Irão

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Teerão "troca" enriquecimento de urânio por combustível

por Lusa
Hoje

O Irão está pronto para abandonar o enriquecimento de urânio a 20 por cento, se receber das grandes potências a "garantia" de que lhe será fornecido o combustível nuclear que precisa, afirmou o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

"A República islâmica do Irão sempre disse que se os países europeus venderem ao Irão o combustível a 20 por cento, o Irão não fará o enriquecimento a esse nível. Hoje mesmo, se nos derem a garantia que nos fornecerão combustível a 20 por cento para os reatores, não haverá problema" em parar, declarou o líder, segundo a transcrição de uma entrevista publicada no portal eletrónico da presidência.

O enriquecimento de urânio a 20 por cento deixa receios por ser uma atividade que aproxima o país do nível de enriquecimento necessário à fabricação da bomba atómica (90 por cento).

In DN

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250 mortos e mais de 2000 feridos vítimas dos sismos

por Lusa, publicado por Elisabete Silva
Hoje


Pelo menos 250 pessoas morreram e mais de 2000 ficaram feridas na sequência dos dois terramotos que abalaram o nordeste do Irão no sábado, indica um novo balanço das vítimas divulgado pelas autoridades à televisão iraniana PressTV.

As informações foram divulgadas pelo diretor da Gestão de Emergências da província do Azerbaijão oriental, Jalil Sai. As autoridades aceleraram os trabalhos de resgate na província onde foram registadas mais de meia centenas de réplicas, a mais forte de intensidade 4,8 na escala de Richter, após os fortes terramotos de magnitude 6,2 e 6 registados durante a tarde de sábado em vários distritos.

Foi instalado um hospital de campanha em Varzagan, uma das localidades mais afetadas pelos sismos, disse Jalil Sai à agência oficial iraniana, IRNA. Três helicópteros mantêm o transporte de feridos e equipas entre Tabriz, a capital da província, e as zonas afetadas, explicou a mesma fonte.

As zonas afetadas são os distritos de Ahar, Varzagam, Haris e Mehraban, indicou Sai, ao explicar que "60 aldeias sofreram danos entre 50 e 70 por cento e que há outras seis aldeias totalmente arrasadas".

O Irão está localizado sobre várias falhas sísmicas, sendo frequente o registo de fortes tremores de terra. O sismo mais mortífero dos últimos anos no Irão ocorreu em dezembro de 2003, com o registo de 31 mil mortos.

In DN

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Irão criticado por veto a mulheres nas universidades´

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje

Os Estados Unidos criticaram hoje a decisão de 36 universidades iranianas que vetaram a entrada de mulheres em cursos como engenharia, educação e direito, noticia a agência Efe.

O Departamento de Estado pediu às autoridades iranianas que "protejam os direitos das mulheres" e "garantam a não-discriminação em todas as áreas da vida, incluindo o acesso à educação", indicou a sua porta-voz, Victoria Nuland.

O Governo dos EUA considerou a decisão das universidades é "um retrocesso" para os direitos das mulheres no Irão, que lamentou estarem em minoria nas universidades iranianas, o que vai "restringir ainda mais a capacidade das mulheres iranianas encontrarem emprego".

Os diretores das universidades justificaram a sua decisão com o argumento de algumas matérias terem "uma natureza masculina" e serem desadequadas para as mulheres, referiu Noland, que acrescentou que o ministro da Ciência, Kamran Daneshjoo, disse que a segregação é um esforço do regime iraniano para "proteger a moralidade".

In DN

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Irão aproveita cimeira para falar de petróleo

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje

O Irão aproveita a presença na Cimeira dos Não-Alinhados, em Teerão, de representantes de 120 países em desenvolvimento para falar com compradores do seu petróleo, disse hoje o ministro do Petróleo, Rostam Qasemi.

Após a entrada em vigor do embargo petrolífero e financeiro da União Europeia (UE) ao Irão, a 01 de julho, e a aprovação de novas sanções dos Estados Unidos, as vendas de petróleo iraniano reduziram-se consideravelmente.

Qasemi, que participou hoje na reunião ministerial preparatória da cimeira, que começa na quinta-feira, disse aos jornalistas que o Movimento dos Países Não-Alinhados representa cerca de 50 por cento do mercado mundial de petróleo.

"Estamos a falar com clientes do Irão, como a Índia e alguns países africanos", declarou, adiantando que os resultados "ver-se-ão no final da cimeira".

O Irão é alvo de sanções internacionais da ONU e também da UE, Estados Unidos e outros países devido ao seu programa nuclear, que o Ocidente suspeita ter uma vertente militar, embora Teerão o desminta

In DN

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Mehr é a alternativa iraniana ao YouTube

por Aldara Rodrigues
Hoje


O Irão lançou um novo site para os cidadãos poderem partilhar vídeos de pequena duração, de nome Mehr, palavra que quer dizer "afeto", na língua farsi.

