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 Mirandês

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MensagemAssunto: Lusíadas em mirandês   Mirandês Icon_minitimeDom Set 28, 2008 4:02 pm

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Demorou cerca de cinco anos, sendo da autoria de Amadeu Ferreira
Mirandês


«Os Lusíadas» traduzidos para mirandês

Está concluída a tradução de «Os Lusíadas» para língua mirandesa. A tradução do épico de Luís de Camões demorou cerca de cinco anos, sendo da autoria de Amadeu Ferreira, sob o pseudónimo de Fracisco Niebro. A tradução foi publicada de forma regular no semanário regional «Nordeste».

Amadeu Ferreira tem já outros trabalhos publicados em língua mirandesa, como é caso da tradução do clássico da banda desenhada \"Astérix\", vários livros de poesia, foi co-autor da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa e de um dicionário em Mirandês.

A procura das melhores soluções gramaticais, rima, métrica e acentuação foram desafios linguísticos superados pelo autor. \"Houve alturas durante a tradução que não sabia para que lado me havia de virar, dada a complexidade da obra traduzida e as soluções a encontrar\", desabafou Amadeu Ferreira.

Em fase adiantada de preparação, está uma versão em banda desenhada de \"Os Lusíadas\", com desenhos de José Ruy e tradução de Amadeu Ferreira, a qual deverá estar nas bancas este ano com a chancela da Editora Âncora. O original foi editado pela Comissão dos Descobrimentos.

\" Isto quer dizer que esta tradução é o começo de uma nova vida, já que o mirandês faz parte da bibliografia de tão importante obra como são \"Os Lusíadas\". Traduzir um poema do épico para a \"lhégua\" também dá para demonstrar que o mirandês está à altura de tão importante obra,\" assegura.

No entanto, Amadeu Ferreira já garantiu que a tradução integral de \"Os Lusíadas\" é um trabalho que será colocado nas livrarias já no próximo ano.


Frnacisco Pinto, 2008-09-28
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MensagemAssunto: Mirandês   Mirandês Icon_minitimeQui Jan 29, 2009 6:00 pm

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«Lhéngua» celebra uma década
Mirandês


Mirandês Juliomeirinhos3

Mirandês: A ameaça é a globalização


Nos dez anos do mirandês como segunda língua oficial de Portugal, os estudiosos da «lhéngua» alertam: apesar de não estar em perigo, o mirandês está ameaçado pela modernização, sendo importante criar mecanismos para a sua manutenção.

O mirandês sobreviveu ao longo dos séculos devido, principalmente, ao isolamento da região em que a língua estava inserida e ao facto de ser transmitida através da tradição oral. Ora, actualmente, com a globalização e consequente "ameaça" de outras línguas, mais faladas através dos mais diversos meios de comunicação, os riscos são iminentes.

Na opinião de António Bárbolo Alves, investigador e escritor da língua mirandesa, o mirandês é, de facto, uma língua ameaçada, mas não em perigo. "O mirandês dispõe de algumas circunstâncias favoráveis à sua manutenção, já que obteve um reconhecimento político e uma convenção ortográfica para a normalização da escrita. Agora, faltam medidas de preservação inerentes do reconhecimento pelo Estado, que já deveriam ter sido incrementadas como o ensino oficial do mirandês nas escolas ", observa.

E salvaguarda: "Fala-se muito do mirandês, mais tenho sérias dúvidas de que se fale mais mirandês que há dez anos".

No que diz respeito ao ensino da língua, parece haver unanimidade no seio da comunidade de linguístas e investigadores do mirandês. "Desde que o ensino seja alargado e se criem condições para que o mirandês seja, aos poucos, reconhecido como uma língua de Portugal, e não só dos mirandeses, e que internacionalmente possa também ser reconhecida e estudada em várias universidades, o mirandês tem o seu futuro assegurado," garante Amadeu Ferreira, escritor de língua mirandesa e um dos seus investigadores mais activos.

Este estudioso vai mais longe ao afirmar que "as leis não mudam a realidade, só criam condições para que essa mudança aconteça, mas a mudança depende das pessoas e das instituições. O que se passou é que os mirandeses não quiseram esperar que a lei desse resultado por ela mesmo, mas trataram de arregaçar as magas e trabalhar, tornando a acreditar que era possível começar uma nova era para a sua língua".

O investigador crítica: "A lei do mirandês não foi tão longe como deveria. Pouco mais trouxe do que o reconhecimento dos direitos linguísticos".

Outro dos pontos que há a ter em conta e que poderá fazer o mirandês dar o salto em frente - perspectiva comum a todos os estudiosos, investigadores e falantes do mirandês - é a criação de uma instituição central apoiada pelo Estado que faça desenvolver a língua.

Por outro lado, também se considera fundamental assinar a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias, do Conselho da Europa. Outro dos anseios é o de integrar o mirandês no serviço público de rádio e televisão, dando o tempo de antena correspondente à sua representatividade.

Além disso, Júlio Meirinhos, ex-deputado e considerado o "pai" da lei do mirandês, considera essencial o reconhecimento oficial da língua mirandesa, mas também o seu ensino e, com ele, uma carreira docente para os professores de mirandês e a criação de uma instituição central para a defesa da "lhéngua".

"A língua mirandesa é um produtos turístico vendável, já que há turistas que se deslocam à região só para ouvir falar a «lhéngua»".

Duarte Martins, professor de língua mirandesa, salienta a perspectiva docente: "Era muito importante que o mirandês fosse leccionado em pé de igualdade com o português e deixasse de ser o parente pobre do ensino das línguas nas escolas".

Sete mil pessoas falam um idioma que conta séculos

O mirandês é uma língua falada no nordeste transmontano, ocupando uma área de influência de cerca de 500 quilómetros quadrados, com principal incidência no concelho de Miranda do Douro e parte do concelho de Vimioso.

A «lhéngua» teve a sua origem num dos romances peninsulares formados a partir do latim vulgar, nomeadamente no asturo-leonês, pelo que pertence ao grupo das língua românicas. Sofreu grande influência do português, sobretudo a partir do século XVI, e foi conservada nas aldeias envolventes como língua de transmissão oral.

No entanto, o mirandês foi dado a conhecer ao Mundo como uma forma diferente de falar em 1882, pelo filólogo José Leite de Vasconcelos. O processo de normalização da "lhéngua" foi iniciado em 1995, com a publicação de uma Proposta de Convenção de Língua Mirandesa.

O renascimento da língua mirandesa, após um período em que o seu único embaixador era o já falecido padre António Maria Mourinho, surge em 1986, com o início do ensino do mirandês na então Escola Preparatória de Miranda do Douro, pela mão de Domingos Raposo, o primeiro professor a leccionar o mirandês como disciplina opcional.

Estima-se que o número de falantes do mirandês não deverá ultrapassar as sete mil pessoas.

Um texto, duas línguas

L diabo que nun acreditaba n Einfierno

Era ua beç ua nuite d Abril i ua manhana cansada i frie. Habie tamien ua bruxa spierta, mui spierta, i un diabo buono. Nesse die la bruxa lhebantou-se cedo, mui cedo, quando la manhana inda staba ambrulhada cun la nuite i l diabo nien sequiera suonhaba cun l die. Ancuntrórun-se ls quatro cumo eiqui se cunta, sien tirar nien poner, nien nada acrecentar. Nun era nien de nuite nien de die nien a la hora de l meio die. Era an ne tiempo an que todo acuntece sien nada se ber i pouco se saber.

Apuis que las mantas la botórun fuora de la cama la bruxa passou ua mano molhada pu ls uolhos de la cara, l suferciente para se sentir fresca, i botou la nariç de fuora de casa. Indas que mal se bisse, l fresquito de la manhana i la cisca galhega yá deixában adabinar un die zbulhado i quaije primaberil. Debagarico i sien muita priessa, l Eimbierno alhá iba salindo. Acunchegába-se a las nuites, inda grandes i frescotas, teimando contra las purmeiras campaninas i pies de burro que sálen a saber de l sol an nes balhes mais abrigados i soalheiros.

O diabo que não acreditava no inferno

Era uma vez uma noite de Abril e uma manhã cansada e fria. Havia também uma bruxa esperta, muito esperta, e um diabo bom. Nesse dia a bruxa levantou-se cedo, muito cedo, quando a manhã ainda estava embrulhada com a noite e o diabo nem sequer sonhava com o dia. Encontraram-se os quatro como aqui se conta, sem tirar nem pôr, nem nada acrescentar. Não era nem de noite nem de dia nem à hora do meio-dia. Era no tempo em que tudo acontece sem nada se ver e pouco se saber.

Depois que as mantas a puseram fora da cama, a bruxa passou uma mão molhada pelos olhos da cara. O suficiente para se sentir fresca. Pôs o nariz de fora de casa. Ainda que mal se visse, o fresco da manhã e o vento galego já deixavam adivinhar um dia descascado e quase primaveril. Devagar e sem pressa, o Inverno lá se ia embora. Aconchegava-se às noites, ainda grandes e fresas, teimando contra as primeiras campainhas e pés-de-burro que saem à procura do sol nos vales mais abrigados e soalheiros.


Francisco Pinto in JN, 2009-01-29
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Mirandês Portugal


Última edição por Admin em Dom Ago 01, 2010 11:25 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Entrevista em mirandês   Mirandês Icon_minitimeQua Fev 04, 2009 5:49 pm

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«La Lei de l Mirandés, dieç anhos»
Mirandês


Mirandês Julio_meirinhos_jn

Palabras de Júlio Meirinhos que la apersentou na Assemblé de la República

Dieç anhos apuis da antrada an bigor de la lei nº 7/99, de 29 de Janeiro, que recoinciu ls dreitos lhenguísticos de ls falantes de lhéngua mirandesa, fumus a la fala cun Júlio Meirinhos, l deputado que an 1998 aperpuso essa lei a la Assemblé de la República.

Júlio Meirinhos ye bien coincido de todos ls stramuntanos i nun percisa de apersentaçones. L trabalho del hoije yá faç parte de nuossa stória i de la lhéngua mirandesa. Stá agora na altura de dar un nuobo salto an frente, para que puodamos ir mais loinge subretodo al nible de l ansino i de l zambolbimiento de la fala.
Eiqui quédan las repuostas. Esta ye la 1ª de bárias grandes anterbistas a respeito de ls dieç anhos de aprobaçon de la lei i de la Cumbençon Ourtográfica de la Lhéngua Mirandesa. Outras anterbistas eiqui saliran cun outros de ls percipales protagonistas, cumo Domingos Raposo i Manuela Barros Ferreira. Mas, para alhá deilhes, outros teçtemunhos eiqui eiran sendo publicados al lhargo de l anho, a amostrar cumo ye que ls mirandeses se relaciónan hoije cula sue lhéngua, stéian eilhes adonde stubíren i tenga la eidade que tubíren.

