mirandela participar numa cerimónia de celebração do 1.º de Dezembro,
a que se seguiu a manifestação, que terminou com a colocação de velas no cais de embarque da antiga estação da linha do Tua na cidade.

Duarte Pio disse que viajou várias vezes, desde criança, nesta linha centenária. A última foi mesmo antes de ser desativada, em agosto de 2008, na sequência do último de quatro acidentes com outros tantos mortos.

O metro de Mirandela, que ligava ao Tua, já só circula até ao Cachão e a parte mais procurada turisticamente da linha vai ficar submersa na albufeira da barragem que está em construção na foz do rio Tua.

Pela última linha de Bragança


O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) continua a defender a reativação da última ferrovia do distrito de Bragança e foi um dos promotores da manifestação de hoje que se seguiu à cerimónia do 1.º de Dezembro, em que foi homenageado o presidente da Câmara de Mirandela, a um mês de deixar o cargo.

José Silvano, o único político a defender a linha contra a barragem na região, não acompanhou a marcha \"pouco participada\", como admitiu Daniel Conde, do MCLT, mas para o ativista \"o que conta é a intenção\".

O defensor da ferrovia reiterou que \"seria necessário um investimento bastante reduzido\" para reabrir a linha do Tua. Segundo as suas contas, \"com a alteração do teto de financiamento do QREN [Quadro de Referência Estratégico Nacional] podia-se reabrir as vias estreitas transmontanas do Tua, Corgo e Sabor, a um custo para o Estado de apenas oito milhões de euros\".

Todavia, \"isto é tudo decisões políticas, favorecimento, corrupção e sabe-se lá mais o que anda misturado com esta história da barragem do Tua\", declarou.

Daniel Conde alertou que a região há de \"colher os dividendos daqui por algum tempo se o Douro ficar intransitável por causa da barragem da Foz do Tua ou se o Douro Vinhateiro deixar de ser património da Humanidade e quando os transmontanos forem todos atirados para as estradas e a nossa economia definhar por causa da dependência do petróleo e das portagens\".

Outra presença nesta marcha foi a do ambientalista do GEOTA João Joanaz de Melo, que se deslocou a Trás-os-Montes para participar na homenagem ao autarca. No seu entender, \"se houvesse mais como ele, as associações ambientalistas tinham eventualmente menos trabalho\".

A barragem vai, ainda de acordo com o ambientalista, acabar com a possibilidade de fazer este tipo de atividades e descaracterizar \"o vale do Tua e a linha, que são tão marco daquilo que é a identidade portuguesa como é o Terreiro do Paço, os Jerónimos ou muitas outras maravilhas naturais e construídas em Portugal\".

O ambientalista defendeu uma política de transportes nacional que aposte mais em meios ferroviários e uma política energética para reduzir a fatura pela via da eficiência e não com a construção de mais barragens.

Expresso, 2011-12-02
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MensagemAssunto: Re: Linhas do Tua, Corgo e Tâmega   Linhas do Tua, Corgo e Tâmega - Página 3 Icon_minitime

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