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 Novo PSD?

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MensagemAssunto: Novo PSD?   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 8:52 pm

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Passos Coelho fala em "novo ciclo de esperança no PSD"

por Lusa
Hoje

Novo PSD? Ng1197581

O ex-candidato à presidência dos sociais-democratas Pedro Passos Coelho defendeu hoje, em Paredes, que o fim das legislativas "marca o arranque de um novo ciclo de esperança no PSD".

Contudo, deixou qualquer anúncio sobre uma candidatura à liderança do partido para depois das autárquicas.

Pediu a "todas as pessoas que têm responsabilidades dentro do PSD para não abrirem uma discussão antes do final da campanha eleitoral autárquica, em que todos devem estar envolvidos".

"É preciso que ajudem os nossos autarcas a serem eleitos, mostrando os seus programas e o trabalho feito", afirmou Pedro Passos Coelho.

O político social-democrata escusou-se a esclarecer se avança ou não numa eventual corrida para a liderança do partido, deixando essa questão para depois de 11 de Outubro, data das eleições autárquicas.

"Agora o que não podemos é fingir que não tivemos a derrota eleitoral nas legislativas. Há que tirar consequências para o futuro mas, agora, não é o momento para fazer essa discussão"

No entanto, considerou que, tal como não se exclui da derrota nas legislativas, também não o faz em relação às soluções para o futuro dos sociais-democratas.

"Haverá uma altura própria para tratarmos do futuro do partido", afirmou, sublinhando que agora "é tempo de todos se envolverem na batalha autárquica que termina a 11 de Outubro".

"Depois saberemos tratar do futuro do partido com a elevação devida para com todos aqueles que se têm envolvidos no trabalho partidário", afirmou Passos Coelho, que falava à margem da inauguração da sede de campanha do candidato social-democrata à Câmara de Paredes, Celso Ferreira.

PF.

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MensagemAssunto: "PSD tem de reflectir acerca do seu futuro"   Novo PSD? Icon_minitimeDom Out 04, 2009 1:10 pm

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"PSD tem de reflectir acerca do seu futuro"

por LUÍS GALRÃO e .JOSÉ MANUEL BARROSO

Hoje

Novo PSD? Ng1199883

Fernando Seara, aposta renovada da coligação PSD e CDS/pP em Sintra, pensa o concelho e pensa-o no quadro mais global do País. Na entrevista ao DN, fala de dois novos ciclos políticos, o nacional e o local, e diz como entende um e outro.

O ciclo eleitoral do PSD tem três etapas, segundo Manuela Ferreira Leite: as europeias. as legislativas e as autárquicas. Qual a repercussão de uma vitória ou de uma derrota, nas autárqulcas, no peso político nacional do partido?

O PSD depois das autárquicas tem de reflectir seriamente acerca do seu futuro. O seu futuro como principal partido da oposição e o seu futuro tendo em conta as próximas e relevantes eleições presiden- ciais. Que, no meu ponto de vista, anunciarão um novo ciclo polltico. Até lá e para algumas personalida- des do PSD que estão a falar. direi: "Porque não te calas?"

Esse novo ciclo inicia-se quando?

Salvo se houver grandes surpresas, teremos um novo cicIo político a começar em 2011, com a eleição de um novo preskiente. Um cicio similar ao que vivemos pós-bloco central e pós Governo mInoritário de Cavaco Silva, que também foi concomitante com uma eleição presidencial.

Tem algo a ver com o facto de o novo Parlamento ter poderes constituintes?

Tem tudo a ver. Porque estamos num ciclo político semelhante ao de 1985. Também havia problemas de falta de credlbilldade dos políticos e daí a emergência do PRD. Hoje em dia temos um outro partido recente, o BE, mas já com alguma sedlinentação, que expressa as mesmas preocupações. Também com uma lógica urbana similar ao PRD ao nível da agregação eleitoral. Temos um ciclo político que na altura resultou numa candidatura partidária do professor Cavaco Silva que tinha por detrás o professor Diogo Freitas do Amaral. Se olharmos à inversa, poderemos estar a perceber que se estará a preparar alguma coisa na esquerda no que diz respeito a Manuel Alegre ou. porventura. a outro candidato presidencial. Temos sinais de ciclos políticos que têm elementos de identificação que não podemos ignorar. Com uma questão interessante, que na altura tambem vivemos, que é a percepção de onde está a gente nova, os aparelhos ideológicos, o papel da comunicação social, a importância da nova comunicação através da Net.

Qual é aí o papel do PSD?

Perceber o ciclo e nem querer antecipar-se, nem querer iludir-se quanto a ele. Nem ter simulações subjectivas, uma vez mais.

Como encara os resultados do PSD nas legislativas? Como se perspectivam eles para o futuro a curto e a médio prazo do partido?

Nas elelçõeslegislatlvas há vencedores e vencidos. O PS é claramente o principal dos vencedores. Tal como, em outras perspectivas, o CDS e o BE. Mas há diferenças entre escolher o primeiro-ministro e o Parlamento e as câmaras municipais. Porventura com algo em comum: em ambos os casos estamos perante a presidencialização real dos cargos. O que, no fundo, resulta da personalização da vida política contemporânea.

Depois destes seus oito anos de experiência autárquica, o que deveria ser mudado para que o poder autárquico funcionasse melhor?

Primeiro, devia haver uma reorganização administrativa do País, porventura até com regiões. Hoje em dia admito que a regionalização é um elemento importante, desde que as instituições Intermédias funcionem. Por exemplo, a questâo metropolitana de transportes é uma urgência que não pode ser adiada mais. Porque vai haver o problema da redução significativa das receitas municipais em 2011, o que pode pôr em causa o funcionamento de muitas autarquias. Depois. a Adminlstração Central tem de assumir se acredita ou não nas autarquias, porque alguns julgam que só eles é que são o Estado. E devia haver o chamado requisito de acesso a certos lugares, que explicassem a essa gente (e reforço a expressão) que o Estado é a Administração central, regional e local. Não são apenas eles.

Ou seja, a reorganização administrativa do País implica em paralelo a reorganização do conjunto da repartição de competências com a Administração local?

Sem dúvida. E não pode estar dependente de conjunturas político-partIdárias. Temos de ter a real noção do Estado - porque tenho a sensação de que na Administração central não falam uns com os outros, não há uma concertação nem uma coordenação legislativa. E isso é a fragilidade portuguesa. Em suma: reorganização administrativa e redefinição das competências entre a Adminlstraçao central e local. De uma vez por todas devia haver um acordo nessas matérias.

Um acordo de bloco central?

Não é um bloco central. É preciso uma maioria consciente, porque já não há maiorias iluminadas. Essa é a questão. Há 24 municípios, em 308, que representam cerca de 46% da população. Isso é muito significativo.

Recandidata-se porque já "é" presidente ou contInua a "estar" presidente?

Candidato-me porque senti um sentido de responsabilidade em continuar, devido ao apelo que me foi feito pelos dois Iíderes dos dois principais partidos da coligação Mais Slntra, Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas, e depois de ouvir cuidadosamente a minha família e os meus amigos.

O tempo eleitoral num mandato autárquico já não são oito anos, como defendia?

Esse é o tempo normal, mas as circunstâncias especiais deste ano eleitoral, com a proximidade entre legislativas, autárquicas e a proximidade do ciclo europeu, criaram uma situação excepcional. Foi isso que determinou a minha recandidatura.

Está confiante na vitória nestas autárquicas? O que fará se não tiver maioria absoluta?

Estou confiante. Mas não traço cenários. Recordo que venci com maioria absoluta, em 2005, e chamei todos para o governo da Câmara. Todos os partidos. O PS e a CDU. E todos aceitaram.

A coIigação que encabeça ganhou ou perdeu com a entrega dos pelouros pelo PS, a um ano das eleições?

Enquanto estivemos Incluldos, estivemos todos - até ao momento da ruptura que aconteceu, com o PS, no ano passado. Mas eu não apago a história. Não digo uma coisa hoje diferente do que dizia há dois anos. Não digo coisas diferentes e se, há dois anos, a minha opção orçamental era a consolidação das contas, não a ignoro nem a esqueço. O que partilhei com o meu vereador das FInanças [PS] foi bem partilhado. Não tenho problemas de consciência nem de memória. Nem jogos duplos.

E os resultados foram positivos?

Positivos, é evidente. Porque a questão da consolidação das contas era elemento Importante e continua a ser. Mesmo que em campanha o PS de Sintra o esteja a esquecer.

O que mudoo nestes anos na sua reIação com Sintra?

Mudou tudo. A minha relação com Sintra é feita de afectos. Conheci muitas pessoas e instituições, sinto que as pessoas tem a consciência de que me dedico a Sintra.

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MensagemAssunto: Marcelo admite entrar na corrida   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Out 05, 2009 2:04 pm

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Marcelo admite entrar na corrida

por FRANCISCO MANGAS
Hoje

Novo PSD? Ng1200181

O antigo líder do PSD "pondera vir a ponderar" um regresso à liderança. Mas, tal como Paulo Rangel, defende continuidade de Manuela Ferreira Leite à frente do partido. Para já.

Marcelo Rebelo de Sousa admite entrar na corrida à liderança do partido. "Poderei vir a ponderar" essa hipótese, disse ontem o comentador, na RTP, no programa As Escolhas de Marcelo. Ainda assim, e para já, o antigo líder social-democrata defende a continuidade de Manuela Ferreira Leite à frente do PSD até Maio, altura em que termina o mandato.

Até essa data, Maio de 2010, disse Marcelo Rebelo de Sousa, "acho que nenhum militante do partido" deve afastar a disponibilidade para qualquer cenário. "Todo o militante deve ponderar. Eu tenho o direito de ponderar, como ponderei outras vezes. E nessas vezes disse que não".

O professor dá, assim, um sinal positivo a quem, nos últimos dias, tem defendido o avanço para uma liderança 'marcelista' . Mais abertamente na corrida está Pedro Passos Coelho que, recentemente, numa acção de campanha em Paredes, defendeu uma "nova onda de esperança" para o partido. Ao contrário de Marcelo, porém, o ex-líder da JSD pretende que a reflexão sobre o futuro do PSD se inicie já a partir das autárquicas do próximo domingo.

Quem se mostra em desacordo com as posições de Marcelo e Passos Coelho é o vencedor das europeias. O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel defendeu ontem a continuidade de Manuela Ferreira Leite na liderança do partido. E mais: independentemente do resultado das autárquicas de domingo. "Já o disse na noite eleitoral [das Legislativas] e volto a dizer: a minha posição é que sim, que [Ferreira Leite] se deve manter", disse, à Lusa, Paulo Rangel, que falava à margem de uma almoço de campanha eleitoral da coligação PSD/CDS-PP para a Câmara Municipal de Viana do Castelo.

O ex-lider parlamentar da bancada do PSD manifestou-se convicto de que o seu partido terá "uma grande vitória nas autárquicas", mas adiantou que, mesmo que essa vitória não aconteça, a líder nacional do partido se deve manter no cargo.

Sobre uma eventual disponibilidade para avançar, também ele, para a liderança do PSD, o eurodeputado escusou-se a responder, por não querer fazer "qualquer comentário nacional em campanha autárquica"

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MensagemAssunto: Rui Rio recusa corrida à liderança do PSD   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Out 05, 2009 10:47 pm

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Rui Rio recusa corrida à liderança do PSD

Económico
05/10/09 15:28

Novo PSD? Pagina_Rui_Rio

O vice-presidente do PSD e candidato à Câmara do Porto garantiu hoje que não está nos seus planos candidatar-se à liderança do partido.

"Nem de longe nem de perto", Rui Rui no intervalo de uma acção de campanha eleitoral em que contou precisamente com a presença da actual líder do partido, Manuela
Ferreira Leite.

Questionado sobre a eventualidade de vir a mudar de ideias, Rui Rio declarou: "Não vejo porquê mudar de ideias. Na normalidade das coisas, não vejo porquê", acrescentando que a "a comunicação social quer sempre coisas peremptórias e absolutas".

Rio recordou que um dos lemas da sua campanha é "estar com os dois pés no Porto", frisando que "com isto quis, por um lado, fazer uma crítica à candidata do PS, que está com um pé no Porto e outro em Bruxelas, e, por outro lado, afirmar que cumprirei o mandato, como fiz nos dois primeiros".

O candidato à Câmara do Porto escusou-se a comentar a possibilidade de Marcelo Rebelo de Sousa vir a interessar-se pela liderança do PSD.

A possibilidade, entreaberta pelo próprio comentador domingo, na RTP, também não foi comentada por Manuela Ferreira Leite, mesmo quando recordada do facto de, em certa altura, ter dito que gostaria de ver o professor como primeiro-ministro.

Ferreira Leite argumentou que a questão interna do PSD "não é obviamente um problema nacional" nem está, de momento, "na agenda dos portugueses", a braços com "problemas gravíssimos", incluindo o da governabilidade.


In DE

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MensagemAssunto: Rui Machete defende mudanças na liderança do PSD o mais depressa   Novo PSD? Icon_minitimeQui Out 15, 2009 12:49 pm

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Rui Machete defende mudanças na liderança do PSD o mais depressa possível

Hoje às 12:42

Novo PSD? Ng1204481

O presidente do Congresso do PSD defendeu, esta quinta-feira, mudanças na liderança social-democrata no mais curto espaço de tempo. À TSF, Rui Machete disse que o ideal seria o partido fazer o processo de renovação na altura do debate do Orçamento de Estado.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1391591

- Rui Machete explica o timing para fazer a renovação no PSD

- Rui Machete defende que o processo de renovação deve ser feito na altura do debate do OE

Apesar de actual direcção do partido liderado por Manuel Ferreira Leite já ter feito saber que tem a intenção de levar o actual mandato até ao fim, continuam a ouvir-se opiniões divergentes.

Em declarações à TSF, o presidente do Congresso do PSD, Rui Machete, defendeu mudanças na liderança do partido no mais curto espaço de tempo.

«É preciso dizer que vamos analisar a situação, dar tempo ao tempo para que as pessoas reflictam um pouco, algo que durará um ou dois meses e, a partir dessa data, é necessário dizer que vamos fazer um processo de renovação na direcção política do partido», considerou.

Rui Machete disse ainda que seria ideal que o PSD fizesse essa renovação na altura do debate do Orçamento de Estado.

In TSF

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MensagemAssunto: Aguiar Branco avança sem aval de Ferreira Leite   Novo PSD? Icon_minitimeSex Out 16, 2009 3:55 pm

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Aguiar Branco avança sem aval de Ferreira Leite

por Lusa
Hoje

Novo PSD? Ng1205008

O vice-presidente do PSD José Pedro Aguiar Branco decidiu hoje avançar para a candidatura à presidência do Grupo Parlamentar social-democrata sem aval da líder, Manuela Ferreira Leite, e dos membros da direcção do partido.

