Rússia

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Putin decreta o fim da era do gás barato


PATRÍCIA VIEGAS

Rússia. O Fórum de Países Exportadores de Gás vai ter sede no Qatar

Lançadas as bases daquilo que os críticos chamam "OPEP do gás"

"A época dos recursos energéticos baratos, do gás barato, acabou, apesar dos problemas financeiros que [hoje] são conhecidos [por todos]", avisou ontem, a partir de Moscovo, o primeiro-ministro russo. Vladimir Putin falava no Fórum de Países Exportadores de Gás que ali decorre.

Esta era, até agora, uma organização informal que agrupava os principais países com reservas de gás. Mas desde ontem passou a ter uma carta fundadora e uma sede no Qatar. "Nasceu uma nova organização", anunciou o ministro da Energia russo, Sergei Chmatko, citado pelas agências internacionais.

O governante russo sublinhou que, no entanto, não existe qualquer razão para associar directamente a nova organização à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). "É por isso que hoje não discutimos um acordo sobre os níveis de extracção de gás", acrescentou, garantindo que a visão deste grupo é "a muito mais longo prazo".

Também os outros participantes tentaram convencer os críticos deste evento de que o objectivo não é criar um cartel do gás. "Isto não é um cartel. Nós apenas defendemos os nossos interesses nacionais", afirmou ontem o ministro da Energia venezuelano, Rafael Ramirez.

A participar nesta reunião estão Rússia, Argélia, Bolívia, Brunei, Egipto, Indonésia, Irão, Líbia, Malásia, Nigéria, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, Trinidade e Tobago. Guiné Equatorial e Noruega estão presentes como observadores.

Esta reunião acontece numa altura em que a Gazprom ameaçou cortar o fornecimento de gás à Ucrânia a partir de 1 de Janeiro de 2009 caso o país não pague o que deve. Isso já aconteceu há três anos.

Trata-se de uma ameaça que preocupa muitos países europeus, ainda mais em pleno Inverno. É que 42% do gás importado pela UE vem da Rússia e, desse, 80% é transportado através da Ucrânia.

In DN

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Especialistas acreditam que Portugal pode ser uma alternativa no abastecimento de gás

Hoje às 19:22



Numa altura em que está em curso uma nova guerra entre a Ucrânia e a Rússia por causa do fornecimento de gás e sem uma solução à vista, o especialista em planeamento energético Nuno Ribeiro da Silva, e o presidente da Partex, António Costa e Silva, acreditam que Portugal pode assumir-se como uma alternativa no abastecimento de gás à Europa.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1069029

- António Costa e Silva, presidente da Partex, defende a necessidade de Portugal ter mais terminais de gás

- António Costa e Silva dfende que a localização geográfica de Portugal deve ser tida em conta para ser visto como alternativa no abastecimento de gás à Europa

- Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa-Portugal, considera que a Península Ibérica é a porta de entrada ideal de gás para o espaço europeu

Contrariamente à maioria dos países europeus que, nesta altura, estão a ser bastante afectados pela suspensão do fornecimento de gás por parte da Rússia, Portugal não está dependente de Moscovo para este abastecimento.

De acordo com os especialistas, Portugal poderá ser uma alternativa no abastecimento de gás à Europa, lembrando que o gás representa quase metade do consumo de energia da Europa e porque, daqui a alguns anos, a própria Rússia terá dificuldades em dar resposta às necessidades dos países que dela dependem.

«A Europa precisa, entre dez a doze novos terminais de gás natural e liquefeito na sua costa. Se Portugal não apanhar este barco, outros países o farão, nomeadamente a Inglaterra, a Holanda e a Bélgica», afirmou António Costa e Silva.

O presidente da Partex defende que devia existir um projecto europeu de alternativa à dependência da Rússia desde a queda do Muro de Berlim e que, nesse contexto, a posição geográfica de Portugal deve ser aproveitada.

«Portugal tem, face ao seu posicionamento na bacia atlântica, um papel chave a desempenhar. A distância não é um problema. Há hoje em dia um mercado que cresce cerca de oito a dez por cento ao ano, que é o mercado do gás natural e liquefeito, disse.

«É muito comercial exportá-lo através dos navios», acrescentou António Costa e Silva, a propósito do gás liquefeito.

Para Nuno Ribeiro da Silva, a dependência das Rússia e o uso da energia como arma política não fazem sentido.

O presidente da Endesa-Portugal considerou que a Península Ibérica é a porta de entrada ideal de gás liquefeito para o espaço europeu.

«A Europa ganha, quer sob o ponto de vista de segurança do abastecimento, quer sob o ponto de vista económico, em abrir esta alternativa no Ocidente da injecção de quantidades substanciais para satisfazer as necessidades de 44 por cento do consumo europeu».

Para evitar uma nova crise, Nuno Ribeiro da Silva defende um compromisso ibérico de disponibilidade para ser alternativa na próxima cimeira, que está agendada para o dia 21 de Janeiro.


In TSF

Novo Patriarca ortodoxo insiste na separação entre Igreja e Estado

ABEL COELHO DE MORAIS

Rússia. Líder religioso tem encontros previstos com o seu homólogo de Istambul e com Bento XVI

Novo Patriarca ortodoxo insiste na separação entre Igreja e Estado

Garantir a independência face ao Kremlin, aproximar Deus da juventude, reforçar as relações com as restantes igrejas ortodoxas e dialogar com "igrejas irmãs", numa alusão aos católicos, são as prioridades do Patriarca Kirill, ontem entronizado numa cerimónia de três horas na principal catedral de Moscovo.

Mais de quatro mil pessoas estiveram na cerimónia na Catedral de Cristo, o Salvador, entre elas o Presidente Dmitri Medvedev e primeiro-ministro Vladimir Putin, a viúva de Boris Ieltsine, Naina, e a grã-duquesa Maria Vla- dimirovna, descendente do último czar, Nicolau II, um mártir da Igreja Ortodoxa russa.

