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 No rescaldo das Legislativas 2009

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MensagemAssunto: No rescaldo das Legislativas 2009   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 3:11 pm

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A falhada 'execução' de Sócrates

por João Marcelino
Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Joao_marcelino

Em pouco mais de 15 dias, José Sócrates e o PS construíram uma vantagem absolutamente inesperada.

Passaram de uma ligeira vantagem nas sondagens para uma vitória expressiva nas urnas. Mérito pessoal, sem dúvida, de José Sócrates, mas igualmente muito demérito de Manuela Ferreira Leite. A presidente do PSD cometeu erros infantis. Chegou a comentar, num Fórum da TSF, que quando assumiu a presidência do PSD não contava ser candidata à chefia do Governo (!) e falhou na estratégia de execução de carácter a que sujeitou Sócrates. No final, o PSD ficou quase igual ao que era com Santana Lopes, há quatro anos - e isso configura uma derrota brutal, que terá rápidas consequências na liderança.

O resultado de Sócrates é fruto de resistência pessoal e qualidade política, mas provavelmente o programa do Governo do PS também ganhou ao pequeno texto mal alinhavado do PSD. O PS disse o que queria fazer; o PSD perdeu demasiado tempo a dizer o que não faria a um país que, apesar de algum pessimismo, também já está longe do Portugal dos pequeninos. Talvez por isso, e pela entrada em cena de um eleitorado mais jovem, falhou a atracção do voto útil sobre o eleitorado do PP.

Há um ano, quando o PS suspirava por uma nova maioria absoluta, este seria um mau resultado. Hoje, depois da crise financeira mundial, estes números são revigoradores para o partido. A teoria da "asfixia democrática" não foi o papão que MFL e os seus estrategas imaginaram (e viram crescer com a ajuda de Belém até quase ao final da campanha).

José Sócrates está agora em condições de negociar uma maioria mas provavelmente vai governar sozinho. O Governo quase só pode cair na sequência de uma concertação entre a esquerda à esquerda do PS e os partidos da direita parlamentar. Ou seja, há espaço, pelo menos nos primeiros anos da legislatura, para ir negociando pontualmente os dossiers mais complicados, a começar pelo Orçamento do Estado.

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MensagemAssunto: Vencedores e perdedor   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 3:20 pm

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Vencedores e perdedor

por Ferreira Fernandes
Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Ferreira_fernandes

O primeiro dos vencedores, o PS. Simplesmente, porque ganhou.

Mas nenhum comentador socialista, dos que se passearam ontem nos estúdios, soube responder com o óbvio aos adversários que sublinhavam a descida socialista: "Preferia estar no seu lugar ou no meu?"

É pena que, mais uma vez, não tenha havido gente de frase curta e clara que, em noite eleitoral, trouxesse a conversa para o essencial. Segundo vencedor, Marcelo Rebelo de Sousa, que viu o homem que lhe tapava a candidatura presidencial em 2011 revelar-se como coveiro do partido deles. Terceiro, Paulo Portas, há anos à procura de dois dígitos e ganhá-los, agora, quando o parceiro que lhe disputa o mesmo terreno está fragilizado. Quarto, Francisco Louçã, que cresce e vê Sócrates, embora necessitado de alianças, não precisando de as fazer com o BE - isto é, Louçã terá mais quatro anos de limbo, fazendo de conta que isto de democracia burguesa não é com ele. Quinto vencedor, Mário Nogueira (ou outro sindicalista de corporação forte), que talvez convença o PCP, por uma vez, de que o seu fundo de comércio é a rua (onde, em quatro anos, é a oposição mais forte) e não a urna (onde, num só dia, vai para a cauda dos partidos). Perdedores também há alguns, mas há um que ofusca todos: Cavaco. Conseguiu perder duas eleições, a de ontem e a de daqui a dois anos, num dia.

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MensagemAssunto: Imprensa europeia destaca vitória e perda da maioria do PS   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 3:31 pm

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Imprensa europeia destaca vitória e perda da maioria do PS

por Lusa
Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Ng1197405

A imprensa europeia noticia hoje a vitória do PS nas eleições legislativas de domingo, com alguns jornais em Espanha a chamarem o assunto à primeira página e a destacarem a perda da maioria absoluta.