"A presidente, Drª Manuela Ferreira Leite, e a direcção do partido não escolheram nenhuma liderança para o Grupo Parlamentar do PSD", declarou à agência Lusa Paulo Mota Pinto, vice-presidente do PSD, depois de confrontado com o anúncio da candidatura de José Pedro Aguiar Branco à presidência da bancada social-democrata.

De acordo com outra fonte da direcção dos sociais-democratas, José Pedro Aguiar Branco, que hoje anunciou aos deputados a sua candidatura, limitou-se a informar a presidente do partido sobre o que ia fazer.

"A eleição de Aguiar Branco para líder parlamentar do PSD não é consensual entre os membros da Comissão Permanente. Há quem prefira optar por um peso pesado do partido, ou por uma liderança renovada menos conotada com as estratégias de comunicação e eleitoral seguidas pelo PSD ao longo dos últimos meses", afirmou a mesma fonte.

In DN

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MensagemAssunto: Apoiantes de Ferreira Leite já defendem nova direcção   Novo PSD? Icon_minitimeSex Out 16, 2009 4:27 pm

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Apoiantes de Ferreira Leite já defendem nova direcção

por PAULA SÁ
Hoje

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Rui Machete e António Capucho entendem que será útil ao partido a escolha de uma nova direcção a curto prazo. E deverão defender esta posição no Conselho Nacional social-democrata marcado para o próxima quinta-feira, dia 22

Rui Machete e António Capucho, duas importantes figuras sociais-democratas que estiveram ao lado de Manuela Ferreira Leite na equipa que constituiu em 2007 para os órgãos do partido, mostram--se agora adeptos de uma renovação a curto prazo. Uma posição que deverão defender no próximo Conselho Nacional do partido, marcado para dia 22, e que contraria a decisão da direcção laranja de se manter em funções até final do mandato, que só termina em Maio do próximo ano.

António Capucho, que foi o primeiro nome da lista de Ferreira Leite ao Conselho Nacional eleito no Congresso de Guimarães, disse ontem aos microfones da Rádio Renascença que "se a líder anunciar que não se recandidata a um novo mandato", então admite "que será útil antecipar a realização do congresso".

O presidente da Câmara de Cascais e conselheiro de Estado, rejeitou, no entanto, qualquer possibilidade de ele próprio avançar para uma candidatura à liderança. Capucho mostrou-se ainda contra a possibilidade do PSD avançar com uma moção de rejeição ao programa do Governo. O que Marcelo Rebelo de Sousa considera um disparate capaz de "vitimizar" o Executivo de Sócrates e, por essa via, reforçar o peso eleitoral dos socialistas.

Já Rui Machete, o "histórico" do PSD escolhido pela líder social-democrata para presidir à Mesa do Congresso, num artigo publicado ontem no DN, foi ainda mais peremptório ao considerar que "é praticamente impossível manter a equipa dirigente". Na sua opinião, a equipa de Ferreira Leite, com fundamento ou sem ele, "é considerada como responsável ou o rosto visível dos maus resultados globais obtidos" .

Ontem, na TSF, Machete repetiu a explicação e pediu uma reflexão profunda no PSD, mas "num curto espaço e com data previamente anunciada" se deve "designar uma nova equipa dirigente". O presidente da Mesa do Congresso social-democrata vê nesta transição rápida um modo de evitar "precipitações perigosas" internas que levem a um ajuste de contas com quem comandou o partido.

O DN sabe que o líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, também entende que a direcção deveria apresentar no Conselho Nacional da próxima quinta-feira uma proposta de marcação de eleições directas.

Entretanto, hoje mesmo, outro militante do partido prepara-se para dar uma conferência de imprensa sobre o futuro do PSD e a sua liderança. Trata-se de Castanheira Barros, advogado mais conhecido pela defesa dos que rejeitam o processo de co-incineração, que chegou a anunciar, há três anos, uma candidatura à presidência do partido. Essa candidatura acabou por ficar pelo caminho

In DN

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MensagemAssunto: Aguiar-Branco como líder parlamentar divide direcção   Novo PSD? Icon_minitimeSáb Out 17, 2009 5:35 pm

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Aguiar-Branco como líder parlamentar divide direcção

por PAULA SÁ com LÍLIA BERNARDEHoje

Novo PSD? Ng1205292

Manuela Ferreira Leite dá o "apoio pessoal" ao seu vice-presidente e à equipa que apresentou para a liderança da bancada. A direcção do PSD deu ontem sinais evidentes de que não existe consenso interno sobre esta candidatura para a bancada.

José Pedro Aguiar-Branco anunciou ontem a sua candidatura à liderança do grupo parlamentar social-democrata, afirmando tratar-se de uma "decisão pessoal". Mas outro dos vice-presidentes do partido, Paulo Mota Pinto, declarou à Lusa que nem a líder nem a direcção do partido "escolheram nenhuma liderança parlamentar". Mas fontes do PSD garantiram ao DN que Manuela Ferreira Leite deu o "apoio pessoal" ao seu vice.

Segundo as mesmas fontes, Aguiar-Branco terá mesmo apresentado à líder social-democrata a sua lista à direcção da bancada social-democrata, da qual constam sete vices e dois vogais: a jurista Teresa Morais; o ex-ministro da Agricultura, Carlos Costa Neves; e os deputados Agostinho Branquinho e José Eduardo Martins (que já eram vices com Paulo Rangel), Rosário Águas, Miguel Frasquilho, Pedro Duarte, Duarte Pacheco e Carla Rodrigues.

Mas se Ferreira Leite acolheu a candidatura de Aguiar-Branco, a restante direcção do partido está muito dividida sobre a matéria. Uma fonte da direcção garantiu à agência Lusa: "A eleição de Aguiar Branco para líder parlamentar do PSD não é consensual entre os membros da Comissão Permanente. Há quem prefira optar por um peso pesado do partido, ou por uma liderança renovada menos conotada com as estratégias de comunicação eleitoral seguidas pelo PSD ao longo dos últimos meses". O DN sabe que os nomes de Paulo Mota Pinto e de José Eduardo Martins estiveram sobre a mesa da líder do PSD como possíveis candidatos à presidência da bancada parlamentar.

Na reunião que manteve com os deputados, na quinta-feira, primeiro dia de trabalhos parlamentares, Ferreira Leite enfatizou muito a ideia da independência da bancada. O que é visto no partido como um sinal diferenciador do PS (Sócrates é que impôs o nome de Francisco Assis para líder da bancada socialista) e uma forma de garantir estabilidade da liderança parlamentar após a sua saída da actual direcção do partido.

Miguel Relvas, o braço-direito de Pedro Passos Coelho, considerou "um bom princípio" a escolha de Aguiar Branco não ser da autoria da direcção. Já Alberto João Jardim, líder do PSD/Madeira, reúne a comissão política na próxima quarta-feira, ou seja, na véspera da eleição do grupo parlamentar do PSD e o nome de Aguiar Branco deve ser analisado. Há um contencioso antigo ao tempo do "Governo sombra" e direcção de José Manuel Durão Barroso, estava o PSD na oposição em 2000, quandoJardim qualificou Aguiar-Branco e outros militantes de "medíocres" e o acusou de colaborar com "adversários do PSD".

Aguiar-Branco acabou por demitir-se do cargo de vice-presidente invocando "questões de princípio" perante o silêncio de Durão Barroso face às declarações do presidente do Governo Regional da Madeira.

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MensagemAssunto: Há um grupo no PSD que quer forjar a sucessão   Novo PSD? Icon_minitimeDom Out 18, 2009 4:36 pm

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Há um grupo no PSD que quer forjar a sucessão

Hoje

Novo PSD? Ng1205498

Entrevista

É um dos mais fortes apoiantes de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD e não perdoa a Manuela Ferreira Leite e à sua equipa a descredibilização do partido no embate com José Sócrates, num momento em que seria fácil capitalizar a irritação dos portugueses para com as políticas do Governo socialista

Há dois anos afirmou que o PSD estava distante do País e pedia para se "refundar" o partido. Volta à carga porque nada mudou?

O PSD continua com uma ideia redutora sobre si próprio e a sociedade. Não é suficientemente integrador de todos os seus elementos e não tem feito uma articulação permanente com corpos e estratos da sociedade que foram extremamente relevantes na fundação e obtenção do poder que conseguiu nos anos 80. E, quando se perde essa ligação, o País não projecta no partido o que tem de melhor.

Mas não foi só por isso que o PSD perdeu agora tantos votos?
O PSD fechou-se sobre si próprio numa cultura de aparelho em vez de numa cultura democrática de projecção e de reporte ao exterior. Tal como perdeu a relação com o funcionalismo público, professores, Forças Armadas e de segurança, o mundo agrícola…

Devido à actual liderança?

Não, essa ideia de uma culpabilização exclusiva é um erro, porque o PSD está num processo de autocontemplação excessiva desde há 20 anos.

Porque não tirou lições a tempo?

É uma consequência que deveria ter sido retirada há muito tempo mas, principalmente, desde o princípio dos anos 90. Isso não aconteceu.

Até o Governo Sócrates adoptou bandeiras do PSD. Esse ocupar de espaço foi a razão que esvaziou o partido nestas legislativas?

O PS atacou algumas questões com precisão e persistência adequadas em duas áreas: na tentativa de disciplinar finanças públicas e no dinamizar da economia. O que justifica o distanciamento do centro-direita em relação às práticas do PS foram a inconsistência da acção e a ausência de direcção clara. A dado momento, Sócrates efectuou um retrocesso porque não percebeu a questão essencial: só há políticas sociais e desenvolvimento social efectivos se a economia for dinâmica e competitiva. E o PS não foi capaz de garantir à economia essa base de dinamismo e competitividade.

Então, o que fez o PS ganhar as eleições legislativas?

Foi o País sentir que, apesar dos problemas que provocou e das tensões que organizou, do desemprego que ocorreu, do endividamento total das pessoas e empresas, do País e do Estado, enquanto primeiro-ministro ainda era mais credível que a oposição.

Designadamente, a do PSD?

Incluindo também a oposição do PSD.

Da oposição, os portugueses só acreditaram no Bloco e no CDS.

Não diria isso, o povo acreditou em primeiro no PS e depois no PSD.

O PSD teve um mau resultado!

Em valor absoluto, mas o País acreditou no PS e no PSD. Marginalmente, nos outros partidos.

Numa situação tão adversa decerto o PSD podia beneficiar-se?

Podia e devia! Nunca um partido da oposição teve condições de luta política tão favoráveis para a sua vitória como o PSD nestas últimas eleições.

E acabou por dar ao CDS a opção de ser Governo à direita?

Diria que há votos que, normalmente, são do PSD e que temporariamente foram para o CDS.

Acha que foi temporariamente?

Se o PSD não mudar de vida, pode deixar de ser temporário. Como tenho grande esperança de que o PSD vai regenerar-se, isso não irá acontecer.

Não tem problema em afirmar que Manuela Ferreira Leite é a responsável por este desaire?

Manuela Ferreira Leite e a sua equipa são em primeira linha os maiores responsáveis pelo que aconteceu. Mas é evidente, quando o PSD a escolhe para líder e à equipa, é todo ele responsável. As culpas nunca são de uma pessoa só.

Crê que o PSD estaria mais bem entregue a Luís Filipe Menezes?

Penso que sim. Por isso o apoiei e tive pena que saísse da liderança.

Abandonou a liderança porque foi incapaz de ter mão no PSD?

As razões íntimas da sua saída só ele as pode explicar. Mas não posso deixar de lembrar o conjunto fortíssimo de acusações que lhe foram feitas e à sua equipa entre Janeiro e Março de 2007 e que lhe trouxeram grande amargura e um ambiente terrível de hostilidade no partido.

Um ambiente que se revive?

Não. Por uma razão: não se encontra em ninguém da oposição ou das pessoas que não apoiaram Manuela Ferreira Leite qualquer comentário sobre ela e a sua equipa como foi feito na altura de Luís Filipe Menezes. Agora, a oposição - se se quiser chamar assim - é educada e reverencial. E com uma tentativa de unificação futura enquanto a anterior foi deselegantíssima, muito malcriada e de uma hostilidade que não tem paralelo na história recente do partido.

É essa oposição tão reverencial que permite à líder e à equipa entrincheirarem-se na sede e dizer que não vão sair para já?

Esse conceito militar de trincheiras é da I Guerra Mundial e não propriamente o adaptado no século XXI. Mas, se coloca assim, diria que o pior que há na concepção de alguém acossado, de alguém defensivamente colocado, que não queira abrir-se e que apenas olha para si próprio, então é a mais inadaptada aos tempos de hoje.

A percepção na noite das autárquicas, após o que acontecera nas legislativas, era de que a liderança do PSD iria resignar?

Não posso falar em nome dos outros. mas se fosse líder sentia-me demitido na noite das eleições autárquicas. Teria aguardado pela legislativas porque se Manuela Ferreira Leite se demitisse criava uma situação de grande dificuldade psicológica à luta dos nossos autarcas. Aliás, todos os sectores que tinham dúvidas ou críticas silenciaram-nas até ao dia das autárquicas. Depois disso, disseram-no de uma forma cordata, educada e reverente.

O problema foram as legislativas?

O resultado das autárquicas não foi negativo porque ganhámos, mas em gestão das expectativas perdemos.

Mas foi uma vitória dos próprios autarcas?

Deles e de mais ninguém! Assim como a vitória nas europeias foi de Paulo Rangel e da sua lista.

Mas quem o escolheu foi Manuela Ferreira Leite.

E bem!

Por que razão não se aproveitou o balanço das europeias?

Porque o povo é o juiz e achou que não servia. E como não podemos demitir o povo, pelo facto de julgar de uma ou de outra maneira, temos de respeitar sempre a vontade popular.

Diz que, se fosse o seu caso, se demitiria. É o que se pensa no PSD?

Há muita gente que pensa como eu.

Pinto Balsemão, por exemplo?

Pinto Balsemão penso que não, mas sei que há muitas pessoas que o têm dito e muitas mais que não dizem, mas que pensam que devia ter pedido a demissão no dia a seguir. Não é que a senhora não tenha legitimidade para continuar, porque tem! Até ao congresso, há legitimidade política e jurídica para ser presidente do PSD, mas a questão que se põe é política e no sentido de análise e desempenho. A equipa mandatou-se para dar credibilidade ao PSD e ganhar ao PS. Não obtendo, está esgotado o mandato, porque consumou-se no dia da derrota.

É preferível do que deixar o poder cair na rua durante sete meses?

