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 Douro vinhateiro

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MensagemAssunto: Instituto dos Vinhos do Douro e Porto investe 2,7 milhões de euros   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSáb Jan 08, 2011 4:14 pm

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Em acções de promoção
Douro


Instituto dos Vinhos do Douro e Porto investe 2,7 milhões de euros

O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai investir 2,7 milhões de euros em 2011 em ações de promoção dos vinhos, para aplicar em mercados que vão desde o Brasil ao Canadá e à China.

O presidente do IVDP, Luciano Vilhena Pereira, disse hoje à Agência Lusa que a aposta continua a ser a promoção dos vinhos do Douro e Porto no exterior e, em Portugal, no território a sul do Mondego.

O responsável referiu que o instituto público repete em 2011 iniciativas dirigidas aos públicos do centro e sul do país, áreas onde se verifica um menor conhecimento e consumo de vinho do Porto.

"É nossa intenção aumentar o grau de conhecimento do vinho do Porto. Ensinar a história, a forma como se bebe, como se aprecia e combina com os diversos tipos de comida", salientou.

O objetivo é ainda diversificar os momentos de consumo, pois, segundo explicou, o vinho do Porto possui uma "multiplicidade de características e de produtos diferenciados que se adequam a muitos momentos de consumo, dos mais solenes aos mais descontraídos, a climas mais quentes ou mais frios".

"Há toda uma proposta que podemos fazer ensinando a utilizar os diversos tipos de vinho do Porto aos diversos momentos em que ele pode ser consumido", sublinhou.

O IVDP vai apostar na participação em feiras, provas e festivais de cinema em países como França, Reino Unido, Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Brasil, Espanha e China.

O instituto participou em 2010, pela primeira, na participação na Vinexpo de Hong Kong.

"Penso que na China ainda há tudo para explorar. Estamos a começar agora", salientou.

Depois de dois anos seguidos em que se verificou uma diminuição das vendas de vinho do Porto, 2010 "foi um ano positivo".

Entre janeiro e novembro, este produto gerou vendas de 330 milhões de euros, um volume de negócios sete por cento superior ao registado em 2009, enquanto que a quantidade de venda de subiu 4,4%.

Nesse período foram vendidas 8.4 milhões de caixas de nove litros de vinho do Porto.

No entanto, Vilhena Pereira ressalvou que, como é tradição, as vendas deste produto aumentam em dezembro, devido à época de Natal.

A França continua a ser o principal mercado consumidor de vinho do Porto, enquanto que, em países como o Brasil, se verificou um aumento de 40 por cento nas exportações.

Relativamente aos vinhos do Douro, o responsável referiu que estes "tiveram um comportamento ainda melhor e um crescimento na ordem dos 18%".

"Estes vinhos mesmo, no ano em que todos os vinho do mundo baixaram as suas exportações, o Douro manteve e até subiu um pouco. O vinho do Douro está claramente na moda e em crescimento", afirmou.

Lusa, 2011-01-08
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MensagemAssunto: Medidas isoladas não vão travar abandono das terras - AVIDOURO   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSeg Fev 07, 2011 5:49 pm

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Política agrícola nacional
Distrito de Vila Real


Medidas isoladas não vão travar abandono das terras - AVIDOURO

A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) considerou hoje que medidas «avulsas» e «isoladas», decorrentes da resolução do Parlamento sobre a utilização sustentável dos solos rurais, não serão suficientes para «travar o abandono da agricultura».

A dirigente Berta Santos disse à Lusa que as medidas que vierem a ser tomadas pelo Governo não \"podem ser isoladas\" e têm que ser \"acompanhadas de uma alteração radical da política agrícola nacional\".

\"Os rendimentos dos nossos agricultores são muito baixos e, ao mesmo tempo, os fatores de produção aumentam cada vez mais. Enquanto esta situação se mantiver, qualquer medida que seja tomada pode aliviar mas não travar o abandono das terras\", afirmou.

Lusa, 2011-02-07
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MensagemAssunto: Avidouro reclama intervenção do Governo e IVDP   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSáb Fev 12, 2011 5:43 pm

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o Douro autêntica anarquia
Douro


Avidouro reclama intervenção do Governo e IVDP

A Associação dos Viticultores Independentes do Douro (Avidouro) reclamou hoje a intervenção do Governo e do IVDP para garantir melhores preços do vinho à produção, alegando que os comerciantes estão a levar os lavradores «à ruína».

«No Douro vive-se uma autêntica anarquia provocada pelos comerciantes do vinho do Douro e Porto, que, com cada vez mais arrogância, baixam, ano após ano, os preços de compra que determinam os preços com que fica a produção», acusou a Avidouro em conferência de imprensa.

Segundo a associação, as principais empresas do comércio de vinhos de Douro e Porto «fazem o que querem em proveito próprio» e, «para disfarçarem os baixos preços à produção que já pagaram ou que se propõem pagar, contestam o quantitativo do «benefício» fixado em 110 mil pipas (550 litros cada pipa) pelo interprofissional do Douro»

Lusa, 2011-02-11
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MensagemAssunto: Projecto Suvidur vai elaborar manual de boas práticas em viticultura   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQua Fev 16, 2011 11:06 am

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Projeto transfronteiriço Suvidur
Douro


Projecto Suvidur vai elaborar manual de boas práticas em viticultura

O projeto transfronteiriço Suvidur, que termina em junho, dispõe de 1,1 milhões de euros para efetuar a zonagem, o ordenamento da vinha e a elaboração de um manual de boas práticas em viticultura nas encostas do Douro.

O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) faz terça-feira, no Pinhão, um balanço do Suvidur - Sustentabilidade da Viticultura de Encosta na Regiões do Douro e do Duero.

O objetivo da iniciativa é, segundo refere o instituto público em comunicado, mostrar como estão a decorrer os trabalhos de campo de caracterização do solo dos cerca de 250 mil hectares de vinha da Região Demarcada do Douro.


Lusa, 2011-02-15
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MensagemAssunto: Exposição Itinerante de Rótulos e Cartazes alusiva ao Vinho do Porto   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQua Fev 16, 2011 11:21 am

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De 19 a 28 de Fevereiro
Mesão Frio


Exposição Itinerante de Rótulos e Cartazes alusiva ao Vinho do Porto

A Sala de Exposições da Residência de Estudantes de Mesão Frio acolhe, de 19 de Fevereiro a 28 de Fevereiro, uma Exposição de Rótulos e Cartazes de Vinho do Porto. A Exposição Itinerante é da responsabilidade do Museu do Douro, promovida em Mesão Frio pela Câmara Municipal. Paralelamente, decorrerá também até 28 de Fevereiro uma Exposição do mesmo teor, desta feita alusiva à Adega Cooperativa de Mesão Frio.

A Exposição Itinerante de Rótulos e Cartazes de Vinho do Porto, da responsabilidade do Museu do Douro, estará patente ao público de 19 a 28 de Fevereiro, na Sala de Exposições da Residência de Estudantes de Mesão Frio, e apresenta rótulos e cartazes que marcaram a história do vinho do Porto, produzido na mais antiga região demarcada do mundo. Esta exposição já se encontra em Mesão Frio desde o inicio de Dezembro, no entanto, a Câmara Municipal de Mesão Frio promoveu, em parceria com o Agrupamento de Escolas do Concelho, visitas guiadas aos alunos, visitas estas que se mostraram um verdadeiro sucesso pela enorme curiosidade demonstrada pelos cerca de setecentos alunos de todos os Ciclos de Ensino do Agrupamento de Escolas de Mesão Frio.

Paralelamente, decorrerá de 19 a 28 de Fevereiro, também na Residência de Estudantes, uma exposição de Rótulos da Adega Cooperativa de Mesão Frio, a primeira Adega Cooperativa da Região Demarcada do Douro e primeira Cooperativa duriense a engarrafar vinho.

