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 Novo PSD?

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Romy

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MensagemAssunto: Aguiar-Branco também avança para a liderança do PSD   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeQua Fev 10, 2010 10:42 pm

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Aguiar-Branco também avança para a liderança do PSD

por Paula Sá
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1253765

José Pedro Aguiar-Branco, também vai avançar para uma candidatura à liderança do PSD, soube o DN.

O líder parlamentar social-democrata tenciona comunicar a sua decisão na reunião da bancada amanhã, poucas horas antes da reunião do Conselho Nacional.

Aguiar-Branco foi ontem surpreendido com o anúncio da candidatura de Paulo Rangel. O facto de partilhar o mesmo espaço político no confronto com Pedro Passos Coelho não o inibiu de manter de pé a candidatura que preparava já há algum tempo. Ontem não quis comentar o avanço de Rangel e assegurou que só falaria da escolha da futura liderança do seu partido a seguir à aprovação na generalidade do Orçamento de Estado para 2010.

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MensagemAssunto: Rangel candidato devido à situação grave do país   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeQua Fev 10, 2010 10:49 pm

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Rangel candidato devido à situação grave do país

por Lusa
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1253819

O eurodeputado social democrata Paulo Rangel afirmou hoje ter sentido a "responsabilidade nacional" de ser candidato à liderança do PSD devido às "circunstâncias excepcionalmente graves" do país.

PSD: Rangel candidato à liderança devido às "circunstâncias excecionalmente graves" do país (ATUALIZADA)

Lisboa, 10 fev (Lusa) - O eurodeputado social democrata Paulo Rangel afirmou hoje ter sentido a "responsabilidade nacional" de ser candidato à liderança do PSD devido às "circunstâncias excecionalmente graves" do país.

Durante o anúncio da sua candidatura, num hotel de Lisboa, Paulo Rangel apresentou-se como um candidato que quer fazer "uma rotura com quinze anos de políticas socialistas" e "libertar o futuro".

"Portugueses, caros militantes do PSD: Disse-vos há mais de três meses que, em razão do cumprimento do meu mandato europeu, não pretendia ser candidato à liderança do PSD", recordou o eurodeputado.

"No quadro das circunstâncias excepcionais em que vive o país - e que se revelaram com uma intensidade perturbante nos últimos três meses - e, em particular, o agudizar da situação económico-financeira, o aprofundamento lancinante da crise social e a degradação que acelerada e insustentável do executivo - em face dessas circunstâncias excepcionalmente graves sinto o apelo moral e o dever cívico, sinto mesmo a responsabilidade nacional de apresentar a candidatura à presidência do PSD", justificou, em seguida.

Paulo Rangel, que discursava perante um fundo branco e laranja com o símbolo do PSD, qualificou as circunstâncias actuais de "quase dramáticas".

"A autoridade, o prestígio e a confiança nas instituições políticas - designadamente no Governo - tem vindo a degradar-se de dia para dia, como bem mostram acontecimentos mais recentes. Até o poder judicial vive tempos de desgaste continuado, suscitando cada vez menos confiança no povo e na opinião pública", considerou o ex-líder parlamentar do PSD.

"No actual estado de coisa, já não basta mudar. É preciso romper", defendeu.

Paulo Rangel afirmou que a sua candidatura não é "uma candidatura preparada, não dispõe de exércitos alinhados, não foi inspirada em almoços ou reuniões com estruturas partidárias ou com personalidades gradas do partido" e que não fez "qualquer convite a militantes, personalidades ou amigos para a presença nesta sala esta noite".

Esta candidatura à liderança do PSD pretende ser "um movimento político nacional aberto e voluntário", acrescentou.

A vice-presidente do PSD Sofia Galvão e os deputados Luís Rodrigues, Pedro Saraiva e Nuno Encarnação foram alguns dos sociais democratas que estiveram presentes na apresentação da candidatura de Paulo Rangel.

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MensagemAssunto: Rangel propõe ruptura   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeQui Fev 11, 2010 3:12 pm

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Rangel propõe ruptura

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1253953

O eurodeputado quer "libertar o futuro" das mãos do PS e do Governo. Promete às bases a possibilidade de regresso ao poder. Diz-se um homem só, sem a máquina dos adversários

Paulo Rangel entrou sorridente, à hora dos telejornais, na pequeníssima sala do Hotel Tivoli, cheia de simpatizantes, para anunciar uma candidatura de "ruptura" à presidência do PSD. "Já não basta mudar, é preciso romper". O eurodeputado social-democrata entrava assim em campanha pela liderança. Oferecia um projecto mais radical do que o "mudar" de Pedro Passos Coelho. Cujo lema assenta na ideia de que é preciso "libertar o futuro" das mãos do PS e do Governo.

O antigo líder parlamentar do PSD, que se dirigiu duplamente aos "portugueses" e aos militantes sociais-democratas, vestiu a pele de homem só, a correr por sua conta e risco, ao invés dos dois adversários, Passos Coelho e Aguiar-Branco. O primeiro a desbravar caminho há meses e o segundo a preparar o terreno há semanas. Rangel assegurou que não preparou a candidatura, que não dispõe de "exércitos alinhados" , e que nem se inspirou "em almoços ou reuniões partidárias ou com personalidades gradas do partido".

Afirmou-se como candidato de "unidade" e de "diálogo" com todas as estruturas do partido, sabendo que grande parte das distritais têm sido seduzidas por Passos Coelho. E adiantou-se às críticas que lhe vão atirar no caminho até às directas. As de que a sua candidatura é apadrinhada pelos "barões", próximos de Durão Barroso e Ferreira Leite, e de que é um recém chegado à militância no partido. "[A candidatura] não discrimina as pessoas do chamado aparelho das pretensas elites, não menoriza os simpatizantes em face dos militantes, não discrimina social ou regionalmente os votantes do PSD, não assenta em divisões geracionais de idade ou anos de militância".

O candidato apelou a um "movimento político nacional aberto e voluntário" para "lavar a honra da democracia". Ou seja, na campanha falará para as bases, mesmo que receba os esperados apoios das elites, tentando ultrapassar a influência da máquina do partido. Tendo presente que as estruturas nacionais perderam capacidade de controlar a eleição dos líderes a partir da instituição das directas.

Há três meses, Rangel lançou na RTP um apelo à candidatura de Marcelo, assegurando que cumpriria o mandato no Parlamento Europeu. Ontem justificou a troca de Bruxelas por Lisboa. O agudizar da situação económico-financeira, o aprofundamento "lancinante" da crise social e a "desagregação acelerada e insustentável do executivo", apelaram ao seu "dever cívico". Propõe, por isso, a " ruptura" com a política financeira e económica apostada no endividamento e e em "obras faraónicas", na justiça, e com o actual equilíbrio social e a uma "revolução" na educação.

Rangel é o candidato de Manuela Ferreira Leite, a primeira a tentar convencê-lo a avançar para a corrida à liderança, depois de o ter feito líder da bancada e de o ter escolhido para cabeça de lista às eleições europeias, contra a vontade da sua direcção. Mas, indirectamente, a líder também foi visada na crítica implícita à forma como o PSD tem feito oposição ao Governo. Caso ganhe o partido, Rangel protagonizará "uma oposição firme e inabalável" à actual governação socialista. "O PSD não alinhará em consensos moles, oportunistas ou de mera conveniência", reforçou.

No caminho quer "reerguer" o PSD e promete aos militantes aquilo de que estão sedentos: a possibilidade do regresso ao poder. A candidatura de Passos reagiu imediatamente a Rangel. Noutro hotel de Lisboa, Miguel Relvas conotou-o com Ferreira Leite. "Candidato da continuidade com a actual direcção", foram estas as suas palavras. Relvas assinalou a candidatura de Aguiar-Branco, colocando-o no mesmo lado da barricada: "Não há fome que não dê em fartura"

No Parlamento, logo a seguir ao almoço, quando se soube que Rangel ia avançar para a candidatura, foi notória a inquietação que reinou junto dos colaboradores mais próximos de Aguiar-Branco.

As televisões, rádios e jornais montaram guarda à sala da direcção do grupo parlamentar. A líder social-democrata saiu em passo de corrida para o o plenário sem dar fôlego aos jornalistas para a interpelarem. Aguiar-Branco comentou, sem comentar (ver texto ao lado). Alguns deputados mais desalinhados questionaram-se imediatamente sobre a viabilidade da candidatura daquele que foi ministro de Rangel

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MensagemAssunto: Aguiar-Branco anuncia candidatura no Parlamento   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeSex Fev 12, 2010 5:30 pm

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Aguiar-Branco anuncia candidatura no Parlamento

por Paula SáHoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1254440

José Pedro Aguiar-Branco anunciou esta manhã, na Assembleia da República, a sua candidatura à liderança do PSD, que formalizará na próxima semana no Porto.