O PSD não pode deixar cair o poder. Nunca cairá! Em qualquer circunstância, vai fazer eleições directas, vários candidatos apresentar-se-ão e os militantes escolherão o líder. Não está em causa poderes na rua para nós.

Este é um dos momentos mais complicados na vida do PSD?

É um momento muito difícil não só pela forma como o problema se apresentou mas pela grande necessidade que há em fazer uma grande mudança. De pessoas, de ideias, da forma de estar no País e de se organizar, porque no PSD, como em Portugal, existem problemas estruturais que estão camuflados há anos.

O PSD também não é um partido de grandes reformas?

O PSD precisa de algumas reformas sérias e profundas. A primeira é na sua identidade. É fundamental discutir o nosso ADN e o que é a social- -democracia hoje, o que, geneticamente, não pode ser diferenciado daquela que foi a nossa origem com Francisco Sá Carneiro. Terá é de ser adaptada ao tempo e à circunstância.

"Política de verdade" não chega?

A "Política de verdade" é uma questão correcta e deve ser utilizada por todos os políticos. Aí concordo inteiramente com Manuela Ferreira Leite! O problema que se pode pôr é se o conceito se articula com a prática.

Pressente que vêm aí aqueles "seis meses de suspensão da democracia"?

Penso que esse foi um lapso de língua e que quereria dizer outra coisa, tal como as reformas são tão difíceis em Portugal que suspender a democracia talvez valesse a pena para as resolver. É uma forma que eu não usaria, porque permite interpretações como aquela que pode estar subentendida na pergunta, mas penso que não tinha o significado que muita gente atribuiu.

O beneficiário da crise do PSD acaba por ser José Sócrates?

É. Nos dias a seguir às eleições europeias, suspendia as medidas do passado - TGV, avaliação de professores, suspendia-se tudo! Ou seja, Sócrates mostrou ao País que duvidava de si próprio e de tudo o que tinha posto como bandeiras e prioridades, porque o povo não estava com ele. É um homem que não foi até ao fim, que não foi consequente com o que acreditava. E se o País tivesse percebido que é um primeiro-ministro que à primeira oscila, talvez não o tivesse eleito. Mas o PSD não foi capaz de mostrar ao País que o primeiro-ministro cedia em questões essenciais para ter apenas o poder. Para Sócrates, o essencial era estar no poder.

E a campanha do PSD não capitalizou essa fraqueza do Governo?

A campanha de Manuela Ferreira Leite não existiu. Tenho uma grande dificuldade em falar de uma coisa que não percebi o que era.

Asfixiou-se social-democraticamente?

Tudo começou na questão da "claustrofobia democrática", que não é uma questão falsa, mas também não tem grande relevância política. É um problema que se verifica em Portugal há muitos anos devido ao desequilíbrio dos poderes cada vez mais fortes do Estado contra os dos cidadãos, mas quando o País tem fome, desemprego, crise económica, dívidas e as pessoas recorrem ao Banco da Fome, é impossível o País ouvir o que não sente relevante.

Manuela Ferreira Leite olhou mais para Belém do que para S. Bento?

Sugiro um terceiro olhar, alternativo: o País. Manuela Ferreira Leite não olhou para Portugal. Olhar para Belém ou para S. Bento pode ter a sua importância, mas nesta altura interessava olhar para o País. Falhou a relação directa do partido com o povo, nas sedes locais, nas freguesias e contar com todas as classes sociais para se aperceber dos problemas. Se o partido funcionasse bem, tudo isso ecoava e chegaria à cúpula, mas o discurso não foi esse. Se assim fosse, talvez Manuela Ferreira Leite tivesse ouvido, mas o partido estava paralisado e dividido e os responsáveis, ela e a equipa, não o fizeram.

Mas os receios de Cavaco Silva não serviam à campanha?

Em qualquer cenário democrático, é preciso perceber que a natureza do poder presidencial não é equivalente à dos partidos. A vida política de cada um destes órgãos é distinta e as relações têm de ser institucionais. Mas não creio que esse problema se tenha passado com o PSD.

Então, qual a razão de se falar tanto na asfixia democrática?

Para Manuela Ferreira Leite foi mais importante a opinião de duas pessoas do que o partido por inteiro e o País.

Quando diz duas pessoas, é mesmo esse o número. Quem são?

Duas pessoas.

Pacheco Pereira?...

Com certeza. E Paulo Rangel, obviamente. Quando ouve essas duas pessoas em vez do País e o partido, sujeita-se às consequências. E está à vista.

São eles os responsáveis pela "asfixia" da campanha?

Podem ser e podem não ser. Porque podiam ter enunciado a questão, mas não lhe ter sido atribuída a prioridade que Manuela Ferreira Leite deu.

Manuela Ferreira Leite não é uma pessoa fácil de se convencer?

Não conheço suficientemente a senhora para dizer isto.

Rui Machete escreveu no DN que o PSD "exige num espaço curto uma nova equipa e diferente". Como comenta esta afirmação?

Rui Machete é um homem sereno, sábio, inteligente e culto. As palavras dele devem servir de referência, não só pelas características humanas que tem mas, também, pelo estatuto como presidente do Congresso. Não o ouvir, nesta altura, seria gravíssimo.

O próximo Conselho Nacional deveria encontrar uma solução?

Gostaria de estabelecer o equilíbrio entre duas posições. Primeira, a mudança de liderança. Segunda, que se fizesse de forma serena e respeitadora. Sou contra qualquer atitude tumultuosa, persecutória e divisionista, mas sou a favor da assunção de responsabilidades. Lógico seria Manuela Ferreira Leite e a sua equipa demitirem-se, o partido agradecer o trabalho que desempenhou - seguramente a senhora fez o melhor que sabia e o que podia. Não podia era mais -, respeitá-la e as pessoas que estão com ela voltarem a desempenhar papéis no PSD. Tal como ela própria, porque é um erro afastar pessoas.

O perfil do Conselho Nacional não é o de "empurrar" Manuela Ferreira Leite para uma decisão.

O estilo de atitude do militante do partido não é esse. O partido está à espera da sua auto-avaliação e do que fizer.

Enquanto foi presidente dos conselhos Nacional e do Congresso recebeu uma carta de dez ex-dirigentes que questionava a gestão.

Pediam um debate sobre a questão das quotas que, em parte, levou à saída de Luís Filipe Menezes, porque gerou uma guerra na comunicação social contra a sua equipa que foi excessiva e esgotante para o próprio partido.

Acha que pode haver uma nova carta a Manuela Ferreira Leite?

Espero que não haja! Temos de ter um comportamento ético que não seja análogo ao de outros há ano e meio.

Este finca-pé de querer cumprir o mandato foi inesperado para si?

Não. Pegando na expressão da trincheira, o que se passa é as pessoas não quererem um puro jogo democrático no PSD. Há um grupo instalado que deseja, a partir da sede, forjar uma sucessão. Como se o PSD tivesse uma visão dinástica no seu seio.

Se a sucessão de lideranças no PSD assusta os eleitores, a continuar esta situação é mais grave?

Espero que estabilize e tenha uma liderança com autoridade, estratégia, doutrina, medidas práticas e um confronto político permanente decorrente.

Como se conciliará a direcção com oposição no Parlamento feita por Manuela Ferreira Leite?

O grupo parlamentar, seguramente, entrosar-se-á com a direcção.

Caso seja Passos Coelho, estará fora dessa primeira linha!

Há muito tempo que os líderes partidários não estão na Assembleia.

Não é o caso de José Sócrates.

Manuela Ferreira Leite não esteve!

Sócrates fez questão de estar.

Isso é uma questão inultrapassável.

Se Manuela Ferreira Leite abandonar a liderança do PSD, é o fim do ciclo do cavaquismo no PSD?

Cavaco Silva não é sinónimo de cavaquismo. Cavaco é uma pessoa e o cavaquismo é um estado de espírito que teve um período áureo. Teve a fase de gestação, arranque, maturidade e de decréscimo. Está em decréscimo no partido e na sociedade, só a personalidade de Cavaco Silva sobreviveu a tudo isso.

A comparação de Manuela Ferreira Leite com Cavaco Silva é possível de se fazer?

Penso que, para além da amizade que os une há muitos anos, que a levou a ser secretária de Estado e ministra dos governos de Cavaco Silva, não posso encontrar mais.

O cavaquismo mesmo com Cavaco Silva já terminou em declínio?

O exercício de representação do PSD e a relação do partido com a sociedade começavam a debilitar-se.

Porque o PSD se fechava em si?

Fechava-se em si próprio e não se abria, como deve acontecer a um partido político numa democracia: ser uma organização de uma vontade nacional e a corporização de algumas ideias e o seu plasmar no poder. Para isso, tem de ter um forte sentido de representação e manter essa relação viva e permanente.

Relação que Cavaco Silva não tinha com a sociedade civil?

O líder não é o partido. É um grande animador enquanto o partido é o sistema de vasos capilares que tem uma multiplicidade de relações com a sociedade. E é da relação em dois sentidos, do partido para o País e vice-versa que a democracia e a representatividade fazem sentido.

Os líderes que lhe sucederam poderiam evitar o desgaste do PSD?

Há uma circunstância que dificultou, mas que não inibe esse exercício, que é o conjunto das grandes dificuldades económicas e financeiras desde 2000. Que representam numa primeira fase a necessidade de alteração profunda do modelo económico, social e financeiro do País e que o agravamento em 2008 tornou o problema mais agudo. Essa situação não tem permitido aos partidos fazer um aggiornamento necessário e sem ele cada vez enfrentaremos pior os problemas estruturais.

Ferreira Leite é uma pessoa reputada nas questões económicas.

Não estamos a falar de entendimento de questões económicas ou financeiras, mas da percepção do mundo e de uma leitura clara de como o País e o mundo evoluíram e do que é necessário fazer e adaptar.

O que está em causa é o modelo de social-democracia do PSD?

O modelo de social-democracia não está em causa só em Portugal mas em todos os países que o têm ainda como bandeira. E é preciso atender às circunstâncias específicas do próprio sistema democrático. A social-democracia tinha um modelo no Estado soberano que mudou com a União Europeia. Foi concebida antes da globalização e quando os países tinham um grau de autonomia nos poderes nacionais. Ora, esses parâmetros alteraram-se tanto que temos de fazer uma reflexão sobre o que é hoje a social-democracia e essa análise não está feita em Portugal, nem pelo PSD nem pelo PS.

Os ideais de Sá Carneiro, que fundaram o PSD, estão ultrapassados?

Não! Os ideais que estão no programa têm plena validade. A forma de organizar o Estado e a interacção com outros estados e a sociedade é que obrigam a reequacionar a capacidade de atingirmos os objectivos.

E não há no PSD um líder que actualize o partido?

Líderes como Sá Carneiro há um. Os grandes líderes da história da democracia portuguesa são poucos: Mário Soares, Sá Carneiro e Álvaro Cunhal. Em campos políticos diferentes, mas, como grandes personalidades motivadoras, aglutinadoras e carismáticas, só há esses.

Cavaco Silva não é um deles?

Também é, mas não houve mais. Um líder cavalga uma onda mas não é o autor e o mentor exclusivo dela.

Qualquer um dos três primeiros líderes criaram a própria onda.

Na circunstância actual, os movimentos são autónomos das lideranças e é preciso monitorizá-los de forma a que correspondam a uma acção política dirigida não tanto por uma pessoa singular mas por uma equipa. O problema do País é conseguir que as elites - no bom sentido - se manifestem, porque as questões cívicas são de tal forma relevantes que necessitam do contributo dos que estão afastados. ~

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MensagemAssunto: Um partido em crise   Novo PSD? Icon_minitimeDom Out 18, 2009 9:20 pm

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Um partido em crise

por João Marcelino

Novo PSD? Joao_marcelino

1. O PSD entrou definitivamente no ciclo de substituição de Manuela Ferreira Leite. Já se apresentou Pedro Passos Coelho. Marcelo Rebelo de Sousa estuda a conjuntura. Paulo Rangel reflecte. Luís Filipe Meneses mostra-se. Marques Mendes nota-se. Pedro Santana Lopes continua por aí. Rui Rio aguarda. E haverá outros.

Vem aí mudança, e não podia ser de outro modo face à derrota em que se traduziu o balanço dos últimos cinco meses de eleições.

Ao optimismo de uma campanha para as europeias bem protagonizada por Paulo Rangel, e que contou com o "voto de protesto" contra o Governo, seguiu-se uma derrota estrondosa nas legislativas e uma queda nacional nas autárquicas. Nestas, o PSD ganhou, porque tem objectivamente mais câmaras (também fruto das coligações com o PP), mas esvaiu-se de novo em votos e, sobretudo, delapidou a enorme vantagem que nesse terreno local tinha sobre o PS.

Que isto tenha acontecido num momento final de legislatura, necessariamente desgastante para quem está no poder, não é um facto de somenos. O PSD perdeu em toda a linha e Manuela Ferreira Leite esgotou as possibilidades de se manter à frente do partido.

2. O episódio da renúncia de João de Deus Pinheiro na reabertura do Parlamento mostra como o PSD está ferido e em alguns casos perdeu a vergonha. Este é, sem dúvida, o exemplo de um homem que se candidatou para enganar quem nele votou. Deus Pinheiro não tinha a mínima ideia de trabalhar no Parlamento! Nunca lhe passou pela cabeça voltar a ser deputado! Quanto muito estaria disponível para entrar num Governo. E, no entanto, deve ter-lhe sobrado a veleidade de ser um trunfo eleitoral do partido… Um imprescindível! Terá escondido esta estratégia de MFL? Talvez, sim; talvez, não. Aqui, como no caso de António Preto, vê-se o que valem as palavras. "Verdade", "honestidade", "seriedade" são termos tão bonitos como perigosos e Pacheco Pereira não terá percebido isso no momento de traçar a estratégia da "asfixia democrática" cuja derrocada agora o faz rebolar na insensatez, na mentira e na desonestidade intelectual.

3. O PSD pode acabar - diziam-me um dia destes num programa de televisão. Não estou de acordo. Primeiro, um partido de pessoas e que está tão presente no terreno, como o PSD, não desaparece de um momento para o outro. Seriam precisos muitos anos de erros. E, por outro lado, a sua função de equilíbrio no sistema ainda não está colocada em causa pelo crescimento do CDS/PP. Portugal precisa de ter uma alternativa e esta continua a ser o PSD.

Aquilo de que o partido precisa, de facto, é de uma liderança jovem (nas ideias, o que não tem nada a ver com o BI), descomplexada, que aceite o partido com as suas virtudes e os seus defeitos, que não seja das duas cidades (Lisboa e Porto) contra os autarcas ou destes contra os "elitistas", que o defina ideologicamente de forma mais coerente, que vise agradar ao País e não se esgote nos dois grandes sindicatos internos de voto.

