Grécia

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Ricos já desviaram 200 mil milhões para a Suíça

por Dn.pt
Hoje


Só nos últimos meses já foram desviados dez mil milhões de euros para o estrangeiro, afirma o instituto financeiro alemão Roland Berger.

Cidadãos gregos já desviaram mais de 200 mil milhões de euros, das suas fortunas pessoais, para contas bancárias na Suíça, desde o início da crise financeira que se abateu sobre o país, avança hoje o "La Vanguardia".

Em declarações ao jornal alemão "Bild", Markus Kroll, do instituto financeiro alemão Roland Berger, afirma que "só nos últimos meses terão sido desviados para o estrangeiro mais de 10 mil milhões de euros".

A fuga massiva de capitais deve-se ao medo generalizado de uma quebra das finanças públicas na Grécia e à possibilidade do regresso ao dracma como moeda nacional, o que faria com que os depósitos em euros nas contas gregas perdessem mais de metade do seu valor.

Os capitais estão a ser desviados por transferências bancárias, normalmente através do Chipre. Além da fuga de capitais de contas de particulares, os industriais gregos também estão a aproveitar as suas sociedades no estrangeiro para transferirem as suas fortunas para fora do país.

In DN

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Sindicalista morre em manifestação contra austeridade

por Lusa
Hoje


Um sindicalista morreu hoje de paragem cardíaca numa clínica de Atenas, onde recebia assistência após ter sido atingido por uma pedra durante confrontos com a polícia frente ao Parlamento grego, onde milhares de pessoas continuam concentradas numa manifestação de protesto.

Na manhã de hoje, e pelo segundo dia consecutivo, voltaram a registar-se violentos confrontos no centro da capital grega no último dia de uma greve geral de 48 horas contra as novas medidas de austeridade e que opuseram grupos radicais entre si e obrigaram à intervenção da polícia grega.

Imagens transmitidas pelas televisões helénicas mostravam um grupo de manifestantes do Partido Comunista Grego (KKE), que se encontrava frente ao Parlamento, a ser atacado por radicais com pedras e bombas incendiárias.

A polícia interveio quando os confrontos entre os dois grupos, e que envolviam cerca de 500 pessoas, se tornaram violentos, decidindo dispersar a concentração com gás lacrimogéneo.

As primeiras informações indicavam numerosos feridos. A multidão concentrada na praça Sintagma, frente ao hemiciclo ateniense, dificultou a circulação das ambulâncias que tentavam socorrer dezenas de feridos no local.

Milhares de manifestantes permaneciam esta tarde junto ao Parlamento aguardando a votação final de um novo projeto-lei que vai implicar mais despedimentos, aumentos de impostos, redução de salários e pensões, com o objetivo de reduzir o défice e cumprir as exigências dos credores internacionais.

In DN

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Maioria dos gregos apoia Lucas Papademos

por Lusa
Hoje


A maioria dos gregos apoia Lucas Papademos, primeiro-ministro de um governo de unidade nacional entre os socialistas, a direita e a extrema-direita, segundo sondagens hoje publicadas nos jornais da Grécia.

Cerca de 55 por cento dos inquiridos têm uma "opinião positiva" de Papademos contra 18 por cento que disseram ter uma impressão negativa e 27 por cento que não têm opinião, indica uma sondagem do instituto público, realizada na sexta-feira, junto de 1.200 pessoas em todo o país e publicada no Kathimérini. Na mesma linha, uma sondagem do instituto Kapa Research, divulgada pelo jornal To Vima e com uma amostra de mil pessoas mostra que "a escolha de Papademos" é aprovada por 73 por cento dos entrevistados contra 20 por cento que a consideram "um erro".

Segundo este inquérito, o governo de união é aprovado por 60 por cento das pessoas e rejeitado por 35 por cento dos inquiridos. Os líderes dos três partidos, o socialista Pasok, a Nova Democracia (ND) de direita e o Laos da extrema direita, decidiram, após cinco dias de negociações, nomear o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu Lucas Papademos como primeiro-ministro. A maioria dos gregos (57 por cento) defende eleições legislativas depois de fevereiro, mas 26 por cento preferiam que se realizassem já e 14 por cento sugerem a data de 19 de fevereiro, que tinha sido apontada pelos dois principais partidos, o Pasok e a ND, segundo a sondagem do Kapa Research.