"O socialista Sócrates renova mandato em Portugal" é o título da chamada à primeira página no El País, o jornal mais lido em Espanha, que se refere ao facto de os resultados confirmarem a perda da maioria absoluta.

Uma referência praticamente idêntica à mais pequena chamada, também na primeira página, do outro diário de referência em Espanha, o El Mundo.

Em ambos os casos, o maior destaque vai para as eleições na Alemanha e para a vitória da coligação liderada por Angela Merkel.

Para o diário La Razon, mais à direita, o assunto também merece chamada à primeira página, mas neste caso o resultado das eleições demonstra, segundo o jornal, que "o anti-espanholismo passa factura à direita em Portugal".

O diário Público, mais à esquerda, contrasta na primeira página os resultados das eleições na Alemanha e em Portugal, referindo que "o socialista Sócrates continuará no Governo".

Para o La Vanguardia, editado na Catalunha, as eleições demonstram que "Portugal volta a confiar no socialista Sócrates".

O ABC também refere a vitória socialista aquém da maioria, citando declarações do PSOE, no Governo em Espanha, de que esse triunfo garantirá a construção do TGV entre os dois países e notando a baixa participação do eleitorado.

" semelhança de Espanha, também outros jornais europeus realçam hoje a vitória de José Sócrates, depois da notícia da vitória da chanceler alemã Angela Merkel.

A edição europeia do "site" do Financial Times escreve "Sócrates ganha segundo mandato em Portugal".

O italiano Corriere Della Será titula: "O partido do primeiro-ministro não alcançou a maioria absoluta", referindo que em Portugal, os socialistas estão à frente.

O "site" do francês Le Monde diz que o "Partido Socialista do primeiro-ministro, José Sócrates, candidato a um segundo mandato, ganhou as eleições legislativas em Portugal".

"Socialistas portugueses reeleitos", diz a BBC News, adiantando que a campanha eleitoral foi dominada pela estratégia para combater a crise económica.

A France Press noticiou a vitória socialista em Portugal referindo que o primeiro-ministro, que deverá ser reconduzido num segundo mandato, "é um socialista reformador, determinado e frontal, defensor de uma política de resultados".

A Associated Press diz que Sócrates teve críticos dentro do seu partido devido à sua determinação para "reformar e modernizar Portugal".

A EFE refere que o líder do PS se mostrou "decidido a formar governo apesar de ter perdido a maioria absoluta alcançada em 2005".

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MensagemAssunto: Novo Governo arrisca pior défice dos últimos 15 anos   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 4:28 pm

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Novo Governo arrisca pior défice dos últimos 15 anos

por Lusa
Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Ng1197419

O novo Governo minoritário de José Sócrates arrisca-se a ter, este ano, o pior défice orçamental dos últimos quinze anos, o que empurra a consolidação das contas públicas para o topo das prioridades económicas.

O Boletim da Primavera da Comissão Europeia revela que o desequilíbrio nas contas públicas, em 2009, pode chegar aos 6,5 por cento, um valor que só é ultrapassado pelos números de 1994, quando o défice chegou aos 7,3 por cento. O Governo, no entanto, é mais optimista e estima que o défice não vá além dos 5,9 por cento, este ano.

A confirmarem-se as projecções de Bruxelas para o conjunto da União Europeia, Portugal terá o sétimo pior défice orçamental dos 27 Estados membros. Assim, o país poderá passar, em apenas dois anos, do melhor resultado (2,5 por cento em 2007), para o pior em 15 anos, caso o défice de 2009 supere a barreira dos 6,1 por cento.

O mais alto défice orçamental português, de 8,6 por cento, aconteceu em 1981. Desde então, as contas portuguesas nunca conseguiram atingir o equilíbrio. Independentemente do valor apurado para este ano, o desequilíbrio nas contas do Estado ficará sempre acima do limite de 3 por cento estipulado no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), mas Portugal não incorrerá em sanções, já que o PEC está actualmente suspenso.

O comissário europeu Joaquín Almunia, responsável pela actualização das previsões económicas da União Europeia (UE) e da Zona Euro, explicou que só os países que ultrapassaram os 3 por cento permitidos pelo PEC já em 2008 é que serão visados num contencioso. No ano passado, o valor do défice ficou-se pelos 2,6 por cento.