O PSD não vai acabar mas está perante este desafio: tem de escolher uma personalidade com capacidade para ser primeiro-ministro, para unir e para viver quatro anos com um grupo parlamentar formado a partir do núcleo mais fiel a MFL. Se virmos as coisas assim, só há três mosqueteiros (que, tal como os de Dumas, são quatro): Passos Coelho, Paulo Rangel, Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa. Com toda a franqueza, o PSD tem bons candidatos. Precisa de meter as mãos ao trabalho, deixar a intriga, e olhar para o País. Foi aí que perdeu com Sócrates.

Na última segunda-feira estive no "Prós e Contras. Seria sobre jornalismo, com certeza sobre o "caso das escutas". Aceitei o convite, sem reservas nem condições temáticas e temporais. Sabia que ia ser um programa polémico, necessariamente vivo, mas esperava inteligência e nunca me passou pela cabeça que pudesse faltar a educação. Acabei por me ver envolvido numa sessão lamentável, que mostra como o jornalismo enferma de todos os males de que gosta de acusar os outros sectores da sociedade portuguesa; e não é capaz de debater, construtivamente, divergências profundas. Felicito o Paulo Baldaia e o José Alberto Carvalho pela dignidade com que escaparam àquela vergonha, mesclada pelo ódio e pela infantilidade.

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MensagemAssunto: Figuras próximas afastam marcelo de líder do PSD   Novo PSD? Icon_minitimeDom Out 25, 2009 2:55 pm

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Figuras próximas afastam marcelo de líder do PSD

por FRANCISCO MANGAS
Hoje

Novo PSD? Ng1208518

Marcelo Rebelo de Sousa estará mais interessado neste momento numa candidatura à Presidência da República do que no regresso à ribalta partidária, no PSD.

O DN foi ouvir algumas das figuras mais próximas do professor. Pedro, um dos seus irmãos, adianta que Marcelo só admitia avançar para a liderança num cenário de unidade. Assim é melhor não avançar.

Certa vez, ainda no tempo da escola primária, o professor terá perguntado a um dos alunos: que gostaria de ser ele quando fosse grande? A resposta surgiu pronta, sem hesitações: "Primeiro-ministro". Se fosse possível recuar umas décadas e repetir este episódio que se conta de Marcelo Rebelo de Sousa, a resposta podia muito bem ser outra. O menino, mais ponderado, talvez dissesse: "Quero ser Presidente da República". Será este o rumo do comentador político, "que todos os domingos condiciona e interfere na vida do partido"?

Quem o conhece de perto, exclui a possibilidade de Marcelo voltar "ao ringue" na disputa pela liderança do PSD. "Ele só poderia avançar numa lógica de unidade", diz Pedro Rebelo de Sousa. Mas, no actual momento, refere o irmão do comentador, a "temática do divisionismo" impera entre os sociais-democratas. Sendo assim, "como o partido não o quer, não faz sentido nenhum" a sua candidatura.

Mário Melo Rocha, que pertenceu à direcção nacional do PSD, quando Marcelo Rebelo de Sousa era líder (1996-1999), também põe de parte um regresso do professor à vida partidária activa. "Marcelo já disse que não quer ringue. Não acredito que seja candidato, só se houvesse um golpe de teatro". Será mesmo assim. Terá mesmo ele, e mantendo a metáfora do pugilismo, atirado a toalha ao chão? Sofia Galvão, elemento da comissão consultiva no tempo da liderança de Marcelo, não afasta a hipótese de o ver de novo à frente do partido. É uma situação "completamente imprevisível. Só ele, ou nem mesmo ele, ainda sabe".

No interior do partido, a fazer fé nas palavras de Virgílio Costa, presidente da distrital do PSD de Braga, a candidatura ao lugar de Manuela Ferreira Leite do comentador seria mal acolhida. "O professor Marcelo faz lembrar a história do Pedro e o Lobo, tantas vezes aparece como putativo candidato que já ninguém o leva a sério". Ser candidato "exige sacrifícios e apoios que ele já não tem no partido", refere Virgílio Costa.

A alegada falta de apoios nas bases e nos dirigentes locais, segundo o líder da distrital de Braga, pode ter origem nos comentários políticos de Marcelo, ao domingo à noite, na RTP. "A intervenção televisiva tem gerado animosidade no interior do PSD, pela forma como interfere e condiciona a vida do partido. Mesmo no papel de comentador, defende Virgílio Costa, "ele não pode separar-se da condição de militante e de ex-líder".

O dilema PSD ou Belém, na aparência, parece, desfeito. O professor de Direito, antigo director do Expresso, nascido em Lisboa em 1948, enfim, não será primeiro-ministro, a porta da Presidência da República, contudo, mantêm-se aberta. Mas "ainda é muito cedo" para se falar de presidenciais, afirma Pedro Rebelo de Sousa. É um problema difícil de contornar: o actual presidente, "apesar das vicissitudes, tem uma idade e a perspectiva de continuar a ser apoiado pelo PSD", lembra o jurista.

Os antigos dirigentes que estiveram na direcção do partido no tempo da liderança do comentador também usam a prudência para abordar este delicado tema. Na opinião de Melo Rocha, o lugar do Presidente da República "está ocupado". Por isso, "é prematuro dizer-se que Marcelo tem a intenção de ser o candidato. Só ele saberá".Também Carlos Horta e Costa, antigo dirigente social-democrata, acha prematuro avançar nomes "quando a Presidência está entregue ao Professor Cavaco Silva".

"Como irmão", Pedro Rebelo de Sousa aconselha Marcelo a ficar onde está. Tanto a liderança do partido como Belém seria "um perda da qualidade de vida que ele hoje tem". Marcelo é professor catedrático de Direito e comentador político na RTP1.

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MensagemAssunto: Marcelo: "O problema são os barões e não as bases"   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Out 26, 2009 4:46 pm

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Marcelo: "O problema são os barões e não as bases"

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? Ng1208791

Marcelo Rebelo de Sousa colocou-se ontem, uma vez mais, fora da corrida à liderança do partido. Disse que a elite não quis a unidade e garantiu que num referendo aos militantes sairia vencedor um projecto de unidade

Marcelo Rebelo de Sousa voltou ontem a colocar-se fora da corrida à liderança do PSD. Nas suas "Escolhas", na RTP1, o antigo presidente do PSD atribuiu aos notáveis do seu partido a responsabilidade por não se ter caminhado para uma solução de "unidade" como tinha proposto. "O problema são os barões e não as bases", garantiu.

Marcelo mostrou-se convicto de seria "esmagador" o "sim" a uma solução de unidade para o partido caso fosse feito um referendo aos militantes. Uma resposta aos que dentro do PSD consideraram a sua proposta de encontro entre ex-líderes do partido como uma "cimeira de elite".

E desvendou mesmo que o presidente da mesa do congresso do PSD, Rui Machete, fez várias diligências , antes do Conselho Nacional de quinta-feira, junto de antigos líderes e responsáveis do partido e "ficou patente que não havia acolhimento da ideia".

Arrumada a questão do seu eventual avanço para uma candidatura à liderança, Marcelo comentou as decisões do Conselho Nacional, no qual a líder social-democrata anunciou a marcação das eleições internas após a discussão do Orçamento de Estado para 2010. Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que José Sócrates é que acabará por condicionar o calendário do PSD, pois é ele que decide o timing da entrada do OE na Assembleia da República.

Mas, segundo o analista político, faz sentido a decisão de Manuela Ferreira Leite de se manter ao leme do PSD. "Toda a gente concordou, até o Pedro Passos Coelho, que o partido não pode estar a actuar no programa de Governo e no OE e ao mesmo tempo haver uma guerra interna no PSD, em que existissem posições divergentes da do partido no Parlamento".

O professor também considerou correcto o facto de Ferreira Leite ter omitido se tencionava recandidatar-se ao cargo, porque assim, disse, não parte diminuída para os debates na AR. "E o partido aceitou que ela está em plenitude de funções".

Marcelo Rebelo de Sousa defende que, sendo a líder deputada, Ferreira Leite deve ser chamada a intervir nos debates em que a sua condição de ex-ministra das Finanças for uma mais valia. Nos restantes casos, de debates que "não sejam nucleares", o professor entende que o protagonista deve ser o líder parlamentar, José Pedro Aguiar-Branco.

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MensagemAssunto: Rangel abre espaço a vaga de fundo para Marcelo   Novo PSD? Icon_minitimeSex Out 30, 2009 4:55 pm

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Rangel abre espaço a vaga de fundo para Marcelo

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? Ng1210731

O eurodeputado diz que o professor é o "melhor" para a liderança e rejeita candidatura de Passos Coelho. Arnaut, Relvas e Sarmento fazem o mesmo.

Paulo Rangel colocou-se ontem "peremptoriamente" fora da corrida à liderança do PSD na entrevista a Judite de Sousa, na RTP1. Estava dado o primeiro passo para uma vaga de fundo de apoio a uma candidatura do professor Marcelo Rebelo de Sousa por parte de várias personalidades que estiveram ao lado de Manuela Ferreira Leite. Entre elas o "barrosista" José Luís Arnaut, que passados poucos minutos após Rangel ter manifestado o seu apoio ao antigo líder social-democrata, também garantia na SIC Notícias que Marcelo é o militante mais bem colocado para liderar o partido.

Ontem também, na Rádio Renascença, Alexandre Relvas, o antigo director da campanha presidencial de Cavaco Silva, dizia entender que Marcelo não se excluiu de uma eventual candidatura e que continua à espera de condições para a concretizar. Defendia ainda que o partido ainda vai a tempo de criar essas condições ao militante com "condições ímpares" para enfrentar o ciclo de negociações com o Governo minoritário de José Sócrates e o processo de revisão constitucional.

Nuno Morais Sarmento, outro "barrosista", também se prepara para defender a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa na segunda-feira, na sua rubrica habitual na Rádio Renascença.

O DN sabe que este conjunto de notáveis do PSD acertaram agulhas nesta tentativa de desbravar de caminho à candidatura do professor, tanto mais que partilham da rejeição à candidatura já assumida de Pedro Passos Coelho. E vão deixar margem a Marcelo para que, caso decida mesmo avançar, escolha o timing certo para o fazer. O que não deverá acontecer antes do início de 2010, mais próximo da data das eleições directas.

Paulo Rangel foi ontem claro na recusa da candidatura de Passos Coelho, que, na sua opinião, não tem programa, mas apenas uns "laivos de ideias hiperliberais", e o desejo de "aproximação ao Bloco Central". O eurodeputado do PSD criticou ainda Passos por, "em dois anos" particularmente difíceis para o partido, "a única coisa que fez foi promover a sua candidatura".

O ex-líder parlamentar do PSD admitiu que sentiu apelo nas bases do partido para avançar, mas assegurou que o projecto em Estrasburgo e Bruxelas falou mais alto. "Os eleitores não compreenderiam [que abandonasse o PE] e seria um mau sinal para a democracia"

"Eu aposto no professor Marcelo", garantiu Rangel, que vê no antigo líder a capacidade de "mobilização" , de "recrutamento de quadros" e dar um rumo ao partido.

E no rumo mais imediato, Paulo Rangel defendeu que a bancada social-democrata deve protagonizar uma "oposição dura à governação socialista" e o voto contra o Orçamento de Estado para 2010. Judite de Sousa lembrou-lhe que Marcelo defende precisamente o contrário, que o PSD deve viabilizar o documento apresentado por José Sócrates. O eurodeputado insistiu que, apesar da convergência sobre a candidatura do professor, defenderá internamente a sua posição sobre o OE.

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MensagemAssunto: Marcelo reafirma que está fora da corrida a líde   Novo PSD? Icon_minitimeDom Nov 01, 2009 10:21 pm

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Marcelo reafirma que está fora da corrida a líder

por DN
Hoje

Novo PSD? Ng1211715

Marcelo Rebelo de Sousa respondeu esta noite aos apelos para se candidatar à presidência do PSD reafirmando o que dissera antes - não é candidato porque não há condições para a unidade do partido -, aproveitando para criticar a luta de facções.

No seu programa semanal na RTP1, Marcelo considera que não há condições para haver uma aproximação entre a facção próxima da actual líder, Manuela Ferreira Leite, que, para o professor, apenas pretende substituir uma cara por outra (Ferreira Leite pelo antigo líder), e a facção de Pedro Passos Coelho, candidato assumido à liderança, que, para Marcelo, desde que perdeu as directas para Ferreira Leite se tem comportado sempre como oposição à líder.

Marcelo deu a entender que só se candidatará se houver condições para a unidade. E isso passará pelo recuo de ambas as facções e da candidatura de Passos Coelho.

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MensagemAssunto: PSD: defensores de Marcelo estão «desesperados»   Novo PSD? Icon_minitimeTer Nov 03, 2009 11:59 am

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Adão Silva com Passos Coelho
Distrito de Bragança


Novo PSD? Adaosilva

PSD: defensores de Marcelo estão «desesperados»

O presidente da distrital de Bragança do PSD, Adão Silva, considerou «reprovável o comportamento oportunista de pseudo-elites do PSD manipuladoras e desesperadas» que querem Marcelo Rebelo de Sousa para líder do partido.

«Este grupo de pessoas responsáveis pela derrotado do PSD nas últimas legislativas está a ter aqui um comportamento desesperado, numa busca desatinada de um possível candidato que seja o herdeiro dos sapatos da doutora Manuela Ferreira Leite», afirmou.

Em declarações à «Lusa», o presidente da distrital de Bragança e ex-secretário de Estado da Saúde de Durão Barroso, considerou que «este comportamento tem muito de anti-democrático, de oportunista e de salve-se quem puder».

Adão da Silva considera ainda que «estas pessoas» deviam ter «um bocadinho mais de humildade e de respeito pela opção livre dos militantes». O presidente da distrital vai mais longe e garante que, «nestas condições, nunca apoiaria a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa».

Adão da Silva ressalva ainda que, até agora, o único candidato à liderança do PSD, é Pedro Passo Coelho. O ex-secretário de Estado da Saúde até julga que Passos Coelho «podia ser um grande líder e uma renovação interessante», mas gostava de «um cenário mais composto».

Adão da Silva sai ainda em defesa de Passos Coelho e diz que o candidato foi «tratado injustamente nas últimas legislativas e que não devia ter sido afastado contra a vontade dos militantes».

