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Muro da prisão caiu há 2 meses e obras não têm datapor ROBERTO DORES
Hoje
Director da prisão diz que a segurança não está em causa, mas PSP tem outra opiniãoHá dois meses que o muro de três metros de altura junto ao portão principal da cadeia de Setúbal caiu. Desmoronou-se como um baralho de cartas, ao longo de dez metros, na sequência de escavações destinadas a localizar uma conduta de água. Vai para dois meses e a reedificação continua sem data marcada.
A ala, classificada como uma "zona neutra", só é frequentada por reclusos em regime livre, levando o director do estabelecimento, Paulo Gouveia, a afirmar que "a segurança não está posta em causa". O muro caiu em cima do passeio e lá ficou. O local está delimitado por quatro grades.
Fonte policial alerta que "ninguém pode afirmar que não existe perigo de haver uma fuga ou outra situação que ameace quem por ali passe", não entendendo "como é que é possível manter-se um muro de uma cadeia caído durante tanto tempo".
Contactada pelo DN, a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) revela apenas já ter sido "determinada a reconstrução do muro", mas não há data para a reconstrução. O próprio director do estabelecimento - situado junto ao acesso da auto-estrada A2 - limita-se a dizer que no momento da derrocada manifestou a sua "preocupação superiormente".
A Águas do Sado é a empresa que gere o abastecimento de água em Setúbal, revelando que o colapso aconteceu aquando de uma sondagem para localização do ramal de águas residuais domésticas daquele estabelecimento prisional. A administração garante ter accionado a apólice de seguro de responsabilidade civil assim que se deu a ocorrência, "com vista ao apuramento da responsabilidade do acidente e reparação de danos." Mas há questões burocráticas que estão a atrasar a reedificação do muro, em que se incluem, sobretudo, as peritagens que têm de ser realizadas para apurar as causas do desmoronamento.
In DN