O novo Governo minoritário de José Sócrates inicia assim funções com a dupla tarefa de consolidar as contas públicas e, ao mesmo tempo, escolher o momento certo para começar a retirar os estímulos à economia, uma das razões pelas quais o desequilíbrio nas contas públicas terá mais do que duplicado em 2009.

O Banco Central Europeu (BCE) já recomendou aos governos da zona euro para assegurarem um regresso rápido às políticas de consolidação orçamental, melhorando as contas pública sem recorrer a aumentos de impostos e contribuições sociais.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Fundo Monetário Internacional) defenderam, já este mês, o planeamento de uma estratégia concertada a nível global de retirada destes estímulos à economia.

Mas a questão mais complicada centra-se no momento certo para retirar os apoios dados às economias: retirar os estímulos demasiado cedo pode comprometer a recuperação, mas fazê-lo demasiado tarde pode implicar um crescimento da inflação.

Saldo orçamental em 2008 e projecções para 2009 e 2010 do Boletim da Primavera da Comissão Europeia: 2008 2009 2010

Irlanda -7,1% -12% -15,6%Reino Unido -5,5 % -11,5% -13,8%Letónia -4% -11,1% -13,6%Espanha -3,8% -8,6% -9,8%França -3,4% -6,6% -7%Polónia -3,9% -6,6% -7,3%Portugal -2,6% -6,5% -6,7%Eslovénia -0,9% -5,5% -6,5%Lituânia -3,2% -5,4% -8%Grécia -5% -5,1% -5,7%Romenia -5,4% -5,1% -5,6%Eslováquia -2,2% -4,7% -5,4%Belgica -1,2% -4,5% -6,1%Italia -2,7% -4,5% -4,8%República Checa -1,5% -4,3% -4,9%Áustria -0,4% -4,2% -5,3%Alemanha -0,1% -3,9% -5,9%Malta -4,7% -3,6% -3,2%Holanda 1% -3,4% -6,1%Hungria -3,4% -3,4% -3,9%Estónia -3% -3% -3,9%Suécia 2,5% -2,6% -3,9%Chipre 0,9 -1,9% -2,6%Dinamarca 3,6% -1,5% -3,9%Luxemburgo 2,6% -1,5% -2,8%Finlândia 4,2% -0,8% -2,9%Bulgária 1,5% -0,5% -0,3%

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MensagemAssunto: Van Zeller: Empresários pedem estabilidade para investir   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 4:35 pm

Van Zeller: Empresários pedem estabilidade para investir

por Lusa
Hoje

O presidente da CIP, Francisco Van Zeller, afirmou hoje que as empresas exigem que o novo Governo transmita "cá para fora" a sensação de estabilidade, porque senão os empresários não vão investir.

"Nós [as empresas] temos que exigir estabilidade. É preciso que o novo Governo transmita cá para fora a sensação de estabilidade, porque senão os empresários não irão investir", disse à agência Lusa o dirigente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP).

Questionado sobre o resultado da votação nas eleições legislativas que no domingo deu a vitória ao Partido Socialista, por 36,6 por cento, Francisco Van Zeller considerou que o novo Executivo "tem margem para governar. Não está entalado, mas tem de definir muito bem o caminho que quer".

Para Francisco Van Zeller, o novo Governo tem de "clarificar muito bem a estratégia, que passa pela estabilidade e não pelo apoio da esquerda".

"O novo Governo poderá fazer um acordo com o PSD, [que alcançou 29,1 por cento dos votos], contando com a sua abstenção ou com o CDS-PP [que obteve 10,5 por cento] de forma mais constante", acrescentou.

Sobre a intervenção do Bloco de Esquerda, que teve 9,8 por cento dos votos, Francisco Van Zeller disse: "É fatal".

"Qualquer decisão do BE irá sempre prejudicar a imagem e o ânimo dos empresários para que haja crescimento e criação de desemprego", salientou.

Segundo Francisco Van Zeller, "o pior que pode acontecer às empresas é terem dúvidas sobre o futuro e a filosofia do BE, com as nacionalizações, vai travar o movimento de crescimento económico e de criação de emprego", justificou.