JN (Jornal Nordeste) - Cumo naciu l eideia dua lei de recoincimiento de la lhéngua mirandesa?
JM (Júlio Meirinhos) - Yá José Leite de Vasconcelos pedie un arrimadeiro jurídico, que portegisse i apoiasse la lhéngua mirandesa. Anquanto fui persidente de la Cámara Munecipal de Miranda de l Douro, muita cousa se fui fazendo, mas quanto mais se abançaba mais se sentie la falta dun strumiento lhegal que mos apoiasse i mos disse andependéncia an relaçon als gobernos i partidos que fússen stando ne l poder. Assi que fui eileito deputado, pareciu-me que stában juntas las cundiçones para lhuitar mais un cachico i ir mais longe. Habie chegado l altura de atirar cula bargonha i lhebantar la proua. Era agora deputado mirandés de l Parlamento de la República i stában yá zambolbidos alguns studos técnicos. Oubidos alguns deputados amigos, pareciu-me haber cundiçones políticas para dar aquel passo.

JN - Inda se te lhembra quando fui?
JM - Quando era Persidente de la Cámara Municipal de Miranda pedimos outerizaçon al goberno para poder ansinar l mirandés als alunos de la cidade de Miranda. Apuis d algun tiempo, i cun bastante deficuldade, cunseguimos un çpacho de l anton Secretário de Stado Adjunto de la Eiducaçon, Almeida Santos, sendo Menistro de la Eiducaçon João de Deus Pinheiro. Quando recebimos l çpacho, an 1985, benírun las ganas de ir más loinge. Al chegar a l Assemblé de la República nun se podie çperdiçar essa ouportunidade d ouro, porque sei que estas causas para andáren, ténen siempre que ancarnar nua pessona.

JN - Cumo creciu essa eideia i quei se fizo pa la cuncretizar?
JM - Ls garotos ampeçórun a aderir cada beç más al ansino de l mirandés. An 1995, ls studiosos, specialistas i académicos, ourganizórun i apruntórun un cunjunto de nuobos studos, que lhebórun a la publicaçon de la Perpuosta de Cumbençon Ourtográfica Mirandesa. Falei de l porjeto al miu grupo parlementar i recebi lhougo deilhes un ancentibo mui fuorte. Apuis falei cun ls outros grupos parlementares i a la fin de nuobe meses de cuntatos, la cousa parecie-me madura. Falei apuis cun ls studiosos, specialistas i académicos i cul porsor de l mirandés, que me purparórun tecnicamente pa las fundamentaçones i debates que se íban a seguir. Eilhes nun stában mui cientes de l éisito, fui todo mui defícel, mas fui-se andando.

JN - Qual fui la atitude de ls lhenguístas?
JM – Inda que nun acraditáran muito i stubíran algo céticos, trabalhórun i ampenhórun-se muito. Fazírun medrar l munton de la giente specialista na matéria, chamando pa la causa un cunjunto de nuobos lhenguistas.

JN - I star yá a ansinar-se mirandés, pus Domingos Raposo era porsor zde 1985, fui amportante?
JM - Mui amportante. La bandeira yá un tiempo que abanaba que se fartaba: purmeiro cun Antonho Mourinho, que fui miu acessor cultural na Cámara i que nunca parou de me azucrinar la cabeça cula eideia, i apuis cun Deimingos Raposo a dar scuola i a fazer-me parte de ls porblemas que iba ancuntrando. Porque nun conhecien i porque era ua matéria cumpletamente nuoba para eilhes, ls grupos parlementares recebírun l porjeto cun algua stranheza, mas apuis, quando le dixe que yá habie garotos a ir a scuola, ampeçórun a antender la dimenson de l eideia i streformórun-se an berdadeiros melitantes. Fizo-se un camino mui amportante de anfluenças i acraditares. Acendírun-se chamas al mais alto nible de l stado i a 5 de Júnio de 1998, dou antrada na Assemblé de la República l Porjeto de Lei nº 534/VII – Reconhecimento oficial dos direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

JN - Que studos fúrun feitos para apoiar la lei?
JM - Traírun-se arriba ls studos de José Leite de Vasconcelos i publicórun-se anquanto stube na Cámara. Aperfundórun-se i sistematizórun-se esses studos. Ls studiosos que yá trabalhában cul mirandés, cumo Manuela Barros Ferreira, Cristina Martins, Antonho Mourinho i Deimingos Raposo, traírun outros specialistas, percipalmente Rita Marquilhas i Ivo Catro. Cun assento ne ls studos feitos pa la Perpuosta de Cumbençon Ourtográfica Mirandesa, screbírun ua fundamentaçon técnica i lhenguística cumpletas, que nun fazén parte de l porjeto de lei, mas que a sou tiempo tubírun que antrar na comisson de la matéria – Comisson de Eiducaçon, Céncia i Cultura.

JN - Qual fui l tou percipal oujetibo al apersentar la lei?
JM – L reconhecimiento i pormoçon de la lhéngua mirandesa: un reconhecimiento lhegal dua lhéngua que percisaba de ser ancentibada, stimulada, que percisaba de ganhar proua, que l Stado se resgatasse de l abandono a que la habie siempre botado, que Miranda tubisse ua cousa única que naide an Pertual ten. Atrabeç deilha hounrar tamien un pobo de que fago parte, que cunserbou esta lhéngua por mais de uito cientos de anhos sien ajudas de naide. Altarar l ciclo de stinçon de la lhéngua de que todos falában, subretodo l relatório de la Comisson Ouropeia que dezie que l mirandés iba a zaparecer. Poder criar l ansino i formar porsores, poner outra beç ls ninos a falar mirandés.

“Un reconhecimiento lhegal dua lhéngua que percisaba de ser ancentibada, stimulada, que percisaba de ganhar proua, que l Stado se resgatasse de l abandono a que la habie siempre botado, que Miranda tubisse ua cousa única que naide an Pertual tem”

JN - Acraditabas que iba a ser possible?
JM - Zde la purmeira hora que acraditei, mas siempre fui cuntando cun muitos ancrédulos por to ls lhados. Muitos deputados custitucionalistas lhougo me perbenírun que iba a ser ua cousa ancustitucional i que serie perciso ua rebison de la custituiçon para que la apersentaçon de l porjeto fusse possible. Nestas cousas, l mais amportante ye la einergie que ponemos andrento de ls porjetos, tenemos que acraditar de berdade, senó nien bal la pena ampeçar que lhougo mos suorben.

JN - Quales ls percipales porblemas que tubiste que bencir?
JM - Purmeiro porblemas de acraditar i de fé pessonal, nun se deixar bencir pul zánimo. Apuis cumbencir l miu grupo parlementar i ls grupos parlementares de ls outros partidos todos. Apuis arranjar la acessorie técnica i científica. L porjeto merecie ua aprobaçon por ounanemidade i isso ye mui defícel. Apuis cunseguir cousas mínimas que nun podien ser puostas an causa, para que todo nun se reduzisse a nada. Houbo ua altura que tube que amanaçar retirar la perpuosta, para nun ceder a ciertos grupos de deputados. L porjeto einicial era muito mais arrojado que l porjeto que bieno a ser aprobado.

JN - Tu eras deputado de l Partido Socialista. Cumo faziste para apersentar la lei na Assemblé?
JM - Cumo ye de las normas, ls deputados ténen einiciatiba parlementar. Na runion de l miu grupo parlementar, pedi outerizaçon para dar l passo. Tube apuis que cumbencir ls deputados. A la fin fúrun eilhes que me antusiasmórun para ser l porta-boç de l porjeto. Zdende l trabalho fui siempre acumpanhado por un grupo de trabalho de l anton Menistro de la Eiducaçon, Marçal Grilo, que a nible político muito se antusiasmou i me apoiou, mas que al nible de ls piones menores de l Menistério acuntrou muitas rejistenças i deficuldades. Çtaco tamien l ampeinho i trabalho de l anton Secretário de Stado de la Persidéncia de l Cunseilho de Menistros, Vitalino Canas, que stá casado cun ua rapaza de San Martino de Angueira que fala mirandés, assi cumo ls cunhados i suogros. L outro deputado PS por Bergáncia, Mota Andrade, tamien me apoiou i ancentibou. Houbo que ampeçar pulas pessonas que, subre la question, tenien ls afetos a la flor de piel. Ye tradiçon que seia un deputado de l partido de l ouposiçon a assinar i apersentar l porjeto, neste caso, fui l colega deputado PSD, Cruz Oliveira de Bergáncia, que assinou i fui l relator.

JN - L quei siempre cunsidreste cumo eissencial i que nun podie deixar de star na lei?
JM - L reconhecimiento oufecial cumo lhéngua, l ansino, la carreira pa ls porsores i la criaçon dua anstituiçon central pa la lhéngua.

JN - Cumo fui la çcuçon na specialidade, yá que l porjeto ye mui defrente de la lei aporbada?
JM - Mui dura. Ye ua lei pequeinha, mas houbo seis horas de debate na specialidade. Para nun acabar todo an puro folcror, chegou-se bárias bezes a puntos de rutura, amanaçando retirar l porjeto, se las perpuostas de alteraçon que tirában to la fuorça a la lhéngua i al porjeto, bingássen. Mesmo assi las negociaçones permitírun salbar ua buona parte de la perpuosta einicial, remetendo pa la regulamentaçon la possibilidade de melhorar i aperfundar la lei. Ua lei sien regulamentaçon nun bal nada. L Goberno, pula mano de Vitalino Canas, fizo salir la regulamentaçon andrento de ls prazos stipulados, seis meses, l que permitiu aplicar la lei.

JN - L quei se perdiu pul camino?
JM - L ansino obrigatório, la anstituiçon pública central de l mirandés – fundaçon ó anstituto -, la carreira para porsores, la oubrigatoriadade de ls decumientos séren an mirandés pa las anstituiçones de l stado ne l cunceilho.

“Fizo-se l que fui possible na altura. Passados dieç anhos, tén-se muita spriença i puode-se melhorar. Mesmo assi dórun-se passos de gigante”

JN - Por quei nun se fui mais loinge ne l ansino?
JM - Fizo-se l que fui possible na altura. Passados dieç anhos, tén-se muita spriença i puode-se melhorar. Mesmo assi dórun-se passos de gigante.

JN - I porquei nun se fui mais loinge quanto als decumientos an mirandés?
JM - Era nuossa perpuosta, mas ls outros grupos parlamentares achórun que nun habie cundiçones para tal, subretodo dun punto de bista de ls técnicos çponibles pa screbir i traduzir. Tubo que se ceder nalgun lhado.

JN - Porquei nun se prebiu la criçon de anstituiçones oufeciales de apoio al mirandés?
JM - Prebírun-se mas nun se cunseguírun fazer passar. La purmeira perpuosta apuntaba nesse sentido. Ne l debate i nas negociaçones nun se cunseguiu segurar essa buntade. Antendiu-se que nun era perciso star plasmado na lei: l Goberno tenie siempre possibilidade de criar essa anstituiçon.