A nível da popularidade dos partidos, a extrema direita conta com 37 por cento das preferências, seguindo-se a extrema esquerda radical Syriza (35 por cento), que recusou participar neste governo, e a ND, com 31 por cento, de acordo com o inquérito publicado no Kathimérini.

In DN

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Grécia: Milhares de manifestantes em dia de greve geral

por Lusa
Hoje


Milhares de pessoas começaram hoje a manifestar-se em Atenas em dia de greve geral contra as medidas de austeridade que o país está a sentir há dois anos e que o novo governo de coligação se comprometeu a prolongar na quarta-feira à noite.

Ao meio-dia, a polícia contabilizava 17.000 manifestantes em Atenas e 6.000 em Salónica, no norte do país, empunhando cartazes em que se podia ler "não ao orçamento de austeridade" ou "não, uma vez mais não, é necessário que os culpados da fraude fiscal paguem".

Os meios de comunicação social destacaram que a mobilização é "bem inferior" à registada em Outubro, quando mais de 125.000 pessoas se manifestaram no país durante uma greve geral de dois dias.

Entretanto, o então primeiro-ministro socialista, George Papandreou, foi forçado a deixar o Governo em prol de uma aliança governamental socialista-conservadora.

"Há certamente menos pessoas que em Outubro (....) mas a paciência das pessoas começa a estar no limite. (...) Há uma grande tristeza e uma raiva que vão acabar por exprimir-se, espero é que não seja de maneira descontrolada", declarou a vice-presidente do sindicato dos funcionários Adedy, Ilias Iliopoulos.

A greve está a ter grande adesão do sector público, apesar de também abranger o privado, tendo os barcos permanecido ancorados no porto do Pireu, em Atenas. As escolas e administrações permaneceram fechadas, os comboios não circularam e os autocarros registavam atrasos de três horas.

Mas ao contrário das greves anteriores, os aviões voavam normalmente, a Bolsa de Atenas e o metropolitano também estão a funcionar sem problemas e vários bancos estão abertos.

Esta é a sexta greve geral desde o início do ano e o primeiro conflito que atravessa o Governo do ex-banqueiro Lucas Papademos, que integra socialistas, conservadores e políticos de extrema-direita.

In DN

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Recessão na Grécia vai ultrapassar os 5,5% do PIB

por Lusa
Hoje


A contracção da economia grega vai ultrapassar os 5,5 por cento do produto interno bruto (PIB) em 2011, com o país a mergulhar na "recessão mais profunda de sempre", afirmou na quarta-feira o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

"O ano de 2011 terá a pior recessão que o país alguma vez atravessou, a contracção do PIB está estimada em mais de 5,5 por cento", ultrapassando, por isso, as previsões avançadas, afirmou Papademos numa conferência organizada pela câmara do comércio greco-americana.

"Temos um duro caminho pela frente", disse ainda o governante.

Até agora a Grécia previa uma recessão de 5,5 por cento do PIB em 2011, somando o quarto ano consecutivo de contracção económica, embora a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) tenha avançado estimativas mais pessimistas, de seis por cento.

Na primeira intervenção pública na Grécia desde a sua nomeação para a liderança do governo de coligação, a 11 de Novembro, o primeiro-ministro saudou as últimas decisões da cimeira europeia de 09 de Dezembro sobre a disciplina financeira dos países membros.

"A Grécia tem um interesse" na consolidação da sua economia e na estabilização do seu sistema bancário, afirmou Lucas Papademos.

"Esta disciplina vai permitir evitar o aumento dos défices orçamentais" com que o país se tem debatido nesta crise e deverá significar, em 2012, "um excedente orçamental primário" para a Grécia, o que seria "um sinal da recuperação da confiança em 2013", disse o líder do governo grego.