O líder parlamentar social-democrata garantiu que recebeu um voto de confiança dos deputados do PSD para se manter em funções até às eleições directas, que se devem realizar no final de Março.

"Há quem se esteja para mudar. Há esteja para romper. Eu proponho-me a unir", disse à saída da reunião com a sua bancada, onde por uma "questão de lealdade e respeito para com os deputados" anunciou a sua decisão. Aguiar-Branco fazia alusão aos lemas dos seus dois adversários nesta corrida, o "mudar" de Passos Coelho e o "romper" de Paulo Rangel.Os três vão enfrentar-se pela primeira vez no Conselho Nacional desta noite.

De forma indirecta, Aguiar-Branco criticou fortemente a candidatura de Paulo Rangel, em particular o facto de ter ocorrido em pleno debate do Orçamento de Estado, na passada quarta-feira. "Se estivesse apenas em causa a minha agenda política e pessoal" teria anunciado, disse, a sua candidatura "antes". Mas, frisou, "não podia fragilizar uma discussão tão importante como era a do Orçamento de Estado e não podia pôr os meus interesses pessoais à frente do partido e dos interesses nacionais".

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MensagemAssunto: "Governo está à espera de golpe de misericórdia"   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeSáb Fev 13, 2010 4:44 pm

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"Governo está à espera de golpe de misericórdia"

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1254857

Passos quer "arrumar a casa". Aguiar-Branco quer 'unir' contra a 'ruptura' de Rangel

Foi à chuva e sob um frio de rachar que os três candidatos à liderança do PSD tiveram o primeiro embate de campanha para a liderança do partido. À chegada à sede nacional, para a reunião do Conselho Nacional, Paulo Rangel, Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar--Branco marcaram bem as diferenças. Passos Coelho foi o mais assertivo quanto ao destino do Governo socialista que se propõe enfrentar. "Esta é uma boa oportunidade para o PSD arrumar a casa. E depois, então, pensar no Governo, que neste momento está à espera de um golpe de misericórdia", frisou Passos Coelho.

No entanto, nenhum dos candidatos à liderança do PSD quis fazer suas as palavras de António Capucho, que além de conselheiro do PSD é também de Estado, de que o PS deve substituir o primeiro-ministro (ver pág. 2). Todos eles preferiram falar mais para dentro do que para fora.

Rondavam as 21.30 quando Paulo Rangel entrou na sede da Rua de S. Caetano à Lapa, a lembrar que só à sua candidatura "o primeiro-ministro reagiu". Recordou ainda com insistência que "há pouco tempo ganhou eleições" para o PSD, as europeias no caso, e por isso sabe que "são as ideias claras e a afirmação de um projecto" que conduzem às vitórias eleitorais. O congresso extraordinário é para o eurodeputado social-democrata "uma grande oportunidade" para o PSD retomar a sua ligação com o País antes do processo eleitoral. Rangel quer "clarifica- ção" e não falsas "unidades".

Falava claramente para Aguiar--Branco, que ontem de manhã anunciou a sua candidatura, a propor a "unidade". Foi o que ontem o também líder parlamentar reiterou: "É importante que o PSD se apresente unido e com coragem de se apresentar como alternativa credível ao Governo PS."

Passos Coelho acabou a desejar, antes de entrar para a reunião, que já contava com figuras como Alberto João Jardim, que "o País perceba rapidamente que o PSD estará rapidamente em condições de poder oferecer ao País um tempo novo". Até à hora de fecho desta edição, duas figuras cimeiras do Porto, Rui Rio e Luís Filipe Menezes, ainda não tinham descido até Lisboa.

Pedro Santana Lopes, que seria uma das figuras deste Conselho Nacional, não quis falar à entrada, mas no Sol rematou um dos seus artigos de forma enigmática sobre o futuro próximo do partido: "Não vai ser nada fácil. Mas é preciso que cada um saiba bem o que dizer e fazer. No modo e no tempo."

Confrontos à parte, o Conselho Nacional deveria aprovar as datas propostas pela Comissão Política para a realização do congresso extraordinário para 13 e 14 de Março, em Cascais, e da eleição directa para a nova liderança para 26 de Março, a que se seguirá o congresso electivo dos restante órgãos dirigentes do partido.

O que não impedirá que um conjunto de autarcas e de algumas distritais se manifestem contra o congresso desencadeado por Pedro Santana Lopes através das 2500 assinaturas.

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MensagemAssunto: "Desistir da candidatura está fora de questão"   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeDom Fev 14, 2010 12:44 pm

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"Desistir da candidatura está fora de questão"

por JOÃO MARCELINO e PAULO BALDAIA
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1255224

O líder parlamentar José Pedro Aguiar Branco entrou na corrida pela presidência do partido. Diz-se defensor da unidade no PSD, ao mesmo tempo que evita falar de Paulo Rangel, que foi seu secretário de Estado. E diz que Passos Coelho "não ajudou tanto como poderia" Manuela Ferreira Leite.

É o terceiro candidato a entrar na corrida à sucessão de Manuela Ferreira Leite como presidente do PSD. O que traz o seu projecto de novo a este combate político? Como se diferencia a sua candidatura das que já eram conhecidas, de Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel?

Há quem queira mudar, há quem queira romper. Eu proponho-me unir. Uma candidatura que pretende estar acima das sensibilidades e das facções e que tem uma visão não tribal do PSD. É um traço distintivo muito importante.

As outras duas são de facções do PSD, a sua é a única que não é de facção?

A minha coloca-se acima de qualquer espécie de sensibilidades, sim.

Quando decidiu que seria candidato à liderança do PSD?

A minha decisão pessoal foi no fim-de-semana passado.

Se perder as eleições, vai sair da liderança parlamentar; se ganhar, também não faz sentido, e isto para dizer que foi sol de pouca dura…

Não sei se não faz sentido.

Acha que faz?

Anunciei no grupo parlamentar que, se não fosse o próximo presidente do partido, não continuaria como líder parlamentar. Mas o partido já tem na sua história o caso de Sá Carneiro, que acumulou uma vez a situação de líder parlamentar e a de presidente do partido num momento especialmente crítico do País. Não sei, poderá justificar-se no momento crítico que o País atravessa que isso mesmo aconteça.

A sede do PSD passaria de S. Caetano à Lapa para S. Bento?

Não. A actividade política, muito nuclear neste momento no Parlamento, como é visível, com um quadro parlamentar e uma geometria variável muito fortes - e sabendo-se que esse é um espaço de intervenção política por excelência -, poderá em circunstâncias como estas, críticas e graves para o País, justificar a acumulação. Não é uma situação que exclua.

Há quatro meses, quando decidiu avançar para a liderança da bancada parlamentar, já tinha no espírito a possibilidade de vir a ser candidato?

Não. Quando resolvi ser presidente do grupo parlamentar, numa altura difícil em que o País ia discutir o Orçamento do Estado e em que a própria líder do partido, a dr.ª Manuela Ferreira Leite, tinha dito que iria convocar directas após a aprovação do Orçamento, achei fundamental que no grupo parlamentar houvesse um referencial de estabilidade, de coesão e de unidade que permitisse que o partido exercesse de uma forma eficaz quer o escrutínio, a fiscalização ao Governo, quer a produção legislativa que ajudasse a uma melhor governação. Era um momento muito difícil, que ainda continua, com o Programa de Estabilidade e Crescimento. Era fundamental que o PSD se apresentasse com uma capacidade de estabilidade, de coesão e de unidade que permitisse honrar o mandato que recebeu dos portugueses. Acho que o resultado, até agora, é positivo nessa matéria.

Imagino que avança por convicção pessoal. Que apoios tem?

Espero vir a ter o apoio da maioria dos militantes do PSD, porque só assim é possível ganhar as eleições.

Espera ter o apoio da actual presidente Manuela Ferreira Leite?

Não contabilizo os militantes pelos nomes. Todos são importantes, fundamentais para uma grande instituição como o PSD ser reconhecida pelos portugueses, desde a presidente do partido até ao militante mais humilde, no local mais recôndito do País.

Já percebi que não está à espera desse apoio, que não está a contar com ele.

Podemos ver de duas maneiras: a negativa e a positiva. Estou à espera de todos, ou seja, da maioria dos militantes do PSD, em que ela também se pode incluir.

