Médio Oriente

Fatah e Hamas em desacordo quanto à reabertura das fronteiras

Mona Salem I Arab News 27 Janeiro 2009

CAIRO: O Fatah, rival do Hamas, reclamou ontem a formação de um governo de unidade nacional aceitável à comunidade internacional antes da abertura das fronteiras com Gaza, uma posição aparentemente em conflito com a do Hamas.

“Queremos um governo de unidade nacional para gerir a reconstrução e as fronteiras para que as fronteiras possam ser abertas completamente, permitindo a entrada dos produtos necessários à reconstrução.” Declarou aos jornalistas o presidente do grupo parlamentar do Fatah, Azzam Al-Ahmed.

Ahmed tinha-se encontrado durante a manhã com Jamal Abu Hashim, um membro da delegação de Gaza, para discutir como resumir as conversações de reconciliação.

“A reunião foi construtiva para quebrar o gelo e avançar no sentido da reconciliação. Acordámos em continuarmos a reunir-nos,” adiantou Ahmed.

O Hamas e o Fatah estão extremamente divididos desde que o Hamas, que ganhou a maioria nas eleições legislativas em 2006, tomou Gaza pela força em 2007, derrotando e expulsando as forças leais ao Presidente Palestiniano, Mahmud Abbas.

As últimas conversações entre o Fatah e o Hamas realizaram-se no Iémen em Março de 2008, mas a tentativa de reconciliação em Sanaa não deu em nada. Idêntica tentativa no Egipto entrou em colapso em Novembro, quando o Hamas acusou o Fatah de prender os seus membros no West Bank.

Devemos garantir que qualquer que seja o governo no futuro não seja boicotado,” disse Ahmed, referindo-se à recusa do Ocidente em negociar com um governo que inclua ministros do Hamas, a menos que os islamistas renunciem à violência e reconheçam Israel. Ahmed deu ênfase ao facto de estar obrigado a tomar posição da comunidade internacional, que exige do Hamas a aderência a determinadas condições e que as forças leais ao Fatah regressem à Faixa de Gaza.

A posição do Fatah parece estar em oposição à do Hamas, que na sequência das conversações de domingo patrocinadas pelos egípcio disse que queria as fronteiras de Gaza abertas antes das conversações de reconciliação e que o Hamas teria de tomar parte na reconstrução de Gaza.

A delegação do Hamas no Cairo declarou que o movimento pensaria numa proposta israelita para uma trégua de 18 meses, renovável, mas que a questão de policiar a fronteira com o Egipto em Rafah era “complexa e espinhosa.”

“Estamos abertos à presença de observadores europeus, turcos, e das forças de segurança nacional de Gaza para abrir Rafah numa base temporária até *a formação de um governo de unidade nacional,” adiantou o líder do Hamas, Ayman Taha.
Ao abrigo do acordo de 2005, Rafah só pode abrir ao tráfego normal se estiverem presentes observadores europeus e forças leais à Autoridade Palestiniana que foi expulsa de Gaza em 2007.

O Hamas quer “completar a trégua, levantar o cerco e reabrir as fronteiras antes de iniciar a reconciliação Nacional Palestiniana,” precisou Taha. Estão no Cairo para participar nas conversações da trégua e reconciliação várias facções palestinianas, incluindo o Fatah, Frente Democrática Popular para a Libertação da Palestina e Jihad Islâmica.

Nota de rodapé: Tudo para impedir o progresso das conversações de paz, tudo para permitir rearmar-se...

Tribunus
In ecodanoticia

Citação :

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Exército confirma morte de soldado israelita e promete ripostar



O exército israelita confirmou, esta terça-feira, a morte de um soldado israelita e outros três feridos em consequência da explosão de uma bomba na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. O ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, já prometeu ripostar.
A morte de um soldado israelita já tinha sido noticiada por televisões árabes, que citaram testemunhas.

Os militares foram atingidos «quando um engenho explosivo foi activado à passagem de uma patrulha do lado israelita da barreira de segurança da Faixa de Gaza, a norte de Kissoufim", informou um porta-voz militar.

O ataque é o primeiro confronto grave ao longo da fronteira desde o início do cessar-fogo, a 18 de Janeiro, que pôs fim a uma ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza que se prolongou por mais de três semanas.

Após o ataque, segundo o exército, forças israelitas passaram a fronteira e fizeram buscas na área.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, reagiu quase de imediato ao incidente afirmando que as forças israelitas vão ripostar ao ataque.

«É um ataque grave. Não podemos aceitá-lo e vamos ripostar», declarou Barak, num curto comunicado emitido pelo Ministério da Defesa.

Nenhuma organização reivindicou o ataque, perpetrado hoje de manhã, mas um dirigente do Hamas manifestou o seu apoio.

In TSF




Soldado israelita morto em explosão



Um soldado israelita foi, esta terça-feira, morto e outros três ficaram feridos numa explosão, perto da Faixa de Gaza, de acordo com a estação de televisão Al-Arabiya.

Um soldado israelita foi morto e outros três ficaram feridos numa explosão, perto da Faixa de Gaza, segundo a televisão com sede no Dubai, Emirados Árabes Unidos, que cita um correspondente em Israel.

Segundo fontes militares, um engenho que tinha como alvo uma patrulha israelita explodiu ao longo da fronteira. Israel não avançou mais informações.

Por outro lado, a agência de notícias norte-americana Associated Presse (AP) refere que se estão a registar-se confrontos entre soldados e militantes ao longo da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, no primeiro incidente desde o cessar-fogo da semana passada.

In TSF

- Como eu disse:

- Tréguas nas condições daquelas não podiam durar.

- Não tendo havido negociações - ainda que indirectas - entre as partes em conflito, nada se preparou para resolver pontuais infracções mais ou menos graves.

- Por outro lado, a uni-lateralidade (no caso, de ambas as partes em conflito) permite sempre o rompimento sem dar satisfações - mesmo internas - sobre "comos" e "porquês" de um rompimento ou falha no cumprimento.