Papademos adiantou ainda que a prioridade do seu Executivo será a reforma da administração pública, nomeadamente "uma reforma radical do mecanismo de colecta de impostos, a batalha contra a evasão fiscal e a aceleração das privatizações".

O plano de recuperação da economia grega, ditado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê um encaixe de 50 mil milhões de euros até 2015 com as privatizações.

In DN

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Alunos desmaiam na escola com fome

por Lusa
Hoje

Os professores na Grécia estão preocupados com os vários casos que se têm registado nos últimos meses de alunos que desmaiam nas escolas por fome e desnutrição e já alertaram as autoridades para o caso.

O primeiro ocorreu há cerca de um ano e a ele seguiram-se mais denúncias de professores, que garantem que alunos seus estão na escola até às 16:00 sem comer nada o dia inteiro.

Os meios de comunicação deram conta do caso, mas as notícias foram catalogadas de exageros jornalísticos até que, há cerca de duas semanas, um rapaz de 13 anos desmaiou num colégio da Heraklión, a capital da ilha de Creta.

Quando a directora avisou a mãe, que trabalha a tempo parcial numa empresa municipal e tem quatro filhos, ela disse que a sua família não comia nada há dois dias.

O assunto transformou-se em debate nacional e a imagem da comida a ser dividida nas escolas despertou, entre os mais velhos, o pesado inverno de 1941-42 quando, depois da ocupação nazi, mais de 300 mil pessoas morreram de fome.

Entretanto, a direcção escolar de Atenas assegurou que, desde que começou o ano lectivo, várias escolas básicas prepararam cerca de 5.500 refeições por dia e destacou que 67 dessas refeições são para alunos em condições de necessidade extrema.

A semana passada, o semanário pró-governamental "To Vima", citava fontes do Ministério da Educação Nacional a afirmarem que está a ser preparado um programa de distribuição de senhas no valor de dois ou três euros para os alunos de escolas de regiões com alta percentagem de pobreza.

In DN

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Gregos comparam ingerência alemã na economia ao nazismo

por DN.pt
Hoje


Os gregos estão fartos da ingerência alemã na sua política económica e estão a despertar os piores fantasmas históricos da relação entre os dois países: A invasão da Grécia pelos nazis.

A fúria grega contra aquilo que consideram ser uma campanha alemã para tomar conta da sua economia está ao rubro. Nos últimos dias, foram queimadas várias bandeiras alemãs durante protestos populares e a fachada do Banco da Grécia foi "desfigurada" para se parecer com o Banco de Berlim.

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", a chanceler alemã, Angela Merkel, também não escapou à contestação e surge vestida com uma farda nazi na capa do jornal de extrema-direita "Democracia", com um título que faz alusão ao campo de concentração de Auschwitz.

Os gregos acreditam que a Alemanha está constantemente a alterar as condições para o acesso a novos fundos da União Europeia, para que a nova ajuda à Grécia não se concretize.

Nas ruas, surgiu também um poster com a figura de Angela Merkel, vestida como um oficial nazi e usando uma braçadeira com a suástica rodeada pelas estrelas da União Europeia. A interferência alemã na política económica do país está a fazer reviver as piores recordações históricas dos dois países, como a invasão da Grécia pelos exércitos nazis, há mais de 65 anos.

In DN

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"Grécia não vai conseguir formar Governo"

por Lusa


A Grécia não vai conseguir formar um Governo de coligação, preconizou hoje Fotis Kouvelis, líder da Esquerda Democrática, um pequeno partido moderado.

"Nenhum Governo de coligação pode emergir", acrescentou o político, antes do início das conversações agendadas pelo presidente Carolos Papoulias, na tentativa de encontrar uma solução de Governo no atual quadro parlamentar.

Fotis Kouvelis salientou a impossibilidade de formar Governo sem a presença dos radicais do Syriza, a segunda força política mais votada.