Gostava de ter apoios de distritais, por exemplo, a do Porto, a que pertence?

É fundamental, para ganhar as eleições, ter apoio de militantes de todos os distritos, porque a candidatura nacional a isso obriga. A minha é uma candidatura de união, porque é fundamental os portugueses verem que somos capazes de nos unirmos - só assim conseguiremos também uma união de que o País precisa. Estes quatro, cinco anos de Governo do Partido Socialista deram uma crispação, uma conflitualidade na vida portuguesa como não há memória. Os portugueses estão sedentos de uma governação firme, tolerante, reformista, mas que não crie mais crispação na sociedade. Se conseguirmos mostrar que, entre nós, somos capazes, com certeza mereceremos a confiança do País para, fora de nós, também o fazermos.

A sua relação com Rui Rio é conhecida - é um homem do Porto, ele também. Falou com ele antes de decidir avançar com esta candidatura?

Antes de decidir, não. Mas já o informei depois de ter decidido.

Informou alguém antes?

Não.

Conta com o apoio de Rui Rio?

Desejarei contar. Fui muito rigoroso com o deliberado no Conselho Nacional. Tínhamos dito que não iríamos perturbar a discussão do Orçamento do Estado, que é fundamental para o País. E que só deveríamos fazer o debate das questões internas após a aprovação do Orçamento.

Já vamos falar de Paulo Rangel…

Não estou a falar de Paulo Rangel, estava a perguntar-me do Rui Rio! Cumpro a minha palavra sempre até ao fim e só a partir do momento em que ficou acordado que se iria tratar das questões internas, ou seja, a partir de ontem [sexta- -feira], é que anunciei a minha candidatura e comecei a desenvolver os contactos e tudo o que lhe é inerente. Contactei o dr. Rui Rio - porque tenho relações pessoais que o justificam - a dizer "eu vou avançar", e combinámos que a partir de sexta-feira iremos conversar sobre o resto.

Avisou mais algum destacado militante do PSD?

A presidente do partido também, na segunda-feira.

Não quer falar de pessoas que o possam apoiar. Já começou a preparar a equipa com que vai apresentar-se a eleições e trabalhar, se ganhar?

Tenho um conjunto de pessoas que já se disponibilizaram para trabalhar comigo.

Podemos saber o nome de algumas delas?

Não. Não é porque seja segredo, mas não venho preparado para estar aqui agora a dizer todas as pessoas que já estão a trabalhar comigo.

Tem lá algum dos vice-presidentes que fazem parte da actual direcção?

Tenho. Mas gostaria de fazer ao contrário: podem falar com muitos militantes, com as pessoas que são próximas de mim, mas não gostaria de ser eu a dar nota disso, mas sim os próprios, à medida que o desejarem.

O seu antigo secretário de Estado no tempo em que foi ministro da Justiça no Governo de Pedro Santana Lopes, Paulo Rangel, avançou de repente umas horas antes de si. É verdade que ficou zangado com ele?

Não é relevante, neste momento, estarmos a tratar desse tipo de assuntos. Não é ter menos respeito pela sua pergunta. Fui muito rigoroso, e sou-o, quando refiro que tenho este terrível hábito de cumprir sempre aquilo que digo. Eu disse que só após a aprovação do Orçamento do Estado era possível apresentar a candidatura e tratar das questões internas do partido.

Por isso há pouco lhe dizia que já íamos falar de Rangel, porque isso pressupõe uma crítica.

Se alguém o fez antes do momento que tinha sido estipulado para o efeito, terá de se haver com a sua própria consciência.

Ele avançou antes para tentar condicionar a sua candidatura?

Terá de perguntar ao próprio.

Estou a perguntar-lhe a si.

Terá de perguntar ao próprio. Não actuo na minha vida em função de critérios de oportunidade que não sejam respeitadores do que ficou acordado.

Tinha ficado acordado, mas não com ele? Ou também com ele?

Tinha ficado acordado que o debate das questões internas do partido, inerentes a uma candidatura e a todo o processo de discussão interna, seria após a aprovação do Orçamento do Estado.

Quando Rangel avançou, sabia que Aguiar-Branco ia avançar?

Era um dado que toda a gente admitia como possível, que no dia 12…

Como disse que só decidiu há uma semana, pergunto de outra maneira: disse a Paulo Rangel que ia ser candidato?

Não revelo conversas privadas que tenho com as pessoas.

Como soube que Paulo Rangel era candidato?

Acho que pela TSF, precisamente.

É o único candidato à liderança do partido que é deputado. Isto é uma vantagem ou uma desvantagem?

Ainda bem. Recentemente tivemos uma situação em que a presidente do partido não era deputada e o dr. Paulo Rangel era presidente do grupo parlamentar, e tudo funcionou correctamente. É mais vantajoso que o presidente do partido seja deputado, e sobretudo nesta legislatura em que o próprio quadro da Assembleia da República é muito exigente. É melhor que assim seja. Mas não vejo razão para que não seja possível que o PSD funcione eficazmente se não for eu a ganhar a presidência do partido.

Se tivesse sido o líder do partido nas últimas legislativas, teria deixado Pedro Passos Coelho de fora das listas?

Sou solidário com as deliberações e as posições tomadas num órgão colectivo até ao último momento. Esse aspecto não vou comentar.

Passos Coelho repete a candidatura, Rangel quer passar como candidato da ruptura mas também dos que apoiaram Ferreira Leite. Teme que se possa ver a sua candidatura como a que vai preencher o espaço que ficou vazio com a de Santana Lopes, em relação às últimas eleições?

Espero que a minha candidatura seja vista como a que, transversalmente, se coloca acima de todas as sensibilidades e facções do partido. Não tenho uma visão tribal do PSD, acho que no passado sofreu quando se verificou que havia acantonamentos em função desta ou daquela pessoa. O meu passado é, nesse aspecto, uma mais- -valia, porque mostra que sou uma pessoa que une muito mais do que desune. Quero acreditar que é o perfil mais adequado para o momento que o partido atravessa.

Sentiu pressões para não avançar? Há pessoas que entendem que a sua candidatura divide um pouco a área natural de Paulo Rangel.

Mas é um absur- do, porque quando uma pessoa fala em dividir deve fazê-lo em função dos momentos previstos, em que era consensual que as coisas avançassem. Isto foi considerado pelo partido, e acho que bem, porque o País não percebe nem perceberia nunca que fosse prejudicada uma discussão tão importante como a do Orçamento do Estado, então este que teve situações até dramáticas que o Governo colocou. É impensável que o partido estivesse virado para dentro.

Essa parte está compreendida. Já depois disso, Pacheco Pereira, sua companhia de partido, pediu publicamente que retirasse a candidatura.

É uma opinião.

Houve mais pessoas que em privado lhe disseram "não avance"?

Não, não. Em privado, não.

Desistir está completamente fora de questão?

Completamente fora de questão.

Rejeita que a sua candidatura esteja na mesma área de Paulo Rangel e que favoreça uma eventual vitória de Passos Coelho?

A minha candidatura colhe apoios, e vai colher apoios, absolutamente transversais. Tenho confiança nisso, sei isso, sinto-o pelos contactos que fui tendo com o partido durante este mandato, desta direcção, enquanto presidente do grupo parlamentar. Efectivamente, a minha candidatura até é aquela que recolhe apoios mais transversais, desde pessoas que simpatizam com o próprio dr. Pedro Passos Coelho aos que simpatizam com o dr. Paulo Rangel, bem como outros que simpatizam com outros militantes mais conhecidos do partido. A minha candidatura coloca--se num patamar supra-sensibilidades e suprafacções.

O militante do PSD e ex-ministro Mira Amaral diz que Paulo Rangel é o candidato do cavaquismo. Sente a presença de Cavaco Silva nos bastidores da vida interna do PSD?

Não, nos bastidores acho que não. O Presidente da República sempre soube distinguir as suas funções institucionais das de simpatizante. É normal, tendo em conta que marcou a vida do partido, aliás, de forma muito prestigiante, que haja quem se identifique e tenha feito percursos mais próximos do Presidente da República quando ele foi líder do partido. É natural que haja pessoas mais próximas dessa reconhecida sensibilidade mais cavaquista. Mas que haja uma interferência, isso não.

Diz-se que Durão Barroso, isso foi até alvo de notícia num jornal, incentivou Paulo Rangel a avançar. Falou com o presidente da Comissão Europeia?