Henrique
In ecodanoticia

Citação :

Fatah e Hamas em desacordo quanto à reabertura das fronteiras

Mona Salem I Arab News 27 Janeiro 2009

CAIRO: O Fatah, rival do Hamas, reclamou ontem a formação de um governo de unidade nacional aceitável à comunidade internacional antes da abertura das fronteiras com Gaza, uma posição aparentemente em conflito com a do Hamas.

“Queremos um governo de unidade nacional para gerir a reconstrução e as fronteiras para que as fronteiras possam ser abertas completamente, permitindo a entrada dos produtos necessários à reconstrução.” Declarou aos jornalistas o presidente do grupo parlamentar do Fatah, Azzam Al-Ahmed.

Ahmed tinha-se encontrado durante a manhã com Jamal Abu Hashim, um membro da delegação de Gaza, para discutir como resumir as conversações de reconciliação.

“A reunião foi construtiva para quebrar o gelo e avançar no sentido da reconciliação. Acordámos em continuarmos a reunir-nos,” adiantou Ahmed.

O Hamas e o Fatah estão extremamente divididos desde que o Hamas, que ganhou a maioria nas eleições legislativas em 2006, tomou Gaza pela força em 2007, derrotando e expulsando as forças leais ao Presidente Palestiniano, Mahmud Abbas.

As últimas conversações entre o Fatah e o Hamas realizaram-se no Iémen em Março de 2008, mas a tentativa de reconciliação em Sanaa não deu em nada. Idêntica tentativa no Egipto entrou em colapso em Novembro, quando o Hamas acusou o Fatah de prender os seus membros no West Bank.

Devemos garantir que qualquer que seja o governo no futuro não seja boicotado,” disse Ahmed, referindo-se à recusa do Ocidente em negociar com um governo que inclua ministros do Hamas, a menos que os islamistas renunciem à violência e reconheçam Israel. Ahmed deu ênfase ao facto de estar obrigado a tomar posição da comunidade internacional, que exige do Hamas a aderência a determinadas condições e que as forças leais ao Fatah regressem à Faixa de Gaza.

A posição do Fatah parece estar em oposição à do Hamas, que na sequência das conversações de domingo patrocinadas pelos egípcio disse que queria as fronteiras de Gaza abertas antes das conversações de reconciliação e que o Hamas teria de tomar parte na reconstrução de Gaza.

A delegação do Hamas no Cairo declarou que o movimento pensaria numa proposta israelita para uma trégua de 18 meses, renovável, mas que a questão de policiar a fronteira com o Egipto em Rafah era “complexa e espinhosa.”

“Estamos abertos à presença de observadores europeus, turcos, e das forças de segurança nacional de Gaza para abrir Rafah numa base temporária até *a formação de um governo de unidade nacional,” adiantou o líder do Hamas, Ayman Taha.
Ao abrigo do acordo de 2005, Rafah só pode abrir ao tráfego normal se estiverem presentes observadores europeus e forças leais à Autoridade Palestiniana que foi expulsa de Gaza em 2007.

O Hamas quer “completar a trégua, levantar o cerco e reabrir as fronteiras antes de iniciar a reconciliação Nacional Palestiniana,” precisou Taha. Estão no Cairo para participar nas conversações da trégua e reconciliação várias facções palestinianas, incluindo o Fatah, Frente Democrática Popular para a Libertação da Palestina e Jihad Islâmica.

Nota de rodapé: Tudo para impedir o progresso das conversações de paz, tudo para permitir rearmar-se...

- Bem podia ter junto esta citação no post anterior, mas nada se perde que seja à parte...

- A constatação é que é a mesma:

- O QUER QUE SEJA

que alguém faça em prol de uma paz
que obrigue o Hamas a ser

RACIONAL e CIVILIZADO

será boicotado pelo Hamas

- Tem razão Tribunus:

- O Hamas tem apenas um objectivo nestas tréguas:

REAGRUPAR E REARMAR!

Henrique
In ecodanoticia

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Mas Israel já lhe foi aos túneis em reconstrução e deu-lhe um retoque diabólico. Não que resolva, dado que essa gente está disposta a morrer, não exactamente pela terra como se pensa no Ocidente, mas por um lugar no paraíso. Se a luta fosse pela terra, já se teriam apercebido, em mais de 60 anos, que quanto mais morrem menos terra têm e o centro da racionalidade, bloqueado algures no cérebro, talvez despertasse. Há precedentes que confirmam essa possibilidade: os Tratados de Paz com Israel do Egipto e Jordânia e a Iniciativa de Paz Árabe de autoria da pela Arábia Saudita, os três países que entre 1948 e 1973 lideravam o movimento árabe pró-destruição de Israel.

Tribunus
In ecodanoticia

Leiam e tentem explicar-me como é possível que uma certa esquerda europeia esteja tão "fora de rota" quanto à situação real do conflito Hamas-Israel, nessa ordem, afirmam países da região, como o Egipto (82 milhões de habitantes), Arábia Saudita (28 milhões de habitantes e guardiã de Meca), Jordânia (6 milhões de habitantes, incluindo 3.3 milhões de palestinianos, entre os quais a rainha Rania, mais quase 2 milhões de palestinianos ainda com estatuto de refugiados). Que outro interesse poderiam ter os principais países árabe em acusar o Hamas e seus aliados como iniciadores do conflito? Em 2006 o Hezbollah actuou de igual modo, provocou Israel. O que é preciso não perder de vista é que o Hamas, O Hezbollah, o Irão e a Síria (e agora o Qatar) quando invocam os Territórios Ocupados neles estão a incluir o estado de Israel, como ocupado pelos Judeus. Daí ser preciso destruir Israel.


O presidente iraniano será candidato a segundo mandato

Egipto ataca o Irão e seus aliados árabes por causa de Gaza

CAIRO (AlArabiya.net, Reuters) - 29 de Janeiro de 2009

Em simultâneo com o anúncio do Presidente Mahmoud Ahmadineajd de que é candidato a um segundo mandato de 4 anos, o Egipto acusou a República Islâmica, juntamente com o Hamas e Hezbollah, de provocar o conflito no Médio Oriente.