Considerado um moderado na hierarquia ortodoxa, Kirill, de 62 anos, salientou que as relações com o poder político têm de pautar-se pelas "disposições constitucionais, para o bem da Igreja e do Estado", sendo que a Constituição russa consagra a separação entre as duas entidades.

A relação com o poder político tem sido apresentada como um dos principais desafios do Patriarca num país em que, por tradição herdada de Constantinopla e por necessidade política, Igreja e Estado se sobrepuseram e misturaram nas mesmas funções.

Intervindo no final da cerimónia, o Presidente Medvedev - cuja mulher, Svetlana, foi a primeira a receber a comunhão após a entronização - acentuou a necessidade de um "diálogo intenso e solidário" entre as duas instituições.

Outra importante questão que Kirill não pode evitar é as relações com o Vaticano. Neste ponto, o Patriarca ortodoxo afirmou ontem a disposição de "trabalhar com aqueles que, como nós, se opõem à marginalização da religião e defendem o direito dos crentes" à sua fé. Estão previstos encontros de Kirill com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu, de Istambul, e com o Papa. Neste caso, o local de encontro - Moscovo, Roma ou um outro - será um bom indicador do nível de entendimento entre os dois dirigentes religiosos. |- Com agências

In DN

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A taxa de desemprego no país passou de 7,7 para 8,1%, elevando o número de pessoas sem emprego para 6,1 milhões



As causas devem-se à crise económica global e aos efeitos da queda dos preços do petróleo. Segundo os dados hoje divulgados Serviço Federal de Estatísticas da Rússia, a taxa de desemprego estava em 7,7% no passado mês de Dezembro.

Os números do mercado de trabalho russo voltam, assim, a níveis vistos apenas durante a década de 90. O preço do petróleo em queda desestabilizou a economia da Rússia --o preço do barril no mercado internacional passou do recorde de 147,27 dólares em Julho do ano passado para 33 dólares em Dezembro. Actualmente, o preço do barril está perto do patamar de 35 dólares.

In Msn Notícias

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Eleições regionais e locais dão vitória previsível ao partido de Putin

Hoje às 12:44



Os russos elegem este domingo as autoridades locais em 79 das 83 regiões da Federação da Rússia, com as sondagens a anteciparem maiorias confortáveis para o partido do primeiro ministro, Vladimir Putin, e a oposição a denunciar ilegalidades no processo.

Trata-se da eleição dos parlamentos regionais nas repúblicas da Cabardino-Balcária, Karatchaevo-Tcherkéssia e Tartária, bem como nas regiões da Khakássia, Arkhanguelsk, Brianski, Vladimir, Volgogrado e Círculo Autónomo dos Nenets.

Irão realizar-se também eleições de presidentes da câmara em 10 capitais de distrito e de assembleias municipais noutras cinco capitais.

Segundo sondagens realizadas pelo Fundo Opinião Pública, a Rússia Unida, o partido de Putin, conseguirá conquistar cerca de 70 por cento dos votos e o Partido Comunista da Federação da Rússia poderá obter cerca de 10 por cento.

Os restantes partidos, nomeadamente a Rússia Justa, do presidente do Senado Serguei Mironov, e o Partido Liberal Democrático, do nacionalista Vladimir Jirinovski, não deverão superar a barreira dos sete por cento, necessária para eleger deputados para os órgãos de poder locais.

A oposição ao Kremlin fala de violações em massa durante a campanha eleitoral e do emprego de «recurso administrativo» (capacidade dos poderes locais em influenciar no resultado do escrutínio) a favor da Rússia Unida.

«Isto não são eleições, mas uma acção dura, bárbara", declarou Vladimir Jirinovski na passada quinta-feira, quando o seu grupo parlamentar abandonou a sala da Duma Estatal (câmara baixa) do Parlamento russo em sinal de protesto contra a campanha eleitoral.

«Em toda a parte atiram (contra a oposição) a polícia, polícia fiscal, polícia de trânsito, só falta recorrer às tropas regulares. Nestas condições, é impossível realizar eleições», frisou.

O dirigente comunista Guennadi Ziuganov é da mesma opinião e já anunciou que o seu partido irá recorrer aos tribunais para impugnar os resultados eleitorais.

Partidos da oposição liberal como o Iabloko ou a Frente Cívica Unida não tiveram possibilidade sequer de fazer avançar os seus candidatos.

«Os nossos adversários têm a possibilidade de recorrer aos tribunais, no nosso país existe um ramo do poder especial e se o tribunal considerar que há violação da lei, irão ser tiradas as devidas conclusões», respondeu à oposição Serguei Grislov, dirigente da Rússia Unida.

O sociólogo Viatcheslav Glazitchev considera que a crise económica e financeira que afecta a Rússia ainda não se vai reflectir nas posições dos votantes.

«Por enquanto, a crise não influiu na campanha, salvo numa coisa. Gasta-se menos dinheiro, o que não é mau. E, o mais provável, é que a participação seja mais baixa», declarou.

In TSF

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Russo tinha árvore a crescer no pulmão

Hoje

Um russo de 28 anos foi ao médico por ter dores persistentes no peito e sangrar quando tossia. Os médicos descobriram-lhe uma árvore de cinco centímetros a crescer dentro do pulmão.

Os médicos de Artyom Sidorkin suspeitavam de que o seu paciente pudesse ter cancro nos pulmões, mas durante uma biópsia para detectar o que acreditavam ser um tumor maligno, descobriram uma árvore a crescer-lhe no pulmão.

Segundo o jornal “Komsomolskaya Pravda”, Sidorkin foi tratado nas urgências do hospital de Izhevsk, na Rússia Central. Vladimir Kamashev, o médico que analisou a biópsia do paciente, citado pelo jornal espanhol “ABC”, disse que “pensou que estava a ter visões” e depois chamou o seu ajudante para que “desse uma vista de olhos” nas imagens.

Acredita-se que Sidorkin tenha inalado uma semente de pinheiro que lhe começou a crescer no peito, provocando os sintomas. O sangue que Artyom Sidorkin tossia não era de um tumor maligno, mas de lesões provocadas pelas agulhas das folhas de um pinheiro.