Não. E isso, aliás, só vem em reforço do que estou a dizer: geralmente há pessoas que são mais conotadas por barrosistas, ou por cavaquistas, ou por passo-coelhistas, e há depois quem se pode colocar acima dessas situações todas…

Será o aguiarismo?

Não, espero que não! Espero que seja o ser social-democrata, do PSD, no século XXI.

Gostou de ver Paulo Rangel no Parlamento Europeu, como ele falou e a intervenção que fez sobre a situação em Portugal?

Todas as situações que contribuem para tratar este problema são importantes. Agora, nós em Portugal temos entre portas todos os mecanismos e instrumentos para poder resolvê-la.

Quando ouviu aquela declaração, sentiu que ele ia avançar e que estava a fazer o pré-anúncio à candidatura a líder do PSD?

Instrumentalizar situações desta natureza e um palco como o Parlamento Europeu para posições de interesse pessoal seria altamente negativo.

Muita gente diz que Pedro Passos Coelho não deu um segundo de descanso à actual direcção do PSD. Sentiu isso?

Um segundo de descanso será talvez exagero. Às vezes não ajudou tanto quanto poderia. Mas uma direcção responde por si só, e esta não tem de estar a imputar a quem quer que seja o bom e o mau que fez, e os bons e os maus resultados que obteve. Depende de si própria.

A direcção do PSD fez aproximações a Pedro Passos Coelho, nomeadamente em termos de campanhas europeias, legislativas, para trazê-lo mais para junto da direcção e participar?

Foi visível que o dr. Passos Coelho fez as suas aparições durante as campanhas nos momentos e locais que entendeu adequados. Todos os contributos eram bem- -vindos e sê-lo-ão no futuro, e todos os militantes qualificados, como é o caso do dr. Pedro Passos Coelho, seguramente, sendo eu presidente do partido, encontrarão também um patamar de intervenção política. Porque é importante que, a seguir a este acto eleitoral, nos concentremos todos para derrotar o essencial: o PS, este Governo, que infelizmente tem conduzido o País ao estado em que estamos. O País precisa urgentemente de que no próximo acto do PSD não se falhe a escolha do presidente.

Se a situação económica e financeira se agravasse ainda mais, se houvesse uma crise política, o PSD deveria estar aberto à possibilidade de regresso do bloco central? Pode passar por aí a solução do problema português?

Em Portugal, insiste-se muito na dimensão do soundbite "bloco central", do chavão, quando o que é importante é tratar as coisas com a profundidade, a transparência e o sentido de responsabilidade de verificar que o importante é o interesse nacional. Sempre que o interesse nacional reclamar uma convergência em função do mesmo, estarei disponível para isso. Fi-lo agora enquanto presidente do grupo parlamentar, em consonância com a direcção nacional, como é óbvio, em relação a uma matéria do Orçamento, sendo que este Orçamento nunca seria o nosso, tem e contém situações que nunca consagraríamos. Assenta num modelo económico distinto do que achávamos importante para o País. Mas, em função de uma situação dramática em relação aos mercados internacionais e à posição do endividamento externo português - uma consequência das más políticas do Governo, que denunciámos nomeadamente durante o mandato da dr.ª Manuela Ferreira Leite de uma forma absolutamente veemente e que foi sempre desqualificada, desvalorizada por este Governo -, nós entendemos que o interesse nacional, aí sim, o exigia. Por isso, já mostrei no passado e mostrarei no futuro que, comigo, o interesse nacional está acima do partidário. E, sempre que for necessário, estaremos disponíveis para ajudar que Portugal seja viável.

Mas coligação de poder para exercício da actividade governativa com o PS, não?

Não vejo que isso seja necessário.

Que balanço faz da liderança, prestes a chegar ao fim, de Manuela Ferreira Leite?

A liderança da dr.ª Manuela Ferreira Leite emprestou à política uma grande mais-valia e é sobretudo o mérito dela própria, que foi trazer para a política a verdade. A dr.ª Manuela Ferreira Leite, quando iniciou o seu mandato, situou três questões fundamentais: o endividamento externo, a grande crítica às megaobras públicas, da forma como estavam a endividar as gerações futuras, e a questão da emergência social. Quem, com seriedade intelectual, fizer o balanço verifica que no primeiro congresso da dr.ª Manuela Ferreira Leite ela referiu tudo isto, e vieram dizer que era uma atitude catastrofista, pouco realista, pessimista e de quem só queria ter um cenário negro do País. Dois anos e pouco volvidos, os grandes problemas que o País atravessa são o endividamento externo, as grandes obras públicas.

Porque é que o País não ouviu?

… Diria que a dr.ª Manuela Ferreira Leite emprestou ao País um grande contributo, uma grande mais--valia, ao ter falado sempre verdade, embora isso possa ter-lhe custado até as eleições. Significa que era bom que o País reflectisse.

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MensagemAssunto: Jardim abre 'guerra' a Passos   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeDom Fev 14, 2010 12:56 pm

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Jardim abre 'guerra' a Passos

por LÍLIA BERNARDES e PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1255228

Líder do PSD/M não quer o candidato na região e este responde que não pede licença para dizer o que pensa.

Alberto João Jardim declarou "guerra" a Pedro Passos Coelho um dia depois de o candidato à liderança do PSD o ter enfrentado no Conselho Nacional a propósito da Lei das Finanças Regionais. O líder regional, que saiu a meio da reunião, à chegada ao Funchal, afirmou: "Um indivíduo que trai a unidade do partido contra a Madeira está posto de fora." O candidato à liderança do PSD respondeu na TVI: "Não peço licença ao dr. Jardim para dizer o que penso!"

Jardim lançou mesmo uma advertência aos militantes madeirenses. Quem apoiar Passos "terá de dar explicações" dentro e fora do PSD/M. No Conselho Nacional (CN) de sexta-feira, numa intervenção duríssima para todo o partido, o líder regional atirou-se às "canelas" de Passos Coelho por este se ter manifestado contra a revisão da Lei das Finanças Regionais, numa altura em que o PSD fazia desse diploma uma bandeira.

O candidato à liderança do PSD enfrentou o mítico político da Madeira. Passos Coelho reiterou as reticências ao diploma no CN e ontem, na TVI, separou o trigo do joio. "Isto não tem nada a ver com a Madeira, tem a ver com a situação que o País vive. Temos muito orgulho no desenvolvimento da Madeira, mas não vamos tratá-la de forma diferente do restante território num momento em que o País vive em dificuldades", sublinhou Passos.

"Pela primeira vez, alguém levantou a voz dura e grossa contra Jardim, sem olhar à táctica dos votos, e, com isso, Passos marcou pontos no Conselho Nacional", afirmou ao DN um dos conselheiros nacionais.

O líder da distrital de Viseu do PSD, José Cesário, apoiou a intervenção de Passos no Conselho, frisando que apenas disse em "voz alta o que muitos no partido dizem em surdina". No CN, Jardim ficou calado. Tanto mais que o ambiente não lhe foi pouco propício. Escassearam as habituais palmas, apesar de o anfiteatro da sede nacional do PSD estar a abarrotar. Só à chegada ao refúgio da sua ilha, Jardim quis "tomar uma posição contra um indivíduo que atentou contra os direitos do povo madeirense". O Conselho Regional do PSD/M, que se reúne no próximo sábado, deverá incluir duras críticas "a esse cavalheiro".

Ao invés, o presidente do Governo Regional na Madeira, que se disse neutro em relação aos dois outros candidatos à liderança, elogiou Aguiar-Branco pela "lealdade" com que, na qualidade de líder parlamentar, tratou o dossier das Finanças Regionais. De Paulo Rangel disse que tinha "gostado" da sua intervenção. Curiosamente, o eurodeputado foi um dos que elogiaram o combate do PSD pela aprovação da Lei das Finanças Regionais.

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MensagemAssunto: Re: Novo PSD?   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeDom Fev 14, 2010 1:00 pm

Grande Passos Coelho!

Ou ele não fosse transmontano!!!

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MensagemAssunto: Paulo Rangel recusa fundir candidatura com Aguiar Branco   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeDom Fev 14, 2010 10:13 pm

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Paulo Rangel recusa fundir candidatura com Aguiar Branco

por Lusa
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1255500

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel afastou hoje a hipótese de a sua campanha se fundir com a de Aguiar Branco, considerando haver "mais diferenças entre a sua proposta e as outras do que entre as outras duas".

"Enquanto as outras candidaturas estão numa lógica pessoal e de continuidade, a minha está numa lógica de ruptura", afirmou, considerando que tal não divide o eleitorado do PSD.