Nesta quarta-feira, numa entrevista dada ao “satellite channel broadcast” o ministro de negócios estrangeiros egípcio atacou-os usando termos fortíssimos e disse que o Egipto tinha sabotado no início do mês as tentativas do Qatar para organizar uma cimeira árabe formal sobre Gaza que teria causado danos a “acção colectiva árabe”.

Rancor árabe

“Eles tentaram causar uma confrontação na região no interesse do Irão, que dispõe as suas cartas de modo a escapar à pressão do Ocidente por causa do programa nuclear,” disse o ministro, referindo-se ao Irão, ao movimento islâmico palestiniano Hamas e ao grupo xiita libanês Hezbollah.

“O Egipto manobrou de modo a fazer falhar a cimeira”, adicionou o ministro. “Essa cimeira, se se tivesse realizado como uma reunião árabe com o necessário quórum, teria arruinado a acção colectiva árabe. Nós conseguimos ver o que outros não enxergam”, rematou.

Estes comentários constituem o primeiro reconhecimento pelo Egipto de que o país procurou activamente fazer descarrilar a cimeira de Doha em 16 de Janeiro, que se transformou num braço de ferro visceral entre estados árabes rivais.

Também é um indicador de que a reunião de reconciliação no Kwuait entre o Egipto e a Arábia Saudita, por um lado, e o Qatar e a Síria, pelo outro, teve apenas efeito a curtíssimo prazo. O Qatar não teve sucesso em conseguir o apoio para realizar uma cimeira formal da Liga Árabe sobre Gaza, mas avançou de qualquer maneira com uma reunião informal de consulta de líderes árabes.

O braço de ferro reflectiu divisões profundas entre os governos árabes. Por seu lado, a Arábia Saudita e o Egipto, descontentes com do grupo islâmico Hamas em Gaza, favoreciam discutir Gaza numa reunião separada durante a cimeira económica no Kuwait uns dias depois.

O ministro egípcio criticou ainda o Hamas pelo que chamou de seu golpe contra as forças da Autoridade Palestiniana na Faixa de Gaza em 2007.

Segundo disseram alguns diplomatas o Egipto está ressentido do desafio lançado pelo Qatar ao seu papel tradicional na liderança árabe de mediação e não gosta de influência do canal de televisão por satélite Al-Jazeera, cuja base é Doha e é propriedade do governo de Qatar.

"Há algumas pessoas que imaginam que um canal por satélite poderia derrubar o estado egípcio, sem entenderem que o Egipto é bem mais forte que isso,” desabafou Aboul Gheit.

Tribunus
In ecodanoticia

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Pois é Tribunus!


Como explicar o inexplicável, quando não se quer ver o que está diante dos olhos ?!?!

Vá lá tentar convencer os esquerdelhos da responsabilidade total do Hamas e grupelhos que tais, pelos morticínios de um lado e doutro! Nem com a maioria árabe a condená-los a uma só voz!

O problema é o mesmo de sempre - corações condoídos pelo infortúnio dos escudos humanos palestinos, principalmente pelos de Gaza, que os malandros dos judeus, chacinam por prazer, só por o grupelho lá do sítio ter enviado uns "ramos de rosas" para Israel, segundo essas almas magnânimas!

Do mesmo modo que há os que ainda não sairam da Primavera de Praga, também há aqueles que acham, que a Inquisição e o Holocausto nunca deveriam ter acabado. É que, nesses tempos, os desgraçados não tinham capacidasde de reacção e agora não deixam que lhes ponham o pé no pescoço! Essa é que é essa!

O ancestral ódio aos judeus tem como expoente máximo, na nossa época, o Hamas, Hezbollah e quejandos, pelo que é neles que se revêem os nossos esquerdóides, que sempre os apoiarão incondicionalmente, façam eles o que fizerem.

Eu bem que tentei ispilikar, ó Tribunus...

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E islilikou benzíssimo, Maria! Com a queda do Muro os órfãos trocaram o anti-semistismo europeu - o tal que matou mais de 6 milhões de Judeus indefesos; até nisso batemos todos os recordes! - assumiu o eufemismo de anti-sionismo e abraçou, qual gato com o rabo de fora, os islamistas fundamentalistas que têm por objectivo a destruição do Estado de Israel. Curiosamente, o Estado de Israel que também é essencialmente obra dos europeus que se queriam ver livres do milhão e meio de sobreviventes Judeus que não tiveram tempo de exterminar por que foram obrigados a parar com a guerra... Como são as coisas!

Mas o mais curioso é que essa esquerdalhada néscia para mostrar compaixão pelo povo palestiniano - que só tem aos seus líderes para culpar - tenha de recorrer à demonização de Israel. Não enxerga que basta dizer "tenho compaixão" que nós entendemos, pois também nós a temos, sem que isso nos cegue quanto aos verdadeiros culpados.

Ver post que se segue e está relacionado.

Tribunus
In ecodanoticia

:wink:

Teria Mitchell sido escolhido pela sua etnicidade?

Abdul Rahman Al-Rashed

George Mitchell, o enviado especial do presidente Obama, tem uma especialidade, mormente a resolução do conflito árabo-israelita (ver nota 1). Mitchell não é novo nessa travessia e com o mesmo objectivo, portanto não precisará tanto de ouvir como de persuadir e precisará também de encontrar alguém na região árabe disposto a ouvi-lo. Conheci Mitchell vai para 10 anos e tenho-me encontrado com ele várias vezes desde então. Apesar de ser um homem reservado, tem-se distinguido na gestão de disputas, ao que não é estranho o seu papel desempenhado como líder da maioria democrata no Senado, cheio de controvérsia e diferenças políticas.

