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 Presidente da República

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MensagemAssunto: E agora Sr. Presidente?   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQua Set 23, 2009 10:38 am

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E agora Sr. Presidente?

por Pedro Marques Lopes
Hoje

Presidente da República - Página 2 Pedro-marques-lopes

Devemos entender que todas as afirmações proferidas sobre este gravíssimo caso tinham por base o assessor de imprensa da Presidência?

Que quem pretendia desviar as atenções dos portugueses dos verdadeiros problemas do país era Fernando Lima que o acompanha há mais de vinte e cinco anos?

Que durante dezoito longos meses o Presidente da República foi mal informado e se convenceu que era alvo de escutas ou qualquer outro tipo de espionagem?

Que ingenuamente pensava que este episódio estava ligado a guerras partidárias e, assim sendo, tinha alguém do seu gabinete envolvido nestas?

Que afinal os problemas não eram de segurança ? Ou eram, mas não do tipo que nos levou a acreditar?

O que devemos pensar, Sr. Presidente?

Não acha que nós, portugueses, que votamos em si (neste caso) merecemos ser esclarecidos? Que nos diga o que de tão revelador se passou a cinco dias das eleições que tivesse originado este despedimento (foi despedimento, não foi?)?

Não pensa que, consciente ou inconscientemente, levou o seu partido de sempre a repetir à saciedade argumentos que agora, de uma penada, destrói? Será que não se recorda do episódio Fernando Nogueira e das suas consequências?

Não lhe parece que deixou que se instalasse um clima de suspeição sobre pessoas e instituições?

Explique-nos, por favor. Deve-nos isso.

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MensagemAssunto: Escutas no Palácio do Eliseu   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQua Set 23, 2009 11:54 am

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Escutas no Palácio do Eliseu

por Ferreira Fernandes
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ferreira_fernandes


O francês Valéry Giscard d'Estaing começou a sua carreira governamental no Ministério das Finanças, onde serviu os Governos de Debré, Pompidou, Chaban-Delmas e Messmer. Aníbal Cavaco Silva também foi ministro das Finanças, no Governo de Sá Carneiro.

Giscard foi eleito Presidente da República, em 1974. Cavaco foi eleito Presidente, em 2006. As semelhanças acabam aí. Por falar em Giscard, ele é o autor da grande surpresa da rentrée literária parisiense: o romance La Princesse et le Président (A Princesa e o Presidente), com tiragem de cem mil exemplares. O affaire entre o "Presidente Jacques-Henri Labeyrie" e "Patrícia, princesa de Cardiff", fórmula de que se serviu Giscard (hoje, com 83 anos) para narrar uns amores aparentemente fictícios mas que os grandes jornais franceses (Libération, Le Monde, Figaro...) suspeitam ser um roman à clefs, romance com pistas verdadeiras. "Patrícia", mal casada com um príncipe que a engana, dedica-se a causas humanitárias - Diana, pois. E "Labeyrie", Presidente contado por um Presidente, seria, claro, o próprio Giscard. Que inveja tenho dos franceses, com um Presidente que, quando decide efabular, faz romances. E que, mesmo nos romances, põe factos com ponta por onde se lhes pegue.

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MensagemAssunto: Soares: falta esclarecer demissão de assessor do PR   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQui Set 24, 2009 4:51 pm

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Soares: falta esclarecer demissão de assessor do PR

por Lusa
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1195760

O "histórico" socialista, Mário Soares, considerou hoje, no Porto, que ainda está por esclarecer a demissão do assessor do Presidente da República, Fernando Lima, no âmbito do chamado "caso das escutas".

Questionado, pelos jornalistas sobre a forma como o caso foi tratado na comunicação social, Mário Soares considerou que "está tudo para se ver", frisando não saber, "sequer, se Fernando Lima foi demitido ou não, porque ainda não saiu no Diário da República".