Paulo Rangel falava aos jornalistas à entrada para uma sessão de esclarecimento de militantes, organizada pela secção Concelhia do partido em Vila Verde.

O candidato recebeu, na ocasião, o apoio do euro deputado José Manuel Fernandes, do deputado e candidato à liderança da Distrital de Braga, Miguel Macedo, do presidente do Município, António Vilela, e do presidente da Assembleia Municipal local, João Lobo.

Questionado pelos jornalistas, Paulo Rangel manifestou-se "lisonjeado" com o facto de o presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, Alexandre Relvas, ter apelado hoje aos candidatos à liderança do PSD Paulo Rangel e José Pedro Aguiar Branco para que ultrapassem eventuais divergências e se juntem numa única candidatura.

"Sinto-me lisonjeado com as palavras de Alexandre Relvas, que são sinal de que, apesar de apoiar outra candidatura, reconhece méritos à minha", disse.

Rangel insistiu na tese de que é "um candidato de clarificação e de ruptura", frisando que quer também romper "com um certo tipo de fazer política".

"Quem ler a entrevista que hoje dei ao Correio da Manhã percebe bem quem tinha decidido candidatar-se e quem tinha avisado e quem não tinha avisado sobre o que iria fazer", disse, rejeitando qualquer traição a Aguiar Branco.

Paulo Rangel aproveitou para sublinhar que José Pedro Aguiar Branco "é uma grande figura moral, profissional, e política que tem um projecto que é válido".

"Estou de consciência tranquila e não vou entrar na intriga e na maledicência", avisou.

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MensagemAssunto: PSD/Madeira ameaça com ruptura caso Passos vença directas   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeSeg Fev 15, 2010 3:14 pm

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PSD/Madeira ameaça com ruptura caso Passos vença directas

por LÍLIA BERNARDES, F
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1255639

Dirigentes e deputados madeirenses acusam o candidato de fazer o jogo do PS e de ser "marioneta" de grupos económicos


Hugo Velosa, deputado do PSD/ /Madeira na Assembleia da República, antevê um clima de ruptura entre o partido liderado por Alberto João Jardim e uma nova liderança do PSD nacional encabeçada por Passos Coelho.

"Vai ser uma alegria. Para já não acredito que Pedro Passos Coelho ganhe as eleições internas, mas se tal vier acontecer, o PSD/M terá uma outra actuação para com o PSD nacional… e deverá encontrar outras hipóteses. Com ele, não haverá solidariedade! Espero que não haja um militante da Madeira a votar Passos Coelho", disse Hugo Velosa ao DN.

Apesar de não adiantar mais pormenores, o que o deputado do PSD/M deixou nas entrelinhas é uma hipótese há muito ventilada nos meandros sociais-democratas regionais. O PSD/M, dada a sua autonomia em termos financeiros e de estrutura, pode, um dia, transformar-se num novo partido, de cariz regionalista e romper de vez com as ligações ao berço da Lapa. Uma coisa é certa. Quando Passos defendeu que a Madeira não pode ser tratada de forma diferente do resto do País, demonstrando desacordo pela recente aprovação da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, abriu uma guerra com o PSD/Madeira. Hugo Velosa diz-se "nada surpreendido" com esta posição porque "há já algum tempo que constatei que Pedro Passos Coelho é o candidato apoiado pelo Partido Socialista, basta ver que algumas das coisas que defende coincide com as ideias de muitos socialistas e de comentadores ligados ao PS. E este é o candidato do PSD? É uma grande decepção", reiterou.

Alberto João Jardim acusou PPC, após o Conselho Nacional da passada sexta-feira, de ter "traído a unidade do partido", considerando, inclusive, que a partir de agora, para ele, só há dois candidatos, Paulo Rangel e Aguiar Branco.

Em entrevista à TVI, Passos disse que não precisava da "licença ao dr. Alberto João Jardim para dizer o que penso". Medeiros Gaspar, deputado do PSD/M ao parlamento regional, acha que, nesse aspecto Jardim até ganha. " Se há alguém que nunca precisou de ninguém para dizer o que pensa, essa pessoa é o dr. Alberto João", afirmou ao DN. Daí que ache que Passos terá "muita dificuldade em reunir apoios na Madeira depois da declaração que fez sobre a Lei das Finanças Regionais. Lamento mas é a verdade", reiterou.

Neste aspecto, as fileiras estão cerradas Luís Filipe Malheiro, membro da comissão política, chefe de gabinete do presidente da Assembleia Regional e um dos homens mais próximos do líder madeirense, diz que Passos Coelho "é um candidato fabricado e manipulado pelos grupos económicos combatidos por Alberto João Jardim. Ele é uma marioneta, não se libertou das teias, e não tem perfil para ser líder do PSD nem uma alternativa séria e urgente ao cargo de primeiro ministro de Portugal", disse ao DN. Para Filipe Malheiro, Passos "em vez de se preocupar com umas migalhas das verbas para a Madeira deveria falar, por exemplo, dos milhões e milhões enfiados pelo Estado no BPN. Aliás, porque será que Pedro Passos Coelho, ainda, não falou deste banco?", questionou.

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MensagemAssunto: Vitória de Passos poderá causar ruptura com a Madeira   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeTer Fev 16, 2010 6:08 pm

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Vitória de Passos poderá causar ruptura com a Madeira

por LÍLIA BERNARDES, F
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1256107

João Jardim considera "antiético" o comportamento de Pedro Passos Coelho, candidato à liderança do PSD.

Alberto João Jardim desmentiu ontem a chamada à primeira página do DN - "Jardim proíbe Passos de ir à Madeira na campanha" - sobre a candidatura de Pedro Passos Coelho de utilizar papel timbrado do gabinete da Presidência, assinando a nota na qualidade de Presidente do Governo Regional da Madeira.

Só que a notícia a que o líder do PSD/M se refere diz unicamente respeito ao seu cargo de dirigente partidário e não de chefe do executivo madeirense. No passado sábado, um dia após a reunião do Conselho Nacional do PSD, Jardim foi claro. "Um indivíduo que trai a unidade do partido contra a Madeira está posto de fora. Portanto, há mais dois candidatos e sobre eles não tenho de me pronunciar", disse à chegada ao Funchal.

O líder social-democrata considerou que o candidato a sucessor de Manuela Ferreira Leite "traiu" a Madeira e o PSD ao criticar a revisão da lei das finanças das regiões autónomas. "A situação com Passos Coelho é muito grave e tive de me atirar a ele (no Conselho Nacional). No momento em que o PSD defendeu intransigentemente os direitos da Madeira e em que toda a oposição uniu fileiras à volta do PSD, vem esse indivíduo e diz que não deveria haver lei de finanças regionais, fazendo frente ao primeiro- -ministro? Inaceitável", reiterou.

No dia seguinte, Hugo Velosa, deputado do PSD/M na AR, em declarações ao DN, deixou claro que uma vitória de Passos poderá causar uma ruptura entre o partido na Madeira e as cúpulas nacionais, apelando aos militantes regionais para não votarem neste candidato. No comunicado, Jardim diz que "não proibiu" ninguém de vir à região "como se quisesse ou pudesse definir quem visita a Madeira e para quê". Contudo, introduz, uma oração coordenada com valor adversativo para referir-se a "tom oficioso que tal mentira assume, de encontro aos interesses do sistema político ainda vigente". Ora, se vai "de encontro" significa que a notícia "vai contra" o sistema político vigente.

No final, Jardim diz ter o direito de considerar "antiético determinado comportamento do indivíduo em causa (Pedro Passos Coelho), tendo a Madeira, também, o direito de "prioritar [priorizar] o mérito em relação ao igualitarismo que pede solidariedade para políticas erradas no Continente, sempre denunciadas a seu tempo", reiterou. No aeroporto, o líder do PSDD/M anunciou, ainda, que o Conselho Regional do PSD/M, que se reúne no próximo sábado, deverá tomar uma posição relativamente "a esse cavalheiro", leia- -se Pedro Passos Coelho.

Ontem, na SIC Notícias, Passos Coelho respondeu a Jardim, reconhecendo a obra feita na Madeira, mas admitindo preto no branco que o PSD nacional não tem de ser sempre "solidário" com o que o líder regional diz. Contactado pelo DN, Miguel Alburquerque, um dos delfins de Jardim, que apoiou Passos nas últimas directas, remeteu-se ao silêncio.