Teria Obama escolhido Mitchell dada a sua origem árabo-libanesa, numa aposta para circunscrever a complexidade psicológica da maioria dos árabes propensos a suspeitar sempre das intenções americanas? Isto pode ser parcialmente verdade. Mas o seu papel é bem mais importante que isto, uma vez que as primeiras impressões não duram muito e são boas apenas enquanto factor introdutório ao colectivo árabe. Obama escolheu-o por que Mitchell é conhecedor de todos os detalhes históricos do conflito, está ciente da sua psicologia, e também tem um conhecimento abrangente da maneira como os árabes fazem os seus cálculos (ver nota 1). O que ele precisa é de apresentar uma proposta de solução para o conflito árabo-israelita (ver nota 1) que ganhe a aprovação das principais partes no conflito. Quais são as soluções possíveis?

Primeiro o modelo do projecto da Iniciativa de Paz Árabe que tem a vantagem de ter sido subscrito por 50 países árabes e não-árabes que se comprometeram a implementá-lo se for a solução escolhida: a devolução dos territórios ocupados em 1967 e o estabelecimento do Estado Palestiniano em troca da paz e o reconhecimento de Israel (ver nota 2).

Em segundo lugar está uma solução individual: uma paz sírio-israelita (ver nota 1, quanto à ordem) com base no projecto Rabin com a promessa da retirada dos Golan e uma paz palestiniano-israelita (ver nota 1, quanto à ordem) construída sobre projecto Barak-Arafat. As duas soluções acabam conflito, devolvem a terra e estabelecem o Estado Palestiniano. Mas são menos ambiciosas e não comprometem os países árabe fora do círculo de reconhecimento e do acordo colectivo com Israel.

Em terceiro lugar está a sugestão israelita de devolver a soberania do West Bank à Jordânia e de Gaza ao Egipto (ver nota 3) e concluir um acordo de paz separado com a Síria, portanto sem a necessidade do estabelecimento de um Estado Palestiniano (ver nota 4).

Cada um destes projectos encerra detalhes em disputa como os casos dos refugiados, Jerusalém, água, soberania, segurança, concessões militares, o papel externo da ONU e garantias internacionais. Consequentemente, qualquer trabalho encomendado ao enviado especial de Obama, no caso concreto Mitchell, necessita de grandes doses de aspirina e uma grande carga de paciência. Mitchell enfrentará condições precárias, como os conflitos colaterais que de facto têm maior impacto e são mais destrutivos no domínio das aspirações por uma solução. Há estados que querem ser parte do movimento no sentido de uma solução e há estados que se querem impor como parte na solução. Há estados que não têm nenhuma relação directa com o conflito, tal como o Irão que imporá a sua agenda ou sabotará o projecto. Estas são as dolorosas realidades na região que não mudaram muito, mesmo que os regimes e os slogans tenham mudado. Nos anos de 1970, Saddam Hussein liderou uma campanha para isolar o Egipto e fundou o eixo anti-Cairo em resposta a Camp David (ver nota 5). O motivo não teve nenhuma ligação directa com a questão da Palestina, mas como jogadas dos “eixos” de influência à época. Saddam acabou por cair e os iranianos herdaram-lhe o mesmo papel e estão a utilizar quase exactamente os mesmos pretextos.

A missão de Mitchell não será fácil, embora o problema se tenha aproximado mais de uma solução com o consentimento e convicção das partes interessadas, especialmente da Síria e dos palestinianos (ver nota 6).

* Publicado por ASHARQ ALAWSAT em 28 de Janeiro. Abdul Rahman Al-Rashed é o director-geral da cadeia de televisão Al Arabiya, a quem Obama acaba de conceder uma entrevista histórica.

Notas:
(1) De notar a ordem dada ao conflito pelos árabes, isto é, conflito árabo-israelita por ter sido começado pelos árabes em 15 de Maio de 1948; diferente, por razões incompreensíveis, da ordem dada pela maioria dos jornalistas europeus, isto é, conflito israelo-árabe, para que dessa ordem o público leitor infira que o conflito foi iniciado pelos israelitas;
(2) De notar que o jornalista Abdul Rahman Al-Rashed não se omite quanto ao cerne do conflito, como o faz a maioria dos jornalistas ocidentais: o não reconhecimento de Israel pelo lado árabe, excepção feita ao Egipto e Jordânia que com ele estabeleceram Tratados de Paz, o que significa que o objectivo original que resultou nas guerras de 1948, 1953, 1967 e 1973, isto é, a destruição do Estado de Israel continua presente. Uma vez que os estados de beligerância terminaram por via de acordos de tréguas ou de cessar-fogo promovidos pelas Nações Unidas, os estados árabes que não negociaram Tratados de Paz com Israel continuam formalmente em estado de guerra com o país.
(3) Durante a guerra de 1948/49 a Jordânia ocupou o West Bank e o Egipto ocupou Gaza.
(4) De notar que o Egipto e a Jordânia reconheceram e assinaram Tratados de Paz com Israel, pelo que a devolução dos territórios a ambos acabava formalmente com o conflito.
(5) Referência aos Acordo de Camp David que resultaram na assinatura do Tratado de Paz entre o Egipto e Israel e na suspensão do Egipto pela Liga Árabe, e também o toque para o início das negociações que levaram ao Tratado de Paz entre a Jordânia e Israel.
(6) A Síria está decidida e anunciou entrar em negociações directas com Israel. Ver http://www.cnn.com/2008/WORLD/meast/09/04/syria.israel.talks/index.html#cnnSTCVideo e http://www.haaretz.com/hasen/spages/998029.html

Tribunus
In ecodanoticia

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quinta-feira, 29 de Janeiro de 2009

George Mitchell pede a «consolidação do cessar-fogo» em Gaza
O emissário norte-americano George Mitchell fez hoje um apelo em Ramallah, na Cisjordânia, para consolidar um «cessar-fogo duradouro» em Gaza e reiterou o compromisso de Washington em trabalhar pela paz no Médio Oriente.

«É importante consolidar um cessar-fogo viável e duradouro e incentivamos os esforços feitos neste sentido», declarou à imprensa, ao sair de uma reunião com o presidente palestiniano, Mahmud Abbas.