JN - Que baláncio fazes 10 anhos apuis?
JM - Baliu la pena. Fizo-se l que se pudo ne l tiempo. Muito camino se ten feito cun assento na lei. La bargonha yá nun ye l que era, l ansino tamien nó. Fui un tiempo de abrir puortas, de apuntar caminos: passou-se anformaçon, alhargou-se, splicou-se, la proua medrou. Outro tiempo ye agora: tiempo para que ua anstituiçon de l cunceilho cumo la Cámara Munecipal, agarre la cousa mesmo a peito i faga ir l porjeto muito mais loinge, percipalmete na formaçon de adultos, funcionários, decumientos, la oubrigatoriadade de l ansino, formaçon i criaçon de carreiras pa ls porsores, outelizaçon de la lhéngua an atos oufeciales, etc.

JN - Que achas que serie neçairo fazer, subretodo quanto a la regulamentaçon de la lei?
JM - Agora que yá hai un tiempo de spriença, la regulamentaçon nun debie lhemitar l que stá na lei. La regulamentaçon, habendo ganas i senceblidade, puode ser altarada i passar a ser un nuobo motor que puxe pula lei i la faga aplicar na sue plenitude. L stado ten que se cumpormeter muito mais i cumprir culas sues oubrigaçones i repunsabilidades. Mas tamien la culpa nun puode ser siempre i solo de l Stado. Ten que haber projetos percisos i cuncretos, que partindo de l nible de las anstituiçones lhocales, oubrigue l stado a dar repuostas claras. Dun punto de bista anstitucional, essas einiciatibas nunca eisistírun: yá ye tiempo que las cousas tómen outro camino, mas nun sei se hai censebilidade i anteligença para antender l amportança dessas einiciatibas. Ls dieç anhos de la lei podien ser l motibo, puode ser que algue cousa acunteça. Quiero ser positibo.

JN - La nuossa Custituiçon nun reconhece las lhénguas minoritárias, anque de sentido regional. Achas esso neçairo i serie possible que ls partidos agarrássen essa eideia pa la próssima rebison Custitucional.
JM - Aplique-se l percípio de percluson: ye neçairo, mas ten que aparecer la pessona cierta, ne l sítio cierto, ne l momento cierto. Spero que nun seia perciso asperar tanto, mas quando ua rapaza ó rapaç mirandés, que yá tubo na scuola mirandés i que chegue a deputado, i haba anton un rebison custitucional, la cousa puode acuntecer, se houbir abertura i censebilidade de la sociadade. Bamos acraditar que todo stá an abierto.

JN - Staries çpuosto, mais ua beç, a ancabeçar essa lhuita?
JM - Sou i fui siempre un home de causas i lhuitas, mas hai un tiempo para todo. Hai agora giente muito más purparada que you. Ten-se ganho muita giente para esta causa, giente séria, que stá mui bien quelocada i que puode agora lhebar la cousa mais loinge que you l poderie fazer. You serei un eiterno mirandés, cumbencido i recumbencido de l balor cultural i eiquenómico que la nuossa lhéngua i cultura puoden repersentar. Siempre starei çpuosto a dar todo l que puoda, a abrir canales i a apuntar caminos. Nomeadamente ne l setor an que agora me ancontro, l turismo: todo tengo feito para que l mirandés seia inda mais conhecido i reconhecido i se tresforme nun eifetibo recurso turístico i eiquenómico pa la region.


Anterbista feita por
Amadeu Ferreira

Amadeu Ferreira, 2009-02-04
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MensagemAssunto: Modernização ameaça Língua Mirandesa   Mirandês Icon_minitimeSeg Fev 16, 2009 11:03 pm

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Falta um Instituto
Mirandês



Mirandês 7839_jn

Modernização ameaça Língua Mirandesa

Numa altura em que se assinala o 10 º aniversário do reconhecimento do Mirandês como segunda língua oficial em Portugal, os estudiosos da «lhéngua» deixam alertas para a sua preservação. É que, apesar de não estar em perigo, o Mirandês está ameaçado pela modernização da sociedade.

A língua mirandesa sobreviveu ao longo dos séculos devido ao seu isolamento, sendo transmitida através da tradição oral. Actualmente, a globalização da sociedade e a ameaça de outras línguas mais faladas são riscos iminentes ao seu futuro.

Na óptica do investigador e escritor da língua mirandesa, António Bárbolo Alves, o mirandês é de facto uma língua ameaçada, mas não em perigo.

“O mirandês dispõe de algumas circunstâncias favoráveis à sua manutenção, já que obteve um reconhecimento político e uma convenção ortográfica para a normalização da escrita. Agora faltam medidas de preservação inerentes do reconhecimento pelo Estado, que já deveriam ter sido incrementadas, como é o caso do ensino oficial do mirandês nas escolas”, salienta o responsável.

No que diz respeito ao ensino da língua parece haver unanimidade no seio da comunidade de investigadores e linguistas do mirandês.
“Desde que o ensino seja alargado e se criem condições para que o mirandês seja reconhecido aos poucos como uma língua de Portugal e só não dos mirandeses e que internacionalmente possa também ser reconhecida e estudada em várias universidades. Só assim o mirandês terá o seu futuro assegurado”, garante Amadeu Ferreira, escritor de língua mirandesa e um dos investigadores mais activos.

Futuro da “lhéngua” depende também do seu ensino, bem como de uma carreira docente para os professores de mirandês

Aquele estudioso vai mais longe ao afirmar que as leis não mudam a realidade, apenas criam condições para que essa mudança aconteça. “A mudança depende das pessoas e das instituições. O que se passou é que os mirandeses não quiseram esperar que a lei desse resultado por ela mesmo, mas trataram de arregaçar as magas e trabalhar, tornado a acreditar que era possível começar uma nova era para a sua língua”, realçou Amadeu Ferreira.

Outro dos pontos que é preciso ter em conta para que o mirandês dê o salto em frente, que é comum a todos os estudiosos, investigadores e falantes do mirandês, é a criação de uma instituição central apoiada pelo Estado, que faça desenvolver a língua. Por outro lado, é premente assinar a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa. Outro dos anseios é integrar o mirandês no serviço público de rádio e televisão, dando o tempo correspondente à sua representatividade.

Por seu lado, Júlio Meirinhos, ex-deputado e considerado o “pai” da lei do mirandês, considera essencial o reconhecimento oficial da língua mirandesa, mas também o seu ensino, uma carreira docente para os professores de mirandês e a criação de uma instituição central para a defesa da “lhéngua”.

“A língua mirandesa é um produto turístico vendável, já que há turistas que se deslocam à região só para ouvir falar a “lhéngua”. Ela está presente um pouco por toda o concelho, seja em placas toponímicas, panfletos ou centros históricos”, salienta Júlio Meirinhos, actualmente vice-presidente da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2009-02-16
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MensagemAssunto: Bíblia Sagrada em mirandês   Mirandês Icon_minitimeQui maio 14, 2009 4:52 pm

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Demorou dez anos
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Dieç anhos para traduzir toda la Bíblia Sagrada an lhéngua mirandesa

Dieç anhos fui quanto tardou a traduzir la Bíblia pa l mirandés. L tradutor ye Domingos Ferreira, un home de 61 anhos, nacido an Samartino i a bibir an Zenízio. La obra stá apersentada an 6 belumes (cindo deilhes cun l Bielho Teçtamento i un cun l Nuobo Teçtamento) puoden ser bistos i apreciados ne l Museu de la Tierra de Miranda. La Bíblia, screbida an mirandés, fai parte de la pieça de l més de l Museu de la Tierra de Miranda, ajuntando-la a este anho de 2009 i a las comemoraçones ls dieç anhos de l reconhecimento oufecial de la lhéngua mirandesa.
La ancadernaçon de ls seis belumes tamien tubírun la mano de Domingos Ferreira, ua beç que l tradutor daprendiu l oufício de ancadernador-dourador. La traduçon desta Bíblia seguiu la berson pertuesa- Bíblia Sagrada, traduzida da vulgata e anotada pul Pe. Matos Soares, 19ª Edição.
La FUOLHA MIRANDESA nun quijo perder pitada ningua deste acuntecimiento i fui a casa de tiu Domingos, a Zenízio, a falar de cumo todo se passou.

FM (FUOLHA MIRANDESA) - L porquei de traduzirdes la Bíblia, tiu Domingos?
DF (Domingos Ferreira) - Hai muito tiempo que partecipei nun curso de mirandés, que houbo ne ls bumbeiros, an Miranda. Dába-se-me bien la lhéngua i siempre la falei an casa. I fui la Bíblia porque ye l aperfundar más. Quien scribe lei dues bezes. Nun ye berdade?

FM - Essa ye bien cierta, tiu Domingos!
DF - I la Bíblia porque tamien ye l lhibro más traduzido ne l mundo.

FM - Quanto tiempo tubistes cun este trabalho de traduzir la Bíblia?
DF - Ampecei an Setembre de 1998 i acabei ne l Natal de 2008…

FM - Sodes crente, ua beç que traduzistes la Bíblia?
DF - Si sou…

FM - Conheciedes algua cousa screbida an mirandés antes de ampeçardes a traduzir la Bíblia?
DF - Precurei ancaminar la lhéngua pul que oubie. An 1998 habie pouca cousa screbida. Apuis ye que apareciu más tarde. Tentei screbir un pouco a la mie cultura. Nun ye que seia un sabouco. Julgaba la cumbinaçon a la mie maneira. Nun habie muito de scrita. Ampecei a screbir dessa maneira i apuis cuntinei pa la acabar de la mesma maneira.

FM - A par de traduzirdes la Bíblia, tamien fazistes la ancadernaçon de ls 6 bolumes. Claro que teneis conhecimentos nesses saberes.
DF - Studei ne l Porto l curso andustrial i tirei Tipografie. Quando staba ne l Porto chamában-me Canholas porque ousaba más palabras an mirandés que an pertués. Apuis más tarde fui trabalhando pa l ultramar. Stube 5 anhos an Luanda. Apuis benimos cumo retornados… más tarde abriu ua tipografie, an Palaçuolo, i trabalhei alhá 6 anhos. Ganhaba pouco. Ir i benir todos ls dies nun daba nada.

FM - Mi bien. I agora andais noutro trabalho porí!?
DF - Agora a ber se fago Ls Lusíadas para mirandés.

FM - Teneis la métrica i rima an cuonta?
DF - Si, you creio que stá a ser custoso. La rima i la métrica ténen que saber cierto.

FM - A que horas screbeis mais?
DF - Quando tengo más tiempo. Pula nuite i tal. Agora ban, a ampeçar las huortas, bou a tener pouco bagar. Ua beç bin por Spanha i cumprei un lhibrico i tamien lo traduzi, nien sei por donde anda! Chamaba-se, chamaba-se, ora deixa-me acá ber…era “Las lhamas de l cumbento”. I bou traduzindo assi, quando calha…

FM - Quereis deixar algun recado pa ls nuossos leitores?
DF - Nos dies d hoije naide ancentiba a la caligrafie i a mi gusta-me! Ye cumo las cuontas, só máquina. Hai que ancentibar la rapaziada a falar i a screbir. Un bai a la Catalunha i fála-se catalan. Eiqui un bai a Miranda i yá nun se bei, yá nun ye assi. Pouca giente fala mirandés na cidade. Inda bien que se fala nas scuolas senó ye que se perdie de Miranda. Ye ua pena un die ber la lhéngua a poner-se desta maneira. Por isso fuorça rapaziada i oupa, pa riba!