Aproveitando a abertura da Exposição ao público, decorrerá no dia 19 de Fevereiro, pelas 21h30, no espaço das exposições, uma visita guiada às exposições e uma prova de cocktails de Vinho do Porto, promovida pela Adega Cooperativa de Mesão Frio, com o apoio da Câmara Municipal, aberta a todos os apreciadores de Vinho do Porto.

, 2011-02-15
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MensagemAssunto: Vitivinicultores exigem mais benefício para vindima   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSeg Mar 14, 2011 11:43 am

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«Manifesto aos Durienses»
Peso da Régua


Vitivinicultores exigem mais benefício para vindima

Os vitivinicultores do Douro exigiram hoje, no Peso da Régua, o aumento do benefício para a vindima 2011 e a venda do vinho a preços que cubram os «constantes aumentos» dos custos de produção.

Cerca de 200 lavradores juntaram-se hoje num encontro promovido pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) para aprovar o «Manifesto aos Durienses» que querem levar ao Governo, ao Parlamento e ao Presidente da República.

À «rasca», os vitivinicultores dizem que a Região Demarcada do Douro está a «encharcar-se de vinho» enquanto os problemas crescem ao ponto de «já haver gente a passar fome».

Lusa, 2011-03-14
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MensagemAssunto: Barragem do Tua não afeta Douro vinhateiro    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSex Mar 25, 2011 2:08 pm

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Será «residual».
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Ricardo_magalhaes

Barragem do Tua não afeta Douro vinhateiro

O responsável pela Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, defendeu hoje que o impacto da barragem da foz no Tua no Alto Douro Vinhateiro será «residual».
«O Alto Douro Vinhateiro tem 250.000 hectares, 45.000 dos quais cobertos de vinha e, destes, a albufeira vai afogar 12.

Os números falam por si. O impacto é residual\", afirmou o chefe de projeto da Estrutura de Missão, durante uma audição na Assembleia da República.
Ricardo Magalhães respondia aos vários deputados do grupo de trabalho da Comissão Parlamentar das Obras Públicas, que o questionaram sobre os pareceres emitidos pela entidade que coordena, as eventuais alternativas ferroviárias à submersão da linha do Tua e os impactos que a barragem terá na região.

A este respeito, o deputado do Bloco de Esquerda Heitor Sousa destacou a referência feita na Declaração de Impacte Ambiental aosimpactos daquela infra-estrutura no ecossistema e na biodiversidade, considerando-os \"irreparáveis\".

Questionado pelos deputados, Ricardo Magalhães explicou as apostas da Estrutura de Missão, sublinhando a criação da agência de desenvolvimento regional e o plano de mobilidade integrado: \"quisemos transformar a barragem num projeto de desenvolvimento regional\".

Linha submersa

O responsável reconheceu uma \"perda patrimonial\" nos quilómetros de linha ferroviária que serão submersos e, por isso, disse defender uma estratégia de mobilidade integrada para a região, considando possível \"um serviço multimodal centrado no turismo\".

A audição do chefe de projeto da Estrutura de Missão decorreu no âmbito da petição que a Comissão Parlamentar tem em mãos e que defende que a Linha do Tua seja restaurada e reaberta à circulação. por responder ficaram algumas perguntas dos deputados, designadamente sobre os riscos em relação à navegabilidade do Douro e sobre o porquê de não ter sido comunicada à UNESCO a intenção de construir esta barragem uma vez que se localizará numa zona classificada como património mundial.

A polémica em torno da barragem hidroelétrica que a EDP pretende construir na foz do Tua adensou-se nos últimos anos, sobretudo porque aquela infraestrutura vai obrigar à submersão de cerca de 17 quilómetros da centenária Linha do Tua.

Expresso, 2011-03-25
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MensagemAssunto: Granizo em Vila Real provoca estragos nas vinhas   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSex maio 27, 2011 12:48 pm

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Destruíram a produção deste ano
Distrito de Vila Real


Douro vinhateiro - Página 5 Vinha_douro

Granizo em Vila Real provoca estragos nas vinhas

Vitivinicultores de Guiães e Bujões, em Vila Real, queixam-se de «muitos estragos» provocados nas vinhas por uma trovoada e queda de granizo que «parecia que rasgava» tudo.

A agricultora Regina Ferro afirmou que «durante quase meia hora» uma «intensa chuva e granizo» caiu sobre estas aldeias do Douro provocando «estragos» que «destruíram a produção deste ano e comprometeram a do ano passado».

Além dos estragos na vinha de cerca de três hectares, esta agricultora salientou que o mau tempo destruiu ainda a cereja que estava a apanhar e a horta, onde este ano cultivou batatas ou tomates. «Foi tudo destruído. Ainda não fizemos contas mas assim não sei como é que vamos aguentar», sublinhou.

Segundo frisou, estes estragos vêm juntar-se à «longa crise que está instalada no Douro» e ao investimento que este ano já foi necessário fazer por causa do míldio, visto que o ano está a correr com as condições propicias, calor e humidade, para o aparecimento da doença.

Fonte da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) disse à Lusa que vai solicitar com a «máxima urgência» ao Ministério da Agricultura para que proceda ao levantamento dos prejuízos.

«Os nossos pequenos e médios vitivinicultores estão a entrar numa situação de desespero. A situação ocorrida hoje foi apenas o culminar», sublinhou.

Na região do Douro, o mau tempo verificado, esta quarta-feira à tarde, provocou ainda um ferido grave, várias inundações em ruas e lojas do centro das cidades de Lamego e de Vila Real e condicionamentos em algumas estradas devido à queda de pedras.

, 2011-05-26
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MensagemAssunto: Governo devia «ajudar» agricultores a abandonar actividade   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeDom Jun 12, 2011 4:50 pm

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Defende Paul Symington
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Paul_c

Governo devia «ajudar» agricultores a abandonar actividade

Plantou-se demasiada vinha no Vale do Douro nos últimos trinta anos e o próximo Governo devia dar condições aos lavradores para abandonarem a atividade, defende Paul Symington, um dos maiores produtores nacionais de vinho do Porto.

«Olhando para trás não se devia ter plantado tanta coisa. Isso tem um efeito muito negativo para o lavrador e é uma questão que gostaria que este novo Governo e as pessoas que vão trabalhar com ele pensassem», afirmou à Lusa o presidente executivo da Symington Family Estates. O próximo Governo devia «dar meios para quem quiser sair, o faça com dignidade», concretizou.

A região do Douro está a produzir anualmente «80 mil pipas (perto de 43 milhões de litros) a mais», incluindo vinho de mesa e vinho do Porto, indicou o produtor duriense.

Lusa, 2011-06-09
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MensagemAssunto: Re: Douro vinhateiro   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeTer Jun 28, 2011 4:07 pm

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Região demarcada e património da humanidade

Os enólogos afirmam que os vinhos do Douro são únicos, mas foi o filho mais velho, o inimitável Vinho do Porto, quem iniciou a internacionalização da Região Demarcada do Douro. \"Quanto mais velho, melhor\", é a frase popular que define o famoso Vinho do Porto, também chamado de vinho fino.

Em 2010, o Douro vinhateiro produziu 263 mil pipas de vinho, das quais 140 mil foram de Vinho do Porto. A exportação rondou as 115 mil pipas, que corresponde a 315 milhões de euros. E o mercado nacional rendeu 56 milhões. Contas feitas, a produção de vinhos representa 98 por cento do rendimento da região demarcada. São 45 mil hectares de vinha, dos quais 36 mil licenciados para produzir vinhos do Douro, Porto, Rosé, Moscatel e vinhos durienses correntes.

Segundo o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), Luciano Vilhena Pereira, a actual crise económica poderá afectar ligeiramente o volume de vendas. \"Mas a nível da exportação não parece haver problemas. Estamos até a conquistar novos mercados\", frisa.