Acrescentou também que o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, está a trabalhar para uma «paz duradoura» na região e que se atém a um regulamento básico sobre dois Estados, Israel e a Palestina, «coabitando em paz e segurança».

O cessar-fogo que pôs fim a uma ofensiva israelita de 22 dias na Faixa de Gaza (mais de 1.330 mortos) está cada vez mais ameaçado desde a morte de um soldado israelita terça-feira num ataque com bomba na fronteira do território palestiniano controlado pelos islamitas dos Hamas.

Mitchell, que realiza a sua primeira visita à região, pediu a adopção de um mecanismo para abrir permanentemente os pontos de passagem da Faixa de Gaza para mercadorias, com a participação da Autoridade Palestiniana, expulsa do território pelo Hamas em Junho de 2007.

«Para impedir o contrabando de armas para Gaza, precisamos adoptar um mecanismo que permite o encaminhamento de mercadorias a Gaza e isto deve ser feito com a participação da Autoridade Palestiniana», disse.

Nota de rodapé: Enquanto não houver um mecanismo para impedir o contrabando de armas para Gaza, as fronteiras não podem ser abertas em permanência.

Tribunus
In ecodanoticia

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Acabei de ver, no noticiário da SIC, o PM turco, Erdogan, a abandonar a reunião de <davos, após uma contundente resposta de Shimon Pedres, a uma não menos contundente afirmação do turco, sobre os acontecimentos de Gaza.

Não gostou de ouvir a verdade, que nós estamos fartos de comentar aqui..

E também não olha para o que lhe vai por casa.

Citação :

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Acabei de ver, no noticiário da SIC, o PM turco, Erdogan, a abandonar a reunião de <davos, após uma contundente resposta de Shimon Pedres, a uma não menos contundente afirmação do turco, sobre os acontecimentos de Gaza.

Não gostou de ouvir a verdade, que nós estamos fartos de comentar aqui..

E também não olha para o que lhe vai por casa.

Erdogan tem tendências islamista. Quem o segura é o exército. Não se sabe é até quando...

Erdoğans graduating from a religious high school İmam Hatip school. (In Turkey, an Imam Hatip school (Turkish: İmam Hatip Lisesi, 'hatip' coming from Arabic khatib, meaning the one who delivers the "khutba" (friday sermon) is a secondary education institution. As the name suggests, they were originally founded in lieu of a vocational school to train government employed imams; after madrasas in Turkey were abolished by the Unification of Education Act (Turkish: Tevhid-i Tedrisat Kanunu) as a part of Atatürk's reforms.

However unlike other vocational schools their curricula contained just as much arts and science classes as normal high schools. They were single-sex schools until this was made illegal in the late 1990s. In time they had grown popular among the conservative families who wanted their children to be educated alongside children of other families with a religious inclination. Current prime minister Recep Tayyip Erdoğan graduated from one of these schools.)


Erdoğan's Islamist sympathies earned him a conviction in 1998. As Mayor of Istanbul, Erdoğan was the most prominent of 200 mayors and other local officials in Turkey; because he was a national figure and hero to millions of Islamic-oriented voters, his case drew considerable attention.

He also delivered a controversial speech on secularism:

[size=200] "It is not possible to be a secular and a Muslim at the same time. They are continuously saying, "Secularism is in danger." It will be, if this nation demands it. You can not prevent it. The Islamic nation is waiting for the rise of the Muslim Turkish nation. We will. This rebellion will start. „
—Recep Tayyip Erdoğan, Opening ceremony of the RP İstanbul Ümraniye District Organization.

O homem é perigoso e foi eleito com o voto fundamentalista turco. Nós, europeu, não percebemos estas nuances...

Tribunus

In ecodanoticia

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Um primeiro-ministro não se comporta assim!

http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/davos/7859487.stm
Turkey PM storms off in Gaza row


Mas este sabia exactamente o que estava a construir. Estava a falar para a rua turca...

http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/davos/7859815.stm
Turkey's PM has received a hero's welcome on his return to Istanbul after he stormed out of a debate about Gaza at the World Economic Forum in Davos.

Tribunus
In ecodanoticia

:?

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Como no 5 Dias se batem palmas ao Erdogan pela sua alta "ética", este texto foi para lá mandado a ver se publicam.

Citação :

"....What is left over when a person is hit by a tank shell. Blood, tissue, bone splinters, splatters on the wall.

And anger.

Mohammed Sadala's rage is aimed at the man, whose remains he found in his bedroom: a Hamas fighter. ....."

Apenas um extracto do relato de um palestiniano publicado no:

http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,603203,00.html

Erdogan apenas fez esse "espectáculo" para a "rua" turca e parece que tem, evidentemente, alguns seguidores em Portugal.

Até onde vai esse despudorado anti-semitismo fascista??

Mais umas opiniões de quem vive em Gaza (não na Turquia nem em Lisboa):

"Who has won here?" he asks and points to the debris that was once his home.

One of his neighbors weighs in: "Many people are now against Hamas but that won't change anything," he says. "Because anyone who stands up to them is killed." Since they took power Hamas has used brutal force against any dissenters in the Gaza Strip. There were news agency reports that during the war they allegedly executed suspected collaborators with Israel. The reign of terror will go on for some time, says the neighbor who doesn't want to give his name. "There will never be a rebellion against Hamas. It would be suicide." "

Eu acredito nestes relatos de quem lá vive. Não é o caso no 5 dias....

Porquê????

Esse tal CV destila ódio aos judeus e a Israel tal com já se viu neste forum em tempos não muito afastados. A linguagem é muito semelhante, como se certas palavras tenham sido estrategicamente escolhidas, e tipica de nazis (islamo-fascistas).

Que motivará esta gente?? Qual o objectivo que pretendem atingir?? Se são pagos para passrem os dias na internet a redigir textos anti-semitas, quem lhes paga??

Globalman
In ecodanoticia

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Sem comentários:

Mais uma contribuição video para se aclarar (espero) o assunto.