In DN

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Absolvição de suspeitos de assassinato anulada



O Supremo Tribunal da Rússia anulou a absolvição dos três suspeitos de assassinato, em 2006, da jornalista Anna Politkovskaya, cujas investigações irritaram o governo do então presidente e hoje primeiro-ministro Vladimir Putin.

"O Supremo Tribunal anulou o veredicto no caso do assassinato de Politkovskaya. O caso será examinado novamente por outros jurados", declarou à AFP o porta-voz da jurisdição, Pavel Odintsov.

A decisão do principal tribunal russo deu razão aos argumentos da promotoria, que solicitou a anulação do veredicto e insistia na necessidade de um complemento de informação, sob a alegação de vícios de procedimento no primeiro julgamento

A defesa anunciou que vai apelar da decisão ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo.

"É uma decisão política tomada no mais alto nível. Nós a impugnaremos, mas dentro do país é praticamente inútil", declarou à AFP um dos advogados de defesa, Murad Musaiev.

Anna Politkovskaya foi uma das raras jornalistas russas que denunciaram as violações dos direitos humanos durante o conflito na Tchetchênia e que criticaram abertamente os abusos do sistema político e judicial durante a presidência de Vladimir Putin.

Os jurados absolveram os supostos cúmplices do assassinato da jornalista a 19 de Fevereiro, depois de três meses de um processo que não permitiu revelar os motivos do crime, nem a identidade de quem planeou o assassinato.

Os irmãos tchetchenos Yabrail e Ibraguim Majmudov eram suspeitos de ter vigiado as viagens de Politkovskaya e de ter levado ao local do crime o suposto assassino, o terceiro irmão, Rustam, que nunca foi preso.

O ex-policia Serguei Jayikurbanov, suspeito de ter organizado a logística do assassinato, também foi absolvido.

Os três acusados foram liberados após um veredicto que recebeu muitas críticas das organizações de defesa dos direitos humanos e de instituições europeias.

In Msn Notícias

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Putin manda baixar preço das salsichas

por HUGO COELHO
Hoje

Primeiro-ministro foi a um supermercado e deu ordens aos empregados que reduzissem os preços dos produtos que considerou caros.

A história decorre como numa peça de teatro. Vladimir Putin está numa reunião com comerciantes na Casa Branca de Moscovo. O primeiro-ministro russo fala na alta dos preços e critica a ganância dos comerciantes.

Depois levanta-se, irritado, e manda os executivos seguirem-no até ao supermercado. Percorre as prateleiras e pára a olhar para latas de salsichas de seis euros. Ao seu lado aparece, o director de relações públicas. Putin pergunta-lhe: "Porque é que esta lata custa 240 rublos? Acha normal?" O director, atrapalhado, responde: "São salsichas de alta qualidade." E com um ar mais aliviado, pousa os olhos numa lata mais barata, que se apressa a mostrar: "Estas custam só 49 rublos".

O primeiro ministro mantém o ar sério e responde. "Demasiado caras." Enquanto tira uma lista de preços do bolso diz: "Sei que vocês têm 52 por cento de lucro". O director responde de cabeça baixa:" Baixaremos o preço amanhã".

A visita de Putin ao supermercado fez furor na Rússia e foi ridicularizada na imprensa internacional que a descreveu como uma encenação do primeiro-ministro - que até foi acompanhada por fotografo e operador de câmara.

O episódio, curiosamente, aconteceu dois dias depois de uma sondagem revelar que os preços da comida são a maior preocupação de 75 por cento dos russos.

Numa altura de crise económica e alta inflação (14%), os analistas dizem que o chefe do Governo quer criar a imagem de um homem de acção que está do lado do povo contra os ricos.

Há três semanas, Putin protagonizou um número igualmente mediático quando humilhou , à frente dos trabalhadores de um fábrica encerrada, o oligarca Oleg Deripaska e o forçou a assinar um contrato para indemnizá-los.

In DN

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Moscovo toma medidas de segurança inéditas para visita de Obama

Ontem às 10:15



Os serviços secretos e a polícia russa tomaram medidas de segurança inéditas tendo em conta a visita que o Presidente dos EUA, Barack Obama, realizará à Rússia entre os dias 6 e 8 de Julho.

A informação está a ser avançada pela agência Ria-Novosti citando uma fonte dos serviços de segurança russos.

«Nas missões de vigilância participarão todas as instituições armadas, incluindo o Serviço Federal de Segurança e os ministérios da Defesa e do Interior», indicou a mesma fonte, que revela que a Força Aérea da Região Militar de Moscovo será posta em estado de alerta durante a visita de Obama.

«Dezenas de caças estarão em estado de alerta nos aeródromos. O espaço aéreo da região de Moscovo será declarado zona probida para o tráfico aéreo e a defesa anti-aérea já recebeu ordens de impedir qualquer tentativa de violar o regime de segurança», sublinhou.

A fonte acrescentou que forças policiais e milhares de agentes da polícia, também vestidos à paisana, cumprirão missões de vigilância nas ruas da capital russa.

Os serviços de segurança russos irão trabalhar em coordenação estreita com os numerosos agentes norte-americanos que vão acompanhar o presidente norte-americano.

In TSF

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Presidente dos EUa começa visita a Moscovo

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Embaixador desmente descoberta do "Artic Sea"

por AFP/Lusa
Hoje



A Embaixada de Cabo Verde não confirma a notícia de que o navio Rctic Sea, com 15 tripulantes russos a bordo, foi detectado a 400 milhas de Sâo Vicente.

Em declarações à agência russa Ria-Novosti, Alexandre Karpuchin, embaixador russo, diz que se encontrou com Fernado Carvalho Pereira, chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Cabo Verde, que lhe comunicou que não se confirmou a notícia da descoberta do navio.

Segundo o diplomata russo, às autoridades cabo-verdianas chegou a informação de que um navio semelhante ao Arctir Sea tinha sido visto a 400 milhas (cerca de 740 quilómetros) da Ilha de São Vicente mas não se confirmou a suspeita.


