Casal de emigrantes portugueses ganha 126 milhões na lotaria

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Casal de emigrantes portugueses ganha 126 milhões na lotaria

HUGO COELHO

EUA. Constutor civil e dona de casa tornados milionários prometem ajudar família em Portugal

Os 'Lopes' guardaram o segredo durante mais de cinco meses

Durante cinco meses, só os familiares próximos e a sua equipa de advogados souberam. Mas ontem, passado o tempo necessário para tratar de algumas questões legais, foi revelado o segredo: os 'Lopes', casal de emigrantes portugueses em Newark, nos EUA, ganharam a lotaria.

Desafiando as leis das probabilidades - as hipóteses de jackpot eram de 175 milhões para um - o casal que partiu de Vilarinho do Bairro, Anadia, para a América, ganhou o prémio máximo na taluda da Mega Millions. A chave mágica (2, 16, 23, 29, 32 e o número de ouro 46) vale 126 milhões de dólares (quase cem milhões de euros), que depois das deduções fiscais se ficam por uns nada modestos 75,45 milhões em notas verdes do Tio Sam.

Acompanhado pelo seu advogado, num inglês atrapalhado e depois num português alegre, Mário Lopes, trabalhador da construção civil, descreveu segunda-feira como neste jogo de azar a sorte lhe bateu à porta.

"Levou algum tempo até nos convencermos de que tínhamos realmente ganho. Depois daquilo tudo, assinámos o bilhete, pusemo-lo num local seguro e pensámos no nosso futuro e no futuro da nossa família. Decidimos pedir conselho a profissionais. Eu e a Clélia somos bons a gerir o nosso dinheiro, mas quando estamos a falar de 75 milhões de dólares bem... não faz mal nenhum ter o conselho de um especialista".

Clélia Lopes contou que teve o bilhete na carteira durante vários dias antes de perceber que estava milionário. Esta dona de casa, mãe de dois filhos, comprou o bilhete da lotaria num supermercado AJ Seabra, em Ironbound, uma zona portuguesa, nos arredores de Nova Iorque. "Eu estava na mercearia a fazer as minhas compras e comprei um bilhete de lotaria, como faço sempre."

O casal Lopes, que tem cidadania americana, ainda não tem planos para o futuro. Sabem apenas que querem continuar a viver no estado de Nova Jérsia e que vão estender a sorte à família em Portugal.

In DN