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MensagemAssunto: Sombra de Cavaco nas directas do PSD   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeQua Fev 17, 2010 4:18 pm

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Sombra de Cavaco nas directas do PSD

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1256326

Cavaquistas pedem a Rangel e Aguiar-Branco que se entendam, mas também há os que apoiam Passos

Os apelos para que José Pedro Aguiar-Branco e Paulo Rangel fundam as respectivas candidaturas à liderança do PSD numa única não param, sobretudo vindos das alas cavaquista e barrosista. Desta feita, o pedido partiu de Nuno Morais Sarmento.

"É muito mais aquilo que une as pessoas de Paulo Rangel e José Pedro Aguiar-Branco e, neste momento, também eles têm de ser capazes de fazer esse exercício de perceberem que, se calhar, nem os dois juntos são demais para a dificuldade da tarefa que se avizinha", disse na Rádio Renascença o antigo ministro da Presidência de Durão Barroso.

Já antes, também na Renascença, o antigo director da campanha presidencial de Cavaco Silva, Alexandre Relvas, fez idêntico apelo, embora tenha esclarecido que o seu voto irá para Aguiar-Branco. Morais Sarmento preferiu não revelar, para já, a quem dará o seu apoio. Apenas demarcou claramente os dois candidatos do que entende não estar preparado para a liderança. "Temos do outro lado Passos Coelho, que sozinho resolvia os problemas do mundo, mas isso, às vezes, é um bocadinho a insensatez do desconhecimento, dá peito feito para dizer tudo e o seu contrário", disse Sarmento.

Paulo Rangel e Aguiar-Branco - este último viu o deputado Pacheco Pereira apelar à sua desistência no programa "Quadratura do Círculo, da SIC Notícias - já garantiram que vão até às directas de dia 26 de Março.

A convicção que mostram é muita em não ceder às pressões. Os argumentos de que são "filhos" do mesmo espaço político e que vão dar mais margem de manobra a Passos Coelho para atingir a vitória não os demovem.

O facto do processo das directas ter acelerado, com a marcação do congresso extraordinário para 13 e 14 de Março, a que se segue quinze dias depois a escolha do sucessor de Manuela Ferreira Leite, obriga a que os apoios internos se comecem a definir.

O facto de a candidatura de Paulo Rangel ser acarinhada por Manuela Ferreira Leite, visto que foi a primeira a incentivar o seu avanço, e pela ala cavaquista, não impede que figuras ligadas ao actual Presidente da República não se tenham colocado ao lado dos outros dois candidatos à presidência social-democrata. É o caso de Alexandre Relvas, que disse apoiar o actual líder parlamentar do PSD e o de Carlos Blanco de Morais, consultor para os assuntos constitucionais de Belém, que vai integrar a equipa de 12 pessoas que vão redigir a moção de estratégia de Pedro Passos Coelho.

Jorge Moreira da Silva, actualmente consultor da Organização das Nações Unidas e também ex- -colaborador de Aníbal Cavaco Silva na Presidência da República, é outro dos nomes que irá participar na moção de Passos.

Nas próximas semanas, à medida que se for aproximando o congresso extraordinário, as pressões devem aumentar privada e publicamente junto de Paulo Rangel e de Aguiar-Branco para que se entendam.

Se chegarem, como tudo aponta, a correr em pista própria no congresso, a sua prestação em palco vai ditar muitos dos apoios que ainda vão recolher. Os "barões" do partido estarão atentos.

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MensagemAssunto: "Não é apetitoso ser PM na situação actual"   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeDom Fev 21, 2010 1:03 pm

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"Não é apetitoso ser PM na situação actual"

por JOÃO MARCELINO (DN) e PAULO BALDAIA (TSF)
Hoje

Novo PSD? - Página 3 Ng1258074

O eurodeputado Paulo Rangel, agora na corrida à liderança do partido, afirma não ser um "candidato do barrosismo nem de nenhum 'ismo'". Se vencer as eleições internas do próximo mês, garante não avançar de imediato com uma moção de censura ao Governo de Sócrates

É verdade que foi Durão Barroso que o convenceu a avançar?

Não, tive aliás a oportunidade de desmentir essa notícia e justamente nesse ponto; não, como às vezes se disse, no ponto de dizer que depois não seria candidato. De maneira nenhuma o fez, no sentido de me convencer a ser candidato.

Mas falou com ele antes de decidir avançar?

Não só o informei a ele - no dia em que informei a presidente do partido, o presidente do grupo parlamentar e também o presidente da Comissão Europeia - de que ia avançar como, antes disso, por eu ser membro de uma delegação do Parlamento Europeu (PE) de seis deputados que negociavam com a Comissão o chamado Acordo-Quadro, tive muito mais do que uma dezena de horas de reuniões, não chegará a uma vintena, durante as quais conversámos e tivemos muitas vezes de trocar impressões…

Sente que ele ficou satisfeito com o seu avanço?

O que me disse foi o seguinte: "Seja qual for a sua decisão, sabe que se ficar no PE terá sempre aqui o meu apoio." E não tenho dúvida de que o apoio dele foi importante, porque neste momento tenho algumas funções relevantes no P E que se devem, com certeza, à circunstância de ser português, de o presidente da Comissão ser português e de eu ser o chefe da delegação portuguesa. Ser o número um da lista foi uma coisa positiva. Não senti nenhuma pressão porque ele me pôs à vontade, mas julgo que ele olha para Portugal sempre com vontade de não se imiscuir.

Acha que ele virá a Portugal para votar nas eleições directas?

Não faço a menor ideia, não falei com ele sobre isso. A nota que retive das duas vezes que, no meio desse turbilhão de reuniões, trocámos impressões rápidas foi a de que "se ficar no Parlamento Europeu, terá todo o apoio".

Incomoda-o que possa ser visto como o candidato do barrosismo?

Não, não me incomoda nada, porque não sou candidato do barrosismo nem de nenhum "ismo" do PSD. Apresentei-me solitariamente, não fiz conversas, não fiz acordos. É uma candidatura disponível. Em certo sentido, tem até alguma fragilidade na sua instalação nesta fase inicial, nesta semana que passou, para se impor no terreno no sentido de ter as suas estruturas todas a funcionar, porque não fiz almoços, não fiz reuniões, não ouvi ninguém.

Não fez almoços, mas sempre que vinha a Portugal, durante o tempo em que esteve no Parlamento Europeu…

E estou, ainda.

... aproveitou para fazer muitas reuniões um pouco por todo o País nas distritais do PSD.

Não, tive sempre convites e tenho--os há muitos anos.

Esteve sempre no terreno.

Nunca deixei de estar, porque não deixei de ser deputado europeu. E sempre disse: nunca me demitiria, mesmo que não fosse candidato, de ter uma intervenção cívica relevante.

Também fez alguns almoços?

Não, não fiz almoços. Fui a Aveiro e a Anadia a sessões de esclarecimento, fui a vários sítios como antes já tinha ido a outros. Isso não tem a ver com almoços, tem a ver com a participação em actos públicos do partido e em pronunciamentos públicos, na televisão, a propósito dos mais variados temas, ou nas rádios, ou nos jornais. Só no dia em que foi divulgado é que decidi candidatar-me. Deixei tudo pronto para uma decisão "sim" e para uma decisão "não". Nesse mesmo dia fiz o discurso e depois de o fazer decidi avançar.

Quando três semanas antes garantia que não seria candidato…

Não, peço desculpa! Nunca garanti três semanas antes que não seria candidato. O que fiz foi desfazer uma intriga, a de que seria o dr. Durão Barroso que me teria convencido a avançar, eu isso não disse. Eu disse sim, em Outubro, num cenário completamente diferente, com uma situação do País totalmente diversa, que não seria candidato e que preferia exercer o meu mandato no PE.

E o que é que o fez mudar de ideias?

Duas circunstâncias principais, que se somam a uma crise social, evidente já em Outubro - esta é uma motivação importante do ponto de vista interior, de vocação, de serviço cívico, de querer prestar um serviço ao País. O que me fez realmente avançar e renunciar, de alguma maneira, a uma perspectiva de vida que tinha antes traçado para mim foi o estado de emergência financeira e económica do País. É preciso perceber que este Governo ocultou as contas até ao fim. Mesmo com o Orçamento Rectificativo em Dezembro…

Mas o PSD já fazia um discurso dizendo exactamente isso. Não tinha noção do valor?

Não tinha ideia de que fosse tão grave. Mas, por estar em Bruxelas 15 ou 20 dias antes, a partir do princípio de Janeiro, de se ter dado aquela quinta-feira negra em que os mercados internacionais começaram a atacar a dívida portuguesa [21 de Janeiro] e a colocar Portugal numa situação similar à da Grécia, apercebi- -me de que isso já era evidente em toda a imprensa internacional.