O canal é controlado pela televisão estatal 'IRIB' (Islamic Republic of Iran Broadcasting) e, apesar de o país já ter um canal de vídeos bastante popular, chamado 'Aparat', este novo canal visa substituir o popular YouTube, que est"+a proibido no país desde 2009, noticia o site da BBC.

Para o uso deste sistema são usadas as chamadas VPNs, 'Virtual Private Networks', que, apesar de proibidas no país, são de uso comum, permitindo aos utilizadores aceder à Internet sem restrições, acrescenta a BBC.

De acordo com a televisão norte-americana CBS, este site de partilha de vídeos é uma das últimas tentativas para criar alternativas à proibição governamental do uso livre de "grandes potências da Internet", como o YouTube. Também o Facebook, o Twitter e o Gmail têm sofrido tentativas de boicote nos últimos tempos. A televisão estatal iraniana, citada pela CBS, afirma que este novo site visa ainda promover a cultura e os artistas islâmicos.

Trata-se de uma tentativa de criar um universo próprio na Internet, livre de conteúdos ocidentais, que divulgue as tradições locais, acrescenta a CBS.

Ainda assim, a fraca velocidade dos downloads tem afetado o serviço e, segunda-feira à tarde, a página não estava funcionar, apesar das várias tentativas dos utilizadores. Hoje já é possível aceder aos vídeos, no seguinte link: www.mehr.ir

Em abril foi anunciada a criação de uma versão iraniana do Facebook assim como de um servidor de e-mail, a ser chamado Iran Mail. Os utilizadores, para aceder a estes conteúdos, teriam de registar na polícia, a sua morada de casa, assim como o número de segurança social, diz o site do jornal britânico 'The Telegraph'.

O YouTube ainda não fez qualquer tipo de comentário ao novo site Mehr, diz o mesmo jornal.

In DN

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"A única solução para o Irão é diálogo e não as sanções"

por Lusa, publicado por Ana Meireles
Hoje


A única solução para o Irão é o diálogo e não as sanções, disse o novo Presidente do país, Hassan Rohani, no primeiro discurso perante o Parlamento após ter sido empossado.

"Não podemos fazer ceder o povo iraniano (nos seus direitos nucleares) pelas sanções e ameaças de guerra. A única maneira de interagir com o Irão é o diálogo em pé de igualdade, o respeito mútuo para fazer baixar as hostilidades", disse Rohani, no Parlamento do país.

O novo Presidente iraniano, o moderado Hassan Rohani, dirigia esta parte do discurso aos países ocidentais, que no último ano impuseram sanções económicas sem precedentes que estão a estrangular a economia.

O clérigo moderado Hassan Rohani foi investido no sábado como Presidente do Irão após a confirmação da sua eleição pelo guia supremo da República Islâmica, o 'ayatollah' Ali Khamenei.

Rohani, de 64 anos, sucede na liderança iraniana ao polémico Mahmud Ahmadinejad.

Considerado um moderado, pela experiência como negociador nuclear sob a presidência do reformista Mohammad Khatami e pelas críticas que fez ao conservador Ahmadinejad, Rohani prometeu uma abordagem "construtiva" ao Ocidente, assegurando no entanto que não haverá qualquer "rendição".

Um apoiante incontestável da Revolução Islâmica de 1979, Rohani tem um percurso marcado por cargos políticos importantes: deputado (1980-2000), secretário do conselho supremo de segurança nacional (1989-2005), do qual continua a ser membro, e principal negociador nuclear (2003-2005), quando o Irão aceitou uma moratória ao enriquecimento de urânio, o principal objetivo das potências ocidentais nas negociações sobre o programa nuclear.

Depois de ser empossado pelo parlamento, Rohani tem dez dias para apresentar o seu Governo.

In DN

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Irão pronto para reiniciar negociações nucleares

por Lusa, texto publicado por Isaltina Padrão
Hoje

O Irão está preparado para retomar as negociações sobre o dossiê nuclear com as grandes potências, assegurou o novo chefe da diplomacia iraniana à chefe da diplomacia europeia, de acordo com a imprensa de hoje.

"A República Islâmica do Irão está pronta para entrar em negociações com um calendário específico", disse Mohammad Javad Zarif, considerando que "a existência de uma séria vontade política [entre as grandes potências] para reconhecer os direitos nucleares legítimos do Irão [...] é o caminho certo para resolver esse problema."

Contrariando as acusações do Ocidente, o Irão garantiu que o seu programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos e, como tal, exigiu o reconhecimento dos seus direitos nesta matéria.

A representante dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- Organização das Nações Unidas (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China) e da Alemanha, Catherine Ashton, telefonou no sábado para felicitar Zarif pelo seu novo papel.

De acordo com um porta-voz de Catherine Ashton, a representante sublinhou "a determinação de Zarif e compromisso inabalável para encontrar uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana".

Enfatizando a necessidade de negociações e "resultados concretos", Catherine Ashton decidiu reunir-se em breve com Zarif, encontro que poderá acontecer já em setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU.

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, que assumiu o cargo no início de agosto, disse na semana passada que o Irão estava pronto para "negociações sérias, sem perda de tempo".

In DN