"Um Governo sem o Syriza não terá o necessário apoio popular e parlamentar", disse Kouvelis, antigo membro daquele partido, que abandonou em 2010.

Alexis Tsipras, líder do Syriza, já anunciou que não vai participar na reunião convocada pelo Presidente, para a qual foram chamados outros partidos como a Nova Democracia e o Pasok.

A Grécia vive um momento político conturbado e a impossibilidade de formação de Governo até quinta-feira, quando a nova composição do Parlamento se reunir pela primeira vez, obrigará à marcação de novas eleições em junho.

O impasse e as duvidas dos investidores sobre a crise das dividas soberanas da Europa, com os problemas da Grécia em primeiro lugar, estão a criar incertezas no mercado.

In DN

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Iraquiano morto em ataque xenófobo nas ruas de Atenas

por Texto da Agência Lusa, editado por Patrícia Viegas
Hoje

Um jovem iraquiano foi morto à facada, no sábado à noite, em Atenas, por cinco motards que perseguiam estrangeiros, anunciou a polícia, numa altura em que o país é acusado de negligência face à banalização da violência xenófoba.

O rapaz, cuja idade não foi divulgada, morreu no hospital, para onde tinha sido transferido com "numerosas feridas provocadas por um objeto cortante", informa a polícia em comunicado.

As autoridade procuram agora os atacantes, "cinco pessoas em quatro motas, que já tinham tentado agredir um romeno e um marroquino na mesma zona", pode ler-se no comunicado.

Numa reação oficial, o ministro da ordem pública, Nikos Dendias, exprimiu a sua "profunde tristeza" com esta morte, sublinhando a determinação do Estado em punir estes atos.

A Grécia tem sido criticada por organizações como o Conselho da Europa e a Human Rights Watch devido à ausência de medidas contra a violência xenófoba.

In DN

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Milhares de gregos contra austeridade e visita de Merkel

por Lusa, texto publicado por Isaltina Padrão
Hoje


Milhares de pessoas manifestaram-se hoje frente ao parlamento grego contra a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, e as medidas de austeridade que o Governo de coligação está a negociar com os credores internacionais.

"As medidas de dor não passarão", "Não ao memorando" ou "FMI e UE fora da Grécia" foram algumas das faixas exibidas pelos manifestantes -6.000 segundo a polícia - que se concentraram na praça Syntagma, no centro da capital.

A manifestação tinha sido convocada na semana passada pelos sindicatos, mas ganhou um novo sentido com o anúncio da viagem à Grécia da chanceler alemã, prevista para terça-feira.

"O pior é que a Grécia está a ser transformada num protetorado", denunciou o deputado Ioannis Mijaloyannis, que apesar de integrar a Esquerda Democrática (Dimar) -- que juntamente com o Partido Socialista (Pasok) apoia o executivo do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras --, já anunciou que vai votar contras as novas medidas de austeridades, definidas como "inconstitucionais".

"Desde o início da crise já foram criados 72 novos impostos, nove deles excecionais, reduziram-se os salários em 40 por cento e os preços subiram cerca de 31 por cento. Isto sem contar com os efeitos das novas medidas. As pessoas não aguentam mais", afirmou em declarações à agência noticiosa espanhola EFE.

Na terça-feira, Atenas vai amanhecer totalmente vigiada e com o centro encerrado ao tráfego e protegido por mais de seis mil polícias, para evitar incidentes durante o percurso de Merkel, que se vai reunir com o primeiro-ministro e com o Presidente da Grécia, Carolos Papoulias.

Prevê-se que Merkel manifeste o seu apoio às novas medidas de austeridade, exigidas pelos credores internacionais em troca da concessão de uma nova parcela da ajuda financeira.

Em paralelo, e na sequência de incidentes cada vez mais violentos com a polícia, ou aos crescentes confrontos entre neonazis, anarquistas e imigrantes, as principais confederações sindicais gregas (GSEE e ADEDY) emitiram um comunicado conjunto no qual referem que "as proibições policiais, a violência policial, as prisões de grevistas e de líderes sindicais são destinadas a reverter os direitos democráticos" dos gregos.