Mas podia ter constatado tudo isso e não ser candidato.

Calma, claro. A partir do momento em que há uma emergência financeira desta natureza, isto é uma questão. A segunda é a erosão progressiva e absolutamente acelerada da autoridade do Executivo, a sua descredibilização. Isto fez com que eu achasse que era um momento tão difícil para Portugal, para se apostar na política, que exigia uma política de corte, de ruptura, que verdadeiramente fizesse uma alteração na forma de estar e de fazer política.

E achou que era a pessoa para...?

Achei que tinha a obrigação moral e a responsabilidade nacional de não me furtar a um combate destes. Em circunstâncias mais fáceis e em que houvesse candidatos dispostos a fazer essa ruptura que acho necessária, eu não sentiria esse apelo com a intensidade com que senti. Além de nesse fim-de--semana se ter cumulado, por um lado, a grave crise financeira e a grande ameaça à situação portuguesa no plano internacional, que eu já estava a ver em toda a imprensa estrangeira a partir de Bruxelas já havia 15, 20 dias, e por outro lado a descredibilização do Executivo com este caso PT/TVI, que continua por esclarecer e que está agora em efervescência.

Também é mais "apetitoso" avançar agora para a liderança do PSD, desculpe a expressão, porque há o forte risco de vir a ser primeiro-ministro?

Sinceramente, não é apetitoso ser primeiro-ministro nas circunstâncias em que está o País. Não acho que seja um apetite. Ser primeiro-ministro num país que vai ter de fazer sacrifícios, uma inversão de políticas, que vai ter de oferecer durante alguns anos sangue, suor e lágrimas - para usar uma expressão do Churchill - aos portugueses, isso é sentido de serviço, é sentido de missão, é dedicação ao interesse nacional.

Já voltaremos à discussão das eleições internas. O discurso que fez no Parlamento Europeu, que foi de grande gravidade, mudá-lo-ia de alguma forma? Acha que foi excessivo ou continua a pensar exactamente aquilo que disse?

Exactamente a mesma coisa. Para minha surpresa, esse discurso foi muito criticado em Portugal, suscitou algum incómodo, mas não compreendo porquê. Em primeiro lugar, porque foi feito no momento próprio, que é dedicado a tratar das questões nacionais. É um período antes da ordem do dia, um minuto que é dado a cada deputado. Em segundo lugar, as questões da liberdade de expressão e de imprensa estão omnipresentes em todos os debates no PE. Lembro que Miguel Portas ou Edite Estrela ainda há coisa de dois ou três meses queriam discutir a liberdade de expressão em Itália e não achavam que estavam a ingerir nos assuntos internos de Itália! Por acaso perderam, julgavam que iam ganhar essa moção, mas perderam-na, essa resolução. Aquilo que eu disse também o disse Ana Gomes! Agora, o que é que eu disse que é realmente importante e em que acho que se atendeu mais à forma do que ao conteúdo? Primeiro, foi importante para chamar a atenção para a gravidade do problema, foi um auxílio a uma missão que o PSD estava aqui a desempenhar - e muito bem -, fazendo as audições na Comissão de Ética, coisa que foi colocada pela presidente e pelo líder do grupo parlamentar na agenda. Depois, porque o PSD não afasta a hipótese de uma comissão de inquérito se a substância das audições vier a dar lugar para isso.

Também foi importante para a sua candidatura?

Não foi importante para a minha candidatura porque não escolhi os timings em que surgiu a questão das escutas nos jornais. Há uma rotação nesses minutos. Para ter a ideia de como isto é casual, quando estava sentado não sabia se ia ser chamado ou não para usar o meu minuto, porque só há 50 minutos e havia mais de 300 pedidos, isso é uma decisão discricionária do presidente do Parlamento.

Mas não acha pelo menos que foi excessivo na referência a que Portugal não vivia um Estado de direito?

Não! É que eu disse que Portugal não era um Estado de direito formal - esta é a questão. As pessoas não quiseram fazer a interpretação; eu não queria estar aqui a fazer a hermenêutica…

Mas é grave, de qualquer maneira, a acusação.

Não é grave! A acusação procura chamar a atenção para o seguinte: o primeiro-ministro - aliás, ainda na locução que teve na quinta-feira, que para usar um termo filosófico é um truísmo, é vir negar e negar sem esclarecer nada…

Acha que a sua candidatura e a de Aguiar-Branco dividem uma parte do eleitorado e favorecem Passos Coelho?

Não faço esses cálculos. Julgo que até há, de alguma maneira, uma maior semelhança entre os outros dois candidatos. A ruptura, o corte, faz- -se mais entre a minha candidatura e as outras duas do que propriamente entre estas duas e a de Passos Coelho. Esta é a minha análise política, embora não esteja aqui como analista. É a única que oferece verdadeiramente uma ruptura, seja nas políticas de educação, nas políticas de justiça, segurança e defesa nacional, na forma como encara a agricultura, na forma como encara a evolução financeira e económica do País, e que oferece de facto essa linguagem que vai mais às raízes, às tradições de ruptura do PSD, que são as tradições do final da década de 70 e que levaram, por um lado, à normalização da vida civil, da democracia, e depois, na transição de 80 para 90, à libertação da sociedade civil, à privatização das empresas nacionalizadas, à libertação da comunicação social. O que acho que aconteceu hoje a Portugal, isto tem de ser dito com muita clareza, é que nós somos escravos da dívida.

Mas aí não há muito para fazer, vamos ser durante alguns anos.

Há muito para fazer! Não é só a nível macroeconómico, que é onde se tem falado. As pessoas aqui falam todas no endividamento externo, com toda a razão, no défice e na necessidade de baixar esses dois valores o mais rapidamente possível para dar credibilidade externa a Portugal, para permitir criar condições de competitividade, para permitir crescimento. Tudo isso é verdade. Mas é cada família que está em casa, que na grande maioria das situações vive, acorda de manhã, para pagar uma dívida. Nós somos uma sociedade totalmente endividada, aquilo que eu pretendo quando digo "libertar o futuro", e essa é a grande ruptura que tem de se fazer em Portugal, não é acabar com a ideia de empréstimo, com a ideia de dívida como uma forma de as economias funcionarem, mas é deixar, libertar a sociedade deste encargo com que vive!

Mas isso vai demorar tempo. Só se faz pagando a dívida.

Só se faz pagando a dívida e faz-se invertendo as políticas. Estamos num momento de crescimento da dívida ainda, o aumento do défice é brutal. O engenheiro Sócrates queixava-se de um défice que, aliás, era falso, era calculado, uma projecção de 6,85%, julgo que era isso, e deixa um de 9,3%. Não deixou, porque não sabemos o que ele vai fazer a seguir, enfim, pretende agora reduzi-lo. Temos de dar às gerações futuras e ao futuro das gerações presentes a possibilidade de serem senhores do seu próprio destino.

Se ganhar a liderança do PSD e for candidato a primeiro-ministro, dirá aos portugueses que terão pela frente quatro anos de apertar o cinto para que esse sonho possa realizar-se?

Direi aos portugueses, sem dúvida - digo-o já aos militantes, aos simpatizantes e a todos aqueles que não sendo nem uma coisa nem outra estão disponíveis para colaborar connosco, e são muitos, pela quantidade de e-mails, sms, apoios no Facebook que temos recebido de toda a sorte e ordem -, que vamos ter tempos difíceis.


Vamos voltar ao contexto da luta eleitoral no PSD. Se Manuela Ferreira Leite manifestasse um apoio à sua candidatura, via isso como mais-valia eleitoral ou como um apoio incómodo?

Sinceramente, via isso como uma coisa natural. Podia acontecer, qualquer militante pode pronunciar-se.

Seria mais natural que desse o apoio a uma pessoa que já fez parte da direcção dela, como José Pedro Aguiar-Branco.

Sim, e eu também já fiz parte. Acho que a dr.ª Manuela Ferreira Leite tomou uma decisão que louvo, como candidato, que foi a de manter uma neutralidade total. Pelo menos foi isso que vi na entrevista que deu à Judite Sousa. Há uma coisa que vou dizer aqui e nunca deixarei de dizer: tive muito gosto e muito orgulho em trabalhar com a dr.ª Manuela Ferreira Leite.

Se for eleito, pedirá a José Pedro Aguiar-Branco para se manter como líder parlamentar?

Ele já resolveu essa questão, porque anunciou no Conselho Nacional que não será líder parlamentar no caso de vencer um dos outros candidatos.