Actualmente, França, Holanda, Bélgica e Reino Unido são os melhores clientes dos vinhos do Douro. O Vinho do Porto é também muito apreciado nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul e, mais recentemente, na Ásia. \"O único perigo são as tentativas de imitação do Vinho do Porto. Alguns já arriscaram mas não conseguiram\", refere Vilhena Pereira. \"Vamos lá ver se os chineses também vão tentar\", ironiza.

O que faz do Vinho do Porto único e inimitável são as suas características: é encorpado, generoso, de paladar macio e aroma inconfundível. É uma bebida com classe, que conta a história do Douro desde o final do século XVII.

Depois do Vinho do Porto, o Douro Vinhateiro cultivou dezenas de castas de vinhos de mesa, que conquistaram também Portugal e o Mundo.

A fama dos vinhos do Douro e em particular do Vinho do Porto foi o motor da promoção turística da região. Desde 2001 que o Douro Vinhateiro é Património Mundial, um titulo atribuído pela UNESCO. A paisagem cultural no vale do rio Douro, esculpido de vinhas em encostas íngremes, são o postal da região. Nos últimos anos, os empresários apostaram também no rio, com cruzeiros que levam os turistas até ao Peso da Régua, Pinhão e Barca D’Alva. As viagens incluem visitas às caves de Vinho do Porto e quintas de cultivo.

DISCURSO DIRECTO

\"É O NOSSO PATRIMÓNIO\", Luciano Vilhena Pereira, Instituto dos Vinhos do Douro

CM – O Douro Vinhateiro ser Património Mundial fez aumentar as exportações?

Vilhena Pereira – Bastante, sobretudo os vinhos de mesa, porque o Vinho do Porto já tem séculos de notoriedade mundial. Antes de ser Património da Humanidade, o Douro é o nosso melhor património.

– Como trabalham o futuro?

– Estamos a realizar vários estudos de perfis dos solos com a abertura de 1500 buracos. É um trabalho em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

– E como defendem a marca?

– Com muita fiscalização, para travar a saída das castas da região.

PRESERVAR O PASSADO COM OS NOSSOS VINHOS

Fernando Morgado, engenheiro agrário, transmontano de origem e coração, é um dos mais novos vitivinicultores da Região Demarcada do Douro. Criou a marca Quinta de Fiães, com cultivo em Vilar de Maçada, Alijó. O vinho branco Quinta de Fiães é o ex-líbris e está inscrito no ranking dos cem melhores vinhos portugueses. Lançou-se no mercado em 1998 e já conquistou vários mercados internacionais.

Habituado à tradição, a família Morgado faz questão de ainda pisar as uvas em tanques, mas apenas por diversão, porque as tecnologias fazem o trabalho maior.

Preservar o passado na construção do futuro é o lema dos Morgado, que estão já a apostar no agro-turismo, com a construção de espaços onde os turistas podem participar no cultivo e também no processo da vindima. \"Este ano vamos ter um boa colheita. Não houve infestações graves e o tempo tem estado favorável ao desenvolvimento da uva\", explicou ao Correio da Manhã Fernando Morgado.

Os apreciadores de vinhos do Douro definem os Quinta de Fiães como um vinho macio, leve, que se bebe devagar e com prazer. Apesar de ser um maduro, os Morgado gostam de o servir bem frio.


Manuela Teixeira in CM, 2011-06-28
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MensagemAssunto: Região do Douro prevê quebra entre 25 e 30% da produção de vinho   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQua Jul 13, 2011 4:43 pm

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Vindima enche 240 mil pipas
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Vindima

Região do Douro prevê quebra entre 25 e 30% da produção de vinho

A Região Demarcada do Douro prevê para esta vindima uma produção de vinho na ordem das 240 mil pipas, o que representa uma quebra entre os 25 a 30 por cento em relação às estimativas para o ano de 2010.

Segundo dados da Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) hoje divulgados, a expectativa de colheita para esta vindima, de cerca de 240 mil pipas, apontam para uma «diminuição significativa» de cerca de «25 a 30 por cento» relativamente ao potencial de produção previsto para 2010, que rondava entre as 303 e as 366 mil pipas.

De acordo com Fernando Alves, director executivo da ADVID, a instabilidade climática, com períodos de muito calor entre os meses de Abril e Maio, seguido da ocorrência de trovoadas e queda de granizo, criou as condições propícias para ataques das doenças da videira, míldio, oídio e traça da uva.

Assim, 2011 \"é um dos anos mais preocupantes de pressão de míldio\" da última década, assegura Fernando Alves.

No entanto, é importante ressalvar que as estimativas agora divulgadas não incluem o último fim-de-semana de Junho, em que o calor intenso provocou danos elevados em algumas castas durienses mais sensíveis, com destaque para a tinta Roriz, nos locais mais expostos.

Por isso, segundo o responsável, o resultado final da próxima vindima \"vai depender\" das condições climáticas que se registaram até Setembro.

Recentemente a Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) reivindicou ao Ministério da Agricultura um Plano de Emergência para a região devido a prejuízos de \"mais de 60 por cento\" nas vinhas, causados precisamente pela doenças do míldio, oídio e \"podridão negra\", que se tornaram num \"prejuízo incomportável para as pequenas e médias explorações durienses\".


CM, 2011-07-13
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MensagemAssunto: Douro e Iguaçu unidos para o Mundo    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSex Jul 15, 2011 12:35 pm

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Douro e Iguaçu unidos para o Mundo
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Douro_iguacu

Meia Maratona Do Douro Vinhateiro e Meia Maratona Meia Maratona desenvolvem Parceria Internacional

Uma delegação oficial da Meia Maratona do Douro Vinhateiro, com entidades representativas da Região Demarcada do Douro, visitou Foz de Iguaçu e assistiu à Meia Maratona das Cataratas, evento internacional de grande relevo mundial que reúne os melhores atletas da actualidade e tem o maior valor de prémios no Brasil.

Esta visita surge na sequência da parceria estabelecida entre estes dois grandes eventos internacionais, considerados AS MAIS BELAS E MAIS FASCINANTES CORRIDAS DO MUNDO, sendo que em Maio último esteve no Douro uma comitiva brasileira que se mostrou impressionada com a força da Meia Maratona do Douro Vinhateiro, e que em conjunto pretendem demonstrar ao mundo a beleza destes dois eventos realizados em Patrimónios Mundiais da Humanidade e lugares de ímpar beleza.

Com alta celagem turística, estas duas organizações desenvolvem actualmente um projecto mundial que será apresentado em breve no Douro Vinhateiro – A Região Demarcada Mais Antiga do Mundo, e nas Cataratas de Iguaçu – As Maiores Quedas de Água do Planeta.

Com uma forte presença da comunicação social brasileira a comitiva portuguesa fez-se representar com um grupo de peso, destacando-se o Presidente do Turismo do Douro, António Martinho, a Confraria dos Enófilos do Douro, Alberto Santiago, o Director Técnico da Meia Maratona do Douro Vinhateiro, Prof. João Campos e Rosa Mota, madrinha das duas provas.

A comitiva duriense durante uma semana desdobrou-se em contactos institucionais e com a comunicação social, tendo sido recebida pelo Prefeito (Presidente de Câmara) de Foz de Iguaçu, Paulo MacDonald, cidade com 250.000 habitantes, pelo Presidente do Parque Natural de Igauçu, Jorge Pegoraro, pelo Director do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, Gustavo Rodrigues, que viajou de Brasília para receber a comitiva duriense, pelo Administrador das Cataratas S.A., Roberto Trauczynski e ainda pelo Director Geral das Cataratas S.A., Celso Florêncio.

Num evento que tem a cobertura da Rede Globo, a maior rede de televisão do Brasil, e da Rádio Transamérica, a maior rede de rádio daquele país, e com milhares de pessoas a tirarem fotos com a nossa Rosa Mota, esta foi uma excelente acção de promoção da Região do Douro e da Meia Maratona do Douro Vinhateiro para toda a América do Sul.

Foi ainda sorteado uma viagem ao Douro entre todos os participantes da Meia Maratona das Cataratas e foi anunciado um programa especial para as muitas pessoas que demonstraram interesse em participar na EDP 7ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro a 20 de Maio de 2012.

