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Gary Krupp
O judeu que defende "o Papa de Hitler"por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Há seis anos que se dedica a reunir materiais que refutem as acusações de que Pio XII é alvo. Para este judeu americano, o Papa Pacelli "foi o maior herói da II Guerra Mundial"Começou por ver em Pio XII uma figura detestável por não ter ajudado os judeus durante a II Guerra Mun-dial. Hoje, é um dos maiores defensores daquele que um livro nos anos 90 classificou como o "Papa de Hitler" (ver texto nestas págs.). Chama-se Gary Krupp, tem 62 anos, e tornou-se com o rabi David G. Dalin uma das mais destacadas figuras da comunidade judaica, a entender que Eugenio Pacelli, futuro Pio XII, trabalhou de forma activa, ainda que discretamente, para salvar muitos judeus perseguidos pelo regime nazi.
O início da relação deste judeu americano "sem nada de especial", como gosta de se definir, com o Vaticano nada teve a ver com Pio XII, mas com um movimento filantrópico. No final dos anos 90, Krupp convenceu empresas de materiais médicos a doarem cerca de nove milhões de euros em equipamentos para um hospital fundado nos anos 50 em Itália pelo célebre padre Pio. O Papa João Paulo II distinguiu--o em 2000 com o grau de cavaleiro da Pontifícia Ordem de São Gregório Magno, raramente concedida a não católicos. Krupp foi o sétimo judeu a recebê-la. Como o próprio contou, sentiu que esta distinção lhe abria caminho para servir de ponte entre judeus e católicos, tendo mediado um diferente entre o Governo israelita e Teófilos III, patriarca ortodoxo grego de Jerusalém, em 2005, e conseguido que o Vaticano emprestasse documentos judaicos raros a Israel.
Krupp publicou Pope Pius XII and World War II - The Documen-ted Truth e tem disponibilizado inúmeros documentos sobre a actuação de Pacelli no período em causa através do sítio da fundação que criou para o diálogo inter-religioso, Pave the Way Foundation (PWF).
Para alguns académicos, a documentação divulgada pela PWF não ilumina todas as dúvidas sobre a actuação de Pio XII, em particular, se este salvou todos os judeus que poderia salvar, insistindo na consulta dos arquivos do Vaticano sobre o período. A Santa Sé não se opõe, mas afirma que só será possível após 2014, quando estiverem organizados os respeitantes ao período da II Guerra Mundial. Se até lá muitos suspendem o seu julgamento, Krupp não tem dúvidas: Pacelli "foi o maior herói da II Guerra Mundial. Salvou mais judeus do que Roosevelt, Churchill e os outros líderes religiosos em conjunto. Não devíamos permitir que ele se tornasse um foco de divisão entre católicos e judeus".
Perspectiva partilhada pelo professor de história americana e judaica, além de rabi, David G. Dilan, que defende ter Pio XII salvo "quase 85% dos judeus" que viviam em Itália. Para Dalin, é importante ter presente que "muitos judeus famosos - Albert Einstein, Golda Meir, Moshe Sharett [2.º chefe do Governo de Israel], Isaac Herzog [principal rabi dos judeus asquenazes entre 1937 e 1959] e outros expressaram publicamente a gratidão a Pio XII".
Em Dezembro de 2009, Bento XVI proclamou Pacelli "venerável", passo que antecede o da beatificação. Para esta suceder, deve comprovar-se que, através da intercessão de Pio XII, houve um milagre.
O essencial para Krupp não são os temas teológicos ou a santidade de Pio XII, mas a verdade dos factos. Para este empresário reformado de equipamentos médicos, é importante a divulgação dos arquivos secretos do Vaticano, mas defende que "existe informação disponível e ninguém parece interessado em consultá-la".
Krupp reside com a mulher, Meredith, num subúrbio da classe média em Long Beach, no estado de Nova Iorque, e define-se como "um judeu igual a tantos outros", que cresceu "a odiar" Pacelli - "pensava que ele fosse um simpatizante dos nazis", disse recentemente. Quando descobriu que os historiadores "erraram deste modo" na análise à actuação de Pio XII, "só posso ver isso como uma falha moral". Para combater esses estereótipos, Krupp criou a PWF em 2002, adicionando-lhe o objectivo de aprofundar o diálogo entre judeus e cristãos.
Nos últimos seis anos, Krupp dedicou-se exclusivamente a reunir materiais que neguem o "assassínio de carácter" de que Pio XII estaria a ser alvo. Uma iniciativa considerada "desinformação" pelo director dos assuntos inter-religiosos da Liga Antidifamação, o rabi Eric J. Greenberg; um "trabalho amador" para Deborah Dwork, professora de História do Holocausto na Universidade de Clark, Massachu-setts; uma "investigação duvidosa" para o reverendo John T. Pawli-kowski, professor de Teologia Católica, em Chicago. Para este, os gestos de Pacelli enquanto pontífice "foram discretos e relativamente menores". A maioria dos académicos que estuda o Holocausto reconhece que Pio XII, bispo na Baviera, desde 1917, e embaixador do Vaticano em Berlim até final dos anos 20, foi dos primeiros a entender o alcance da perseguição aos judeus. Mas criticam o facto de Pacelli nunca o ter dito publicamente. "Pode não ter dito muito, mas fez muito", argumenta Krupp. Por isso, o seu combate continua.