Pedro Passos Coelho será chamado a integrar uma futura lista de candidatos a deputados? Desta vez não foi.

Isso não sei, é uma coisa que se terá de ver depois. Não vejo nenhuma razão para não ser, mas essa é uma questão que eu, sendo presidente do PSD, terei de resolver no momento certo.

O presidente do PSD é eleito numas directas por maioria relativa. Acha que os estatutos deviam mudar e que deveria haver segunda volta, ou seja, o líder passar no futuro a ser eleito por uma maioria?

Essa é uma solução possível. Eu não me queria pronunciar sobre essa questão por uma razão muito simples: aceitei candidatar-me nas condições que existem agora. Se o congresso, que é um congresso estatutário, entender alterá-las soberanamente e achar que elas valem já para a próxima eleição, eu também aceitarei essa decisão.

Como líder, sentiria que seria mais legitimado por uma maioria absoluta?

Há regras do jogo, e estão definidas. Não há maior ou menor legitimidade a partir do momento em que as regras estão definidas.

Mas isto não se aplicaria a estas eleições, seria sempre no futuro.

Mas não vou fazer esse cenário, porque sou candidato nestas eleições. Até terei ideias sobre qual devia ser a organização do PSD, mas aceitei candidatar-me com as regras que existem e por isso não as vou contestar.

Pelas regras que existem, vai realizar-se um congresso extraordinário antes das directas. Foi pedido por Santana Lopes, e houve logo quem visse no pedido uma estratégia para lançar uma candidatura. Acredita que Santana ainda pode ser candidato?

Não vou fazer essa especulação. Aliás, não foi Pedro Santana Lopes que pediu. Houve um conjunto de autarcas que quiseram isso, houve Santana Lopes e houve 2500 militantes, pelo menos, que o fizeram. Sou das pessoas que pensam que esse congresso pode ser positivo.

Vencerá esta corrida no PSD o candidato que mais mal disser do actual primeiro-ministro?

Não, não acho isso. Neste momento os portugueses já têm uma imagem, e os militantes em particular, do primeiro-ministro, que é de facto tão desacreditada, que não é pela circunstância de haver um candidato que bate mais ou bate menos que vão escolher esse.

http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/discursodirecto.aspx?content_id=1500278

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MensagemAssunto: Apoio de Rio "honra e reforça" candidatura de Aguiar-Branco   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeTer Fev 23, 2010 7:04 pm

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Apoio de Rio "honra e reforça" candidatura de Aguiar-Branco

por Lusa
Hoje

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Aguiar-Branco disse hoje à Lusa que o apoio de Rui Rio "honra e reforça" a sua candidatura à liderança do PSD, considerando que o presidente da Câmara do Porto "é um exemplo no exercício das funções de Estado".

"É um apoio que honra muito a minha candidatura. O Dr. Rui Rio é uma referência no que toca às suas qualidade humanas, políticas, partidárias e fora do partido", realçou o líder da bancada parlamentar do PSD.

Para Aguiar-Branco, Rio "é um exemplo no exercício das funções de Estado que tem desempenhado quer no passado enquanto deputado, quer agora também na função de presidente da câmara do Porto sendo um distinto autarca e exemplar político nacional do PSD".

"É também um social democrata da primeira hora e fiel ao ideário de Francisco Sá Carneiro, que é também uma imagem de marca da minha candidatura", afirmou o candidato à liderança laranja.

Segundo Aguiar-Branco este é um apoio que "reforça" a sua candidatura, acrescentando que está "numa lógica de crescimento sustentado".

"Seguramente que o apoio do Dr. Rui Rio neste momento é uma pedra mais neste caminho que nos vai levar, espero eu, à vitória em Março", concluiu o ex-ministro da Justiça.

O presidente da Câmara do Porto manifestou hoje o apoio à candidatura de Aguiar-Branco para a liderança social democrata, considerando que este "será irrepreensível e capaz de ser o exemplo que o país necessita".

"Se José Pedro Aguiar Branco ganhar estas eleições, o PSD terá - para lá da sua experiência profissional e das suas notórias capacidades pessoais e políticas - um Presidente que vai contrastar fortemente com o comum da política dos nossos dias, por força de uma conduta ética que o meu profundo conhecimento da pessoa em causa me garante que será irrepreensível e capaz de ser o exemplo que o País, mais do que nunca, necessita", afirmou Rui Rio numa declaração a que a Lusa teve acesso.

Segundo o vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, na decisão que tomou "pesou um percurso comum" que fez com Aguiar-Branco durante muitos anos, salientando que apesar de não ter sido "isento de divergências" foi "sempre feito com respeito e apreço mútuo".

Para o autarca do Porto, o facto de "haver três candidaturas fortes à liderança do PSD" é um "sinal de vitalidade e de vontade, e nunca como um fenómeno de menor unidade", tendo explicado ainda que não foi "fácil optar por um dos dois - Aguiar-Branco e Paulo Rangel - , pois ambos têm enormes qualidades".

Aguiar-Branco formalizou sexta feira, no Porto, a sua candidatura à liderança do PSD, estando na corrida à presidência do Partido Social Democrata com Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel.

In DN

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MensagemAssunto: Rangel como ex-CDS agita PSD   Novo PSD? - Página 3 Icon_minitimeQua Fev 24, 2010 10:46 am

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Rangel como ex-CDS agita PSD

por PAULA SÁ
Hoje

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Antigos e actuais dirigentes discutem a passagem do candidato a líder pelo partido de Paulo Portas

A revelação de que Paulo Rangel foi efectivamente militante do CDS, de 1996 a 1999, é tema de discussão entre actuais e antigos dirigentes do PSD. Maioritariamente entendem que esse novo dado sobre o seu passado político terá pouca relevância na campanha para a presidência do partido. Mas há quem questione a sua falta de memória sobre a filiação no partido de Paulo Portas.

O histórico Carlos Brito, antigo vice-presidente do PSD, lembrou ao DN que "um dos líderes mais bem sucedidos do partido pertenceu à extrema-esquerda". Referia--se, obviamente, a José Manuel Durão Barroso, que na sua juventude militou no PCTP/MRPP. "As pessoas têm a sua história. É agradável para o nosso partido que tenham evoluído politicamente para o PSD", diz o ex-dirigente.

Carlos Brito, que ainda não escolheu o candidato que vai apoiar, afirma que o PSD teve, em termos históricos, "várias purgas". Recorda, com alguma bonomia, que o actual primeiro-ministro, o muito socialista José Sócrates, foi militante da JSD. E o líder do CDS, Paulo Portas também. "A passagem de um partido para o outro não tem nada de especial", acrescenta.

Outro histórico, antigo conselheiro nacional do partido, Joaquim Sousa Patrício, partilha da mesma opinião. "Há muitos mi- litantes que foram eminentes di-rigentes do partido que vieram de outros partidos ou foram para outros partidos." Entres estes, lembra Fernando Brochado Coelho, membro da Comissão Política de Leonardo Ribeiro de Almeida, que também partiu do CDS em direcção ao PSD. Ou ao invés, o antigo líder social-democrata António Sousa Franco que caminhou em direcção ao PS.

Um dos antigos vices de Marcelo Rebelo de Sousa, Alberto Amorim Pereira, também defende que a condição de ex-militante do CDS não diminui Rangel na corrida à liderança laranja.

Opinião partilhada por Azevedo Soares, vice-presidente da direcção de Marques Mendes, que se mostra muito crítico com a falta de memória evocada pelo candidato sempre que foi questionado sobre essa antiga filiação. "Não teve coragem de assumir o seu passado político", afirma taxativo.

Ângelo Correia, antigo ministro da Administração Interna e apoiante de Pedro Passos Coelho, congratula-se pela "mudança de partido". Mas considera "pouco saudável para o próprio e do ponto de vista político" não se lembrar da adesão ao CDS.

O deputado António Couto dos Santos, antigo ministro da Educação de Cavaco Silva, também apoiante de Passos, rejeita que o passado político de Rangel seja um empecilho. "Mas pode levantar dúvidas entre os militantes sobre o seu genuíno entusiasmo pelo PSD..."

A actual vice-presdente do PSD Sofia Galvão, apoiante de Rangel, considera normal que alguém possa ter entrado num partido e, por não ter tido uma vida política muito activa na altura, acabar por ter dúvidas se assinou efectivamente a ficha de militante. Por outro lado, considera o trajecto de Rangel natural: "Um homem para quem a política é o seu universo natural, compreende-se que tenha tido contacto com outro partido e que tenha feito uma evolução que o trouxe até ao PSD."

In DN

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