A comitiva foi ainda recebida pela administração da hidroeléctrica de Itaipú, a maior produtora de energia do mundo, onde pode constatar todo o trabalho de desenvolvimento económico, social e ambiental que esta barragem, exemplo de excelência, proporciona a toda a região.

Paulo Costa, Director Geral da Global Sport e orientador desta acção, mostrou-se totalmente satisfeito com esta iniciativa e está convicto que “está a germinar um projecto mundial que irá unir patrimónios e utilizar a força destas meias maratonas para alavancar o turismo em destinos tão sustentáveis como Iguaçu e Douro”.


PC, 2011-07-14
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Douro vinhateiro - Página 5 Happynoscopos
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MensagemAssunto: Buzinão contra a crise e corte de benefício   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQui Jul 28, 2011 2:05 pm

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«Miséria e crise»
Peso da Régua


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Buzinão contra a crise e corte de benefício

Centenas de vitivinicultores em tratores, carros e carrinhas percorreram hoje as principais ruas da Régua ao som de muitas buzinas que alertaram para o corte no vinho do Porto e na consequente quebra de rendimentos no Douro.

As palavras “miséria” e crise” foram as que mais se ouviram entre os muitos lavradores do Douro que se juntaram na cidade. Tratores, carrinhas e carros seguiram em marcha lenta e ruidosa pelas principais artérias, parando em frente à Casa do Douro, onde alguns ânimos se exaltaram um pouco mais.

Segundo a GNR, juntaram-se entre “300 a 400” carros e cerca de 700 pessoas.

Convocados pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO), os manifestantes juntaram as suas buzinas para alertaram para o corte de 25 mil pipas no benefício, ou seja, a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar ao vinho do Porto. No ano passado, o Douro produziu 110 mil pipas (550 litros cada) de generoso.

Com esta redução de 23 por cento, os vitivinicultores fazem agora contas rigorosas, já que, para muitos, o benefício é a sua principal fonte de rendimento.

“Ando a zelar pelo meu interesse. Tinha 10 pipas de vinho do Porto e agora já vou em metade e se assim vão a cortar todos os anos daqui a pouco não temos nada. Nós vivemos do vinho e do azeite”, afirmou Francisco Ferro, produtor em Gouvinhas, Sabrosa.

Teresa Pereira Guedes sente que o Douro “está sem proteção nenhuma” e entregue “às grandes empresas”. Esta vitivinicultora garante que “já há muita fome” no território Património Mundial da Humanidade e que, com a redução anunciada para esta vindima, esta região “vai bater no fundo”.

Ao corte no benefício e no preço do vinho ao produtor, Teresa junta ainda os custos de produção “sempre a subir” e a perda na colheita na “ordem dos 80 por cento” devido às intempéries e doenças que afetaram a vinha. “Do que vamos viver”, questionou.

Joaquim Ferreira veio de Vila Nova de Foz Côa por causa da “crise” que se está a instalar na mais antiga região demarcada do mundo e juntou a sua voz à de António Abrunhosa, que salientou a “indignação” dos produtores.

“Querem-nos roubar o sustento da nossa família, daqui a pouco temos que abandonar as vinhas, emigrar. Esta é a região mais rica do país, temos um rio de ouro e vivemos na miséria. Isto não pode continuar assim”, sublinhou Abrunhosa.

Paula Costa, de Valença do Douro, diz que, não tarda, as “vinhas se são transformar em mato” e que o “Douro vai passar fome”.

A dirigente da AVIDOURO, Berta Santos, referiu que a região reivindica um “plano de emergência” e um aumento do preço de venda de pipa vinho do Porto para os “1200 euros”. Este ano, o preço médio rondou os 800 euros. O pedido já foi enviado aos órgãos de soberania.

Referiu ainda que os produtores reivindicam “um levantamento dos prejuízos, causados pelas intempéries, doenças e pragas que assolaram a vinha”. “A quebra na produção é muito grande, os prejuízos são muitos e as pessoas já não têm condições para viverem”, concluiu.

Lusa, 2011-07-27
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MensagemAssunto: UTAD vai estudar clima no Douro vinhateiro   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 07, 2011 11:21 am

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«Clime VineSafe»
Douro


UTAD vai estudar clima no Douro vinhateiro


Projecto tem a parceria da Universidade de Aveiro e da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense.

Nos próximos três anos a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai estudar as alterações climáticas e formas de mitigação dos efeitos do calor e falta de água nas videiras do Douro. Segundo a Lusa, este estudo estará a cargo do investigador da instituição, Moutinho Pereira.

O projecto tem a parceria da Universidade de Aveiro e da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) e contará com um apoio financeiro de 160 mil euros por parte da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

«Clime VineSafe» será apresentado no dia 25 deste mês, no Pinhão, no workshop «Clima e relações hídricas na videira: caso de estudo no Douro».

A produção vitivinícola é seriamente influenciada pelo clima, pelo que as alterações climáticas podem provocar perdas em determinadas colheitas, modificações no potencial de maturação e estilo do vinho. «O nosso clima está a mudar. Alguns indicadores dizem que o clima vai ficar mais quente e mais seco», disse o investigador Moutinho Pereira.

Na UTAD já está a ser feito um ensaio com a casta Touriga Nacional, onde está a ser investigada a aplicação de caulino, que, segundo Motinho Pereira, é uma «argila inerte que dá um aspecto esbranquiçado às folhas das videiras». Este estudo poderá assim proteger a folha. «Em dias de muito sol, a folha não aquece tanto e logo não sofre escaldão. Está mais protegida. É uma espécie de protector solar para a videira», acrescentou.

Para já, este ainda é um estudo de preparação, mas espera-se no próximo ano testá-lo e aplicá-lo numa vinha comercial,e depois alargá-lo a mais castas da Região Demarcada do Douro.

«Ficávamos felizes se, no final do projecto, pudéssemos dizer à região como vai ser o clima daqui a 50 ou 100 anos e se pudéssemos ainda contribuir com alguma indicação para os viticultores. Dizer o que têm que aplicar ou como cultivar a vinha para esta sofrer menos», realçou o responsável.

TVI24, 2011-08-07
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MensagemAssunto: CAP quer fecho da região a novos produtores   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQui Ago 25, 2011 3:42 pm

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Quotas no Douro
Douro


CAP quer fecho da região a novos produtores

A Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) anunciou ontem o seu apoio à contestação dos produtores de vinho da região Douro.

Em comunicado, a CAP acusa o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) de prejudicar duplamente os produtores durienses, primeiro por ter fixado em 2010 uma quota demasiado elevada para a produção de vinho do Porto (110 mil pipas), levando a uma baixa de preços, e agora por a reduzir às 85 mil pipas, uma decisão que traz \"uma quebra de rendimento injustificável e insustentável\".

Para minimizar os efeitos destas decisões na situação económica dos produtores, a CAP vai propor ao governo o \"fecho do Douro à entrada de novas licenças de plantação\" e a \"proibição de transferência de licenças de vinhas\" de zonas sem benefício para áreas com benefício.

Os produtores alegam que se tratya da maior diminuição de sempre no número de pipas de vinho do Porto a beneficiar numa vindima. A quota há dez anos, em 2001, chegou a ser fixada em 154 mil pipas.

Segundo a CAP, esta quebra acontece num ano particularmente mau para os produtores da região. As \"dificuldades impostas por intempéries e doenças das vinhas\" vão reflectir-se, estimam, \"numa quebra de produção na ordem dos 25%\".

Já no início do mês, quando foi conhecida a intenção do IVDP relativamente às quotas da vindima que agora começa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCRN) emitiu um parecer em que alertava para \"o colapso económico\" dos pequenos produtores da região.

Num comunicado enviado ao governo, a CCDRN dizia que, \"se nada for feito, as condições de vida de milhares de pequenos e médios viticultores estarão comprometidas\". Segundo as suas contas, a redução de 25 mil pipas representa menos 23,25 milhões de euros para os produtores de vinho do Porto.