Obviamente Erdogan escolheu não ouvir Peres e jogar para a sua própria plateia. Faz o seu jogo, mas o que é lamentável (do meu ponto de vista) é que haja gente, supostamente da cultura judaico-cristã, que apenas mostre a ultima parte dos videos para salientarem o seu apoio ao islamo-fascismo dizendo que Erdogan mostrou "coragem" e "ética".....

A Europa está em perigo mas, desta vez, esse perigo vem de dentro. A batalha ás portas de Viena está em vias de recomeçar.

Tribunus
In ecodanotícia

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Citação :

Obviamente Erdogan escolheu não ouvir Peres e jogar para a sua própria plateia. Faz o seu jogo, mas o que é lamentável (do meu ponto de vista) é que haja gente, supostamente da cultura judaico-cristã, que apenas mostre a ultima parte dos videos para salientarem o seu apoio ao islamo-fascismo dizendo que Erdogan mostrou "coragem" e "ética".....

A Europa está em perigo mas, desta vez, esse perigo vem de dentro. A batalha ás portas de Viena está em vias de recomeçar.

Eu acho que, para lá da má educação manifestada, o PM turco ia convencido de que o choradinho das vítimas inocentes se repercutiria na sala. Ora aconteceu precisamente o contrário. O discurso realista e vibrante de Shimon Peres convenceu o auditório, foi aplaudido, ele não gostou e chamou-lhe velho, como argumento.

É óbvio que Erdogan enfiou um enorme barrete, porque se viu retratado na fotografia que Peres fez do Hamas, em relação ao conflito com os curdos e o que ele ia dizer ao fórum, deixou de fazer sentido, pois não iria convencer, nem o mais ignorante. Assim, nada melhor que bater em retirada, com uma desculpa atabalhoada - não o deixarem falar.

Valeu, Mr. Shimon Peres!

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Ouvindo com cuidado, foram os aplausos a Peres que deram a Erdogan o pretexto. Digo o pretexto mas suspeito que já a levava engatilhada e ensaiada para as ruas turca islamista e dos Mundo Árabe e Islâmico. Este foi o homem que uma vez disse "não se pode ser secular e muçulmano ao mesmo tempo. Dizem que o laicismo está em perigo. E estará se a nação o pedir. Ninguém o pode evitar. A nação islâmica epera que a nação turca muçulmana se levante"; e também foi o homem que foi condenado a pena de prisão por recitar em público um poema do poeta nacional Ziya Gökalp: "As mesquitas são os nossos quartéis, as abóbadas as nossas armaduras, os minaretes as nossas baionetas e os crentes os nossos soldados". Talvez tivesse incitado ao levantamento da nação turca muçulmana em Davos...

Mas que Peres esteve no seu melhor, esteve! Direitinho ao assunto e onde dói! Aquela passagem dos Estatutos do Hamas "O Dia do Juizo não chegará até que os muçulmanos matem os Judeus...", que aqui tenho postado, foi o rubro!

Tribunus
In ecodanoticia

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Ninguém me tira da cabeça, que Erdogan ia preparado para o discurso da defesa do Hamas e nunca pensou que Simon Peres lhe cortasse as vazas daquela maneira e muito menos, que fosse aplaudido como o foi.

Não gostou do espelho que Peres lhe colocou na frente, ficou fulo e perdeu as estribeiras.

Agora, só temos de ficar à espera da reacção de que não foi capaz frontalmente e a que só um idiota dará crédito, independentemente do que possa vir a dizer.

Espero que esteja pouco tempo, à frente dos destinos da Turquia.

- 01 de fevereiro, 2009

Israel ataca Gaza após promessa de ação 'desproporcional'

Aviões israelenses voltaram neste domingo a bombardear a Faixa de Gaza, horas depois de o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ter prometido uma resposta “desproporcional” a um ataque anterior de foguetes disparados do território palestino contra o sul israelense.

De acordo com testemunhas palestinas, os aviões bombardearam uma delegacia na cidade de Gaza, mas aparentemente o local estava vazio. Israel já havia feito a advertência aos moradores locais de que iria atacar na área.

Palestinos também disseram ter ouvido explosões no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, onde há uma conhecida rede de túneis usados para contrabandear bens para o território palestino.

Não há relatos de vítimas nos ataques.

“Desproporcional”

“Já dissemos que se houver novos disparos de foguetes contra o sul do país, haverá uma resposta israelense desproporcional ao fogo contra os cidadãos de Israel e suas força de segurança”, afirmou Olmert mais cedo, durante a reunião dominical de gabinete.

Nos últimos dias, houve ataques esporádicos com foguetes disparados da Faixa de Gaza contra Israel, apesar da trégua declarada pelo grupo Hamas, que controla a região.

Neste domingo, ao menos dois foguetes atingiram o sul de Israel.

Há duas semanas, Israel e o Hamas declararam cessar-fogo após três semanas de uma ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza com o objetivo de interromper os ataques palestinos com foguetes.

A ofensiva militar provocou a morte de cerca de 1.300 palestinos, muitos deles civis, além de dez soldados israelenses. Outros três civis israelenses foram mortos em conseqüência dos ataques com foguetes palestinos.

Creches

No sábado, um foguete disparado a partir de Gaza já havia atingido a cidade de Ashkelon, também sem deixar vítimas. Pelo menos outros dois foguetes já haviam sido disparados nos dias anteriores.

Na última terça-feira, um soldado de Israel foi morto em um ataque a bomba na fronteira com Gaza. Israel respondeu com ataques aéreos e uma breve incursão terrestre ao território com tanques e soldados.

“Não vamos concordar em voltar às regras antigas do jogo e vamos agir de acordo com as novas regras que garantirão que não sejamos levados a uma guerra de olho-por-olho que não permitirá uma vida normal no sul do país”, disse Olmert.

“A situação nos últimos dias cresceu de uma maneira que não permite a Israel não retaliar para deixar claro que nossa posição seja entendida por aqueles envolvidos nos disparos”, afirmou o premiê.

Segundo ele, a resposta “virá no momento, no local e na maneira que Israel escolher”.