Anterbista feita por Duarte Martins, 2009-05-13
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MensagemAssunto: Estimular a expansão da língua mirandesa   Mirandês Icon_minitimeTer maio 19, 2009 4:34 pm

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Estimular a expansão da língua
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Ministro compara falantes de Mirandês aos «loucos» gauleses

O ministro da Cultura comparou esta segunda-feira os falantes do Mirandês aos «loucos» gauleses da aldeia de Astérix que insistiam em impor a sua língua minoritária.

Sabe o que é o mirandês?

«Cá também há uns loucos portugueses que vivem em Miranda do Douro e falam outra língua», referiu José António Pinto Ribeiro que, citado pela Lusa, augura muitas dificuldades à «lhengua» falada em Miranda do Douro.

Estimular a expansão da língua é «muito difícil», sobretudo quando aquela não tem atrás de si um grande número de falantes, explica.

Os comentários do ministro surgem em resposta aos anseios do presidente da Câmara de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, que teme a transformação do «Mirandês» numa língua erudita escrita.

O ministro promete trabalhar em conjunto com a autarquia para tentar defender a segunda língua oficial de Portugal.

Refira-se que as aventuras de Astérix já têm dois volumes traduzidos para o Mirandês.

, 2009-05-19
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MensagemAssunto: Versão mirandesa dos Lusíadas chega este mês às livrarias   Mirandês Icon_minitimeSex Jun 05, 2009 3:04 pm

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Levou cinco anos a traduzir
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Versão mirandesa dos Lusíadas chega este mês às livrarias

A versão mirandesa da maior epopeia portuguesa, «Os Lusíadas», de Luís Vaz de Camões, chega, este mês, às livrarias com apresentações públicas no Porto, Lisboa e Miranda do Douro, divulgou hoje o autor da tradução.

Amadeu Ferreira levou cinco anos a traduzir os dez cantos e 1102 estrofes para a segunda língua oficial de Portugal.

A tradução em mirandês d Os Lusíadas será apresentada publicamente no dia 19, no Clube Literário do Porto, a 02 de Julho na Fundação Mário Soares, em Lisboa, e a 10 de Julho em Miranda do Douro, a cidade berço do mirandês.

Lusa, 2009-06-05
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MensagemAssunto: Oportunidades em mirandês   Mirandês Icon_minitimeQua Jun 10, 2009 3:37 pm

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Oportunidades em mirandês
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Certificado de equivalência ao 9º ano de escolaridade

Dois candidatos ao programa Novas Oportunidades, de S. Pedro da Silva, em Miranda do Douro, obtiveram, ontem, o certificado de equivalência ao 9º ano de escolaridade, com a particularidade de serem os primeiros a desenvolver todo o processo em mirandês.

Albertina de São Pedro, 62 anos, e Luís Silva, de 40, apresentaram o projecto final perante o júri de certificação do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) do Centro Novas Oportunidades do Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros.

O percurso começou há um ano, por vontade dos formandos em fazer do mirandês uma língua capaz de entrar num projecto de vida desta dimensão, por se tratar, nos dois casos, de uma forma de comprovar competências adquiridas ao longo da vida. \"Eu só avançava com o processo se fosse em mirandês. Desde pequena que falo mirandês e entro em agonia quando vejo as pessoas a colocá-lo de lado. Por mim, sempre que posso, falo com amigos e familiares em mirandês, é a minha língua materna\", assegura Albertina.

Os candidatos levaram os portefólios, elaborados ao longo do processo, com as suas histórias de vida, em sessões igualmente faladas em mirandês, apenas com um pequeno texto intrudotório em português.

Segundo Alfredo Cameirão, orientador de curso, o processo também constituiu um desafio para o Instituto Piaget e para a Agencia Nacional para a Qualificação. \" Não podemos colocar de lado este projecto, já que abre uma nova possibilidade para a língua mirandesa\", observa Alfredo Cameirão.


Francisco Pinto in JN, 2009-06-10
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MensagemAssunto: L Princepico já fala Mirandês!!!!   Mirandês Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 1:53 pm

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L Princepico já fala Mirandês!!!!
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Cônsul Geral de França de visita a Miranda do Douro

«É preciso proteger uma língua minoritária como se protege um ser Humano», estas são palavras de Philippe Barbry, o Cônsul Geral de França, no Porto e o responsável pela tradução em mirandês de uma das obras mais emblemáticas do mundo, «Pequeno Príncipe» de Antoine de Saint Exupéry.

Depois de conhecer e se apaixonar por Miranda do Douro, este responsável do Governo Francês decidiu colaborar com a divulgação da segunda língua oficial de Portugal.
Para isso contou com a ajuda dos mirandeses Ana Afonso e Domingos Raposo que traduziram o primeiro exemplar do “Pequeno Príncipe”.

Ana Afonso diz ” que este foi um desafio que não podia recusar”, pois segundo a mesma” é preciso divulgar cada vez mais o mirandês e para isso nada melhor que a terceira obra literária mais vendida no mundo para o fazer”.

A tradutora refere ainda que apesar de este exemplar ser ainda um protótipo, depois de executado, “espera que seja uma mais-valia nas escolas”, refere.

“Um orgulho e uma surpresa agradável”

Para a vereadora da cultura da câmara mirandesa, Anabela Torrão, esta “é mais uma oportunidade para levar a lhéngua aos quatros cantos do mundo”. No entanto, a autarquia ainda precisa de analisar a obra, “para ver se está de acordo com a Convenção Ortográfica para depois desenvolver conversações para publicação definitiva”, revela.

Depois de já estar traduzido em 160 línguas o “Pequeno Príncipe” prepara-se agora para falar mirandês.

, 2009-11-14
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MensagemAssunto: Estudiosos querem criação de organismo ou instituto que preserve língua mirandesa   Mirandês Icon_minitimeSex Jan 08, 2010 4:57 pm

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GEADA quer «defesa» do Mirandês
Miranda do Douro


Estudiosos querem criação de organismo ou instituto que preserve língua mirandesa

É urgente a criação de um organismo público que represente os interesses da língua mirandesa para que, desta forma, a segunda língua oficial de Portugal deixe de ser tratada e estudada de uma forma voluntaria.

Esta é a ideia defendida pelos linguistas e estudiosos da” lhéngua” durante a segunda edição do GEADA – Festival de Cultura Mirandesa que reuniu dezenas de participantes em Miranda do Douro.

“É preciso passar da teoria à prática para que o mirandês deixe de ser uma língua estudada e divulgada apenas por voluntários”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Artur Nunes, durante a conferência “ Falar ye Bibir” integrada no décimo aniversário de oficialização do mirandês.
O autarca defende, ainda, que esta língua deverá ter um estatuto cultural, de educação ou científico, para que, assim, possam haver novas parcerias.

Ao longo de três dias, o GEADA ofereceu vivências únicas aos participantes e nem o frio gélido que assolou o Planalto Mirandês afastaram os curiosos. As actividades foram muitas, sempre ao som dos instrumentos mais tradicionais, como gaitas-de-foles, bombo e caixa, que acompanharam as seculares danças dos paus ou uma simples tertúlia.

Organização promete melhorar a iniciativa, mas o GEADA nunca será um festival massificado

“Pouco conhecia das tradições da região de Miranda do Douro e, por isso, aceitei o convite de duas amigas e vim conhecer uma nova realidade cultural. Tudo isto é diferente daquilo a que estou habituada, sendo que, em termos culturais, a dança dos Pauliteiros foi o que mais em marcou”, disse Sofia Barcelos, uma participante vinda de Lisboa.

Por seu lado, Sílvia Pereira, que se deslocou de Tomar, adiantou: “a cultura mirandesa e, dada a minha formação em Antropologia, sempre me despertou curiosidade. O ambiente musical proporcionado pelos gaiteiros foi único, tendo sido uma festa onde se conjugou um rol de tradições que tornaram o ambiente rico e místico ao mesmo tempo”.

Já a organização promete melhorar a iniciativa, enquanto esclareceu que não se pretende fazer do GEADA um festival massificado.

«Tentamos criar um ambiente familiar, para que se possam estabelecer laços de amizade com pessoas que saibam para o que vêm. A divulgação cultural é o principal objectivo do festival», justificou Ivo Mendes, da organização.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2010-01-07
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MensagemAssunto: Primeiro curso desperta interesse pelo mirandês   Mirandês Icon_minitimeTer Jul 27, 2010 12:58 pm

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Orgulho em falar Mirandês
Mirandês


Primeiro curso desperta interesse pelo mirandês

Curiosidade e vontade de aprender levaram duas dezenas de pessoas a Miranda do Douro, para frequentar o primeiro curso dedicado à língua e cultura mirandesas. A acção foi promovida pela Associação Recreativa da Juventude Mirandesa.

A iniciativa juntou pessoas na sua maioria de fora do círculo onde actualmente se fala a “ lhéngua”, ou seja, o concelho de Miranda o Douro e parte do concelho Vimioso. Alguns dos alunos do curso de Verão tiveram de andar mais de três horas para chegar ao local onde decorreu a iniciativa.

Na óptica de Domingos Raposo, professor de língua mirandesa desde 1986, há vontade dos novos falantes em aprender o Mirandês. “Os jovens começam a demonstrar orgulho em falar Mirandês. Mais de metade dos alunos das escolas do concelho de Miranda do Douro está a aprender. São já cerca de 400”, garantiu o docente.

Ao longo de 24 anos de ensino da segunda língua oficial em Portugal, “o balanço é positivo” no que diz respeito à vontade em que os falantes demonstram em manter viva a sua língua materna.

“Ao longo das últimas décadas, lançámos vários manuais, como a Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, instrumento que serviu para quebrar algumas inibições em relação ao Mirandês. Depois, seguiu-se o reconhecimento oficia, através do Decreto-Lei 7/99, de 29 de Janeiro”, salientou Domingos Raposo. No seu entender, as línguas minoritárias são veículos de comunicação e de identidade”.

Por seu lado, André Pires, membro da organização do curso de Verão, disse que é vontade dos jovens mirandeses dar a conhecer a sua língua e cultura. Na forja estão outras iniciativas de forma a cativar mais falantes, principalmente de outros pontos do país.

Francisco Pinto in JN, 2010-07-27
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MensagemAssunto: A interioridade promoveu a manutenção da Língua Mirandesa   Mirandês Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 11:30 am

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«Proua» em falar a «lhéngua»
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A interioridade promoveu a manutenção da Língua Mirandesa

A interioridade promoveu a manutenção da Língua Mirandesa, reconhecida apenas há onze anos como segunda língua oficial de Portugal. Hoje, são cada vez mais os interessados em aprender o falar de um povo orgulhoso da sua cultura.

Ameaçada de extinção, a Língua Mirandesa conseguiu permanecer num território de 500 quilómetros quadrados, marcado pela despovoação, à conta da interioridade. A especificidade de ser uma Língua minoritária que nunca esteve associada a movimentos independentistas, como acontece em outros países, levou a que, há onze anos atrás, todos os deputados com assento na Assembleia da República votassem favoravelmente a sua oficialização, deixando, assim, de ser designada como dialecto.