Ao final da tarde hoje, foi avançado que o navio de pavilhão maltês Arctic Sea, misteriosamente desaparecido desde o fim de Julho, tinha sido encontrado a cerca de 400 milhas marítimas de uma ilha do arquipélago de Cabo Verde, disse à AFP uma fonte militar da guarda-costeira do arquipélago.

O arquipélago de Cabo Verde situa-se no oceano Atlântico a cerca de 450 km da costa do Senegal.

O navio de pavilhão Arctic Sea, com 15 tripulantes russos, terá rumado a alto mar no oceano Atlântico depois de ter desaparecido sem deixar rasto. Transportava uma carga de madeira finlandesa avalia em mais de um milhão de euros. Contactou pela última vez a guarda-costeira de Douvres, Sul da Inglaterra, a 28 de Julho, cinco dias depois de ter partido. Era esperado na Argélia a 4 de Agosto.

A Interpol, organismo internacional de cooperação policial, preveniu o Reino Unido de que o Artic Sea tinha sido abordado a 24 de Julho por homens armados, em águas suecas (no Báltico), que teriam ficado a bordo cerca de dez horas.

Uma fonte da Comissão Europeia indicou hoje que o cargueiro teria sido alvo de dois ataques, o último dos quais ao largo de Portugal.

Uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português reiterou hoje à agência Lusa que o navio "nunca passou por águas territoriais portuguesas".

As buscas para encontrar o cargueiro intensificaram-se quarta-feira e o presidente russo, Dmitri Medvedev, determinou que fossem tomadas "todas as medidas necessárias para encontrar e, se necessário, libertar" o navio e a sua tripulação.

In DN

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"Artic Sea": Armador recebeu pedido de resgate

Hoje



Um pedido de resgate foi exigido hoje ao armador finlandês do Arctic Sea, o navio cargueiro desaparecido em finais de Julho, declarou hoje a polícia finlandesa, sem especificar o montante pedido.

"Confirmo que foi pedido um resgate em dinheiro à empresa proprietária do navio, a Chart Management, da Finlândia", declarou um porta-voz da polícia, Jan Nyholm.

Segundo a a Interpol, o "Arctic Sea", com tripulação russa e transportando um carregamento de madeira finlandesa avaliado em 1,3 milhões de euros, foi assaltado em 24 de Julho no Mar Báltico por piratas, que levaram o navio para destino desconhecido.

In DN

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'Arctic Sea': Finlândia nega carga secreta radioactiva

por DN/AFP
Hoje

A Autoridade finlandesa de segurança nuclear (Stuk) garante que o ‘Arctic Sea’ não tinha a bordo qualquer carga secreta radioactiva, pois a inspecção com um medidor de radioactividade, efectuada antes da partida do navio, no porto de Pietarsaari, nada detectou.

“Pensar que poderia haver material radioactivo na carga é uma ideia absolutamente estúpida. Não há qualquer motivo para pensar isso. Foram feitas medidas com um simples contador de radioactividade e nada foi detectado”, afirmou o director da Stuk, Jukka Laaksonen.

“Nós afirmamos que não há mesmo razão para pensar isso porque não há dados que façam pensar nisso. Trata-se de um rumor estúpido. Simplesmente esqueçam essa ideia. Trata-se apenas de um navio com carregamento de madeira”, vincou Laaksonen à AFP.

Este responsável finlandês negou desta forma os artigos da comunicação social do Reino Unido e da Finlândia segundo os quais um carregamento secreto e radioactivo a bordo do ‘Arctic Sea’ poderia estar na origem do alegado ataque registado ao largo da Suécia e do posterior desaparecimento da embarcação.

“Um bombeiro imbecil que não conhece nada de radiação teve a ideia [de media a radioactividade], mas quando foi fazer a verificar evidentemente que nada encontrou”, vincou Laaksonen, adiantando que na Finlândia os bombeiros estão autorizados a fazer medições de radiação.

NATO e Rússia juntas nas buscas

O misterioso desaparecimento do ‘Arctic Sea’, quando fazia o trajecto entre a Finlândia e a Argélia, levou a Rússia e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a juntarem forças nas buscas, anúncio feito no mesmo dia em que o proprietário recebeu um pedido de resgate, no valor de 1,5 milhões de dólares (1,05 milhões de euros). Mais de 20 países estão a ser regularmente informados sobre os esforços de salvamento do navio de carga.

A polícia finlandesa confirmou que a Solchart Management recebeu um pedido de resgate, sem avançar o seu valor. O ‘Financial Times Deutschland’ avançou, sem citar fontes, que foram pedidos 1,5 milhões de dólares, mas não especificou se esta é o valor pedido para libertar o navio ou apenas a tripulação, composta por 15 russos.

O navio com bandeira de Malta deixou a Finlândia, no dia 23 de Julho, a caminho do porto de Bejaia, na Argélia, carregando uma carga de cerca de 6700 metros cúbicos de madeira, com um valor estimado de 1,16 milhões de euros.

Um dia depois da partida, oito a dez homens mascarados terão abordado o navio, quando este seguia entre as ilhas suecas de Oland e Gotland, no mar Báltico, revelou a polícia sueca dias depois do incidentes. Argumentando pertencerem à polícia anti-droga, os mascarados amarraram a tripulação e efectuaram buscas ao navio, abandonando-o 10 a 12 horas depois da abordagem e libertando a tripulação.

O último vestígio do ‘Arctic Sea’ foi registado no canal da Mancha, nas primeiras horas do dia 30 de Julho. Na quinta-feira, o porta-voz da Comissão Europeia, Martin Selmayr, disse que aparentemente o navio terá sido atacado uma segunda vez, ao largo da costa de Portugal, mas não adiantou mais detalhes, “de modo a não comprometer as investigações das autoridades”. Contudo, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, negou que alguma vez o navio tenha passado por águas territoriais lusas.