Iol, 2009-11-02
In DTM

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MensagemAssunto: "Já vejo Sócrates a vitimizar-se num cenário Cavaco 2"   Novo PSD? Icon_minitimeDom Nov 08, 2009 11:55 am

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"Já vejo Sócrates a vitimizar-se num cenário Cavaco 2"

por João Céu e Silva
Hoje

Novo PSD? Ng1214417

António Capucho é um dos fundadores do PSD e um dos vencedores das últimas autárquicas. Não quer um único candidato para a nova liderança do seu partido nem vê problema num debate interno com muita vivacidade nestes meses que decorrem até à substituição de Manuela Ferreira Leite

Em Março de 2008 disse que o PSD devia concentrar-se mais em fazer oposição ao Governo e menos nas questões internas. É uma posição que continua actual?
Continua actual, embora neste momento o PSD tenha de se preocupar com a questão interna da sucessão e preparar-se para a encontrar.

Esta liderança está mesmo condenada?
Estou a partir do pressuposto do que disse Manuela Ferreira Leite, de não se recandidatar.

Não acredita que venha a surpreender?
Não acredito que nos possa surpreender e faço fé nas declarações públicas de vice-presidentes do partido que assim o indicaram.

Considera que não seria a melhor líder para este novo período pós-eleitoral?
Não faço comentários sobre isso porque não vale a pena especular, nem o farei a propósito de outros nomes enquanto não mostrarem a disponibilidade para se candidatarem.

Aguiar-Branco parece estar disponível.
Não. Que eu saiba, neste momento, há um candidato manifestamente assumido: Pedro Passos Coelho. Não conheço mais nenhum.

Será o único a entrar na corrida?
Admito que possam surgir outros, Aguiar-Branco e Marcelo Rebelo de Sousa. Há vários militantes do partido com experiência governativa e credibilidade pública para esse cargo. Veremos se têm disponibilidade?

Não fala em Paulo Rangel...
Não, porque declarou que não quer. Admito que seria um candidato com boas credenciais, já mostradas nas eleições e na bancada do PSD.

Como player, está a guardar-se?
Acabou de ser eleito para o Parlamento Europeu e não acha o momento oportuno. É uma explicação plausível e aceitável.

No caso de Marcelo Rebelo de Sousa, quereria, mas não estão reunidas condições?
A condição sine qua non seria haver um entendimento ou um consenso generalizado à sua volta, e isso não acontece porque existe Pedro Passos Coelho. Não me parece uma justificação satisfatória para quem tem ambição legítima de ser presidente do PSD afastar-se, tendo condições, credibilidade e currículo. Ou seja, querer disputar as eleições sozinho. Admito que possa mudar de opinião.

Apesar de acusar os barões do PSD de minarem a vida partidária. É uma desculpa?
Não sei, acho que é uma visão muito redutora do que é o PSD. É normal que à volta de putativos candidatos à liderança se alinhem apoios, e eu próprio, quando tiver o quadro completo, não deixarei de apoiar um deles. Não acho isso perturbador para a unidade do partido.

Não era previsível que um partido com tantas figuras históricas e graúdas entregasse o poder a um dos mais novos?
É perfeitamente normal. Hoje em dia, ou se tem um grande espírito de dedicação ao partido e de envolvimento cívico na sociedade, ou procura-se outra ocupação que não seja a política.

A escolha de Pedro Passos Coelho não decorre dum efeito mimético com Sócrates?
Não vejo grandes afinidades entre Passos Coelho e José Sócrates senão na juventude. Não me parece que se norteie a escolha do próximo líder do PSD por aquele que mais facilmente se aproxime da personalidade de Sócrates, até porque duvido que este venha a ser o próximo competidor do PSD para a disputa do cargo de primeiro--ministro.

Não crê que Sócrates tenha futuro como primeiro-ministro após esta legislatura?
Não é muito normal repetir depois de um segundo mandato, isto se levar este mandato até ao fim. De resto, há quem no PS esteja a pensar limitar o número de mandatos do primeiro-ministro…

O próprio José Sócrates.
Por isso mesmo, admito que, se chegar ao fim destes quatro anos, possa ser outro. Mas não é mais do que uma previsão ou um palpite.

Surpreendeu-o que ganhasse as eleições?
Não ganhou, antes houve uma conjugação de factores que o serviu. Embora tenha ganho de forma pouco expressiva, como aconteceu, foi o partido que ficou em primeiro lugar. Só me surpreendeu que o PSD nas eleições para o Parlamento Europeu tenha ficado claramente à frente do PS e nas legislativas não o conseguisse. Evidentemente, são eleições de natureza diferente mas teve o mérito de conseguir ultrapassar Manuela Ferreira Leite na recta final.

Um mérito que foi mais de Ferreira Leite.
Manuela Ferreira Leite não teve mérito nenhum. Perde, assume a quota-parte de responsabilidade, e o mesmo acontece com a direcção do PSD e com o partido inteiro. É preciso reconhecer que, quando se ganham umas eleições, não é apenas pela qualidade da campanha e dos méritos dos candidatos, há um conjunto de factores onde também os adversários contam.

Houve ausência de credibilidade?
Não da parte da Manuela Ferreira Leite. A transmissão da imagem e as vicissitudes da campanha não foram favoráveis. Mas não apenas, também na oposição verificámos que o Bloco de Esquerda, que retirou votos ao PS, não teve o mesmo impacto nas autárquicas.

O próprio CDS também tirou votos ao PSD?
Admito que sim, pois o líder do CDS teve uma campanha bastante dinâmica, com propostas alternativas muito viradas para um eleitorado de direita e que colheram num eleitorado do PSD.

Não receia que o CDS consiga tirar cada vez mais votos e ser o partido de direita?
Não. Que haja à direita do PSD um partido forte como o CDS não me preocupa, é útil. É um parceiro preferencial do PSD em governos de natureza local, como acontece aqui em Cascais e também no Governo, como já aconteceu no passado e, estou convencido, acontecerá no futuro. Mas o partido hegemónico na faixa do centro-direita e direita continuará a ser o PSD, a não ser que cometa haraquiri. Não acredito que o vá cometer nas próximas eleições internas.

Nem com a profusão de candidatos?
Está a especular-se muito à volta da liderança de uma forma que considero desgostante. Haver só um candidato à liderança é coisa que acontece nos partidos totalitários, e a riqueza interna dos partidos interclassistas aponta para que surja mais do que uma candidatura. Isso é saudável.

Mas esta não é uma situação de excepção?
Não é situação de excepção! Uma situação de excepção, e que perturba o PSD, é depois de escolhido o líder haver diferenças de opinião expressas de forma excessiva e corrosão interna.

Mas Manuela Ferreira Leite tinha um perfil que parecia ir pôr ordem na casa.
Tem óptimas qualidades de liderança, mas só perdemos tempo ao insistir na hipótese de ter uma liderança com Manuela Ferreira Leite, se não está para aí virada. Agora é para os militantes que nos devemos voltar, e cada um terá a sua preferência. Se surgir só uma, não será positivo para o PSD. Não nego a Marcelo o interesse que possa ter, em casos de excepção, um grande conclave entre as figuras do partido no sentido de tentarem acertar uma candidatura de consenso, mas isso não obstaculiza a que apareçam outras. É um processo normal na formação da vontade dos militantes para a escolha da liderança.

Refere os militantes, mas esse não é o seu caso. Teve grandes responsabilidades no PSD e uma grande vitória autárquica...
Sou um fundador do PSD, com um currículo diversificado e relevante - não nego isso, sem falsa modéstia - e terei o papel que sempre tive nas eleições: emito a minha opinião publicamente. De facto, muitos grandes dirigentes do partido a nível local reforçaram a sua votação nas autárquicas e acho que representam uma força política de dimensão subaproveitada dentro do PSD.

O que quer dizer com subaproveitada?
Na medida em que pela nossa implantação no terreno temos uma representatividade em termos políticos e democráticos que não tem sido suficiente ou convenientemente aproveitada.

A sua estratégia foi coligar-se com o CDS. Essa podia ter sido uma solução prevista por Ferreira Leite para as legislativas?
Sim, foi essa a minha opinião. Emiti-a oportunamente, no seguimento de coligações similares que já tiveram lugar, a primeira das quais quando era secretário-geral, e fui o seu principal negociador. Tivemos sucesso com Sá Carneiro e mudámos, pela primeira vez, a tendência do País de governar à esquerda para governar com uma coligação centro-direita. Mas não foi essa a opinião maioritária do partido. Não me ouviram criticar, mas não me parece que tenha sido a melhor solução, provavelmente teríamos hoje o primeiro-ministro.

O Governo não conta com o apoio do PSD. Não teria sido uma boa estratégia encontrar uma plataforma de entendimento em vez de dizer simplesmente não?
Com este Governo não dissemos simplesmente "não", mas "ganharam as eleições, apresentaram um programa que não tem a ver com o nosso, e o País entendeu proporcionar--lhes maioria relativa: compete-lhes governar". O Presidente da República empossou-os, como não podia deixar de ser, e fizeram aquele rodriguinho de propor coligação desde o Bloco de Esquerda até ao CDS, o que me pareceu caricato.

Acha que não foi um gesto democrático?
Não é democrático, é caricato! O PS, se queria fazer uma coligação, tinha de escolher quem seria o seu parceiro. À esquerda ou à direita? Tinha de tomar uma opção política e não propor a coligação à esquerda e à direita ao mesmo tempo. Não pode ao mesmo tempo propor a Paulo Portas o mesmo que está a propor a Francisco Louçã, não me parece que seja razoável. Sócrates não queria fazer coligação com ninguém e queria apresentar o programa que apresentou.

Os analistas dizem que o programa do PS e o do PSD são muito parecidos!
Serão comentadores pouco avisados e atentos. Não há uma diferença abissal entre orientações estratégicas e políticas - o que estou a dizer não é pecaminoso -, mas há diferenças substanciais. E, portanto, não há da nossa parte uma submissão ao PS, muito especialmente ao liderado por Sócrates.

Após o programa, surge o Orçamento. O PSD vai ter uma atitude mais drástica?
Se o programa passa, obviamente o PSD tem de ter em conta que o viabilizou. Apesar de tudo, o Orçamento tem uma configuração diferente, e após a votação na generalidade, em que se poderá abster, ao baixar à comissão, há que tentar melhorá-lo. A questão fundamental é que deixe de ser um orçamento artificial e que os partidos da oposição estejam atentos à contabilidade criativa, que não pode prevalecer neste documento. Estou convencido de que o PS vai ser receptivo a ajustamentos no Orçamento que permitam aos partidos apresentar propostas coerentes e construtivas e ver as suas sugestões acolhidas. Teremos, provavelmente, uma versão final com um Orçamento de rigor por imposição das oposições, que não corresponderá à proposta inicial do Governo, e se isto acontecer, o mais provável é que o PSD não vote contra o Orçamento.

Será um orçamento em que deverá aparecer o TGV, o novo aeroporto e as grandes obras públicas. Deve avançar-se nelas?
Não. Sou absolutamente contra algumas das grandes obras públicas e estou convencido de que não se farão.

O caso do TGV e do aeroporto?
Se se demonstrar que o actual aeroporto não comportará o aumento do fluxo aéreo previsto, sou favorável. E espero ter um comboio directo daqui até lá, como previsto pela Refer e CP numa hora e oito minutos. Em relação ao TGV, o importante é acelerar e melhorar a linha existente.

Não é estranho que o comboio venha de Paris e pare em Badajoz, deixando Portugal separado da Europa?
Não tem de estar separado da Europa! A questão é se, com o endividamento do Estado e as contas públicas actuais, é possível e prioritário o investimento público ser encaminhado para aí. E a minha convicção é de que não é prioritário, longe disso. Para combater a crise, à semelhança do que outros países fizeram, não é através de obras megalómanas mas das pequenas, nomeadamente através das autarquias, que as podem fazer mais depressa e melhor.

Tem essa opinião porque é autarca?
Tenho essa opinião porque sou autarca e sei exactamente para que servem as auto-estradas antes de fazerem as obras nas estradas que são do Estado e muito mais urgentes. Porque sou autarca, sei como estão as escolas secundárias que são do Ministério da Educação e como não se investe a sério na habitação social.

O exemplo das auto-estradas e das grandes obras já se colocou no Governo de Cavaco Silva e foi um motor do desenvolvimento.
Admito que sim, só que estamos a falar em grandes obras em tempo de vacas gordas, na altura, e grandes obras em tempo de vacas magras, agora. Tudo tem o momento próprio, mesmo que uma ligação directa de Lisboa à Europa através de Madrid seja importante.

Designadamente para Cascais?
Não vejo que tenha tanto interesse para Cascais, que já tem um boom de visitantes espanhóis graças a uma auto-estrada que tem uma utilização absolutamente deficitária mas que nos é muito útil, aquela que transporta de Badajoz para Lisboa visitantes de toda a Extremadura Espanhola e de Madrid.

Acredita que José Sócrates vai acabar a legislatura de quatro anos?
Sinceramente, espero que sim. Não depende só do primeiro-ministro, mas de várias circunstâncias. Infelizmente, já começo a ver que se está a vitimizar na perspectiva de ter um cenário Cavaco Silva 2. É uma situação que conheço bem porque era líder parlamentar de Cavaco Silva quando estava num Governo minoritário e assisti à demissão do Executivo, que, a partir daí, passou de 30 e tal por cento para 52%. Só que ele não precisou de se vitimizar para o eleitorado castigar quem tinha deitado abaixo o Governo, o PS e o PRD. Já começo a ver alguns sinais de procura de vitimização, que nem são novos, porque já vêm da legislatura anterior.

Acha que José Sócrates aprendeu bem a lição de Cavaco Silva?
Não aprendeu - penso que tem tudo menos de parvo - e sabe perfeitamente que o eleitorado não gosta que se dispute o poder de forma violenta ou ilegítima a quem o recebeu democraticamente. Para o interesse nacional, era útil que fizesse o seu trabalho e tivesse em linha de conta que é um Governo minoritário. Não afino pelo diapasão dos que dizem que, pelo facto de ter apresentado o mesmo programa, está a ser arrogante. É normal que o tenha feito, reconhecendo que depois não vai poder aplicá-lo porque durante o Orçamento vai ter condicionantes graves. Se não governar arrogantemente e tiver em conta, com a habilidade e a ajuda de Jorge Lacão no Parlamento numa postura diferente do que teve o antecessor, admito que possa governar quatro anos.

As relações entre Cavaco Silva e José Sócrates não favorecem o ambiente político?
Até agora apareceu uma ou outra crispação, que é normal entre duas pessoas que têm responsabilidades de natureza diferente, legitimidades diversas e pensamentos políticos não coincidentes. Mas, no essencial, o bom ambiente criado ultrapassou as minhas expectativas nas relações entre os dois. O primeiro-ministro e os membros do Governo, que nem sempre são muito simpáticos publicamente, têm tido com o Presidente da República uma atitude extremamente construtiva. O próprio Presidente da República, como se viu no discurso de posse, tem uma atitude construtiva. Ou seja, as relações serão melhores do que se está a imaginar.