De tradição oral, foi longa e intensa a luta para conseguir chegar a uma Convenção Ortográfica que permitisse a tradução de livros para mirandês, a escrita em mirandês e o próprio ensino. Hoje, depois de tantos anos, são cada vez mais os interessados em aprender o falar de um povo orgulhoso da sua cultura. A par com os mirandeses que têm cada vez mais “proua” na “lhéngua”, chegam agora portugueses de todos os pontos do país interessados em aprender aquela que é a segunda língua oficial de Portugal.

Foi isso que aconteceu, na semana passada, com a promoção do Curso Intensivo de Mirandês, promovido pela Associação Recreativa da Juventude de Mirandesa, de 21 a 24 de Julho. Oriundos de todo o país e do concelho aderiram à iniciativa para assim aprenderem a especificidade de uma cultura muito própria da região transmontana. Foi o caso de Maria Martins ou de Manuel Jacoto, ambos do concelho, que quiseram participar para aprender mais, embora admitissem saber “um cachico”.

Já Domingas Loureiro, de Ílhavo, veio com um grupo de amigas, à procura de aprender mais sobre a própria cultura portuguesa e Ana Sofia David partiu de Lisboa, onde trabalha, para assim colmatar o que considera uma “lacuna” na sua formação de docente. “Tinha muita curiosidade em saber como seria a língua, também sentia essa lacuna na minha formação. Acho que a língua deveria ser mais divulgada a nível nacional visto que é a segunda língua oficial”, comentou.

Domingos Raposo abriu o curso com a oficina de escrita e oralidade, embora advertindo que, numa só manhã, seria muito difícil ensinar a Língua. Ainda assim, deu para aprender o suficiente para não comparar o Mirandês ao Espanhol, como continua a suceder.

As origens da Língua Mirandesa

Com um tronco linguístico comum – o Latim -, a Língua Mirandesa distingue-se do Português por provir do Asturo-leonês, enquanto que a língua mãe provém do Galaico.

A influência do antigo reinado asturo-leonês fez com que, aquando da independência de Portugal, Miranda do Douro continuasse isolada, recebendo mais influências dos caminheiros de Santiago, dos pastores dos lados de Leão, dos contrabandistas ou dos ceifeiros. A evolução histórica e política do país manteve o isolamento do concelho o que, por seu lado, ajudou a manter a Lhéngua nas Terras de Miranda, como apontou Domingos Raposo.

“O Mirandês salvou-se porque estivemos isolados, devido à interioridade desta zona”, contou perante uma plateia de alunos estupefactos.

No entanto, foram várias as tentativas de extinção da Língua. No século XVI, com a ascensão de Miranda do Douro a cidade foram muitos os letrados que se radicaram ali e que tentaram combater o mirandês.

Anos mais tarde, já no século XIX, a língua foi dada a conhecer ao mundo por José Leite Vasconcelos, um português que, no ensino superior, teve como amigo e companheiro Branco Castro, natural de Duas Igrejas.

Curioso com as histórias que o amigo contava, quis ir conhecer “in loco” a realidade. José Leite Vasconcelos foi o primeiro a escrever em mirandês, baseado apenas na fonética e na pronúncia de Duas Igrejas. Foi ele que deu a conhecer ao mundo a existência de uma segunda língua em Portugal, escrevendo a obra “Dialecto Mirandês”, uma investigação premiada a nível europeu.

Mais tarde, já nos anos 50 (século XX), com a construção das barragens do Douro e a vinda de milhares de trabalhadores, o Mirandês adquiriu um sentido “pejorativo”. “Voltou-se a dizer que os mirandeses falavam mal e a língua deixou praticamente de ser falada, as pessoas tinham vergonha”, contou Domingos Raposo.

Levar a Língua Mirandesa às escolas

Ainda assim, muitos mirandeses, orgulhosos da sua cultura materna, lutaram pela dignificação e reconhecimento da Língua que aprenderam de berço. Júlio Meirinhos, era então presidente da câmara quando, nos ano 80, lançou o desafio a Domingos Raposo de apresentar ao Ministério da Educação argumentos válidos para que a disciplina constasse dos currículos escolares do concelho, como disciplina opcional.

“Na altura achei utópico”, confessou Domingos Raposo, pois nunca imaginou que o Ministério da Educação abrisse uma excepção. A surpresa foi a resposta positiva e, a partir de 1986/87, o Mirandês passou a ser uma disciplina opcional dos conteúdos programáticos leccionados no concelho.

Anos mais tarde, num Seminário Linguística organizado em Miranda, concluiu-se que era necessário estabelecer uma Convenção Ortográfica, eliminando as regras mais complicadas e reduzindo a variação gráfica existente, própria de uma língua que sempre foi oral. Na Convenção estabeleceu-se ainda as variantes da Língua: o Mirandês raiano; central e sendinês.

Hoje, passados 24 anos de ensino, o balanço é muito positivo. “Avançamos muita semente e muita dela germinou, tanto mais que conseguimos fazer uma convenção ortográfica e conseguimos que se deixassem de lado inibições que tinham ao dizer que a língua não tinha importância”, reconheceu.

No universo de alunos que frequentam o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, 50 por cento frequenta a disciplina, mostrando orgulho e apego às raízes. São motivos que fazem Domingos Raposo acreditar que toda a luta de um povo valeu a pena. “Não encontro que a língua esteja moribunda. A juventude mirandesa tem “proua” em divulgar e tentar falar a língua e isso está patente com a promoção deste curso”.

Já neste fim-de-semana é promovido mais um Curso de Mirandês, desta vez, no âmbito do Festival Intercéltico de Sendim.

Carla A. Gonçalves/SAPO Notícias, 2010-08-01
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MensagemAssunto: Amadeu Ferreira apresenta-se   Mirandês Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 2:33 pm

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Amadeu Ferreira apersenta-se

Mirandês Amadeuferreirapasse

Naci an Sendin (29 de Júlio de 1950) i stou a bibir an Lisboua zde 1981. Pul meio passei por Vinhais i Bergáncia, adonde studei ne l Seminário até 1972; marquei passo an Mafra (L Calhau) i an Lisboua (1973-1975), donde fiç la tropa; bolbi a Sendin an 1975-76, adonde screbi i representei (cun ua malta baliente) l purmeiro triato que screbi an mirandés anquanto trabalhaba na custruçon cebil, ne l campo i na Adega Cooperativa Ribadouro; stube meianho an Lamego (1977), outro meio na Régua (1977) i dous anhos an Vila Real (1978-81), adonde coinci la tie cun quien stou casado, indo ne ls anterbalos al Porto para studar filozofie na Faculdade de Lhetras (d'adonde passei pa la Faculdades de Lhetras de l'Ounibersidade de Lisboua). Até 1982 melitei nun partido político (UDP), chegando a sentar-me por un cachico na Assembleia de la República (onde mal apenas cheguei a abrir la boca). Apuis desso, bendi publicidade, fui porsor de música, i tirei la lhicenciatura na Faculdade de Dreito de Lisboa, an 1990, adonde passei a dar scuola zde esse anho. D'anton para acá fiç l mestrado (1994), publiquei mais dua dúzia de lhibros i artigos de dreito, bou purparando l doutoramiento, trabalho na CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), adonde fago parte de cunseilho diratibo, stando agora cumo porsor ousseliar cumbidado na Faculdade de Dreito de l'Ounibersidade Nuoba de Lisboua.

Nun ye nobidade que, al apersentar-me neste sítio, tenga de falar de la mie relaçon cul mirandés. Pus, essa fui la lhéngua que purmeiro daprendi i falei. L pertués tamien l daprendi lhougo de pequeinho, mas antes d'ir a la scuola quaije que nun se me lhembra de tener percison del, rezon porque solo alhá pa ls 15 anhos ye que fui capaç de drobar bien la lhéngua para falar grabe i nun fazéren tanta caçuada de mi. Cumo digo nun poema, l mirandés naciu-me i l pertués fui ua cunquista.

Deç pequeinho siempre tube la manha de screbir, subretodo bersos. Mas an mirandés solo ampecei a screbir de modo mais rigular zde 1999, cousas que stan quaije que todas por publicar. Até ende, screbi uas cousicas por 1967-68, por anfluença de l lhibro "Nuossa Alma i Nuossa Tierra" que l P.e António M. Mourinho m'oufereciu, screbi l triato de que yá falei arriba (i que há-de star, junto i anteiro, ne ls arquibos de la RTP) i zde 1982 scribo bersos para miu armano Carlos stribar las cantigas que faç i que ténen sido cantadas pul grupo Arzinales (astanho debe de salir l purmeiro disco deilhes).

Nun sei se fui d'andar ne l seminário, se de la política, se esso yá ben de mi, solo sou capaç de m'agarrar cun gana a las cousas-causas de que gusto i an que acradito. Ye assi que stou an relaçon al mirandés. Fago por poner an prática la seguinte eideia que a mi mesmo m'ampus: nun deixar passar un die sin FAZER algo pula lhéngua mirandesa.

Algues cousas que çtaco, tenendo solo an cuonta la mie atebidade pula lhéngua mirandesa, deixando muita menuda arramada pula selombra [i porque eiqui teneran pouco antresse, nada refiro quanto a la mie atebidade profissional prencipal, a la mie atebiadde cumo porsor (d'eiducaçon musical, de filosofie, de lhatin i, por fin, de dreito), a l'atebidade d'ambestigaçon i eiditorial cumo jurista, a l'atebidade política, de jornalista, atebidades lhigadas al triato, i outras]:

a) Partecipei na purparaçon i çcuçon de la purmeira adenda a la Cumbençon Ourtográfica. Nada ye purfeito, mas acho que se cunseguiu un modo de melhor aquemodar todas las bariadades de l mirandés na mesma scrita. Hoije stou cumbencido que la purmeira adenda a la Cumbençon, longe de resolber solo un porblema de l sendinés, resolbiu un porblema de l mirandés an general. Hoije sinto proua an me tener ampenhado nesta 1ª Adenda i assi, tener cuntribuído pa l'ounidade de l mirandés i de ls mirandeses. De l mesmo modo cuntino ampenhado na çcuçon de nuobas Adendas.

b) L ansino de l mirandés ye mui amportante i debe de ser lhebado mui a sério. Quanto a esso inda mal ampecemos. Ua lhéngua ten que se falar, mas solo se fala se fur ansinada. I l ansino inda ye mais amportante quando muitos pais yá nun ansínan l mirandés als filhos. Por esso, ten que ser la quemunidade i las anstituçones a ajudar a mantener la lhéngua biba. An casa falo mirandés culs mius filhos (la mie tie queixa-se, a las bezes, de que faç parte de la minories lhenguísticas oupremidas, mas tamien eilha ye ua apuiante de l mirandés, anque nun seia mirandesa) i cun toda la mie família. Quanto al ansino tengo zambolbido las einiciatibas al miu alcance para ansinar l mirandés i para apuiar l sou ansino. Nesse sentido, dei i cuntino a dar to l apoio al porsor Carlos Ferreira para ansinar l mirandés nas scuolas de Sendin, cun el tenendo eilaborado ls porgramas pa l 1º Ciclo de l Ansino Básico, pa l 2º Ciclo de l Ansino Básico i pa ls 7º i 8º anhos de l 3º Ciclo de l Ansino Básico. An Outubre de 2000 dei un cursico eilementar de scrita de l mirandés an Sendin, adonde partecipórun al redor de 50 pessonas. Ne l berano de 2001 partecipei, cumo porsor, ne l curso de Berano dado pula UTAD an Miranda. An Márcio de 2002 ouganizei, cula Associaçon de Lhéngua Mirandesa, i sou l porsor de l 1ª Curso Eilementar de Mirandés, an Lisboua (l curso bai de Márcio a Júnio de 2002, ten 24 alunos anscritos i a cada aula bou-le dando las fuolhas de l manual que bou fazendo).