A CCRN apelava ainda à intervenção de organismos de promoção internacional, como a AICEP e a ViniPortugal, devido à \"assinalável quebra\" que alguns mercados de exportação, como o francês e o holandês, estariam a registar.

MVC in ionline, 2011-08-25
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MensagemAssunto: «O Governo está receptivo»    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeDom Ago 28, 2011 10:39 am

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«O Governo está receptivo»
Carrazeda de Ansiães


Campelo quer proibir novas licenças de plantação e apostar na destilação local de aguardentes

O Daniel Campelo foi hoje a Carrazeda de Ansiães inaugurar a Feira da Maçã, Vinho e Azeite e aproveitou para reunir com entidades ligadas ao sector do vinho.

O governante disse que foram detectados dois problemas grandes que “atrapalham muito a vida dos viticultores do Douro”, nomeadamente a entrada de novas licenças de plantação na região vindas do exterior e as aguardentes.

“O Governo está receptivo a equacionar a proibição da entrada dessas novas licenças e o problema da aguardente que tem vindo a invadir o Douro. O vinho do Porto exige que seja produzido com aguardente de uvas produzidas no Douro”, salientou.

Esta seria uma forma de diminuir as importações das aguardentes vínicas, necessárias para a produção de vinho do Porto. Só que a única entidade do Douro certificada para a destilação está em processo de insolvência, com um passivo de oito milhões de euros.

Por isso, o governante diz que é necessário encontrar “mecanismos” em conjunto com outras instituições locais.

A destilação dos excedentes é, segundo o presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, uma medida de “solidariedade” reivindicada há dez anos por este organismo.

Campelo disse ainda não concordar com o benefício (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto) fixado pelo Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) para esta vindima, de 85 mil pipas, menos 25 mil que na vindima anterior.

E reconheceu que o ministério “equacionou e trabalhou” a possibilidade de convocar um novo conselho interprofissional para aumentar o benefício.

“Mas chegámos à conclusão da impossibilidade de actuar a esse nível porque, se consultarem a ata do interprofissional, verifica-se que, mesmo do lado da produção, não houve consenso”, salientou.

Daniel Campelo diz que o Governo não intervém directamente no IVDP mas frisou que da actuação do instituto público se tirarão “ilações”, ou seja, decisões que vai anunciar no início da próxima semana.

“O Governo teria tomado provavelmente outra decisão, mas nós não podemos nem queremos ocupar o espaço que não é nosso”, sublinhou.

António Saraiva, presidente da Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP), disse que não faria sentido “convocar um novo interprofissional” porque o Governo estaria a levantar um “precedente perigoso”.

Campelo insistiu na ideia de que a “esperança” do Douro está na exportação dos vinhos da região.

Questionado sobre a utilização dos oito milhões de euros retirados do fundo de reserva do IVDP, precisamente para uma campanha de promoção de vinhos, o secretário de Estado referiu apenas que “esse dinheiro está sempre em possibilidade de utilização”.

“Estou sensível à análise, mas não depende do ministério. Não deixaremos de tentar dar ao IVDP as condições mínimas indispensáveis para cumprir a sua funções de promoção”, frisou.


Lusa, 2011-08-28
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MensagemAssunto: Faltam planeamento e liderança no Douro   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeTer Ago 30, 2011 10:15 am

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«Produção subiu exponencialmente»
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Vinho155anos

Faltam planeamento e liderança no Douro

Em dez anos, a capacidade instalada na região passou de 35 mil de hectares para 46 mil.

«Houve uma grave falha no planeamento do desenvolvimento do sector desde há 15 anos a esta parte». Paul Symington gere uma empresa que é um caso óbvio de sucesso, mas não tem os olhos fechados para os problemas da região onde os seus activos estão implantados.

Para aquele responsável, os agentes envolvidos no Douro - Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP), Casa do Douro e Ministério da Agricultura - \"nunca se juntaram para discutirem o Douro\". E enquanto esta falta de diálogo ecoava no côncavo dos montes, o Douro ia crescendo sem que ninguém lhe deitasse uma vista de olhos: \"Em dez anos, a capacidade instalada na região passou de 35 mil de hectares para 46 mil\". O que quer dizer que a produção de vinho subiu exponencialmente, colocando novos problemas aos produtores.

\"Há uma clara falta de liderança\", ao mesmo tempo que \"o poder público prefere não se meter\" numa região que lhe tem dado problemas que cheguem


António de Sousa in DE, 2011-08-30
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MensagemAssunto: Vindimas no douro    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeDom Set 18, 2011 5:54 pm

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Vindimas no douro
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Douro_uvas

Custa mais uma garrafa de 75 centilitros depois do vinho feito do que custa uma pipa de 750 litros»

Ao mesmo tempo que cortam as uvas no Douro, os viticultores colhem dificuldades e disparam críticas ao corte no vinho do Porto e ao preço por pipa de vinho de consumo, que custa menos do que uma garrafa.
Há muito que os pequenos e médios produtores durienses se queixam da crise estar a bater à porta. Só que, agora, entrou-lhes pela casa e sem pedir licença.

«Para nós, o corte de benefício foi fatal», afirmou Aurélio Barros, vitivinicultor de Donelo, Sabrosa.

O Douro pode produzir 85 mil pipas de benefício, ou seja, a quantidade de mosto que cada produtor pode transformar em vinho do Porto. São menos 25 mil pipas que na vindima de 2010.

Aurélio Barros contabiliza menos «oito pipas de benefício» e «menos oito mil euros» que vai receber.

Para fazer a vindima, este produtor contratou 12 pessoas. Durante 12, 13 dias, vai pagar 40 euros ao homem e 35 à mulher, «comidos e bebidos».

«É muito para mim, que vivo apenas do que a vinha me dá», salientou.

Ainda por cima, há uma quebra generalizada na produção, muito motivada pelas condições climatéricas que obrigaram também a muitos tratamentos na vinha.

Em Godim, junto à Régua, Teresa Guedes ficou com «lágrimas nos olhos» quando entrou na vinha e viu as uvas «quase todas queimadas».

«Perdi cerca de 90 por cento da produção muito por causa das doenças. O dinheiro gasto com os tratamentos foi dinheiro deitado fora», afirmou.

A vindima teve que ser feita com a prata da casa e uma única pessoa contratada, a mesma que ali trabalha a tempo inteiro. «O que vou receber não vai dar para pagar o que já investi na vinha este ano», salientou.

Teresa Guedes sofreu uma quebra de benefício de oito pipas e fez 40 quilómetros diários para entregar as uvas em São Martinho de Anta, numa empresa que diz que «paga certinho».

Menos sorte teve Aníbal Miguel, que foi «despedido». Ou seja, a empresa a quem vendia as suas uvas há 20 anos recusou-se a aceitá-las este ano. «Queria saber porquê? Eram bons patrões», questionou.

Albano Teixeira não esconde o descontentamento com os governantes e este Douro que parece olhar apenas para os turistas e se esquece de quem construiu a paisagem classificada pela UNESCO há dez anos.

Concilia o trabalho na vinha com um emprego e, por causa disso, não tem férias, fins de semana ou feriados. «Se eu metesse pessoal, então tinha que deixar as vinhas a monte», garantiu.

Perdeu quatro pipas de benefício. «O vinho de consumo não o querem e ainda temos que pagar o carreto para que o levem», salientou.

António Pereira, de Gouvães do Douro, queixou-se do preço a que é pago ao produtor o vinho de consumo, o Douro DOC, designadamente 125 ou 130 euros por pipa.

«Depois, vão vender esse vinho a 70 ou até 125 euros por garrafa. É um absurdo. Custa mais uma garrafa de 75 centilitros depois do vinho feito do que custa uma pipa de 750 litros», frisou.

Este viticultor reivindicou um preço equivalente para o Douro DOC e vinho do Porto.