In DN

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Neonazis gregos apelam a demissão de estrangeiros

por Susana Salvador
Hoje

Militantes do partido Aurora Dourada estão a "visitar" empresários com lista de gregos no desemprego, pedindo-lhes que despeçam os estrangeiros.

A polícia grega está a receber denúncias de empresários gregos que estão a ser pressionados pelos membros do partido Aurora Dourada a despedir estrangeiros. Segundo conta a correspondente do ABC em Atenas, Begoña Castiella, nestas "visitas" os militantes pedem "educadamente" aos empresários que despeçam os trabalhadores imigrantes, que descrevem como "estrangeiros de terceiro-mundo", para que assim possam contratar os gregos desempregados da lista que tem o partido.

As autoridades já estão a investigar o caso, segundo o jornal ABC.

In DN

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Deputados votam hoje orçamento para 2013

por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabra
lHoje

Os deputados gregos votam hoje o Orçamento do Estado para 2013, que inclui uma parte dos cortes do plano plurianual de austeridade aprovado na quarta-feira.

Depois da passagem do pacote de cortes de mais de 18.000 milhões de euros até 2016, a aprovação do orçamento é vista como igualmente crucial pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se na segunda-feira em Bruxelas para discutir a situação da Grécia, que precisa com urgência de uma nova prestação de ajuda de 31,2 mil milhões de euros para poder pagar um empréstimo a 16 de novembro e não entrar em incumprimento.

Na aprovação do pacote de austeridade, o Governo viu a sua maioria teórica de 176 lugares reduzida a 153 devido à dissidência de seis deputados socialistas e de um conservador. Toda a oposição - 128 deputados em 299 presentes - votou contra.

As negociações da Grécia com a 'troika' de credores internacionais dizem respeito não apenas a uma nova prestação da ajuda financeira, mas também a um alargamento do prazo para a aplicação das suas reformas estruturais e orçamentais de dois anos.

In DN

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Polícia procura imigrantes fugidos após motim


por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Hoje

A polícia grega lançou uma operação em Atenas para encontrar imigrantes que fugiram de um centro de detenção após um motim que deixou 10 polícias feridos, informaram as autoridades. "Houve alguns fugitivos e agora estamos a tentar localizá-los", disse um porta-voz da polícia.


O motim começou cerca das 21:00 de sábado no principal centro de detenção de imigrantes da Grécia, em Amygdaleza, nordeste de Atenas, que alberga cerca de 1.200 imigrantes, maioritariamente afegãos e paquistaneses.

Os detidos incendiaram os colchões e os seus alojamentos e atiraram pedras e outros objetos contra os agentes da polícia antimotim que tentavam controlá-los.

Segundo a polícia, a agitação começou quando os detidos foram informados de que a estadia máxima no campo seria estendida de 12 para 18 meses.

A polícia não informou quantos detidos ficaram feridos no incidente.

Inaugurado há um ano, Amygdaleza foi o primeiro de 30 centros de detenção que o Governo grego pretende criar para fazer face à cada vez maior chegada de imigrantes que usam o país para aceder à União Europeia.

O centro consiste de várias dezenas de contentores originalmente construídos para albergar vítimas de catástrofes naturais.

Em declarações à edição digital de Naftemporiki, o autarca de Ajarnés, Sotiris Duros, afirmou que a rebelião era previsível há muito devido às "condições insuportáveis" do centro de detenção.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que os imigrantes são sujeitos a abusos por parte da polícia e são-lhes negados cuidados médicos naqueles campos.

Na semana passada, o grupo KEERFA acusou os guardas de espancarem detidos muçulmanos durante as suas orações.

Já em julho, o mesmo grupo relatou a morte de um detido afegão devido a uma infeção pulmonar que os guardas alegadamente ignoraram durante meses.

A Grécia é uma das principais entradas na União Europeia para imigrantes e refugiados que fogem de países pobres e em guerra na África, Médio Oriente e no subcontinente indiano.

In DN