Houve um "melhor comportamento" por parte de Cavaco Silva ou de Sócrates?
Dos dois. Reconheço que Sócrates teve sempre uma atitude respeitadora quando surgiu uma pequena fricção e há total reciprocidade da parte do Presidente da República.

O episódio das escutas esticou ao máximo a corda da relação entre ambos?
É um episódio que poderia indiciar junto da opinião pública comportamentos menos correctos por parte do Governo. Não foi essa a intenção do Presidente da República, foi um episódio infeliz e que poderia ter sido evitado.

Infeliz da parte de Cavaco ou de Sócrates?
Da parte da Presidência da República, que o levantou. Mas mesmo esse, que foi um incidente com alguma gravidade, foi superado de forma diplomática pelos dois. Cumpriram o seu papel como homens de Estado.

Os esclarecimentos de Cavaco Silva, embora tardios, resolveram a questão?
Acho que sim porque deixámos de falar no assunto. Se me pergunta se percebi alguma coisa daquilo, não percebi nada. Mas também não quero perceber e tenho mais para me entreter.

Na altura disse que não era um "disparate de Verão". Foi muito assertivo na questão.
Fui e mantenho. Não posso partir do pressuposto de que o Presidente da República levanta um problema sem fundamento. Há, no entanto, questões de Estado que devem ser tratadas com muito discrição e não na praça pública.

Discrição mesmo depois do e-mail que foi revelado sobre um assessor do Presidente a encomendar uma notícia?
Claro que não há discrição a partir do momento em que é revelado. Acho que a opinião pública tem o direito de saber e de perceber, porque o cidadão comum não gosta de ficar mal esclarecido sobre uma questão que teve foros de grande relevância, e, por isso, o Presidente fez uma declaração solene. Não sei se o assunto está arrumado, nem quero saber. Quanto às escutas ilegais, não me passa pela cabeça que possa haver em lugar algum.

É membro do Conselho de Estado. Para a instituição foi uma grande preocupação?
O Conselho de Estado só se pronuncia quando é perguntado pelo Presidente da República. Não foi, portanto, enquanto membro, não tenho opinião sobre a matéria.

Como conselheiro do Estado viveu uma situação complicada enquanto Dias Loureiro não se demitiu. Serviu de exemplo para tantos casos que estão a acontecer?
Não sei se serviu de exemplo. Perante essas situações concretas, não resta outra solução senão a atitude que tomaram já alguns dos que estão visados em processos. Não se trata de exemplo, mas de ser para a opinião pública inexplicável que uma pessoa envolvida de forma grave, sem prejuízo da presunção da inocência, não suspenda as funções.

Não são demasiados casos de corrupção?
É espantoso o que parece ser uma ambição desmedida e um comportamento à revelia das mais elementares regras da ética que verificamos num número não despiciendo de responsáveis empresariais, e não só. Entristece-me como cidadão e é importante que a justiça faça o seu trabalho com celeridade. E aí, tenho algumas dúvidas de que o consiga fazer com os meios que tem.

Meios ou por causa de outras razões?
A justiça portuguesa não é influenciável, minimamente. Além dos meios, há a legislação e um garantismo, porventura excessivo, de liberdades individuais.

Quando o caso Freeport esteve mais aceso, criticou o PSD por não pegar nessa bandeira.
Houve uma fase em que, manifestamente, o PSD não se pronunciava sobre a situação e era suficientemente grave para ter uma opinião. Por razões que ignoro, houve um silêncio que me desagradou porque permitiu que dissessem "aqui há gato, se o PSD está calado".

Quando semanas depois o PSD só falava de asfixia democrática.
Não confundamos! A asfixia democrática resulta de um conjunto de exemplos que vivemos em todo o País, de altos funcionários da máquina administrativa do Estado que tinham comportamentos persecutórios inaceitáveis. De resto, o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, bem o denunciou em várias circunstâncias.

Mesmo quando Mário Soares diz que Sócrates foi uma das pessoas mais perseguidas desde o 25 de Abril...
Não vou analisar os comentários de Mário Soares, que me merece o maior respeito pessoal e político. Evidentemente que se estava a referir ao facto de Sócrates ter sido envolvido no processo Freeport, que criou suspeições na opinião pública.

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MensagemAssunto: Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já   Novo PSD? Icon_minitimeDom Nov 22, 2009 11:39 am

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Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já

por EVA CABRAL
Hoje

Novo PSD? Ng1220798

Depois de Santana Lopes ter considerado que o agravamento da situação do País aconselha a que as directas para a liderança sejam realizadas mais cedo, as duas maiores distritais, de Lisboa e Porto, reforçam a ideia de que a "instabilidade" e "deterioração" que se sente no partido tem de ter um ponto final. O PSD profundo exige o reforço da oposição ao PS de Sócrates.

As duas maiores distritais do PSD, Lisboa e Porto, pedem a realização urgente de eleições para a liderança do partido. O líder da distrital de Lisboa, Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".

Carlos Carreiras frisa que nos últimos dias se tem verificado um crescendo " de perda de bom senso e de falta de rumo político que já se sente nas relações entre a entende entre a direcção da bancada e a liderança de Ferreira Leite".

O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".

Com eleições marcadas para 3 de Dezembro, Carlos Carreiras - que se recandidata a um novo mandato na distrital de Lisboa - refere ao DN que amanhã irá ter uma reunião com o secretário-geral, Luís Marques Guedes por causa do processo eleitoral.

O líder do PSD/Porto Marco António Costa pediu ontem a "marcação imediata de eleições directas", frisando que "a comissão política nacional do PSD está moribunda e deixou de existir".

Recentemente eleito para um novo mandato, Marco António reforçou o seu apelo para que o presidente da mesa do congresso "faça uma avaliação desses factos e que tome em consideração a necessidade de ser convocado um Conselho Nacional para a marcação imediata de directas no partido".

Para o líder da distrital do Porto, "a CPN é uma inexistência política e a prova disso mesmo é o facto da maioria dos seus membros faltarem às reuniões ", frisou.

Marco António adiantou que o "PSD vive um ambiente de completa instabilidade interna e é ridículo ver figuras cimeiras do partido atacarem a direcção do grupo parlamentar". Para o líder da distrital do Porto verifica-se que " desde o conselho nacional até hoje aquilo que tinha sido uma decisão para garantir a estabilidade e tranquilidade interna para podermos debater o Programa do Governo e o Orçamento do Estado afinal não aconteceu".

Na linha da defesa urgente de directas está Nogueira Leite, um apoiante de Pedro Passos Coelho que assume uma visão muito negra da actual situação do país ao dizer ao DN que "desde o PREC não se via em Portugal uma tal situação de descontrolo e de desgoverno". Face a esta situação de crise grave, o "PSD não pode ter uma direcção que os portugueses demitiram nas ultimas eleições ". Para Nogueira Leite, "o país precisa do PSD e o partido de uma direcção que se preocupe com o futuro". A actual "está moribunda" e "não se pode estar a perder tempo na esperança de que Cristo desça à terra", diz, numa alusão a uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa (ver caixa).

O crescendo de vozes a pedir o acelerar do dossier das directas está a fervilhar um pouco por todo lado.

Marcelo Nuno, da concelhia do PSD de Coimbra, adiantou ao DN que "não se pode continuar à espera que o PS tropece e caia". Ou seja, " o PSD tem de voltar a ter uma direcção e um rumo por forma a que os portugueses possam voltar a olhar para o partido como uma alternativa".

Para que isso possa acontecer " o PSD tem de clarificar-se já" pois quando mais depressa " se encontrar uma nova liderança mais depressa se pode começar a trabalhar na defesa dos interesses do pais".

Carlos Marta, presidente da câmara de Tondela, é igualmente claro: "tudo o que puder ser feito para antecipar os calendários das directas é positivo". Realça que face ao agravar da situação do país "não ha qualquer vantagem em se prolongar esta indefinição".

Recorde-se que foi o ex-líder do PSD, Pedro Santana Lopes que na edição do semanário Sol defendeu a antecipação das directas no PSD "face ao agravamento da situação no pais". Para Santana Lopes "seja qual for a data de apresentação do Orçamento, impõe-se, face ao agravamento da situação do país, que seja clarificado o mais depressa possível o poder no PSD".

Em seu entender, Ferreira Leite "pode e deve representar o partido no debate do OE "mas nada impede que o PSD marque, inicie e desenvolva o processo de escolha de nova liderança".

In DN

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MensagemAssunto: Ferreira Leite: há menos liberdade e justiça no país   Novo PSD? Icon_minitimeTer Nov 24, 2009 4:23 pm

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Ferreira Leite: há menos liberdade e justiça no país

por Lusa
Hoje

Novo PSD? Ng1221601

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, sustentou hoje que a sociedade portuguesa vive "um constante diluir dos contornos democráticos", em que cada dia há "um pouco menos de liberdade" e "um pouco menos de justiça".

No discurso de encerramento das jornadas parlamentares do PSD, num hotel de Espinho, Manuela Ferreira Leite defendeu que o progresso económico do país depende do "reforço do papel da sociedade civil" e da melhoria da "qualidade da democracia".

"De nada serve o anúncio de grandes medidas ou o modelo que se queira seguir de casos de sucesso se os fundamentos da democracia estão corroídos, se as pessoas não confiam nos seus dirigentes, se a concorrência for ignorada, se a honestidade não for garantia de todos os negócios em que intervenha o Estado", disse.

De acordo com a deputada e presidente do PSD, impõe-se recuperar a confiança dos portugueses nas instituições: "O descrédito e a desconfiança dos cidadãos tornam urgente que se alargue o sentido da democracia, transformando-a numa responsabilidade permanente perante as populações e não apenas numa episódica consulta nas datas eleitorais"

"Não podemos assistir a este constante diluir dos contornos democráticos, não podemos aceitar que cada dia se tenha um pouco menos: um pouco menos de liberdade, um pouco menos de confiança, um pouco menos de imparcialidade, um pouco menos de justiça. Não podemos aceitar esta degradação sistemática da nossa vida colectiva", declarou.

Quanto à justiça, Ferreira Leite perguntou "de que serve afirmar que o sistema de justiça é um dos pilares da democracia se, na prática, todos contribuem, pela sua actuação, para o clima de desconfiança instalado".

Quanto à política económica, a presidente do PSD questionou "de que servem investimentos públicos que, na prática, beneficiam grandes grupos económicos e não os portugueses em geral" e "um sector empresarial público, se na prática, as empresas são utilizadas como instrumentos de políticas do Governo que não nada têm a ver com o objectivo dessas empresas".

A ex-ministra das Finanças disse ainda que "não é protegendo os amigos e perseguindo os inimigos políticos que se fomenta a iniciativa e se cria na sociedade portuguesa um sentido de participação responsável e de energia criadora" e que cabe ao poder político mobilizar a "força colectiva, mas anónima" da sociedade civil.

"Foi neste sentido que o PSD colocou no centro do seu programa de acção a orientação para o reforço do papel da sociedade civil, quer criando espaço através da redução do papel do Estado, quer abrindo oportunidades e apoios para essa intervenção", concluiu, prometendo uma acção política "com coragem, sem complexos nem qualquer espécie de hesitações" por parte do seu partido no Parlamento.

IEL.

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MensagemAssunto: Já poucos acreditam no regresso de Marcelo   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Nov 30, 2009 12:47 pm

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Já poucos acreditam no regresso de Marcelo

por PAULA SÁ
Hoje

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Directas. À terceira recusa explícita, poucos dirigentes do PSD - sobretudo os menos interessados numa liderança de Passos Coelho - acreditam que Cristo volte a descer à Terra. E não têm um plano B para atacar a liderança

No PSD há já muitos que acreditam que, desta vez, Cristo não desce mesmo à Terra, e sem ele Marcelo Rebelo de Sousa dificilmente avança para as próximas directas no PSD. "Se a legislatura chegar ao fim, o que é um incógnita, acontecerão outras directas antes das próximas legislativas e após as presidenciais", lembrou ao DN um dirigente social-democrata.

Um raciocíonio destinado a demonstrar a possibilidade do professor querer esperar por uma 'hora' mais conveniente e mais próxima da disputa do poder com o PS para se lançar numa corrida à liderança do partido.

Com a muito provável saída de cena de Marcelo - que ainda há uma semana rejeitou na RTP1, e pela terceira vez, a possibilidade de se candidatar à presidência do PSD - começa a ganhar algum peso a ideia de que "Pedro Passos Coelho pode acabar por ir às directas sozinho", como vaticina um deputado social-democrata.

"É preciso testá-lo. Se se sair bem em dois anos de mandato, que vão ser muito intensos e difíceis para quem for líder da oposição, será mais dificil destroná-lo em 2013. Mas se for um presidente fraco, outras figuras, como Rui Rio ou até Marcelo, poderão disputar com ele, nessa altura, a direcção do partido", refere a mesma fonte. Tudo no suposto que o governo minoritário de José Sócrates também sobrevive quatro anos às investidas da oposição.

Esta possibilidade de Passos Coelho ir a solo às directas de 2010 não encontra eco junto de um dos vice-presidentes do PSD que, sem se querer identificar, frisa que "não é essa a tradição no PSD". Na sua opinião, "aparecerá sempre alguém deste lado [leia-se do lado de Manuela Ferreira Leite ou dos barrosistas] a candidatar-se". Agora quando se pergunta "quem?", a resposta é menos decidida: "Vamos ver..."

Fontes parlamentares afirmam ao DN que José Pedro Aguiar-Branco, visto como potencial candidato à liderança, pode nem se vir a posicionar nesse sentido. Garantem mesmo que "começou a estabelecer pontes" com Pedro Passos Coelho, tanto mais que o seu braço-direito no Parlamento, Agostinho Branquinho, foi mandatário de Passos no Porto nas directas de 2008. E para a própria direcção da bancada escolheu para vices dois nomes que lhe são próximos, nada mais que Pedro Duarte e Miguel Frasquilho.

Nas duas últimas semanas as distritais do PSD deram nota de que estavam muito inquietas. Grande parte delas, incluindo a de Lisboa e Porto, reivindicaram eleições internas com urgência. Pedro Santana Lopes defendeu o acelerar do processo. Alegavam que a situação do País, na qual se incluía uma potencial crise política aberta pelo caso das escutas ao primeiro-ministro, e as divisões no seio do grupo parlamentar do partido, justificavam o apelo.

"Podem espernear o que quiserem, que o partido deve cumprir o que foi consensualizado no último Conselho Nacional, ou seja que será marcado um Conselho Nacional após o debate do Orçamento de Estado", diz um membro da direcção do PSD, para o qual "nada justifica uma mudança de posição do partido". A mesma fonte frisa que se "quando o PSD tiver cumprido o seu papel no debate do Orçamento, que se pode estender à discussão na especialidade, está esgotada a sua missão e as directas serão marcadas".