«Se isso acontecesse, qualquer um de nós já conseguia sobreviver», acrescentou.

Enquanto isso não acontece, os produtores prometem continuar uma luta que pode levar a greves de fome ou acampamentos à porta dos ministérios em Lisboa.


Lusa, 2011-09-17
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MensagemAssunto: Párocos do Douro apelam ao Governo para que apoie viticultores   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeDom Set 25, 2011 3:09 pm

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Através de um comunicado
Douro


Párocos do Douro apelam ao Governo para que apoie viticultores

Os párocos dos concelhos da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio estão preocupados com a situação dos viticultores da região, apelando ao Ministério da Agricultura para que promova uma «melhor e mais eficaz administração» das adegas.

Através de um comunicado, os párocos da Zona Pastoral do Douro I denunciam \"uma muito grave situação financeira\" das adegas cooperativas da região (Régua e Santa Marta de Penaguião), que está a ameaçar a sobrevivência dos agricultores.

Sublinhando que o cultivo das vinhas é \"cada vez mais caro\", os párocos afirmam que, ainda assim, \"as pessoas não têm outra alternativa para viver\", uma vez que \"o tão badalado turismo contribui muito pouco ou quase nada para a melhoria económica da gente do Douro\".

Lusa, 2011-09-23
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MensagemAssunto: Daniel Campelo anuncia grupo de trabalho para problemas do Douro    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeTer Set 27, 2011 4:34 pm

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Reflexão dentro das instituições
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Daniel_campelo_rosto

Daniel Campelo anuncia grupo de trabalho para problemas do Douro

A resolução dos problemas no Douro depende “essencialmente” do grupo de trabalho que analisará a situação, porque há medidas que o Governo “não pode” tomar, disse neste sábado o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

Daniel Campelo disse que o grupo que vai apresentar propostas para tentar resolver os problemas da produção de vinho no Douro, cuja criação foi anunciada no início deste mês, «tem que ser concebido no seio da sociedade civil do Douro vinhateiro» e «são as forças vivas e as entidades da região que têm uma palavra a dizer».

O secretário de Estado falava à Lusa durante uma visita à Gala Ibérica Equestre, um evento a decorrer até domingo na cidade alentejana de Serpa, no distrito de Beja, e promovido pelo município local para promover a arte equestre e revigorar algumas das iniciativas ligadas ao sector tradicionalmente organizadas no concelho.

As medidas para tentar resolver os problemas “dependem essencialmente de uma reflexão dentro das instituições do Douro e de acordo com o que a lei permite e a realidade do país e da região”, disse Daniel Campelo, referindo que “há muita coisa que o Governo gostaria de fazer, mas não pode”, devido a “regras comunitárias e nacionais”.

“O Governo tem vindo a intervir, mas só pode intervir nas áreas que lhe são próprias e não pode intervir naquilo que, muitas vezes, as pessoas gostariam”, disse, referindo, por exemplo, que “o Governo não pode fixar preços”.

O Executivo “só pode intervir com as medidas que o país possa disponibilizar em termos legislativos e financeiros”, neste caso através dos programas de financiamento existentes, disse Daniel Campelo.

No entanto, frisou, a acção do Governo “tem que ser concertada com as estruturas interessadas no desenvolvimento da produção de vinho no Douro” e o Executivo está “disponível” para cooperar” com o grupo de trabalho, cuja constituição “é uma incumbência do presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro”.

A União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Douro (UNIDOURO) reclama do Governo medidas urgentes para ajudar o sector cooperativo, numa altura em que há viticultores a abandonaram algumas adegas devido aos atrasos no pagamento das uvas.

Na sexta-feira, o pároco da Régua, Luís Marçal, mostrou-se preocupado com os pequenos e médios viticultores do Douro, que não recebem os pagamentos das adegas ou o que recebem não dá para pagar as despesas da vindima.

Confrontado pela Lusa com o pedido da UNIDOURO, Daniel Campelo disse que “é provável que as medidas” propostas pelo grupo de trabalho “passem por um apelo às próprias cooperativas para que evoluam para um modelo que se ajuste à realidade actual”.

“As cooperativas tiveram uma fase muito importante no desenvolvimento da agricultura nacional, mas hoje os tempos são outros e há a necessidade de ajustar muito do que está a ser praticado nas cooperativas e noutras instituições ligadas à agricultura nacional”, disse.

Lusa, 2011-09-26
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MensagemAssunto: Padres denunciam crise    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeTer Set 27, 2011 4:42 pm

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Padres denunciam crise
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Douro_crise

«Que será das pessoas nesta região?», perguntam párocos, que questionam eliminação da «função moderadora e reguladora» da Casa do Douro

Os párocos dos concelhos da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, no interior Norte, estão preocupados com as dificuldades dos viticultores da região e pedem a intervenção do Governo para sanear as adegas em crise.

«As duas Adegas Cooperativas da Régua e de Santa Marta de Penaguião – as maiores da Zona Demarcada do Douro – atravessam uma muito grave situação financeira, que não lhes tem permitido pagar aos associados as uvas que nelas depositaram», escrevem os padres no comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Depois de sublinharem que “o cultivo das vinhas é cada vez mais caro”, os sacerdotes da diocese de Vila Real assinalam que “as pessoas não têm outra alternativa para viverem”, até porque “o tão badalado turismo contribui muito pouco ou quase nada para a melhoria económica da gente do Douro”.

“Se não se resolver o problema da produção e comercialização do vinho, que será das pessoas nesta região? Até onde irá a sua paciência? Qual a solução? O abandono puro e simples? Que futuro para as pessoas? A emigração? Ainda maior desertificação do interior do país?”, perguntam.

Ao mesmo tempo que há famílias com dificuldades para sobreviver “com tão magros recursos” e alguns associados das adegas “vão saindo sorrateiramente destas instituições”, é público “que o vinho se vende (e bem!) e que há quem faça fortuna com este produto”, acentuam os padres.

“As Adegas Cooperativas chegaram a esta situação por culpa de quem? Outras Adegas do Douro encontram-se de boa saúde e exercem normalmente e com agrado dos sócios as funções que lhes são cometidas pelos Estatutos”, referem os signatários, que apelam à intervenção do Governo.

No entender dos párocos da diocese sediada 400 km a norte de Lisboa, o Estado “não pode ser um mero espectador na livre competição entre grandes e pequenos”, devendo “não só ser árbitro, mas também intervir por si ou por meio de instituições intermédias, apoiando os mais fracos e desprotegidos”.

“Não era essa a função moderadora e reguladora da Casa do Douro? Porque lhe retiraram as atribuições que tinha?”, interrogam os sacerdotes, salientando que a “livre concorrência” na produção do vinho “tem conduzido ao esmagamento do preço para os pequenos e médios produtores e ao enriquecimento dos mais fortes e poderosos”.

O Ministério da Agricultura informou a 12 de agosto que a situação da Casa do Douro, com uma dívida de 100 milhões de euros e ordenados em atraso, “está a ser acompanhada de perto\" pela ministra, Assunção Cristas, que procura “a melhor solução” a apresentar à instituição.

No comunicado divulgado esta quinta-feira os párocos pedem a criação de um “Programa de Saneamento Financeiro das Adegas em crise”: “Não poderá o Ministério da Agricultura intervir, sugerindo, aconselhando e até impondo medidas para melhor e mais eficaz administração das mesmas?”.

“E que têm a ver a Igreja e os padres com estes assuntos?”, questiona o último parágrafo do documento, que justifica a tomada de posição com um texto do Concílio Vaticano II (1962-1965).

“‘Não podemos ser alheios às alegrias e esperanças, às angústias dos homens nossos irmãos; somos solidários com todo o homem e com toda a mulher de todo o lugar e todo o tempo’, muito em especial aqueles que são de nossas paróquias”, explica o comunicado.