"Os partidos de esquerda são contra a iniciativa privada e qualquer entendimento estratégico não traria estabilidade e paralisaria a economia portuguesa", disse ainda o presidente da CIP à agência Lusa.

No entanto, admitiu que ou com o BE, ou à esquerda do PS, o Governo poderá fazer acordos em algumas áreas ditas 'fracturantes'.

De acordo com o líder da CIP, a instituição "nunca teve problemas em dialogar com o PS".

"O diálogo é possível [deu-se em grandes assuntos como a reforma da Segurança Social] e pode ser feito no Parlamento", garantiu.

Para Francisco Van Zeller, é fundamental definir uma estratégia de estabilidade e clarificar "muito bem o caminho", concluiu.

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MensagemAssunto: Os 5 vencedores   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 4:53 pm

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Os 5 vencedores

Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Ng1197238

Manuel Alegre, José Manuel Rodrigues, Francisco Louçã, Paulo Portas e José Sócrates.


Manuel Alegre

Entrou a meio da campanha, num comício em Coimbra. O desavindo Manuel Alegre, com esse gesto, unia a família socialista e impedia, talvez, que a transferência de votos do PS para o Bloco de Esquerda fosse mais significativa. Outros históricos do partido seguiram-lhe o exemplo e, a partir daí, a onda rosa começou a crescer. Alegre é um dos vencedores das legislativas de ontem e abre caminho a uma recandidatura à Presidência da República.


José Manuel Rodrigues

Foi um dos troféus que o líder do partido, Paulo Portas, exibiu ontem no discurso da noite eleitoral. O CDS-PP, quase três décadas depois, voltava a eleger um deputado em terras de Alberto João Jardim, no círculo eleitoral da Madeira. Quem conseguiu este feito foi José Manuel Rodrigues, que se torna assim um dos vencedores da noite eleitoral. O último deputado eleito pelo CDS-PP na Madeira tinha sido Cabral Fernandes, nos primeiros anos da democracia.


Francisco Louçã

A partir de agora, talvez não precise mais de mudar sazonalmente de deputados na Assembleia da República para dar a ideia de uma bancada substancial. Francisco Louçã jogou tudo em retirar a maioria absoluta ao PS, aí estava o eleitorado que podia fazer crescer o BE. A estratégia deu frutos: Louçã consegue vencer a campanha do "voto útil", tornar-se na quarta força parlamentar. E não vai ser fácil conhecer todos os deputados do Bloco pelo nome.


Paulo Portas

Fez uma campanha incansável, nas feiras e mercados, como é marca sua, e nos grandes centros urbanos. Disseram-lhe na rua que ele daria um bom primeiro-ministro, e Paulo Portas logo veio afirmar que estava preparado para assumir o cargo. Mas a sua corrida era outra: evitar o voto útil do seu eleitorado para o PSD de Manuela Ferreira Leite e obter um resultado que lhe permitisse eventualmente negociar com um futuro governo socialista de José Sócrates.


José Sócrates

Vê fugir a maioria absoluta, mas é o grande vencedor das legislativas de ontem. José Sócrates, que perdeu as presidenciais e, há três meses, as europeias, tem agora uma vitória clara. Contestado nas ruas, acusado de ser um primeiro- -ministro arrogante, apanhado pela súbita crise mundial, Sócrates entrou na campanha com as sondagens a dar-lhe "empate técnico" com Manuela Ferreira Leite. Hábil nos debates televisivos, contrapôs a modernidade ao "passado".

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MensagemAssunto: Os 5 vencidos   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 4:59 pm

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Os 5 vencidos

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No rescaldo das Legislativas 2009 Ng1197239

Aníbal Cavaco Silva, José Pedro Aguiar-Branco, José Pacheco Pereira, Jerónimo de Sousa e Manuela Ferreira Leite.

Aníbal Cavaco Silva

O afastamento do assessor Fernando Lima, decisão relacionada com o caso das alegadas escutadas a Belém, tornou-se num dos factos políticos da campanha eleitoral das legislativas. O Presidente da República, Cavaco Silva, com esse gesto ambíguo, prometendo esclarecimentos para depois de 27 de Setembro, interferiu indirectamente na luta eleitoral. A sua família política, o PSD, perdia irremediavelmente um dos temas da campanha: a tese da "asfixia democrática".