O que significa que Manuela Ferreira Leite poderia até marcar o Conselho Nacional, a quem cabe agendar as eleições internas, durante o debate do OE, mas as directas apenas deverão ocorrer em Março como já estava previsto e não em finais de Janeiro como pretendem as distritais. Uns meses de folga para que apareça o candidato alternativo a Passos Coelho.

De resto, ontem o presidente do Concelho Nacional, Rui Machete, secundou a tese da direcção: não há directas antecipadas.

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MensagemAssunto: Ex-líderes exigem à direcção do PSD "responsabilidade"   Novo PSD? Icon_minitimeTer Dez 01, 2009 5:16 pm

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Ex-líderes exigem à direcção do PSD "responsabilidade"

por RUI PEDRO ANTUNES,
com D.D.Hoje

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Santana, Marcelo, Menezes e Rui Machete alertam que não se pode chumbar diplomas só porque estes são do PS. Pedem "responsabilidade" à bancada e liderança do partido

Dias depois das primeiras coligações negativas na Assembleia e à beira da discussão do Orçamento do Estado, quatro ex-presidentes laranjas deixam o aviso: o PSD tem de actuar de forma responsável na Assembleia da República. Ou seja, primeiro o interesse do País, depois o partido. Luís Filipe Menezes e Rui Machete juntaram-se ontem, em declarações ao DN, aos "avisos" já feitos por Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes.

O ex-líder e actual presidente da mesa do congresso do PSD, Rui Machete, disse ao DN que "a posição do PSD, que é o maior partido da oposição, tem de ser responsável e focada nos interesses do País". O social-democrata considera ainda que será "inadmissível" votar um assunto como o orçamento "por motivos de táctica política menor".

Rui Machete lembra ainda que "o orçamento é uma questão importante e o País vive um momento particularmente grave, por isso o PSD tem de votar em função do que é melhor para o País". Ou seja: "Não deve votar contra apenas com o objectivo de prejudicar o Governo."

Quem também apela a uma maior racionalidade nas decisões parlamentares é Luís Filipe Menezes. O autarca de Gaia diz que se deve exigir "uma estratégia" ao partido. "Não se podem tomar decisões casuísticas, impulsivas, para dar uma luz ao fundo do túnel a um líder ou para dar protagonismo a alguém", alerta.

"O que o PSD precisa é de saber como se posiciona neste quadro político. E não pode ser tacticista: vai aprovar um OE só porque tem medo de eleições?", questiona o ex-líder social-democrata.

Mais uma vez, Menezes não poupou críticas à liderança do partido: "As pessoas da actual direcção estão a condenar o partido a um desconto de tempo durante toda uma sessão legislativa - se calhar a única desta legislatura."

Apesar de defender que "o PSD não deve preocupar-se em fazer coligações negativas", Rui Machete afirma que o partido "também não deve evitar fazê-las quando for necessário".

Já no domingo, no seu programa na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa criticou a deriva da bancada parlamentar, considerando que esta abriu um "precedente grave" ao aprovar o fim do Pagamento Especial por Conta na Assembleia da República. O professor considera que o PSD , enquanto "partido de Governo", não devia ter enveredado neste tipo de reprovações "para não converter isto em sistema".

O mesmo aviso já havia sido feito por outro ex-presidente do partido, Pedro Santana Lopes, que alertou que é "muito complicado" manter uma rotina de coligações negativas. "Quer se goste quer não das decisões do Governo, é quase impossível esta situação de o Parlamento ir revogando diplomas da responsabilidade do PS", alertou o social-democrata no seu blogue.

Desta forma, Santana Lopes defende que "uma coligação de contrários só para revogar também não se pode tornar um hábito". Isto, sob pena de "entrarmos na ingovernabilidade".

O vereador da Câmara de Lisboa faz ainda um reparo às diferentes sensibilidades de cada tema: "É preciso distinguir as matérias: revogar um diploma sobre uma concessão de um terminal de contentores não tem o significado nem o alcance de revogar medidas de política fiscal que um governo considere essenciais." Quatro ex-presidentes deixam, assim, uma palavra ao partido: "Responsabilidade."

In DN

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MensagemAssunto: Balsemão alerta para "suicídio lento" do PSD   Novo PSD? Icon_minitimeQui Dez 03, 2009 5:59 pm

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Balsemão alerta para "suicídio lento" do PSD

por PAULA SÁ
Hoje

Novo PSD? Ng1225379

Num debate promovido pelo Instituto Sá Carneiro, o fundador do partido disse que o País não pode ficar "agarrado à paralisia e ao pântano"

Francisco Pinto Balsemão alertou ontem para o risco de o PSD caminhar para um "lento suicídio", caso não encontre a sua matriz ideológica e as causa e projectos para o futuro de Portugal. "É para isso que aqui estamos. Para inverter o pessimismo, para acabar com a resignação com a lamúria e com a desgraça que só ajudam os coveiros, que por aí proliferam, e também temos dentro do nosso partido", afirmou o fundador do PSD no primeiro debate de um ciclo organizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, num hotel de Lisboa.

Na sua opinião, "mais do mesmo, mesmo que melhor executado, não nos leva a parte alguma senão a ficarmos agarrados à paralisia e ao pântano onde nos encontramos".

Balsemão lembrou o que o partido deverá ser: tolerante, reformista, interclassista, com forte convicção social, que aposta na sociedade civil, mas que não renuncia a atribuir ao Estado funções indelegáveis como a Defesa Nacional, a Justiça e os Impostos.

E o presidente do grupo Impresa até traçou ali naquele espaço de reflexão sobre os "novos desafios" para Portugal, organizado por Alexandre Relvas, um espécie de mini programa para o seu partido, que vai escolher um novo líder já no próximo ano.

Balsemão chamou ao PSD a "causa" do Ambiente. Lembrou a propósito o início da Conferência de Copenhaga, que se realiza dentro de dias, sobre esta matéria e exortou o seu partido a não ter medo de "desagradar a interesses instalados".

Nas relações de trabalho, Balsemão defendeu o conceito de flexisegurança, mas também o direito de trabalhadores terem uma palavra activa sobre decisões fundamentais nas empresas com dimensão, a que chamou de "co-gestão".

Em paralelo com as responsabilidade que devem ser delegadas na sociedade civil , nomeadamente nas instituições de solidariedade social, o militante número um do PSD frisou que o Estado "tem obrigação de cumprir os contratos que assina". Pagando a tempo e horas, disse, como aguardando os vistos do Tribunal de Contas, mas também fiscalizando quem celebra contratos com o Estado. "A falta de controlo pelo Estado, a impunidade dos incumpridores, a a tardia aplicação das sanções, quando existem, são factores graves de degradação do Estado de Direito e de descredibilização da Democracia".

O antigo primeiro-ministro bateu-se ainda pela avaliação a todos os níveis e em todos os sectores de actividade incluindo autarquias e o sistema judicial. E por rankings anuais para as actividades mais relevantes, entre escolas, universidades, hospitais e esquadras.

As grandes reformas da Justiça. da Educação, da Saúde e da Administração Pública só será possível, segundo Francisco Pinto Balsemão, "se assentarem em pactos de regime".

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MensagemAssunto: PSD dividido sobre congresso 'extra'   Novo PSD? Icon_minitimeSex Dez 18, 2009 9:55 pm

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PSD dividido sobre congresso 'extra'

por PAULA SÁ
Hoje

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As movimentações no PSD para antecipar a escolha de um novo líder acentuam-se. Santana quer a realização de um congresso extraordinário. Marco António aceita, se for para antecipar as directas. Mas há vozes contra.

A realização de um congresso extraordinário no PSD para debater a situação do partido antes da convocação das eleições directas, como é defendido pelo antigo líder Santana Lopes, divide as distritais do PSD. Mas Marco António Costa, o líder da maior daquelas estruturas, a do Porto, apoia "qualquer marcação de congresso que sirva para criar as condições para que as directas no partido se realizem com urgência" . O PSD, afirma, está a "apodrecer publicamente".

Marco António Costa admite a necessidade de uma "reflexão profunda sobre o regime político do País e sobre a proposta alternativa que o PSD terá de apresentar ao portugueses. Contudo, rejeita liminarmente a possibilidade de, a ser convocado um congresso extraordinário, serem discutidos os estatutos do partido no sentido de se abandonarem as directas e se retomarem os congressos electivos. "O que é importante é a marcação das directas. Em Janeiro, quando o partido acordar para a situação a que chegámos, e as sondagens mostrarem uma permanente degradação da nossa situação em termos eleitorais, vai ter um sobressalto." Janeiro, sublinha, "é o mês das decisões definitivas no PSD". Mesmo que sejam convocadas eleições na altura da apresentação do Orçamento para 2010, Marco António lembra que só se realizarão em Março. "Deixar arrastar as coisas até Maio é prolongar a agonia política que o partido está a passar."

Mendes Bota, da distrital de Faro do PSD, mostra-se contra a realização de um congresso extraordinário. "O ganho é pouco, porque apenas se anteciparia num mês a realização das eleições internas", sublinha o deputado. E considera que seria "sujeitar o PSD a um maior desgaste junto da opinião pública".

Outra voz contra a reunião magna do partido é de Virgílio Costa. "Quanto mais mexemos na vida interna do partido mais o fragilizamos" , assegura o líder da distrital de Braga, que pede a mobilização dos dirigentes para um debate profundo, mas apenas nas várias estruturas do partido.

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MensagemAssunto: "Liderança do PSD está fora de questão"   Novo PSD? Icon_minitimeDom Dez 20, 2009 5:27 pm

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"Liderança do PSD está fora de questão"

por Paula Sá e Nuno Saraiva
Hoje

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O antigo líder quer que a "federação das pessoas que se detestam" se enfrente olhos nos olhos. Como nos bons velhos tempos do PSD. Santana Lopes diz que os candidatos à liderança devem sair da toca. Até porque acredita que o País se pode tornar ingovernável. E o partido tem de estar a postos.

Em 2005 despediu-se da liderança do PSD com um aviso, "vou andar por aí". Esta iniciativa, de propor um congresso extraordinário, não electivo, antes das directas , é o "estou aqui"?

Não, acho que não. Esta iniciativa não tem propósitos individuais, não tem mesmo. Durante estes meses, andei a pensar o que fazer com a minha relação com o PSD. Fiz um esforço enorme, enorme, para me manter ligado à vida de um partido com a qual eu não me identificava, internamente não me identifico de todo.

Como é que se lidera um partido com que não se identifica?

Tem de se mudar, eu não tive tempo para o mudar. Fui líder do partido oito meses... Se tivesse ficado, mudava radicalmente. E é isso que o partido tem de ponderar. A história das quotas e das eleições directas a nível distrital, a nível nacional, as consequências que tudo isto tem, as inerências, as não inerências, as acumulações de cargos, os prolongamentos de mandato, as sucessões de mandato, os financiamentos… Porque a política não está no nível em que está por acaso. Eu acho, aliás, que o PSD está um bocado como está o País.

Em crise?

Está descrente, está mal, está disfuncional, está com um estado de espírito negativo, está triste, céptico, muito céptico em relação ao seu futuro. Para não lhe dizer que alguns estão convencidos que não têm mesmo um futuro. O PSD atingiu a fase aguda, a fase crítica de uma patologia muito complicada e que tem a ver com o facto do PSD padecer de um problema talvez de "confusionismo" ideológico desde a sua nascença. O estado do PSD corresponde um pouco ao estado de Portugal, eu acho que o País também começou a cair com a saída de António Guterres.

O PSD mantém-se em queda?

Está com a liderança indefinida, tem um governo quase em gestão, que o é o da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Tem uma série de outros grupos políticos, que ainda não derrubaram a actual liderança mas preparam-se para o momento em que caia… A questão é que se o PSD quer mudar o País deve começar por se mudar a si próprio. Actualmente é uma federação de grupos que se detestam.

Mas isso não é de hoje.

Não, não. Antes isto era secundarizado ou pelo poder ou pelas causas do PSD. O PSD, de alguma maneira, perdeu causas quando o País se democratizou plenamente. O PSD é um partido cuja ideologia principal é a liberdade. Hoje, nas causas em que os outros partidos têm posições muito firmes, o PSD dá liberdade de voto. Nas causas fracturantes, o CDS é contra, o PS é a favor, e o PSD? Dá liberdade de voto! Não é mau dar liberdade de voto, o problema é que o PSD cada vez mais dá liberdade de voto em mais matérias. Porquê? Porque o PSD cada vez menos tem posições definidas.

Um PSD sem identidade?

Escrevi há 20 anos numa colectânea de ciência política um artigo que era "PPD-PSD: a dependência do carisma". Porque, de facto, sempre foi o carisma das lideranças que uniu o PSD. Mesmo quando não está no poder, o PS une-se. E o PSD mesmo quando às vezes está no poder alguns grupos continuam em guerra interna.

Mas essa não é uma marca do PSD do pós-cavaquismo?

Sem dúvida. Então temos de clarificar isso. Não há nada pior do que continuar na ilusão, e neste congresso tem de ser dito tudo! Mesmo aquilo que normalmente é heresia. E colocarmo-nos todos em causa!

E apontar o dedo aos culpados?

Sim também.

E quem são?

Será no congresso, cara a cara.

E vai utilizar o seu carisma para os obrigar a olhar para o espelho, é isso?

Não vou utilizar carisma nenhum!

Mas tem, sabe que tem dentro do partido?

Acho que tenho alguma autoridade no partido, isso tenho. Mas é por isso que eu fiz esta opção. Eu fui candidato à liderança há um ano e meio. E há um ano e meio disse, se me quiserem eleger, há quem goste, há quem não goste, eu estou aqui. Não quiseram, elegeram a dr.ª Manuela Ferreira Leite, muito bem. Fiquei com a minha consciência tranquila, fiz o que entendi que tinha obrigação de fazer. Como tinha sido eu a disputar eleições com o engenheiro Sócrates em 2005 disse: se quiserem que seja eu a disputar estas, eu estou disponível. E acho que tinha alguma autoridade para o fazer. Compreendo perfeitamente que não tenham querido, houve um terço quase que quis, mas a maioria não quis. Está entregue! Agora não, agora o meu caminho foi outro. Não é colocar-me no papel de figura veneranda ou de senador. Confesso, nos últimos meses ando a hesitar entre fico ou saio do partido.

Ciclicamente, nos últimos anos, tem acenado com essa possibilidade.