Agência Ecclesia, 2011-09-26
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MensagemAssunto: 300 anos de história    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQua Set 28, 2011 10:58 pm

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300 anos de história
Douro


Douro vinhateiro - Página 5 Quintadospocos

A Quinta dos Poços é a primeira quinta do Douro a lançar uma monografia com história da propriedade

A Quinta dos Poços é a primeira quinta do Douro a lançar uma monografia com história da propriedade. São 300 anos de história, 25 dos quais nas mãos da família Mesquita Guimarães.

A Quinta dos Poços, situada em Valdigem (concelho de Lamego), em plena mancha classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, comemora 300 anos de história, 25 dos quais nas mãos dos actuais proprietários: a família Mesquita Guimarães. Para assinalar esta data, a família lança hoje o livro “Quinta dos Poços – 300 anos de história”, da autoria do escritor duriense José Braga-Amaral, bem como o vinho comemorativo “Quinta dos Poços MG XXI”, um tinto especial que traduz o espírito do projecto vínico. Esta é a primeira monografia de quinta a ser publicada no Douro.
A Quinta dos Poços, que produz somente vinhos tintos (Colheita, Reserva e Grande Reserva), por diversas vezes premiados em Portugal e no estrangeiro, é uma das mais antigas da região duriense – 1711 é a primeira data inscrita nos tombos da época com referência a esta quinta. A propriedade estende-se ao longo de 25 hectares, 21 dos quais com vinha mecanizada em patamares e ao alto, onde são produzidas anualmente cerca de 200 pipas de vinhos. A actual Quinta dos Poços resulta da junção das quintas Poços de Baixo (12 hectares), Poços de Cima (8 hectares) e da Liberata (5 hectares) e toda a história da propriedade está intimamente ligada à história da região vinhateira. A quinta pertenceu inicialmente à família Pacheco Pereira, família com grande poder no Porto e no Douro, proprietária de um vasto património vitivinícola. Em meados do século XVIII, em data que o investigador José Braga-Amaral não conseguiu apurar, os Pacheco Pereira dividiram a quinta em duas parcelas – a de Cima e a de Baixo -, vendendo esta última à família Pereira Leitão de Carvalho, uma das famílias mais ricas do Porto e do Douro, detentora de um grande património (a quinta esteve nas mãos desta família até ao último quartel do século XX).
A casa-mãe da Quinta dos Poços é uma típica casa de proprietário do século XVIII, datada de 1764, sete anos após o Marquês de Pombal ter instituído a Região Demarcada do Douro, a primeira região demarcada e regulamentada do mundo. Com capela interior, a casa ostenta o brasão que representa as linhagens dos Sampayo e Pereira Leitão de Carvalho.
Por altura da 1ª Invasão Francesa, em 1808, a Quinta dos Poços terá acolhido, forçadamente, as tropas francesas comandadas pelo General Loison (o famoso General “Maneta”), quando estas se dirigiam de Almeida para a cidade do Porto. Supostamente, o General Loison terá escolhido esta quinta pela sua localização estratégica - em frente à foz do rio Corgo, sobranceira ao rio Douro, e com a Régua ao fundo. A Quinta dos Poços serviu também de refúgio ao Capitão Paiva Couceiro, um dos maiores heróis de África e personagem notável que liderou o movimento denominado “Monarquia do Norte” (1919).

A última fase da quinta iniciou há 25 anos, com a aquisição da Quinta dos Poços de Baixo (12 hectares) por Maria Luísa e José Mesquita Guimarães. Com raízes no Douro, Maria Luísa guardou na memória os bons momentos de infância passados com os pais e os 8 irmãos, quando todos passavam as férias na propriedade que tinham na zona de Lamego.
Natural do Porto, Maria Luísa conseguiu transmitir a sua paixão pelo Douro ao marido (médico dermatologista). Em 1997 e em 2002, já mergulhados na produção vitivinícola, o casal reforçou o investimento, com a aquisição da Quinta dos Poços de Cima (8 hectares) e da Liberata (5 hectares), respectivamente.
“Em 1986, adquirimos a quinta a pensar nas nossas férias, não no negócio dos vinhos, mas ao chegar a esta região vinhateira, esta evolução foi natural”, explica Maria Luísa. “Esta terra é a nossa paixão, não há lua cheia ou pôr do sol como aqui”, acrescenta Mesquita Guimarães, que juntamente com a dupla de enologia 2PR (António Rosas, Pedro Sequeira e Filipa Pizarro) desenvolvem um projecto de vinhos que atinge já as 40 a 60 mil garrafas por ano. Actualmente, a Quinta dos Poços exporta cerca de 50% da produção para mercados como a Alemanha, Angola, Bélgica, Brasil, Irlanda, Suíça e USA.
É este percurso singular levado a cabo por uma professora e um médico dermatologista que está descrito no último capítulo do livro “Quinta dos Poços – 300 anos de história”. Esta monografia faz parte de uma embalagem especial que inclui o vinho “Quinta dos Poços MG XXI”. São 3000 exemplares que estarão disponíveis nas principais garrafeiras e em algumas livrarias do país (PVP 40 euros).
“Este vinho representa de forma exemplar os 25 anos da família Mesquita Guimarães à frente desta quinta. É um vinho com uvas do primeiro encepamento, que teve lugar em 1990, e do segundo encepamento, que teve lugar em 2005, com Touriga Nacional, Tinta Francisca, Donzelinho Tinto, Rufete, Tinto Cão e Sousão”, explica Pedro Sequeira, enólogo da Quinta dos Poços desde há seis anos.

Vinhos que se distinguem... até pelos rótulos

O rótulo do vinho “Quinta dos Poços MG XXI” é desenhado por Joana Quental – tal como os restantes rótulos deste projecto de vinhos – e representa toda a família Mesquita Guimarães com um toque de humor que caracteriza os trabalhos desta artista plástica. O nome “Quinta dos Poços MG XXI” foi escolhido porque XXI é o século em que estamos, 21 é o número dos elementos que constituem a família Mesquita Guimarães... E 21 foi também o dia do mês de Setembro escolhido para comemorar este momento histórico da Quinta dos Poços.
Os rótulos da Quinta dos Poços estão seguramente entre os rótulos mais criativos de vinhos do Douro. Marcam a alma e o espírito do projecto liderado pela família Mesquita Guimarães.
“O rótulo do Quinta dos Poços Colheita apresenta uma flor, que simboliza o nascimento e o início de tudo, o rótulo do Quinta dos Poços Reserva apresenta diversas mãos que significam o trabalho, o esforço e a união e o rótulo do Quinta dos Poços Grande Reserva apresenta duas pessoas a abraçarem-se, que sou eu e o meu marido, a família, a síntese de tudo”, explica Maria Luísa Mesquita Guimarães.
A Quinta dos Poços possui duas adegas com cerca de 830 m2, que incluem seis lagares de pedra de granito e cubas de fermentação e de armazenagem com capacidade para 137.500 litros de vinho. Muito bem equipada, a adega inclui, por exemplo, mesa de escolha para triagem de uvas, capacidade de frio para condução de fermentações a temperatura controlada e rede de gás inerte.
As uvas são cuidadosamente produzidas e seleccionadas, sendo a vindima feita, não por sequência de parcelas de vinha, mas por lotes de uvas seleccionadas pela equipa de enologia para fermentarem em conjunto. Vinificam a baixas temperaturas. Os vinhos estagiam em barricas de 300 e 500 litros, de carvalho francês e de várias tanoarias prestigiadas, e só saem para o mercado depois de dois Invernos.
Estes vinhos têm recebido vários prémios em concursos internacionais: desde 2002, já foram premiados com três medalhas de ouro (*), treze de prata (**) e três de bronze (***). A saber:

• AWC Vienna International Wine Challenge 2008 (*) + (**) + (***)
• AWC Vienna International Wine Challenge 2010 (*) + (**)
• AWC Vienna International Wine Challenge 2011 (**)

• IX Concurso “Os Melhores Vinhos da Produção 2003” da Casa do Douro (**)
• VINAGORA International Wine Competition 2006 (**)
• Wine Masters Challenge, Concurso Mundial de Vinhos, 2006, 2007, 2008 (***)
• Wine Masters Challenge, Concurso Mundial de Vinhos, 2010 (**)
• Wine Masters Challenge, Concurso Mundial de Vinhos, 2011 (**)
• International Wine Challenge 2008 (***)
• Florida International Wine Challenge 2009 (**)
• Concours Mondial de Bruxelles 2010 (*) + (**)
• Concours Mondial de Bruxelles 2010 (**)
• Decanter World wine Awards 2010 (**)


, 2011-09-28
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MensagemAssunto: Douro considera acertada a medida de manutenção do IVA para o vinho   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeSeg Out 17, 2011 10:53 pm

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Factor de esperança
Douro


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Douro considera acertada a medida de manutenção do IVA para o vinho

O setor do vinho no Douro afirmou hoje ser uma medida «acertada» manter inalterado o IVA no produto, considerando que apesar de não resolver o problema da vinicultura pelo menos não o agrava.