José Pedro Aguiar-Branco

Deu a voz pelo partido no caso Jornal Naciona da TVI, esteve com a líder na tese da "asfixia democrática", foi ele que disse que o PS estava a tentar "instrumentalizar o Presidente" no caso das escutas. Na ausência de Rui Rio, Aguiar-Branco surgiu nesta campanha como número dois. Tido como possível sucessor na liderança do PSD, o resultado de ontem, próximo da modesta votação de Santana Lopes em 2005, coloca-o longe dessa corrida.


José Pacheco Pereira

Embalado pela vitória nas eleições europeias, o comentador regressou à política partidária activa, ao lado de Manuela Ferreira Leite, com o objectivo de afastar José Sócrates e o PS do poder. Pacheco Pereira é um dos perdedores. Numa tentativa para inverter a tendência de queda do PSD, sugeriu, conhecido o afastamento do assessor Lima, que o Presidente da República deveria esclarecer o "caso das escutas" antes das eleições.


Jerónimo de Sousa

Mantém sensivelmente os resultados dos 2005, mas desta vez, a CDU desce de terceira para quinta força parlamentar. É uma derrota para Jerónimo de Sousa que se vê ultrapassado pelo Bloco de Esquerda de Francisco Louçã e pelo CDS-PP de Paulo Portas. E, no entanto, o líder comunista fez uma boa campanha, com grandes comícios em Lisboa e Porto. A sua participação nos debates televisivos não foi, de facto, a mais empolgante - mas isso só não explica tudo.


Manuela Ferreira Leite

A estratégia da "asfixia democrática" não funcionou. A campanha suave, reservada, "genuína", sem grandes comícios também não. O "rasgar" dos projectos dos socialistas para as grandes obras públicas, de igual modo, não teve aceitação entre o eleitorado. Depois da vitória nas europeias, Manuela Ferreira Leite, que prometia falar verdade e afastou os opositores das listas, perde as eleições. E, por certo, perderá o partido também.

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MensagemAssunto: CGTP exige governação e políticas à esquerda   No rescaldo das Legislativas 2009 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 9:26 pm

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CGTP exige governação e políticas à esquerda

por Lusa
Hoje

No rescaldo das Legislativas 2009 Ng1197605

A CGTP exigiu hoje uma governação e políticas à esquerda por considerar que os portugueses deram "um claro voto à esquerda" nas eleições legislativas de domingo.

As soluções governativas têm de respeitar o sentido do voto", disse, em conferência de imprensa, o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva.

O sindicalista falou aos jornalistas no final de uma reunião da comissão executiva da Intersindical, em que foi feita uma "primeira e breve apreciação dos resultados eleitorais".

Carvalho da Silva considerou que o Partido socialista foi penalizado, perdendo votos e deputados, por ter seguido políticas de direita em áreas fundamentais.

"Para evitar maiores perdas, o PS, durante a pré-campanha e a campanha eleitoral, assumiu um discurso contra a direita, recheado de promessas de mudanças, de valorização de políticas sociais e de diálogo social e político para o futuro", salientou o líder da Inter.

"Seria uma aberração que este partido, que se assumiu à esquerda na campanha, não cumprisse as promessas eleitorais", disse Carvalho da Silva, afastando a possibilidade de o PS se aproximar do CDS para assegurar a governação.

Carvalho da Assumiu ainda que os trabalhadores portugueses e os seus sindicatos - geralmente da CGTP - contribuiram com a "sua intervenção e luta" ao longo da legislatura para a perda da maioria absoluta do PS.

"A mobilização social foi uma das principais causas da perda da maioria absoluta do PS, o que confere uma nova centralidade ao Parlamento, responsabilizando de forma acrescida todos os partidos que, assim, terão maior influência na definição das polítcas para o país", disse.

Carvalho da Silva disse ainda esperar que os partidos de esquerda tenham a capacidade de apresentar no Parlamento propostas que vão ao encontro dos anseios dos trabalhadores.

A CGTP considerou que os portugueses participaram significativamente nas eleições legislativas embora a abstenção também tenha sido significativa e responsabilizou "a dureza das políticas seguidas nos últimos tempos, a falta de compromissos e de respostas aos problemas das pessoas", pelo nível de abstenção.

RRA.

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