É porque vejo normalmente, e continuo a ver, o PSD muito situacionista, o PSD muito ortodoxo, o PSD muito co-responsável em determinado tipo de políticas, até financeiras e orçamentais. Vejo o PSD muito pouco imaginativo. Mas tem de se preparar para romper a tempo, e preparar uma nova modulação do sistema do Governo, do sistema eleitoral, do próprio funcionamento das finanças públicas, da orçamentação de toda a despesa pública, do combate contra a desertificação do território. Há muitas causas!

Mas alguma vez vai ter mesmo coragem para romper com o PSD?

Talvez não... Mas eu acho que estas matérias não se podem decidir só com o sentimento. Porque a política serve para fazermos, de facto, sem pretensiosismo, o que achamos que é mais adequado para o País. Lembro-me sempre do que o meu professor de Religião e Moral, me dizia: "Se deixarmos o mundo um dia um bocadinho melhor do que o encontrámos, um bocadinho só, já não é mau."

Mas o seu limite, qual é? O partido manter-se preso às guerras de facções?

Pode ser. Se o PSD continuar assim, para mim não serve e termina. Eu não pertenço a um partido como a clube de futebol, não é a mesma coisa! De um clube de futebol, somos a vida toda, num partido, estamos por causas. Andamos todos nestas guerras de alecrim e manjerona. O PSD é uma federação de boxe, de pugilato. Cada líder que está em funções sabe que isto tem de ter regras, tem um período que é a campanha e não podem andar outras pessoas a dizer coisas diferentes do que as da liderança, ou têm de ser expulsos! Não pode haver desentendimentos, senão não é um partido, isto é um casino, como dizem os italianos, cada um faz o que quer, e acabou. Tem de ter regras, é uma instituição, é uma entidade a sério.

Está a falar de quem? De Pedro Passos Coelho?

Não, palavra de honra! Eu até me estava a lembrar do tempo em que exercia as funções de liderança, nem estava a pensar nesta agora. Não se podem pôr bombas no caminho de quem está a liderar.

E já não colocou as suas "bombas"?

Já, com certeza, fiz isso quando era jovem! Neste congresso estamos todos em causa e tem de estar tudo em causa! Eu, com certeza… mas o que acho que tem de estar em cima da mesa, eu vou dizer no congresso quais são, em minha opinião, as causas principais do insucesso do PSD desde há cerca de dez anos e o que é que o PSD precisa de fazer para ter sucesso. Nós vamos ter anos dificílimos no País. Anos de corte no Estado-Providência, nos direitos das pessoas, anos de limitação das possibilidades de intervenção do Estado. O Estado tem de ser forte! O Estado, numa democracia, nunca é forte se os partidos são fracos, e os nossos partidos são cada vez mais fracos.

A democracia está fraca?

Com certeza! Temos eleições presidenciais para o ano. Eu quase diria que as presidenciais podem ser providenciais se os candidatos à presidência assumirem a realidade das coisas, há aqui um problema de ligação à realidade. Nós continuámos a fazer discursos como se o País fosse outro diferente daquele que é. Este funcionamento do sistema de governo para mim está errado, temos de chegar à conclusão: ou o Presidente preside ao Conselho de Ministros, como em França, ou o Presidente deixa de poder dissolver como dissolveu como na altura em que exerci o cargo de primeiro-ministro.

Matéria para pensar na revisão constitucional?

Com certeza!

Concorda com a postura da oposição no Parlamento?

O País não aguenta é dois orçamentos, duas maneiras de pensar e conceber a governação ao mais alto nível do Estado. Nisso estou de acordo com o primeiro-ministro, a Assembleia não pode estar a aprovar normas sem ter a proposta do Governo. Agora, também acho, como disse antes de ser vítima disso, não podemos ter os presidentes a ser oposições ao Governo e o Governo a ser oposições ao Presidente. É uma loucura! O que acontece neste país não acontece em mais país nenhum do mundo!

É isso que está a acontecer no momento?

Penso que sim.

E se o OE para 2010 for "chumbado", e estalar uma crise política, acha que a dr.ª Manuela Ferreira Leite tem condições para ir novamente a eleições?

Não tenho jeito para realizador de cinema, portanto, não vou elaborar cenários.

Mas pode acontecer!

Se eu pedi a convocatória do congresso... É para falarmos de tudo isso!

Mas esperar pelo Orçamento para eleger nova liderança é mau para o PSD?

Sim, eu escrevi "acho que não podemos esperar mais por esse calendário extraordinário no estado em que está o País". Até disse que a dr.ª Manuela Ferreira Leite devia representar sempre o PSD no debate do Orçamento do Estado, mas a escolha da liderança é outra coisa. É muito melhor tratarmos do assunto, nomeadamente já com a preparação de um congresso, do que irmos ter directas primeiro, em que anda cada candidato pelo País a correr sozinho e nunca se encontram. E se for a congresso à antiga, e não estes congressos como tem havido agora depois das directas, há muita verdade que vai lá ser dita, não tenho dúvida nenhuma. E ai de quem não for!

Congresso para fazer sair da toca os candidatos?

Claro! Quem quiser ser candidato à liderança tem obrigação de dizer até ao congresso extraordinário, no máximo lá, que é candidato à liderança, é evidente. Esse congresso deve ser no primeiro fim-de-semana de Março, calculo, 5, 6 e 7 de Março, no último fim-de-semana de Fevereiro é apertado, pode ser mas é apertado…

Mas aí estamos a ir ao encontro do tal calendário da direcção do PSD…

Mas logo a seguir convocamos as directas. O próprio congresso convoca as directas. E garanto-lhe que, do congresso, já se vai saber e perceber para onde é que vai o PSD.

No artigo que escreveu no semanário Sol, uma das coisas que diz é que só se deve candidatar à liderança "quem for o rosto de uma nova esperança". O Pedro foi um dos rostos da Nova Esperança, isto quer dizer que admite a possibilidade de voltar a ser candidato à liderança do PSD?

Não! Esta iniciativa só é válida, só tem valor, depois de eu ter excluído completamente essa hipótese.

Está mesmo fora de questão?

Está fora de questão ser candidato à liderança do PSD.

Nem que Cristo desça à Terra?

(risos) Sim, sim. Nem sei dizer isso.

E se disser como o professor Marcelo...

Isso dá-me um grande à-vontade, porque eu hesitei muito se devia fazer isto ou não, hesitei. Eu estou farto também de ser mal interpretado. Agora, eu tinha duas alternativas, ou batia com a porta e dizia "não quero mais", ou então fazia aquilo que acho que é meu dever fazer, não batendo com a porta. Agora, estar cá dentro e estar a olhar para este jogo de recado para cá, recado para lá… o dr. Passos Coelho disse "eu vou", e deve ser saudado por isso, porque essa é uma atitude que é própria da história do PSD, de quem quer ser líder! Agora, quem mais queira ser, que se assuma. Pode-se compreender que não tenha assumido até agora, seja quem for, agora, eu não acredito que o PSD se resolva se houver só um candidato à liderança. Não há só uma maneira de pensar no partido, se for só um, é falso. Marcelo Rebelo de Sousa quer uma solução de unidade... Acho que não faz sentido.

Não é isso que o PSD precisa?

Não, porque é falso! Como se for o Passos Coelho sozinho também acho que é uma solução falsa. Não é que ele o tenha exigido, mas se mais ninguém fosse. Vamos lá fazer um congressozinho de verdade, de responsabilidade, Andamos a defender a verdade para o País, vamos lá praticá-la cá dentro e chamar as coisas pelos nomes que elas têm.

E quem pode avançar?

Não vou falar agora disso. A minha posição agora, que é óptima, devo dizer, é uma situação inédita para mim, é espoletar, é abrir a porta para outros, é dar o pontapé de saída, dizer "vamos a isto que o jogo está empatado".

Ferreira Leite não vai subscrever a sua iniciativa, mas concorda com ela.

Sim, e foi uma boa surpresa para mim. Hoje já me chegou que havia pessoas que diziam que eu estava combinado com a dr.ª Ferreira Leite, por amor de Deus! Não falei com ninguém, falei com dois filhos meus, mas durante estes meses, mais ninguém! Escrevi o artigo quarta à noite e ontem falei para a dr.ª Manuela Ferreira Leite a avisá-la, porque não queria que ela soubesse pelos jornais. Também não falei para o dr. Passos Coelho nem para o dr. Marcelo, nem para ninguém.

Nas eleições directas de 2008, considerava que Pedro Passos Coelho não tinha estatuto para ser candidato a primeiro-ministro.

Pois, exactamente.

Continua a pensar o mesmo?

Isso vou dizer no congresso.

Nas legislativas de 2005 obteve 28,7% dos votos. Toda a gente, nessa mesma noite, exigiu a sua demissão. A dr.ª Manuela Ferreira Leite obteve 29,11% dos votos. Acha que ela devia ter-se demitido logo naquela noite?

Eu vou falar disso no congresso, será um dos temas principais da minha intervenção. Anda muita gente com muita coisa atravessada na garganta. No congresso que elegeu a dr.ª Manuela Ferreira Leite, eu virei-me para a equipa dirigente e disse: "Aqui estão os senhores com o poder todo nas mãos para ganharem as eleições", depois de terem considerado outros menores, como foi o caso de Luís Filipe Menezes." Eram o dream team, os galácticos...

Espera um congresso tipo Figueira da Foz?

Um bocadinho… A pessoa até pode ser o dr. Passos Coelho, eu não descuro ninguém! É nas circunstâncias difíceis que os verdadeiros líderes se afirmam.

As legislativas contribuíram para a sua derrota em Lisboa?

O resultado influenciou um bocadinho. Mas mesmo sem esse resultado teria sido muito difícil ganhar ao dr. António Costa. Ainda assim fizemos um bom resultado.

Voltando ao País e à relação do Presidente da República com José Sócrates, e tendo em conta casos como o Freeport , e o que foi escrito pelo professor Cavaco Silva quando era primeiro-ministro, sobre "Boa e da Má Moeda', considera que, se o primeiro-ministro fosse Santana Lopes, o Governo já tinha caído?

É preciso responder?

Sim.

Também fica para o congresso. Mas não sou capaz de fazer ao engenheiro José Sócrates e ao professor Cavaco Silva aquilo que fizeram comigo. Não sou capaz de dizer que um deles é a má moeda…

Em Maio de 2008, numa entrevista ao semanário Expresso, que a dr.ª Manuela Ferreira Leite castiga, desmoraliza e deprime.

Era linguagem de campanha!

Tendo em conta os resultados que o PSD veio a obter depois, foi quase premonitório.

Linguagem de campanha... dr.ª Manuela Ferreira é uma pessoa decente, o que é muito importante nos tempos de hoje. Comete erros? Comete, com certeza. No relacionamento que tem com as outras pessoas, é justa, é injusta? Seguramente. Comigo, cumpriu sempre a palavra dada, foi correctíssima, e eu não esperava nem mais nem menos da dr.ª Manuela Ferreira Leite. Disse, na campanha, o que tinha a dizer, essa expressão é dura, foi dura, mas eu achava que a dr.ª Manuela Ferreira Leite podia não ter um grande resultado eleitoral.

E teve razão.

De facto, não teve, mas tenho pena de ter tido razão. Agora, honro-me de ter colaborado com ela.

Se um dia sair do PSD, estará no seu horizonte a criação de um novo partido?

Deus me livre, já viu o trabalho que já me deu este?! Não, não…

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MensagemAssunto: Congresso do PSD vai discutir fim das directas   Novo PSD? Icon_minitimeSeg Dez 21, 2009 1:01 pm

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Congresso do PSD vai discutir fim das directas

por PAULA SÁ
Hoje

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No pedido de convocação da reunião magna de Santana Lopes está prevista a discussão e aprovação de propostas de alteração dos estatutos do partido. As assinaturas estão já a ser recolhidas.

Santana abre a porta do congresso ao debate sobre fim das directas

Pedro Santana Lopes quer um congresso extraordinário para debater a situação crítica do País e do PSD, mas não só. No pedido de convocação da reunião magna extraordinária, que terá que ser subscrito por 2500 militantes, já está prevista a "discussão e votação de propostas de alteração de Estatutos". O que abre a porta à discussão sobre o fim das directas na escolha da liderança. Tanto mais que no partido, mesmo alguns dos que foram grandes defensores deste tipo de eleição, gostariam agora de regressar ao velho modelo dos congressos electivos.

É o caso de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, que entende que "a experiência das directas não se mostrou benéfica para o PSD". Lembra, neste sentido, a sucessão de lideranças e a sua curta duração. E defende mesmo que a discussão dos Estatutos deve ocorrer num "congresso que deve ser refundador do partido".

Carlos Pinto - que foi o impulsionador de um encontro entre autarcas do PSD em Novembro e no qual defenderam a necessidade de um congresso extraordinário - disse ao DN que o processo foi desencadeado na semana passada. Admite já ter estabelecido uma ponte com Santana Lopes, para que haja uma conjugação de forças na recolha das assinaturas dos 2500 militantes.

O autarca não ficou surpreendido ao ver a líder do partido apoiar, com entusiasmo, a proposta de Santana de um congresso extraordinário antes das directas. Na sequência da reunião dos autarcas do PSD em Novembro, Carlos Pinto encontrou-se com Ferreira Leite e disse-lhe que devia ponderar a convocação da reunião magna. "Acolheu a ideia com simpatia e ficámos à espera que o fizesse", confessou ao DN Carlos Pinto. Mas não o fez. "Talvez fruto do seu compromisso com os equilíbrios na Comissão Política", comenta o presidente da Câmara da Covilhã. A espera pela iniciativa da líder terminou na semana passada e a recolha de assinaturas arrancou mesmo naquela cidade e em Cantanhede, municípios onde o processo "vai adiantado".

Pedro Santana Lopes também disse ontem ao DN que "têm chovido telefonemas" de várias estruturas concelhias a disponibilizarem-se para a dita recolha de assinaturas necessárias à convocação do congresso extraordinário. O formulário do pedido está disponível na net, já foi distribuído pelo País, e hoje chega à Madeira e Açores.

Três pontos constam deste pedido de convocação do congresso, que se rege pelo lema "analisar o passado, falar do presente, construir o futuro": a análise da evolução política nacional, a discussão e aprovação de propostas de alteração aos Estatutos e a eventual marcação de directas.

A ideia de que as eleições directas, instituídas em 2006 na direcção de Marques Mendes - e caso os Estatutos não venham mesmo a ser revistos no sentido do regresso aos congressos electivos - podem e devem ser marcadas no congresso extraordinário foi defendida por Santana Lopes na entrevista ao DN. O antigo líder social-democrata declarou na mesma entrevista que está "fora de questão ser candidato à liderança do PSD" e defendeu que aqueles que querem ser presidentes do partido devem sair da toca.

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MensagemAssunto: Rebelo de Sousa não quer "ajustes de contas"   Novo PSD? Icon_minitimeSáb Dez 26, 2009 1:07 pm




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