O primeiro-ministro anunciou, na quinta-feira, que o Orçamento para 2012 «reduz consideravelmente o âmbito de bens da taxa intermédia do IVA, embora assegure a sua manutenção para um conjunto limitado de bens cruciais» para setores como a vinicultura e a agricultura.

Na mais antiga região demarcada do mundo - o Douro - respirou-se de alívio com a manutenção do IVA para os vinhos a 13 por cento.

A subida da taxa para os 23 por cento poderia, segundo António Saraiva, da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), «penalizar o setor primário, que já está com muitas dificuldades».

“Já há uma quebra de vendas efetiva, do poder de compra e essa quebra poderá assim ser um pouco mais controlada. Foi uma medida acertada”, afirmou à Agência Lusa.

Os dados mais recentes da comercialização de vinho do Porto, referente aos últimos 12 meses, até agosto, apontam para que, no final do ano, se atinja o volume de vendas de 9,3 milhões de caixas e 361 milhões de euros. Ou seja, menos 3,3 por cento em vendas que em 2010 e menos 2,8 por cento em volume de negócios.

No final do primeiro semestre verificava-se uma quebra de 9,3 por cento no volume e de 9,4 por cento no valor.

Berta Santos, da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO), disse que esta manutenção demonstra que “vale a pena lutar”.

“Desde o primeiro momento em que se começou a falar na possibilidade do IVA aumentar para este setor que lutamos contra e em defesa dos vitivinicultores durienses”, salientou.

Pelo território espalham-se mais de 30 mil produtores de vinho.

Mas, segundo Berta Santos, é preciso uma atenção redobrada porque o IVA vai subir para outros fatores de produção essenciais à vitivinicultura. “E eles já são tão elevados e o rendimento dos lavradores tão baixo que isso pode agravar também a situação”, sublinhou.

A AVIDOURO garantiu que vai aguardar “por mais informações”.

Para a União das Adegas da Região Demarcada do Douro (UNIDOURO) foi uma “boa notícia”.

“A manutenção do IVA, pelo menos, não vai agravar a nossa situação, isso já é positivo. Houve alguma sensibilidade de tentar proteger um dos produtos que mais contribui para o PIB”, afirmou à Lusa José Manuel Santos, presidente da UNIDOURO.

Agora, acrescentou, a região espera “outras boas notícias”.

O setor cooperativo representa 50 por cento dos produtores da Região Demarcada do Douro, na maioria pequenos e médios produtores, e possui um passivo que ronda os 270 milhões de euros.

«A maioria das cooperativas tem passivos elevadíssimos e não conseguem fazer face a esse problema. Queremos sensibilizar o Governo para a criação de medidas de apoio que permitam reduzir esse passivo», disse José Manuel dos Santos.

Lusa, 2011-10-17
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MensagemAssunto: Regiões vinhateiras europeias reúnem-se no Douro    Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeQui Out 20, 2011 3:39 pm

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Problemas comuns
Douro


Regiões vinhateiras europeias reúnem-se no Douro

Com o objectivo de debater e disseminar políticas públicas regionais que protejam o desenvolvimento sustentável de vinhedos e de zonas vinhateiras em risco a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, através da Estrutura de Missão do Douro (EMD) e da Unidade para a Cooperação Estratégica, acolhe até ao próximo sábado no Alto Douro 10 regiões vinhateiras da Europa, cujas paisagens também foram reconhecidas pela UNESCO como Património da Humanidade.

Numa iniciativa pioneira, e apoiada pelo Programa de Cooperação Inter-regional da União Europeia «INTERREG IVC», o projecto «Vitour Landscape» deverá culminar com a publicação do Guia Europeu para a Preservação e Valorização de Paisagens Vinhateiras e a atribuição, em Setembro de 2012, dos prémios «VITOUR», galardões às melhores práticas de preservação e valorização da paisagem vinhateira.

Fazem parte desta rede de parceiros 10 regiões de sete países europeus: Alto Douro Vinhateiro e Pico nos Açores, do lado português, World Heritage Association of Fertõ-Neusiedler See e Working Group Warchau, da Áustria, Cinque Terre National Park e Montalcino, de Itália, World Heritage Association of Tokaj, da Hungria, Mission Vale do Loire, de França, Upper Middle Rhine Valley, da Alemanha e Lavaux, da Suíça

, 2011-10-20
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MensagemAssunto: Vitivinicultores de toda a região manifestaram-se na Régua   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitimeTer Nov 08, 2011 1:47 pm

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«Sentimento de revolta»
Douro


Vitivinicultores de toda a região manifestaram-se na Régua

Os vitivinicultores da Região Demarcada do Douro vão voltar a manifestar-se no próximo dia 30 de Novembro, pelas ruas do Peso da Régua, contra a crise que o sector do vinho atravessa.

A decisão foi aprovada num plenário realizado ontem, no mercado municipal da Régua, organizado pela Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro), e que juntou entre 600 e 700 agricultores Será o terceiro protesto de rua no espaço de quatro meses. E servirá, tal como os dois anteriores, para contestar a descida do preço do vinho pago ao lavrador, situação que é agravada pelo constante aumento dos custos de produção.

A dirigente da Avidouro, Berta Santos, salienta que, neste momento, os agricultores que vivem do vinho no Douro sentem-se revoltados:
“É um sentimento de muita revolta, precisamos de não parar. Estamos convencidos que vai ser uma iniciativa muito forte. Vamos unir as duas margens do Douro, em marcha lenta na A24.”

Do plenário de ontem saiu ainda a possibilidade de ser realizada outra manifestação na cidade do Porto. Mas ainda não tem data:“Tem por objectivo reclamara em Gaia, junto às grandes casas exportadoras.”
A participação no plenário da Régua foi massiva e toda a Região Demarcada do Douro esteve representada.

José Figueiredo, de Folgosa do Douro (Armamar), e António Esteves e Armando Azevedo, de Codeçais (Carrazeda de Ansiães), são agricultores descontentes que prometem estar na manifestação do próximo dia 30, na Régua:

“Tinha 33 pipas de vinho, estou com 14. Só este ano roubaram-me cinco. Era dinheiro que dava para a poda e para as vindimas. É só gatunagem”, diz José Figueiredo. António Esteves diz que foi à manifestação “para saber o que se passava”. Armando Azevedo apela à união. “Os portugueses têm dormido muito até hoje. Os políticos é isso que querem, que os portugueses cruzem os braços.”

Recordo que a redução do quantitativo de benefício de 110 mil para 85 mil pipas na vindima deste ano agravou uma situação que já não era boa, por causa da descida do preço do vinho. Nos últimos 15 anos, os agricultores do Douro tiveram uma quebra de rendimento de 60%.

Descontentes, os vitivinicultores do Douro voltam a manifestar-se na Régua, no dia 30 de Novembro.


Brigantia, 2011-11-08
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MensagemAssunto: Re: Douro vinhateiro   Douro vinhateiro - Página 5 Icon_minitime

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