Eleições

Israel afirma que seu objetivo é impedir os ataques com foguetes contra seu território e evitar que o Hamas consiga se rearmar.

Segundo analistas, os políticos responsáveis pelas decisões de atacar Gaza estão de olho nas eleições gerais marcadas para o dia 10 deste mês.

A ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, líder do partido Kadima (centro), o mesmo de Olmert, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, líder do partido Trabalhista (centro-esquerda), são candidatos ao cargo de primeiro-ministro.

Apesar de um aumento na popularidade de ambos os ministros após a ofensiva contra Gaza, a maioria das pesquisas indica uma vantagem para o ex-premiê Binyamin Netanyahu, líder do partido Likud (direita).

O Hamas pede, como uma das condições para a continuidade da trégua, a reabertura das fronteiras da Faixa de Gaza após 18 meses de um bloqueio que deixaram a economia local em situação crítica.

Israel alega que as fronteiras foram fechadas para impedir que o Hamas receba armamentos de fora e pressiona o Egito a controlar melhor sua fronteira com Gaza, onde há inúmeros túneis supostamente utilizados para o contrabando de armas.

O Egito vem liderando os esforços para um cessar-fogo permanente na região com diálogos separados com autoridades de Israel e do Hamas.

Tribunus
In ecodanoticia

- 01 de fevereiro, 2009

Presidente palestino descarta diálogo com Hamas

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, descartou neste domingo a possibilidade de reconciliação com o Hamas – facção palestina que controla a Faixa de Gaza – a não ser que o Hamas passe a considerar a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a única representante do seu povo.

“Verdadeiramente e honestamente, nenhum diálogo (irá ocorrer) com aqueles que rejeitam a OLP, e eles tem que reconhecer que a OLP é o único legítimo governo do povo palestino. Aí teremos diálogo”, disse Abbas na capital do Egito, Cairo, após se encontrar com palestinos feridos na recente ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

“Eles (o Hamas) assumiram riscos com o sangue do palestinos, com seus destinos, seus sonhos e aspirações de um Estado palestino independente.”

A OLP é um órgão reconhecido internacionalmente como o legítimo representante do povo palestino e é dominada pelo Fatah, a facção política à qual pertence Mahmoud Abbas.

Na semana passada, um dos líderes do Hamas, Khaled Meshaal, disse que a OLP está obsoleta e pediu que ela deixasse de existir, sendo substituída por uma outra autoridade nacional.

O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007. Abbas mantém o controle sobre a Cisjordânia.

Nesta segunda-feira, Abbas tem um encontro com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, onde devem discutir a situação em Gaza.

O Egito vem mediando um acordo entre Israel e Hamas desde que os dois lados anunciaram uma trégua em 18 de janeiro, depois da ofensiva em mais de mil palestinos morreram na Faixa de Gaza.

Tribunus
In ecodanoticia

Esta começa a ser abertamente a posição do árabe racional, isto é, condenar o Hamas pela aventura que matou ou feriu tanto gaziano inocente, sem deixar de considerar a brutalidade da força aplicada por Israel. Começo a suspeitar que há mais gente racional do lado do jornalismo árabe, que do lado do jornalismo ocidental, particularmente do jornalismo português e dos comentadores da esquerda néscia portuguesa... Dum lado os árabes a tentarem meter algum senso na cabeça do Hamas, do outros certos centros europeus a apoiarem as burrices sangrentas do Hamas. Isto quando se começa a vislumbrar pela primeira vez em mais de 60 anos de guerra inútil por parte dos palestinianos, uma pressão conjunta árabe e ocidental sobre os dois povos que poderia traduzir-se finalmente num acordo de paz permanente que desse aos palestinianos a pátria que rejeitaram estupidamente em 1947, como provou a história do conflito com os palestinianos sempre a perder, não tendo ganho um milímetro de território!

- KUWAIT, 2 de Janeiro de 2009

Celebrando vitória ou suicídio?

O comité político do Hamas em Damascos, capital da Síria, convocou os seus apoiantes para celebrar a sua alegada vitória na guerra de Gaza. O primeiro grupo a responder a tão estranho convite foi o Movimento Constitucional Islâmico MCI) – a filial local da Irmandade Muçulmana Internacional no Kuwait. O MCI conduz as suas operações sob o disfarce da religião, como outros apoiantes da irmandade.

Os membros deste grupo obedecem cegamente às instruções dos seus líderes, baseados no Egipto. O que o Hamas fez recentemente em Gaza foi implementar uma agenda estrangeira, incluindo as agendas da Síria e Irão. O líder do Hamas Ismail Haniya disse que cerca de 6.000 pessoas tinham sido mortas ou feridas, enquanto 20.000 casa tinham sido destruídas, mais a destruição de infra-estruturas na sequência do ataque israelita a Gaza. Isto é uma tragédia horrenda que não devia ser celebrada como uma vitória.

Os gazianos precisam de Israel para fornecer-lhes energia, electricidade, dinheiro e produtos básicos. O Hamas iniciou o conflito disparando rockets contra Israel, uma acção que é equivalente a convidar ao bloqueio de ajudas a Gaza, particularmente o abastecimento de produtos farmacêuticos e médicos para os pacientes palestinianos. O Hamas incitou os israelitas a retaliar brutalmente. A obstinação do Hamas fez recuar muitas áreas de Gaza à idade da pedra – do mesmo modo que Saddam Hussein actuou no Iraque quando fez ouvidos de mercador aos conselhos de gente sábia. Os líderes do Hamas escondem-se em hotéis de 5 estrelas e em bunkers, donde empurram o seu povo contra a brutalidade de Israel.

Os israelitas, que querem o Hamas e os gazianos ocupados na reconstrução de Gaza durante os próximos 5 anos, “agarraram” a oportunidade dada pelos “brilhantes” líderes do Hamas. Como é possível que o grupo celebre esta ilusória vitória? Francamente, este não foi um triunfo, foi suicídio!

Ali Ahmed Al-Baghli
Ex-ministro do petróleo
Email: albaghlilaw2@hotmail.com

Tribunus
In ecodanoticia

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Uma "vitória" igual à do Hezbollah em 2006, que parece ter aprendido a lição.