Os mais recentes relatos de oficiais de Cabo Verde e França indicam que o ‘Arctic Sea’ foi avistado ao largo do país africano de língua oficial portuguesa, informação que ainda não foi confirmada pela Rússia. Oficiais cabo-verdianos afirmaram na quinta-feira que o navio se encontrava a 400 milhas náuticas (740 quilómetros) de uma das ilhas do arquipélago.

Um oficial militar adiantou neste sábado à AFP que a embarcação aparentava seguir para sul, a uma velocidade entre os 15 e os 20 nós (28 a 37 km/h). “Uma pequena fragata russa que estava no Mediterrâneo está nesta altura a dirigir-se para sul, provavelmente para se encontrar com o ‘Arctic Sea’”, adiantou o comandante francês Jerome Baroe.

Oficialmente, a Rússia só diz que as buscas continuam e que a NATO está a colaborar activamente com Moscovo nas buscas pela embarcação. “Toda a informação que é completa e que se estima ser objectiva é imediatamente enviada para o quartel-general da Marinha russa”, disse à agência noticiosa RIA Novosti o enviado da Rússia à sede da NATO, Dmitry Rogozin.

O facto de a NATO estar a cooperar com a Rússia e de Moscovo estar a usar navios, submarinos e satélites nas buscas pelo ‘Arctic Sea’ apenas aumentam a especulação sobre um eventual sequestro, algo raro nas águas europeias. Peritos têm avançado com várias hipóteses: pirataria, guerra de máfias ou disputa comercial.

In DN

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'Artic Sea' encontrado perto de Cabo Verde

por Lusa
Hoje



O navio de guerra da Marinha da Rússia Ladnii encontrou hoje o cargueiro Arctic Sea no Oceano Atlântico, a sul de Cabo Verde, informou Anatoli Serdiukov, ministro da Defesa russo, durante um encontro com o presidente Dmitri Medvedev.

"Quando em Moscovo eram 01:00 (22:00 horas de Domingo em Lisboa), foi encontrado a 300 milhas das ilhas de Cabo Verde. A tripulação não sofreu baixas, estão todos vivos. Os tripulantes foram transferidos para o navio de guerra Ladnii. Estamos a realizar investigações", acrescentou.

Dirigindo-se à imprensa, Serdiukov prometeu que ainda hoje o Ministério da Defesa da Rússia adiantará pormenores sobre a operação de busca ao cargueiro desaparecido.

"Estamos a realizar investigações com vista a determinar todas as circunstâncias do desaparecimento do navio e do facto de não emitir qualquer sinal", afirmou o ministro.

"Dentro de algumas horas, iremos contar com mais pormenor o que aconteceu ao navio, porque é que deixou de haver ligação com ele, porque mudou de rota", acrescentou.

"Penso que até ao fim do dia iremos revelar pormenores", concluiu Serdiukov.

O Arctic Sea, de bandeira maltesa e tripulação russa, transportava madeira da Finlândia para a Argélia, aonde deveria ter chegado no dia 04 de Agosto, mas desapareceu a 28 de Julho.

In DN

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Rússia anuncia detenção de oito suspeitos de sequestro do Arctic Sea

Hoje às 08:57



O ministro russo da Defesa anunciou que oito pessoas envolvidas no sequestro do cargueiro Arctic Sea foram detidas. Citado por agências russas, Anatoly Serdyukov afirmou que entre os suspeitos deste sequestro estão russos, estonianos e letões.

A Rússia anunciou que oito pessoas envolvidas no sequestro do cargueiro Arctic Sea foram detidas, declarou o ministro russo da Defesa.

Citado pelas agências russas, Anatoly Serdyukov explicou ao presidente russo que quatro estonianos, dois letões e dois russos abordaram o navio ainda em águas territorais suecas.

«Estas pessoas subiram a bordo e sob a ameaça de armas exigiram que a tripulação se conformasse sem condições à todas as ordens» dos piratas, adiantou Serdyukov numa conversa com Dmitri Medvedev.

O ministro russo adiantou ainda que os piratas foram colocados no navio russo onde estão a ser interrogados, ao passo que a tripulação russa do Arctic Sea já está a caminho de Moscovo.

Serdyukov adiantou ainda que a libertação do navio foi levada a cabo através de uma operação conjunta da marinha e aviação russa sem que tenha sido disparado um tiro.

In TSF

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Sequestradores ameaçaram explodir navio e matar reféns

por DN
Hoje



Os oito alegados piratas que atacaram o ‘Artic Sea’ ameaçaram explodir o cargueiro e matar os 15 tripulantes quando fizeram a abordagem ao navio e repetiram as ameaças à empresa seguradora da embarcação, que confirmou ter recebido um pedido de resgate de 1,5 milhões de dólares, informação inicialmente avançada pela polícia finlandesa e posteriormente desmentida pela Rússia.

“Os membros da tripulação já confirmaram que os raptores exigiram o pagamento doe resgate e ameaçaram explodir o navio se as suas ordens não fosse obedecidas”, afirmou hoje um porta-voz do Ministério da Defesa russo à agência Interfax. O próprio ministro, Anatoly Serdyukov, adiantou que o navio foi sequestrado um dia depois de ter partido do porto finlandês de Jakobstad, a caminho a Argélia.

Os alegados piratas (há vários peritos independentes que não acreditam na versão oficial) terão abordado o ‘Artic Sea’ ao final da tarde, a bordo de um barco insuflável com motor, dizendo que a sua embarcação estava com problemas. Nessa altura terão ameaçado os tripulantes do cargueiro com revólveres e forçaram o ‘Artic Sea’ a “seguir uma rota determinada pelos sequestradores, na direcção a África, com o equipamento de comunicação e navegação desligado”.

Serdyukov diz que, Segundo a os tripulantes, os alegados piratas “livraram-se das suas armadas quando a fragata Ladny ordenou à tripulação que parasse o navio”. A bordo foi encontrado a embarcação insuflável capaz de atingir grandes velocidades e equipamento usado para a içar para bordo do ‘Artic Sea’.