c) Zambolber la lhiteratura an lhéngua mirandesa ye tamien mui amportante. Fui por esso que m'apus a screbir an mirandés, tanto an termos lhiterários cumo noutro tipo de scrita. Para publicar obras an mirandés, acertei cula eiditora "Campo das Letras" la publicaçon dua coleçon de obras an mirandés. Nessa coleçon eiditei dous lhibricos, cul pseudónimo de Fracisco Niebro: Cebadeiros (poesie, 2000) i Las Cuntas de Tiu Jouquin (cuontas, 2001). Inda an 2000 ye publicado ne l sítio Sendim em Linha www.bragancanet.pt/sendim/ l manifesto Çtino para ua Léngua Moribunda (testo de 1999). An 2001 publiquei inda dues cuontas: "Amanhai-bos cumo podirdes", na rebista Selecções de BD, nº 31 (2ª série), de Maio de 2001, i "La Biaige", na rebista Mealibra, n.º 8 (série 3), de Júnio de 2001. Publiquei tamien 4 poemas, cun traduçon an pertués, na rebista Comentário, n.º 3, de Júnio de 2001, de l'Ounibersidade Nuoba de Lisboua. An Dezembre de 2001 ye publicado l poema L Ancanto de las Arribas de l Douro (testo de 1999), eilustrado cun ougarielhas de Manuel Ferreira i eiditado pul Parque Natural do Douro Internacional. An 2002 la rebista belga MicRomania (Márcio), publica l poema 'Deixa-te quedar', cun traduçon francesa de Carlos Ferreira i António Bárbolo Alves. Yá an 1975 screbi la pieça de triato Oubreiros i Camponeses, repersentada an Sendin i an Zenízio i que, ne l mesmo anho, passou dues bezes na RTP. Agora stá a ser anseiada puls alunos de la scuola EB23 de Sendin la pieça de triato Garabatos i Rodadeiras, scrita inda an Dezembre de 2001.

d) Cuido que ye amportante poner an mirandés testos oureginalmente scritos noutras lhénguas, yá cun cientos d'anhos de prática lhiterária, i obras de referéncia. Essa ye tamien ua forma de zambolber la lhéngua mirandesa scrita i d'amostrar que stá an cundiçones de dezir todo l que se diga noutras lhénguas. Cun essa antençon, para Setembre dastanho stá porgramada la publicaçon, pula eiditora Campo das Letras, dua Antologie de Poesie Pertuesa, traduzida an mirandés; an 2001 traduzi (cun Domingos Raposo, Carlos Ferreira i António Santos) Asterix l Goulés, de Goscigny i Uderzo, obra que yá debie de tener sido publicada pula eiditora Meribérica, mas que quedou parada por rezones que solo ténen a ber cula eiditora. Tengo an traduçon Ls Quatro Eibangeilhos (a partir de la Vulgata atrebuída a San Jerónimo), de que ténen sido publicados ne l jornal Mensageiro de Bragança i ne l sítio Sendim em Linha www.bragancanet.pt/sendim/ , semana a semana zde l die 1º de Janeiro, ls testos de ls Eibangeilhos de cada deimingo i que aspero acabar na fin de l corriente anho.

e) L mirandés ten que star presente an todos ls lhados adonde fur possible, chegando a cada beç mais alhargados grupos de pessonas. Por esso tengo partecipado an bárias einiciatibas de dibulgaçon de l mirandés, feito cunferéncias an bários lhados, partecipado an porgramas de rádio (de que çtaco un porgrama de trés horas na TSF, antre las siete i las dieç de la manhana, ne l die 5 de Márcio de 2002) i publicado crónicas (al todo 20 testos até la fin d'Abril de 2002) i notícias an mirandés ne l www.diáriodetrasosmontes.com/ Cul mesmo oujetibo screbi (2002) las lhinhas generales dun guion para un decumentairo subre la Tierra de Miranda (apersentado a cuncurso al ICAM) chamado Mirando Miranda i mui assente na lhéngua i cultura mirandesas. Para alhá desso dou l apoio que puodo als sítios de l mirandés n'anternete, subretodo www.mirandes.no.sapo.pt i ls yá apuntados arriba.

f) Las actuales einiciatibas de zambolbimiento de l mirandés nun duraran se nun s'apuiáren an anstituiçones que lo deféndan i promuoban. Fui cun esse spírito que me ampenhei na criaçon de la Associaçon de Lhéngua Mirandesa, an Lisboua, an cunjunto cun outros mirandeses. Ye cula mesma eideia que apoio la criaçon de l Anstituto de Lhéngua Mirandesa, que debe de andar palantre quanto antes i tornar-se ua anstituiçon de referéncia de l mirandés.

g) L'ambestigaçon subre l mirandés ye tamien mui amportante. Anque nun tenga speciales habelitaçones lhenguísticas para ambestigar, bou fazendo l que puodo. Assi, fago parte de GELM (Grupo de Studos de la Lhéngua Mirandesa) i publiquei l pequeinho artigo 'Modos de tratamiento ne l mirandés de Sendin', na rebista El Filandar/O Fiadeiro (Zamora, 2001). Tengo tamien feito ambestigaçon subre l bocabulairo de la lhéngua mirandesa, subre la cunjugaçon de ls berbos mirandeses, subre toponímia, subre decumientos de l lhionés antigo i, subretodo, subre las caratelísticas de l sendinés, algo de que muito se fala mas mui pouco se conhece. Quanto más studo, más chego a la cuncluson de que l mirandés inda ten muita, muita cousa por çcobrir.

h) L mirandés ten que salir de la Tierra de Miranda i de la raia de Pertual, para que seia coincido i studado ne l strangeiro. Por esso dei l miu melhor para ajudas a l' ourganizaçon de l V Simpósio de Lhénguas Ouropeias i Lhegislaçones que tubo lhugar an Miranda ne ls dies 25 a 28 d'Abril dastanho. Cula mesma eideia trabalho para ajudar a poner de pies la ourganizaçon que repersente l mirandés ne l EBLUL.


i) L statuto jurídico de l mirandés percisa de ser studado i zambolbido ne l ámbito de l dreito a la lhéngua cumo dreito de las pessonas i de ls pobos. Cumo jurista a esso tengo dedicado muita atençon, stando a chegar al fin la scrita dun librico que bou a publicar cun Júlio Meirinhos, inda astanho.

Apuis de todo l que acabei de screbir acho que nun fázen muito sentido todas estas cousas, subretodo quando ténen a ber cula nuossa lhéngua (anque téngamos dues i gústemos tanto dua cumo doutra, cumo ye l miu caso). Ende l más amportante ye l'atitude que ancarna an pequeinhas cousas, cousas mesmo mui pequeinhas que hai que fazer todos ls dies, an qualquiera sítio i delantre de qualesquiera pessonas. Cousas tan pequeinhas cumo falar, registrar, oubir, nua atitude de star siempre a daprender, a çcobrir. Cousas tan pequeinhas cumo trasmitir l que daprendimos. Cousas tan pequeinhas cumo tener pacéncia para cumbencir de l que achamos que stá cierto, sin tener que oufender. Cousas tan pequeinhas cumo acraditar que bamos a morrer purmeiro que la nuossa lhéngua. Desso nun fálan ls 'curricula', mas essas pequeinhas cousas... esso ye l más amportante.

Lisboua, 14 de Maio de 2002

Amadeu Ferreira
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MensagemAssunto: Porquei ua crónica an mirandés   Mirandês Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 2:48 pm

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Porquei ua crónica an mirandés

Mirandês Amadeu

Ampeço hoije uas crónicas an léngua mirandesa que, dun ó doutro modo, teneran cumo assunto la léngua i la cultura mirandesas. Cumo qualquiera crónica, tamien esta nun ye senó ua paraige pa pensar alto subre cousas que son parte amportante de ls mius dies. Cumo esta crónica, más que ne l tema, se çtingue pula léngua an que ye scrita, hai que ampeçar por poner la pregunta: porquei ua crónica an mirandés? Ye natural que cada pessona, an cundiçones normales, fale i scriba la sue léngua. Mas ls mirandeses tanto fálan i scríben l pertués cumo l mirandés (anque nó tantos cumo era d’asperar). La pregunta, portanto, manten-se.
Ampeço por lembrar algues berdades de lana caprina: las lénguas son un fenómeno solamente houmano, aliçace de qualquiera sociadade, spresson de l’alma dun pobo, de la sue cultura, memória de l sou passado, angrideira antre todos aqueilhes que la fálan; eilemiento eissencial de relaçon cul fuora de nós, de comunicaçon culs outros, antre pessonas i antre pobos, i, por bias desso, la léngua ten tamien ua amportante dimenson eiquenómica; para alhá de todo esso, la léngua ye un anstrumiento de domínio duns pobos puls outros, duas regiones pulas outras. Poderie cuntinar a dezir outras funçones de la léngua de cada un de nós mas, por hoije, quedo-me por algo que para mi ye eissencial: la nuossa léngua materna ye aqueilha que melhor cunsigue sprimir l que queremos dezir i que puode ser ousada d’eigual maneira tanto pul sentimiento (vulgo, coraçon), cumo pula rezon, l pensamiento. Cunsidro que tengo dues lénguas maternas i gusto muito d’ambas a dues, l pertués i l mirandés. Mas deixai-me cunfessar ua cousa: nunca, fui capaç de falar cun mie mai i cun miu pai an pertués, mas solo an mirandés. Ye assi hai 50 anhos. Podeis, portanto, antender bien l que digo a seguir: hai cousas que solo sei dezir an mirandés; hai palabras mirandesas que nun sei cumo se dízen an pertués i outras que nun ténen un berdadeiro sinónimo para eilhas. Nun falo d’outras cousas que, se nun fúren dezidas an mirandés, son cumo comida sin sal, cumo pan sin fermiento.
Se todos faláramos la mesma léngua, esso serie ciertamiente más barato i pouparie-se muito dinheiro. Seriemos talbeç más armanos, mas quedariemos bien más probes. Las lénguas, todas las lénguas, anque la sue dibersidade mos pareça anti-eiquenómica, son ua riqueza de l’houmanidade i de cada paiç. Hoije naide ten dúbidas de que l dreito a la léngua ye un dreito fundamental de la pessona houmana. Tiempo houbo an que las lénguas éran cunsidradas cumo un storbilho a la criaçon de l stado moderno, l stado abseluto de las Luzes, i muitas lénguas sentírun i sínten inda esso an sue piel. Hoije, al cuntrairo, la democracie lenguística ye un de ls fundamientos de las democracies modernas i até l’Ounion Ouropeia se define cumo ua Ouropa de las Lénguas, rezon porque tanto stá a ambestir an la promoçon i preserbaçon de las lénguas regionales i minoritárias.
An Pertual las cousas nun puoden ser doutro modo. Até hai pouco tiempo Pertual agababa-se de la sue ounidade lenguística cumo s’esso fura ua riqueza i outras lénguas solo beníran a strobar. Las cousas stan a mudar, subretodo çque l’Assembleia de la República aprobou la lei nº 7/99, de 21 de Janeiro, que declarou l mirandés cumo ua léngua oufecial de Pertual. Si, de Pertual i nun solo de la Tierra de Miranda. Porque l mirandés ye ua léngua de Pertual i la cultura mirandesa ye ua parte de la cultura pertuesa, un eilemiento de l’eidentidade pertuesa. Por esso i por outras cousas que agora nun bou a zambolber, nun puode baler pa ls mirandeses la spresson de Fernando Pessoa, ‘a minha pátria é a língua portuguesa’, pus tenemos la mesma pátria par’alhá de la léngua. Sei que a muitos le custa a aceitar esto, talbeç porque inda nun téngan pensado nua cousa tan simples cumo esta: aceitar la dibersidade lenguística ye un punto de partida para praticar la toleráncia democrática.
Al screbir an mirandés, nun quiero dregir-me solo als mirandeses, sin que esso seia falta d’eiducaçon para quien nun fala la mie léngua. Por un lado, l mirandés ye fácele d’antender, dada la sue ourige ne l latin (romance), tal cumo l pertués i las outras lénguas de la Península, salbo l basco. Por outro lado, perdonai-me mas esta ye la rezon más fuorte, porque l mirandés ye la léngua an que puodo dezir melhor l que sinto i penso. Dai-me algun tiempo para arramar l’alma nestas linhas i apuis, stou cierto, podereis antender-me melhor.