Mas o Hamas, melhor dizendo, os seus líderes, parecem dever pouco à inteligência, para perceberem que, a estratégia do choradinho, já deu o que tinha a dar e deu, enquanto a maioria do mundo árabe foi fechando os olhos a todos os desmandos e atrocidades do grupelho, nomeadamente às provocações a Israel, que toda a gente sabe como reage, para se defender.

Pode ser que o Ocidente, principalmente a esquerdelhagem néscia, comece a aparafusar que, a violência que defende, sob a capa de desejo de paz, não a vai levar a lado algum, já que, felizmentre, os que se lhe opõem são em muito maior número.

Já fomos menos a defender o que realmente servirá melhor os interesses dos palestinianos - uma pátria independente, lado a lado com Israel, irmanados no desejo de paz, entreajuda na reconstrução e fomento da prosperidade, tanto tempo negada, por interesses mesquinhos e vis.

E isso é o que mais interessa conseguir!

SE ALGUÉM TINHA DADO ALGUMA COISA POR AQUELE CESSAR-FOGO...

- Mas, por fim, há um jornal no Ocidente que começa o relato pelo ponto de partida da agressão:

- O Hamas!

- O mesmo Hamas que, após a retaliação, vem a correr propor uma nova trégua...

- Será que são tão estúpidos que não percebam que a palavra dos seus dirigentes já nada de nada vale?

Citação :

Lundi 2 février 2009

Monde

Gaza : Israël poursuit ses raids, le Hamas propose une trêve

Publié le 02/02/2009 à 11:52 - Modifié le 02/02/2009 à 19:54 Le Point.fr
http://www.lepoint.fr/actualites-monde/gaza-israel-poursuit-ses-raids-le-hamas-propose-une-treve-d-un-an/924/0/312824&xtor=EPR-6-%5BNewsletter-Quotidienne%5D-20090202

lepoint.fr (avec agence)

Des écoliers palestiniens au nord de la bande de Gaza le 31 janvier, devant un graffiti représentant un militant palestinien lançant une roquette. © ALI ALI / EP


L'armée israélienne a achevé il y a dix jours son retrait de la bande de Gaza après une vaste offensive terrestre lancée le 27 décembre pour contraindre le Hamas à mettre fin aux tirs de roquettes. Mais les tirs palestiniens, qui ont repris de façon sporadique, et les représailles[*] de l'État hébreu mettent à mal le cessez-le-feu. Retrouvez les événements marquants du lundi 2 février.

Kouchner et Mitchell pour un maintien de la trêve à Gaza. Bernard Kouchner et l'émissaire américain George Mitchell sont convenus lundi, lors d'une première rencontre à Paris, de la priorité à donner à un maintien de la trêve à Gaza. Lors d'un déjeuner, l'émissaire de Barack Obama "a exposé ses contacts" lors d'une tournée au Proche-Orient, qui l'a conduit en Israël, en Cisjordanie, Égypte, Jordanie et en Arabie saoudite la semaine dernière, et "s'est présenté comme étant à l'écoute des dirigeants rencontrés", selon le ministère des Affaires étrangères français. Après son escale à Paris, George Mitchell est attendu à Londres avant de regagner les États-Unis pour rendre compte de sa mission à la nouvelle secrétaire d'État, Hillary Clinton.

Le Hamas propose une nouvelle trêve.** "Nous sommes d'accord en principe pour une trêve d'un an. Les médiateurs égyptiens proposent un an et demi et nous n'avons pas totalement fermé la porte à cette idée. Qu'il s'agisse d'un an ou d'un an et demi, cela doit être conditionné à l'ouverture de tous les points de passage, y compris Rafah et la levée du blocus", déclare Fawzi Barhoum, un porte-parole du Hamas. Israël et le Hamas négocient par l'intermédiaire de l'Égypte une trêve de longue durée consolidant le cessez-le-feu ayant mis fin, le 18 janvier, à l'offensive israélienne.

Un mort à Gaza après un raid. Un Palestinien a perdu la vie et quatre autres ont été blessés lundi dans un raid aérien israélien mené dans la ville de Rafah. Cette attaque visait une voiture transportant des membres des Comités de la résistance populaire, un groupe armé palestinien, d'après des sources médicales et des témoins.

Un Palestinien périt en Cisjordanie. Un Palestinien a été tué par des soldats israéliens, dans le sud de la Cisjordanie. L'homme armé a tiré en direction d'une patrouille israélienne alors qu'il se trouvait dans une voiture arrêtée à proximité d'un barrage militaire, près de Beit Yatir, au sud d'Hébron.

La menace d'Olmert. "Nous avons dit qu'en cas de tirs de roquettes vers le sud du pays, il y aurait une réplique israélienne sévère et disproportionnée", déclare dimanche Ehoud Olmert, au début du conseil des ministres. "J'ai donné l'instruction à l'armée, via le ministre de la Défense, de préparer une réplique israélienne adaptée aux circonstances, et cette riposte interviendra au moment, à l'endroit et de la manière que nous aurons choisis. (...) Nous n'adresserons pas d'avertissement préalable aux terroristes", annonce également le Premier ministre, refusant de se laisser entraîner "dans des accrochages sans fin" à leur frontière sud. Ces propos font suite au tir par des combattants palestiniens depuis la bande de Gaza d'un obus de mortier, qui a fait deux blessés légers dans le sud d'Israël, le même jour. Dans la matinée, quatre roquettes s'étaient écrasées sans faire de victime.

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* - Era esperar demais, querer que não houvesse represálias, claro!
** - E quem vai acreditar nisso?

Acabo de receber!


Dear all,

Please watch this important video and pass it to all the people you know, This is especially relevant now.

Thanks,

A MUST WATCH VIDEO !!!

http://multimedia.heritage.org/content/wm/Lehrman-092706a.wvx

Tribunus
In ecodanoticia

Sem comentários

http://www.alarabiya.net/files/features/1011/main.html

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