Também hoje a empresa de seguros russa detentora da apólice do cargueiro confirmou ter recebido uma chamada anónima ameaçando matar a tripulação caso não fosse pago o resgate. “A 3 de Agosto, a empresa recebeu uma chamada anónima. Quem telefonou falou em inglês e exigiu 1,5 milhões de dólares [1.0 milhões de euros], ameaçando matar a tripulação a tiro e afundar o navio caso esse dinheiro não fosse pago”, afirmou Vladimir Dushin, vice-presidente para a segurança da Renaissance Insurance, citado pelo ‘The Guardian’.

O navio foi abordado pela fragata Ladny, da Marinha russa, ao largo de Cabo Verde. Todos os tripulantes foram salvos sem ferimentos e ficarão três dias na Ilha do Sal, antes de viajarem de avião para a Rússia.

In DN

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Malta admite que 'Arctic Sea' nunca desapareceu

por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje

Malta admitiu ontem à noite que movimentos do 'Arctic Sea' eram conhecidos, mas confidenciais. Rússia anunciou a detenção de oito assaltantes ao largo de Cabo Verde. A confirmar-se a tese da pirataria, trata-se de algo inédito na Europa. Este ano já houve 265 ataques

A Autoridade Marítima de Malta esclareceu ontem à noite que "os movimentos do Arctic Sea foram sempre conhecidos durante vários dias mas não revelados para não pôr em perigo as pessoas a bordo ou a integridade do navio", noticiou a Reuters.

No mesmo dia as autoridades russas anunciaram ter prendido oito piratas responsáveis pelo desvio do navio cargueiro, depois de, na véspera, garantirem que a tripulação resgatada ao largo de Cabo Verde não enfrentava ameaça armada.

"No dia 24 de Julho, nas águas territoriais suecas, uma lancha com quatro estónios, dois letões e dois russos aproximou-se do navio Arctic Sea. Alegando que o bote estava avariado, entraram a bordo e, ameaçando com armas, exigiram da tripulação o cumprimento incondicional de todas as suas ordens", explicou o ministro da Defesa russo, citado pelas agências internacionais.

Anatoli Serdioukov precisou, sem adiantar qual a motivação, que os homens permaneceram dentro do navio cargueiro, que se "dirigiu para África através de uma rota indicada pelos assaltantes que desligaram os aparelhos de navegação". A Estónia e a Letónia indicaram ontem à tarde que ainda não tinham sido informadas pelos russos sobre os seus cidadãos-piratas.

Os 15 tripulantes russos resgatados do navio, que foi encontrado no domingo a 300 milhas de Cabo Verde, chegam hoje à ilha do Sal, indicou a Lusa, sendo depois transportados de avião para a Rússia. Os piratas, esses, estão no contratorpedeiro Ladny, que foi deslocado para o Atlântico para localizar o navio, sob ordem do próprio Chefe do Estado russo, Dmitri Medvedev.

O Arctic Sea partiu da Finlândia a 23 de Julho, oficialmente carregado de madeira, devendo chegar, no dia 4, à Argélia. Mas aparentemente foi desviado a meio do caminho para o oceano Atlântico em direcção a África.

Apesar de, oficialmente, só ter sido localizado no domingo, há muito que os media insinuavam que o cargueiro com bandeira maltesa teria sido avistado antes. "A Marinha portuguesa foi quem primeiro reportou sexta-feira um avistamento do que pensava ser o Arctic Sea em águas internacionais ao largo de Cabo Verde", escreveu ontem o Times.

Questionada pelo DN, a porta--voz da Marinha portuguesa, a tenente Maria Martins, disse que "não fomos nós a dar informações sobre a posição do navio", recusando confirmar se Portugal foi um dos países que estiveram envolvidos nas operações. A responsável esclareceu ainda que a corveta portuguesa que se encontrava em Cabo Verde, no âmbito da cooperação técnico-militar com o arquipélago, "regressou no dia 28 de Julho".

O Daily Telegraph também adiantara que os russos sabiam há muito onde estava o navio. O próprio embaixador russo na NATO, Dmitri Rogozin, admitiu à agência russa ITAR-TASS que foram dadas informações falsas aos media para proteger "as acções dos militares russos".

Nas últimas semanas, especulou-se que, além de madeira, o navio cargueiro levava também droga ou armamento. "Se a Rússia fosse a única responsável, a NATO não a teria ajudado. Acho que vários Estados estão implicados e decidiram resolver o assunto em família", alertou ontem, em Moscovo, Mikhaïl Voïtenko, director do boletim Sovfrakht.

In DN

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Navio está fundeado ao largo da ilha do Sal

por Lusa
Hoje

O contratorpedeiro da marinha russa Ladnii, que recolheu os tripulantes do cargueiro Arctic Sea, está fundeado ao largo do porto da Palmeira, na ilha cabo-verdiana do Sal, onde chegou cerca das 10:00 (12:00 em Lisboa).

Desde então, dois oficiais do Ladnii vieram a terra numa lancha e encontraram-se com o embaixador da Rússia em Cabo Verde, Alexander Karpushin, que seguiu depois com eles quando regressaram ao contratorpedeiro.

A embaixada da Rússia solicitou terça-feira ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde o desembarque da tripulação do Arctic Sea, que deverá depois seguir de avião para a cidade russa de Arkhangelsk, de onde todos os tripulantes são originários.

No aeroporto da ilha do Sal encontram-se dois aviões russos, um deles desde domingo e outro que chegou terça-feira à noite.

O Arctic Sea, de bandeira maltesa e tripulação russa, transportava madeira da Finlândia para a Argélia, onde deveria ter chegado no dia 04 de Agosto, mas desapareceu a 28 de Julho.

Segundo o ministro da Defesa russo, Anatoli Serdiukov, o navio foi desviado por um grupo de oito homens, cidadãos da Estónia, Letónia e Rússia, e libertado sem que tenha sido disparado um tiro.

In DN

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Desembarque dos alegados "piratas" a qualquer momento na ilha do Sal

por Lusa
Hoje

Os oito homens que alegadamente tentaram desviar o cargueiro Arctic Sea desembarcarão em breve no porto da ilha cabo-verdiana do Sal, numa operação acompanhada por efectivos militares e policiais de Cabo Verde, testemunha a Lusa no local.