Amadeu Ferreira

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MensagemAssunto: Re: Mirandês   Mirandês Icon_minitimeDom Ago 01, 2010 3:00 pm

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MensagemAssunto: «Os Lusíadas» já têm versão mirandesa    Mirandês Icon_minitimeQua Ago 18, 2010 4:22 pm

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Demorou oito anos a traduzir
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«Os Lusíadas» já têm versão mirandesa

Foram oito anos de trabalho para traduzir «Os Lusíadas», de Luís de Camões, para língua mirandesa. A obra é do investigador Amadeu Ferreira e a versão do «épico» tem a chancela da Editora Âncora.

Em declarações ao Jornal NORDESTE, Amadeu Ferreira, avançou que todas a estâncias foram vistas e revistas ao pormenor, estando marcada a apresentação pública da obra para 17 de Setembro.

A necessidade de lançar esta obra traduzida na segunda língua portuguesa é realçada pelo autor. “Eu costumo dizer que a epopeia cantada por Camões, foi uma epopeia dos portugueses, entre os portugueses havia gente mirandesa”, vincou Amadeu Ferreira.

O investigador avançou, ainda, que “até ao momento, o que havia desta obra traduzido para mirandês foi uma publicação semanal no Jornal NORDESTE, e em 2009 foram publicados «Os Lusíadas em banda desenhada», com desenhos de José Ruy, que incorpora parte do textos de «Os Lusíadas» escritos em mirandês.

Outra das novidades da edição em mirandês está na capa do livro, que é uma reprodução da primeira edição de «Os Lusíadas», datada de 1572, como se pode ler na nota introdutória. Já os dez cantos de «Os Lusíadas» ocupam 366 páginas na primeira edição em mirandês. O prefácio da obra é da responsabilidade de Ernesto Rodrigues, professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

“A apresentação pública, a nível nacional, da primeira edição traduzida para a segunda língua oficial em Portugal será feita na cidade de Miranda do Douro, no dia 17 de Setembro, que é o dia da Língua Mirandesa”, concluiu Amadeu Ferreira.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2010-08-18
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MensagemAssunto: Dia da Língua Mirandesa    Mirandês Icon_minitimeDom Set 19, 2010 1:28 pm

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Dia da Língua Mirandesa
Mirandês


Mirandês Lusiadas_mirandes2

Tradução de «Os Lusíadas» assinala Dia da Língua Mirandesa

O Mirandês comemora hoje 11 anos desde que foi oficialmente reconhecido como segunda língua oficial de Portugal.

Para assinalar a data, a câmara de Miranda do Douro instituiu o Dia da Língua Mirandesa.

Segundo o presidente pretende-se com esta iniciativa dar um impulso na promoção do valor histórico e cultural da língua e homenagear quem trabalha em prol dela.

“Nós achamos que o Dia da Língua deveria ser comemorado e dar um valor histórico e cultural ao evento” afirma.

Por outro lado, “há muita gente a trabalhar o mirandês e que toda a sua vida têm trabalhão em prol da língua fazendo disso uma grande luta” salienta Artur Nunes.

Hoje vai também ser lançada a tradução d “Os Lusíadas” em mirandês.

Uma obra levada a cabo por Amadeu Ferreira nos últimos oito anos.

“Eu traduzi a obra durante cinco anos” revela. “Muitas vezes foi feita sob a pressão do tempo e por isso acabei por demorar mais quase três anos a rever em profundidade toda a tradução feita e acabou por demorar sete ou oito anos” acrescenta Amadeu Ferreira.

O autor salienta que “deu muito trabalho, foi preciso ler muita coisa, ver outras traduções, tudo sobre os Lusíadas, mas deu-me muito gozo no fim disto tudo”.

A obra épica de Luís de Camões traduzida em mirandês já está à venda nas livrarias do país.

Brigantia, 2010-09-17
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MensagemAssunto: Fundação da Língua Mirandesa já tem comissão instaladora    Mirandês Icon_minitimeSeg Set 20, 2010 3:29 pm

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Promover estudos em Mirandês
Mirandês


Mirandês Amadeuferreira5

Fundação da Língua Mirandesa já tem comissão instaladora

A criação da Fundação da Língua Mirandesa vai mesmo avançar.

No dia das comemorações da Língua Mirandesa, foi dado o primeiro passo para a criação da fundação da lhéngua.

O presidente da câmara de Miranda do Douro lançou a âncora que vai dar forma a uma instituição que promova os mais diversos estudos em Mirandês e que se vai chamar, Fundação da Língua Mirandesa.

“Está a dar um passo em frente que é a profissionalização e a institucionalização da língua para lhe dar a tal cientificidade” afirma, acrescentando que “há um trabalho muito grande pela frente a fazer por esta instituição que vamos lançar e que vai dar forma à divulgação e promoção do mirandês”.

Para Artur Nunes este é o passo que falta para promover a lhéngua. “Neste tempo todo houve muitos voluntários a trabalhar, de certa forma desagregados, e este é o passo em frente para a profissionalização”.

São nove os nomes que vão fazer parte da Comissão Instaladora da Fundação da Língua Mirandesa.

Além do presidente da câmara, Artur Nunes, nomes como Alfredo Cameirão, Domingos Raposo, Duarte Martins, Carlos Ferreira, Mário Correia, Paulo Meirinhos e Júlio Meirinhos.

O investigador Amadeu Ferreira é um dos impulsionadores e frisa que este é o concretizar de um desejo de vários anos.

“Nós andamos a lutar por esta fundação central do mirandês há muito tempo e a verdade é que as instituições não têm sido sensíveis a essa necessidade” afirma, salientando que “é o actual presidente da câmara que tem sido sensível esta realidade”.

Amadeu Ferreira diz ainda que “uma instituição desta natureza pode agregar vontades, meios, pode planificar e constituir comissões especializadas mas tem de ter poder e capacidade para que os mirandeses se revejam nela”.

A Fundação da Língua Mirandesa será formalizada até ao final do ano.

Brigantia, 2010-09-20
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MensagemAssunto: «Manter viva» a língua mirandesa    Mirandês Icon_minitimeQui Fev 03, 2011 4:58 pm

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«Manter viva» a língua mirandesa
Mirandês


Mirandês Miguelsales

Microsoft e linguistas juntam-se para preservar e divulgar a língua mirandesa

A Microsoft, Instituto de Linguística Teórica e Computacional e a Associação de Língua Mirandesa têm em fase de desenvolvimento um projeto tecnológico «inovador» para preservar o ensino e divulgação da língua mirandesa.

A iniciativa junta peritos em software e linguística e vai permitir a quem escreve em mirandês ouvir “uma voz sintética naquela língua” ou, “a quem fala, ver a escrita reconhecida em texto para a mesma língua”.

O projeto é considerado como “fundamental”, quer para a investigação da língua mirandesa, quer para ensino e conhecimento da segunda língua oficial em Portugal, utilizando como ferramentas as mais recentes tecnologias de informação e comunicação.

Em declarações à Agência Lusa, o diretor de investigação da Microsoft Portugal, Miguel Sales Dias, disse que o projeto passa pela criação de um sistema de fala que reconheça o léxico fonético da língua mirandesa.

“Nós desenvolvemos tecnologias de base que serão utilizadas por quem desenvolve aplicações didáticas, para as disponibilizar depois a quem ministra o ensino do mirandês, quer na forma falada, quer na forma escrita”, especificou o investigador.

Melhorar modelos de ensino

Os investigadores envolvidos no projeto acreditam que a tecnologia desenvolvida poderá ser utilizada para “melhorar” os modelos de ensino e divulgação do mirandês fora da sua área de influência (Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro).

“Os conteúdos desenvolvidos pela Microsoft são destinados a quem desenvolve aplicações, já que se constituem como um mecanismo de apoio à comunidade científica que se dedica ao estudo do mirandês. São recursos únicos que serão disponibilizados em modo livre”, adiantou Miguel Sales Dias.

Quando estas aplicações estiverem disponíveis, os falantes e estudiosos do mirandês vão poder verificar os resultados finais, já que, nesta altura, “os conteúdos apenas se destinam a investigadores na área do mirandês”. Os primeiros demonstradores poderão estar disponíveis para a comunidade científica dentro de meio ano.

\"Manter viva\" a língua mirandesa

A médio prazo, os cerca de 500 alunos que estudam mirandês no Agrupamento de Escolas do concelho de Miranda do Douro poderão aplicar estas novas ferramentas nos seus computadores pessoais. “As novas ferramentas podem ser aplicadas em todos os computadores que tenham o sistema operativo Windows,” adiantou responsável da Microsoft.

Na opinião dos investigadores, este é o primeiro e ao mesmo tempo um projeto “fundamental para manter viva” a língua mirandesa no mundo académico. “Ao mesmo tempo, os falantes do mirandês passam a usufruir de avanços tecnológicos nas suas ferramentas de ensino.

Estes recursos são inexistentes no seio da língua mirandesa. É um projeto que se encontra em fase de elaboração pela primeira vez em larga escala, com qualidade profissional”, concluiu Carlos Sales Dias.