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ANTONIO CARLOS DE SOUZA
27.03.2010/14:45
GOLDA MEIR, uma das pioneiras do ESTADO DE ISRAEL, do qual era MINISTRA DO EXTERIOR sobre Pio XII,ELA DECLAROU: ["DURANTE o decênio do TERROR NAZISTA, quando NOSSO POVO sofreu terrível martírio, a VOZ DO PAPA se levantou para condenar os perseguidores e para pedir compaixão em favor de suas vítimas."]
ANTONIO CARLOS DE SOUZA
27.03.2010/14:36
A AÇÃO DISCRETA de Pio XII também É RECONHECIDA por gente como o scholar judeu Pinchas E. Lapide, pesquisador sobre papas e catolicismo, que em seu livro Three Popes and the Jews (Londres, 1967) estima que Pio XII e inúmeros padres, freiras e leigos católicos tenham salvo de 700 mil a 850 mil judeus da fúria nazista até à custa da própria vida em não poucos casos.
Stefano
27.03.2010/14:22
Responder
oh... claro.... então é a igreja ke prova... né??? sim sim.. só a igreja é confiavel.. youtube.. não!!!! claro.. a igreja nunca mentiu!!! não é e nunca foi corrupta!
ANTONIO CARLOS DE SOUZA
27.03.2010/14:20
ISAAK HERZOG, RABINO CHEFE DE ISRAEL, declarou em 1944 durante o genocídio sobre Pio XII: "O povo de Israel não esquecerá jamais o que Sua Santidade e seus ilustres delegados, inspirados pelos eternos princípios da religião que constituem os verdadeiros fundamentos da civilização, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs na hora mais trágica de nossa história, prova vivente da existência da Divina Providencia neste mundo".
Nuvem Branca
27.03.2010/13:33
A Igreja desde a sua fundação que sofre perseguições e hoje mais do que nunca, talvez ainda pior que em tempos idos, pois é uma perseguição não sangrenta mas mais letal. A Sociedade está lentamente a afastar-se cada vez mais de DEUS sendo a visão do mundo moderno uma grande ajuda que os militantes anti-clericais e religiosos usam e abusam a seu belo prazer. Muita coisa que se passou no tempo da guerra está mal contada e felizmente que existem pessoas e muitas vezes nem Cristãos que ajudam a desvendar o que realmente se passou. Nunca se saberá muita coisa que realmente aconteceu.
Stefano
27.03.2010/03:34
Oh.. e por acaso os judeus foram as unicas vitimas do nazismo?? onde estão os ciganos, gays etc.?? ah... o papa Pio XII foi comparsa do nazismo... este video prova !!
https://www.youtube.com/watch?v=Jr5Q5Volv88
nelson
27.03.2010/12:38
meu amigo, a igreja nao e a favor a guerra nem ao estriminio de raças. e naquela altura era normal que se fizessem acordos com os *** porque era que estava no poder, nao é como hoje que aqui em Portugal o estado ignora a igreja o que infelizmente tem as suas consequencias que ja sao visiveis na sociedade. Caso nao saiba, na altura ninguem imaginava que as pretensoes de Hitler era aniquilar os judeus etc ,porque os campos de concentraçao eram disfarçado por campos de trabalho. porque nem a cruz vermelha descobriu mesmo indo aos campos. e de certeza caro amigo que se a igreja soubesse antes de assinar acoros acordos é obvio que seriam rejeitados. E preciso saber nesse video o que a igreja e os *** assinavam.quias os seus objectivos.obg
Poet
27.03.2010/10:50
Schindler era membro do partido Nazi, nunca denunciou publicamente e limitou-se a salvar alguns judeus que trabalhava na fábrica dele e é considerado um herói anti-nazi. Pio XII calou-se para impedir que os católicos também fossem perseguidos mas salvou muitos judeus, mais que Schindler. Albert Einstein foi um deles. Não acredites em tudo o que vês no Youtube.
Anónimo
27.03.2010/10:49
Ora aqui está mais um que nunca entenderá nada do que lê até que lhe implantem na cabeça um novo equipamento que seja capaz de reproduzir todo o tipo de cassetes! Este Stefano deve ser mesmo homem: infelizmente, sem cabeça! Porque o problema é este: neste forum pedir a estes tipos que, antes de comentar, leias as notícias do princípio ao fim é, manifestamente, pedir demais! Mas com a sua boca ranhosa ele proclama: o Youtube "PROVA"! Prova, num prova? Adebe mesmo de aprovar!
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