Os alegados piratas, cidadãos da Estónia, Letónia e Rússia segundo o ministro da Defesa russo, Anatoli Serdiukov, deverão embarcar depois num dos aviões russos que se encontram estacionados no aeroporto internacional do Sal.

Presentes no local estão efectivos das forças armadas cabo-verdianas, agentes da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional de Cabo Verde, bem como o embaixador da Rússia na Cidade da Praia, Alexander Karpushin.

Os oito homens, e a tripulação do Arctic Sea, chegaram a Cabo Verde a bordo do contratorpedeiro da marinha russa Ladnii.

Os tripulantes já seguiram em autocarro para o aeroporto.

A embaixada da Rússia tinha solicitado terça-feira ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde o desembarque da tripulação do Arctic Sea, que deverá seguir de avião para Arkhangelsk, cidade de onde todos os tripulantes são originários.

No aeroporto da ilha do Sal encontram-se dois aviões russos, um deles desde domingo e outro que chegou terça-feira à noite.

O Arctic Sea, de bandeira maltesa e tripulação russa, transportava madeira da Finlândia para a Argélia, onde deveria ter chegado no dia 04 de Agosto, mas desapareceu a 28 de Julho.

Segundo o ministro da Defesa russo, Anatoli Serdiukov, o navio foi desviado por um grupo de oito homens, cidadãos da Estónia, Letónia e Rússia, e libertado sem que tenha sido disparado um tiro.

In DN

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Piratas do 'Arctic Sea' levados para a Rússia

por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje



Ministério da Defesa russo diz que piratas presos no domingo deitaram armas fora ao verem o contratorpedeiro 'Ladny'

Os alegados piratas que sequestraram o Arctic Sea foram ontem transferidos para Moscovo através da ilha do Sal, em Cabo Verde, noticiou ao fim da noite a AFP, citando o embaixador russo na Cidade da Praia, Alexandre Karpouchine.

Algemados com as mãos atrás das costas, alguns em tronco nu, os quatro estónios, dois letões e dois russos desceram do contratorpedeiro russo Ladny no porto de Palmeiras, no Sal, tendo sido depois encaminhados para o aeroporto internacional Amílcar Cabral. Aí tinham um avião russo à espera.

Também por meio aéreo foram transportados 11 dos 15 tripulantes russos do navio com bandeira maltesa e carregado de madeira finlandesa destinada à Argélia. Quatro dos membros da tripulação mantêm-se no Arctic Sea para "assegurar a manutenção do navio", explicou o embaixador. "Está tudo pronto para a partida do avião", disse, citado pela AFP, um funcionário do aeroporto.

Algumas horas antes tinham chegado à ilha do Sal os tripulantes do navio cargueiro Arctic Sea.

Nos seus primeiros testemunhos, os tripulantes da embarcação confirmaram que os oito alegados piratas detidos "pediram um resgate e ameaçaram fazer explodir o barco caso as suas exigências não fossem cumpridas", indicou o Ministério da Defesa russo, precisando que os piratas "deitaram as armas borda fora quando viram aproximar-se o contratorpedeiro russo Ladny".

O Arctic Sea foi localizado, oficialmente, no domingo, a 300 milhas de Cabo Verde, mas a Autoridade Marítima de Malta admitiu na terça-feira à noite que há muito tempo era conhecido o paradeiro do navio - propriedade de um armador russo com sede na Finlândia: a Solchart Management.

"Os movimentos do Arctic Sea foram sempre conhecidos durante vários dias, mas não revelados para não pôr em perigo as pessoas a bordo ou a integridade do navio", disseram os malteses, citados pela agência Reuters.

Já na segunda-feira, em declarações à agência ITAR-TASS, o embaixador russo junto da NATO, Dmitri Rogozin, admitira que foram dadas informações falsas aos media para proteger "as acções dos militares russos" que estavam à procura do navio.

No dia 12, o próprio Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou que fossem enviados para o Atlântico três navios de guerra e dois submarinos nucleares. Segundo a Comissão Europeia, 20 países participaram nas buscas. Portugal recusa dizer se é o seu caso. Além disso, também a NATO ajudou os russos.

Uma aliança estranha, na opinião do director do boletim russo Sovfrakht, Mikhail Voitenko, o qual sugeriu que talvez a carga não fosse só madeira e que algo de grave envolvendo vários países tenha sido abafado.

In DN

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Seis dos oito piratas viviam na Estónia

por P.V.
Hoje



Tripulantes e raptores foram levados para Moscovo em dois aviões 'Iliuchine 76'. Mas ontem ainda havia três 'Antonov' na ilha do Sal

Seis dos oito piratas suspeitos de terem desviado o Arctic Sea tinham residência na Estónia, disse ontem um porta-voz do Ministério Público estónio, Gerrit Maesalu, citado pela agência AFP.

"Cinco desses seis falam russo, dois são cidadãos russos e três não têm qualquer nacionalidade", precisou o responsável, acrescentando que o sexto é estónio.

Os alegados piratas têm idades entre os 29 e os 45 anos, tendo já um historial de roubo e envolvimento em tráfico de drogas, precisou, por sua vez, a polícia estónia.

Após a localização oficial do navio cargueiro de bandeira maltesa e tripulação russa, no domingo, ao largo de Cabo Verde, Moscovo indicara que quatro dos piratas eram estónios, dois eram russos e outros dois eram letões.

Os suspeitos foram transferidos de avião, na quarta-feira à noite, da ilha do Sal para Moscovo. Também de avião foram levados 11 dos 15 tripulantes do Arctic Sea, cuja carga oficial era madeira finlandesa destinada à Argélia. Os tripulantes e os piratas chegaram à capital russa em dois Iliuchine 76.

"Os outros quatro tripulantes, entre os quais o comandante, o contramestre e o mecânico, permanecem no navio", confirmou ontem o ministro da Defesa russo Anatoli Serdioukov, acrescentando que o barco foi levado para o porto russo de Novorossiisk.