Lusa, 2011-02-03
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MensagemAssunto: Música Mirandesa por terras Espanholas   Mirandês Icon_minitimeSeg Fev 07, 2011 5:34 pm

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Cultura mirandesa
Mirandês


Música Mirandesa por terras Espanholas

A cultura mirandesa tem vindo a suscitar uma atenção crescente dos nossos vizinhos espanhóis, sobretudo de quantos sempre procuraram reflectir sobre antigas interacções culturais, procurando contribuir para uma efectiva e actualizada partilha de expressões musicais com origens num fundo comum cujo conhecimento é necessário aprofundar para melhor se compreender os traços fundamentais da nossa identidade cultural.

Os exemplos chegam-nos das Astúrias, uma província espanhola cujas gentes sempre se relacionaram e interagiram com as gentes mirandesas.

A Música Mirandesa na Televisão das Astúrias

A série televisiva CAMÍN DE CANTARES, consagrada à divulgação da música tradicional e transmitida pela TPA – Televisión del Principado de Astúrias, incluiu dois filmes documentais realizados por Xosé Ambás na aldeia de Constantim (Miranda do Douro), com o apoio do Centro de Música Tradicional Sons da Terra (responsável pela escolha da terra e da selecção dos informantes).

Procurando estabelecer pontes de contacto com a realidade mirandesa do presente, o realizador procurou documentar as semelhanças entre o asturiano e o mirandês, ambas línguas minoritárias da geografia ibérica, sendo a música de Aureliano Ribeiro (gaiteiro e tamborileiro) e de Célio Pires (gaiteiro e construtor de instrumentos musicais) e os cantos de Cármen Pires o fio condutor destas viagens de partilha e de comunhão de um fundo cultural comum com seculares origens.

Estes dois filmes, que já foram transmitidos na televisão asturiana em Novembro e Dezembro do ano passado, vão ser apresentados no próximo dia 19 de Fevereiro de 2011, pelas 15h00, no Auditório do Pavilhão Multiusos de Miranda (integrados no programa de actividades paralelas da Feiras dos Sabores Mirandeses), por iniciativa da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

Nesta sessão de apresentação dos dois filmes estarão presentes o realizador, Xosé Ambás, e um representante da TPA – Televisão do Principado das Astúrias.

Jornal Nordeste, 2011-02-07
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MensagemAssunto: "O Principezinho" já fala mirandês   Mirandês Icon_minitimeQua Mar 30, 2011 4:47 pm

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"O Principezinho" já fala mirandês

por Lusa
Hoje

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"O Principezinho", personagem criada por Antoine de Saint-Exupéry, já fala mirandês. "L Princepico" é o título da edição neste dialecto, feita pela editora ASA, disponível nas bancas a partir da próxima semana.

O clássico de Antoine de Saint-Exupéry, de 1943, já vendeu mais de 50 milhões de exemplares em todo o mundo e, segundo a editora francesa Gallimard, é "o livro mais traduzido em todo o mundo depois da Bíblia", com versões "em cerca de 200 línguas ou mais (incluindo dialectos europeus, asiáticos e africanos)".

Em declarações à agência Lusa, Maria José Pereira, responsável pela edição do livro e editora da divisão de banda desenhada da ASA, explicou que o objectivo da edição de "L Princepico" é, "por um lado, dar a conhecer a língua mirandesa, que as pessoa geralmente ouvem falar mas que não têm visto escrita e, por outro lado, tornar conhecidos os personagens numa outra versão".

Reconhecendo que a edição em mirandês desta obra tem um público reduzido de interessados e coleccionadores, Maria José Pereira recorda que esta não é a primeira incursão da ASA pelo mirandês, tendo, há alguns anos, editado dois livros do Astérix neste dialeco.

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MensagemAssunto: «Principezinho» traduzido para Mirandês    Mirandês Icon_minitimeSeg Abr 11, 2011 11:02 am

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«L Princepico»
Mirandês


Mirandês Principezinho

«Principezinho» traduzido para Mirandês

O clássico literário francês, «O Principezinho», já fala Mirandês.«L Princepico», é o título na segunda língua oficial portuguesa. Uma obra de 1943, que foi agora traduzida.

Um romance do escritor francês Antoine de Saint Exupéry, que relata uma mensagem de amor e união entre os homens expressa-se agora em mirandês.A convite do cônsul francês no Porto, Ana Afonso, de raízes mirandesas, foi a escolhida para fazer esta tradução.

E garante que retratar para a sua língua materna um clássico da literatura mundial foi um desafio do qual se orgulha. “O facto de receber o convite foi muito lisonjeador. Considerei-o como um desafio e algo irrecusável porque é uma grande obra, muito conhecida e que toca o coração das pessoas” refere, acrescentando que “esta obra poderia ser um meio para divulgar o mirandês.

Foi uma tradução com muitas verificações. Recorri à ajuda de familiares e falantes de mirandês”. Uma tradução realizada com a ajuda do professor de mirandês, Domingos Raposo.“Eu estou sempre disponível para colaborar em favor desta causa que é a língua mirandesa que é um dos vectores culturais mais importantes desta terra e que importa preservar” afirma, salientando que “temos de potenciar este factor de riqueza”.

Ana Afonso adianta ainda que foi a contemplada para integrar um projecto inovador, da Microsoft e da Associação de Língua Mirandesa que vai possibilitar a quem escreve esta língua no computador, ouvir o texto em mirandês. “Candidatei-me para ser a voz do mirandês num projecto da Microsoft.

Fiz vários castings, consegui e passei os últimos 15 dias a gravar a minha voz em mirandês padrão” refere, explicando que essa aplicação da Microsoft vai permitir fazer a tradução automática para áudio pois, “ao introduzir um texto em mirandês no computador, ele será lido pela minha voz”. O Principezinho, um livro traduzido em mais de 200 línguas de todo o mundo, agora também em Mirandês.

Esta obra, já se encontra nas livrarias do país, e vai ter apresentação oficial no próximo dia 15 de Abril no Instituto Franco Português, em Lisboa.

Brigantia, 2011-04-11
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MensagemAssunto: Louça ofende o Mirandês    Mirandês Icon_minitimeQui maio 05, 2011 11:43 am

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Louça ofende o Mirandês

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Chamou dialecto á língua Mirandesa no programa «Cinco para a meia-noite»

Foi ontem em directo à noite no programa «Cinco para a meia-noite» na RTP, que Francisco Louça afirmou que a língua Mirandesa afinal é só um dialecto. Foi com desfaçatez e ignorância de quem aprova leis sem convicção, que Louça delapidou uma parte da cultura portuguesa.

O mirandês é a segunda língua oficial de Portugal, desde 1999, altura em que foi aprovada na Assembleia da República a lei que oficializou a lhéngua.
A língua mirandesa, ou mirandês, é uma língua pertencente ao grupo astur-leonês, com estatuto de segunda língua oficial em Portugal, reconhecida oficialmente e assim protegida.

É falada por menos de quinze mil pessoas no concelho de Miranda do Douro e em três aldeias do concelho de Vimioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras aldeias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

O mirandês é ameaçado actualmente pelo desenvolvimento, a vida moderna, a televisão, e as pressões do português e do castelhano. Mas pior que isto tudo é a desinformação feita por deputados que têm acesso à televisão que sem contraditório delapidam anos de trabalho e de divulgação.

O deputado Louça deveria pedir desculpa aos Portugueses e em especial a todos os falantes de mirandês e a todos aqueles que durante anos não deixaram morrer esta língua, que é a segunda língua oficial de Portugal.

Antonio Pereira, 2011-05-04
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MensagemAssunto: Romance «duplo» terá dois títulos    Mirandês Icon_minitimeDom Jun 12, 2011 2:51 pm

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Romance «duplo» terá dois títulos Mirandês

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Primeiro romance histórico é lançado na sexta-feira com versão portuguesa

O autor das mais conhecidas traduções em mirandês, Amadeu Ferreira, vai apresentar na sexta-feira, em Bragança, o primeiro romance escrito na segunda língua oficial de Portugal com uma versão em português.

Este romance \"duplo\" terá dois títulos, como explicou à Lusa o autor, que assina o original em mirandês, \"La Bouba de La Tenerie\", com o pseudónimo Francisco Niebro, e a versão em português, \"Tempo de Fogo\", com o nome próprio.

As obras são baseadas em \"factos históricos\" e a ação decorre no \"berço\" da língua mirandesa, retratando o \"ambiente sufocante que se viveu nas aldeias desta região durante a inquisição\", contou.

Segundo Amadeu Ferreira, este romance histórico passa-se no ano de 1619 e a ação centra-se, sobretudo na agora vila de Sendim, tendo como personagem principal um frade homossexual queimado pela inquisição.

O nome do personagem principal é ficcionado, assim como muito do enredo que, no entanto relata também factos e personagens reais da época que o autor descobriu numa investigação que precedeu a escrita a documentos históricos, nomeadamente na Torre do Tombo.

Amadeu Ferreira começou a escrever em \"2002/2003\" e a obra ficou pronta no verão de 2009.

A particularidade é que o original foi escrito em mirandês e a versão portuguesa surgiu do desafio lançado ao autor pela editora Âncora, que publica agora as duas versões.

Este é o primeiro romance escrito originalmente em mirandês depois das várias traduções que Amadeu Ferreira tem feito, nos últimos anos, de obras conhecidas como as histórias do Astérix ou os Lusíadas de Luís Vaz de Camões.

Jurista de formação, Amadeu Ferreira é natural de Sendim, Miranda do Douro, e tem-se destacado como estudioso e impulsionador do mirandês, apesar de desenvolver a sua actividade em Lisboa na Faculdade de Direito e na vice presidência da CMVM, a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários.

A apresentação do romance \"duplo\" será feita por Teresa Martins Marques, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e Alfredo Cameirão, escritor mirandês e professor do ensino secundário.

A cerimónia terá lugar, na sexta-feira, no Centro Cultural Adriano Moreira, em Bragança, em contará com o apoio da Academia de Letras de Trás-os-Montes e da Câmara Municipal local.

Lusa, 2011-06-07
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MensagemAssunto: «Mensagem», de Fernando Pessoa, traduzida para língua mirandesa   Mirandês Icon_minitimeDom Jun 12, 2011 2:59 pm

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«Obra emblemática»
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«Mensagem», de Fernando Pessoa, traduzida para língua mirandesa

A «Mensagem», de Fernando Pessoa, foi traduzida para língua mirandesa pelo investigador e escritor Amadeu Ferreira e a apresentação pública do trabalho está agendada para finais de julho.

Em declarações à Agência Lusa, Amadeu Ferreira disse que se trata da tradução de uma obra emblemática da literatura portuguesa, não só em termos poéticos mas igualmente simbólicos.

«A tradução vem na senda de um trabalho iniciado há alguns anos e que visa traduzir para língua mirandesa algumas das obras mais emblemáticas da literatura portuguesa e universal,» acrescentou o escritor/investigador.

Lusa, 2011-06-09
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MensagemAssunto: Re: Mirandês   Mirandês Icon_minitime

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