Os tripulantes confirmaram que estiveram sob ameaça durante as duas semanas em que o navio cargueiro era dado como desaparecido. O embaixador russo junto da NATO, Dmitri Ragozin, disse ontem que o sistema de monitorização da NATO foi de grande ajuda.

Entretanto, indicou a Lusa, três aviões russos de carga Antonov estavam ontem no aeroporto da ilha do Sal, em Cabo Verde, sem que seja conhecida a razão. Nos últimos dias vários especialistas levantaram a suspeita de que o avião não levava só madeira.

In DM

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[size=18]Acidente na maior hidroeléctrica poderá ter morto 76[/size]




por LUSAHoje


Autoridades apontam deterioração da infraestrutura como causa do rebentamento de turbina.

As 64 pessoas que desapareceram após um acidente na maior represa hidroeléctrica da Rússia estão provavelmente mortas, disse o dono da central. Até ao momento, foi confirmada a morte de 12 pessoas.

“Encontrar alguém vivo na zona de inundação é improvável, mas a busca continua”, afirmou através de um porta-voz Vasily Zubakin, presidente da companhia hidroeléctrica estatal RusHydro.

Segundo o responsável, ainda não foram encontradas 64 pessoas desde que uma das quatro turbinas rebentou na segunda-feira, na barragem de Sayano-Shushenskaya.

Um vídeo do acidente foi publicado no site de notícias www.politonline.ru, no qual se pode ver uma explosão perto da base da barragem. As autoridades já estão a investigar o acidente, mas tudo aponta que este se deve à deterioração da infraestrutura.

In DN

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Arctic Sea: Um dos alegados piratas "faleceu" há 3 anos

por Lusa
Hoje



Um dos oito alegados piratas que desviaram o cargueiro Arctic Sea morreu oficialmente há três anos, escreve o jornal electrónico russo newsru.com.

Trata-se de Andrei Lunev, cuja cidadania as autoridades judiciais russas não conseguiram determinar. Uma parente do alegado pirata viu-o na televisão e reconheceu nele o parente que tinha sido dado como morto há três anos.

Segundo Tatiana Altavil, parente do alegado pirata, Lunev era pescador e trabalhava numa traineira em Petropavlovsk-Kamtchatski, no extremo-oriente da Rússia. A 18 de Agosto de 2006, o barco afundou-se, tendo as autoridades afirmado que toda a tripulação faleceu.

Mais tarde, verificou-se que Lunev talvez não tivesse ido para o mar naquele dia, pois entrara em conflito com a chefia.

A imprensa russa estranha também a razão que levou um dos piratas a declarar perante as câmaras de televisão que faziam parte de um grupo de "ecologistas" e que entraram no Arctic Sea porque se tinham perdido no mar.

O facto de os "ecologistas" não terem instrução média e, nalguns casos, não terem diploma da escola, põe em dúvida a veracidade dessas declarações. Além disso, a polícia estónia reconheceu em alguns deles criminosos cadastrados. As tatuagens nos seus corpos são outra prova a favor do passado criminoso.

Oficialmente, o Arctic Sea, navio maltês com tripulação russa, transportava madeira da Finlândia para a Argélia. Desapareceu em finais de Julho e foi descoberto perto de Cabo Verde no passado dia 16 de Agosto por um navio de guerra russo.

In DN

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Atentado terrorista provoca pelo menos sete mortos

por LUSA
Hoje

Sete pessoas morreram e uma ficou ferida num ataque terrorista realizado hoje na povoação tchetchena de Mesker-Iurt, informou a agência Ria-Novosti, citando fonte da polícia russa.

O atentado ocorreu às 11:00 locais (08:00 em Lisboa).

"Um terrorista suicida aproximou-se de cinco polícias, que esperavam que o automóvel fosse lavado numa estação de serviço, e fez deflagrar um engenho explosivo, escondido debaixo da roupa. Quatro polícias morreram imediatamente, um foi gravemente ferido e hospitalizado", informa a fonte.

Além dos quatro polícias, foram mortalmente atingidos o suicida e dois civis que passavam no local.

Ruslan Alkhanov, ministro do Interior da Tchetchénia, revelou que o suicida era Magomed Chakhidov, nascido em 1984 na cidade tchetchena de Argun.

Segundo o ministro, o jovem suicida combateu na guerrilha separatista até 2004, quando foi detido e condenado a pena de prisão. Porém, após ser libertado, regressou às fileiras dos guerrilheiros islamitas.

Na semana passada, dois atentados terroristas provocaram a morte de quatro agentes da polícia.

In DN

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Cargueiro podia transportar mais do que madeira

por LUSA
Hoje

A investigação russa admite que o navio desviado Arctic Sea não transportava apenas madeira e tenciona fazer uma revista ao cargueiro quando ele for rebocado para um porto, declarou Alexandre Bastrikin, presidente do Comité de Investigação da Procuradoria-Geral da Rússia.


Numa entrevista que será publicada terça-feira no diário Rossiskaia Gazeta, Bastrikin frisou: "Precisamente por isso é necessário, sem falta, revistar o navio, para que nesta história deixe de haver páginas por esclarecer. Não excluimos a possibilidade de no cargueiro haver não só madeira".

"Em parte, também por essa razão foram retidos os membros da tripulação, pois é preciso compreender que eles não estão envolvidos nesses acontecimentos. O navio alegadamente foi desviado duas vezes, mas não entrou em contacto", acrescentou Bastrikin.

Konstantin Boronovski, advogado de alguns dos alegados piratas, declarou que nos documentos da investigação que estudou não encontrou qualquer menção ao tráfico de armas.

O cargueiro Arctic Sea, com 15 tripulantes russos, pertencente a uma empresa finlandesa e matriculado em Malta, partiu da Finlândia em finais de Julho com uma carga de madeira para a Argélia, mas desapareceu misteriosamente até que militares russos o encontraram a 16 de Agosto, perto de Cabo Verde

In DN