O ex-chefe de Estado referiu, ainda, que o director do Público "já disse umas coisas um bocado desagradáveis", pelo que é preciso "ver o que se vai passar" com ele.

Sobre o caso e sobre a demissão do assessor do Presidente da República, o socialista preferiu o silêncio.

"Não reajo. Estou calado e à espera. Na qualidade de membro do conselho de Estado, devo pronunciar-me quando for chamado para tal, e não antes", disse Mário Soares, em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de doutoramento Honoris Causa do presidente da Bial, Luís Portela.

Os jornalistas ainda perguntaram ao socialista se este assunto desestabilizou a campanha eleitoral, mas Soares preferiu falar no "crescendo" do PS.

"O povo está a perceber que José Sócrates não é aquilo que o pintavam. Não é uma pessoa arrogante, desonesta. É um homem impoluto, uma pessoa séria que quer o bem do país, que tem feito muito pelo bem do país, mas que apanhou uma crise mundial que não se pode comparar com qualquer outra crise", frisou.

Lembrando que "esta é uma crise que atinge todos", Soares considerou que Portugal "até está a conseguir sair da crise um bocadinho melhor, graças ao esforço que José Sócrates fez por causa do défice".

Para Soares, a campanha tem corrido bem a Sócrates, levando "as pessoas a reconhecer que ele não é o que diziam".

"Ganhou todos os debates, é um homem cordial, que aparece, que vai junto das pessoas. Há pessoas que não gostam dele, mas governar é sempre, um pouco, descontentar, sobretudo em tempo de crise", sublinhou.

Mário Soares alerta que o PS está ao lado dos mais pobres e desfavorecidos.

"Os portugueses compreenderam, porque são um povo sensato, que a melhor pessoa para poder vencer a crise, o que está mais bem preparado e conhece melhor os problemas e pode ajudar os mais pobres, os mais desvaforecidos e os trabalhadores em geral, é o engenheiro José Sócrates", destaca.

Relativamente à possibilidade de o PS ter maioria absoluta nas eleições de domingo, Soares mostrou-se tranquilo.

"Não sei, não faço nenhum prognóstico. Sempre desconfiei um bocadinho das sondagens. O que é preciso é que os portugueses votem e que votem bem. Se fizesse um apelo era no PS, claro", afirmou.

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MensagemAssunto: Tirar o tapete aos seus   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQui Set 24, 2009 10:17 pm

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Tirar o tapete aos seus

Presidente da República - Página 2 Ferreira_fernandes

por Ferreira FernandesHoje13 comentários

Fernando Lima foi demitido. Tanto ano de trabalho comum e de leais serviços apontariam para outra solução: Lima pedia demissão, o Presidente lamentava mas aceitava a demissão. Essa seria a fórmula low-profile adequada à maneira pública e de fazer política a que os dois nos habituaram, Lima e Cavaco. Mas não. Lima foi demitido. É que a tal fórmula, a de pedido de demissão, deixaria pairar uma suspeita: Lima estava a proteger Cavaco... Ora, o essencial era defender Cavaco Silva. Então, o bode expiatório aceitou a degola. Com esta consequência: demitido, confirmou que tinha havido, mesmo, uma cabala para culpar o Governo de escutas em Belém. E confirmou já. Quer dizer, a cabala acabaria por ser verificada daqui a poucas semanas, com a inexistência de provas de escutas e, por outro lado, com a existência das manobras de intoxicação vindas de Belém. Mas essa versão, a acontecer só daqui a semanas, arrastava Cavaco para a cumplicidade na cabala. Daí, a urgência de demitir Lima, já e na fórmula que só o culpa a ele. O que tinha um senão: demitir Lima antes de domingo penalizava o PSD. Ponderado tudo, que fez Cavaco Silva? Demitiu já. Isto é, obrigou o PSD a procurar um candidato leal para as próximas presidenciais.

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MensagemAssunto: Cavaco garante que manteve isenção e igualdade   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Set 26, 2009 9:35 pm

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Cavaco garante que manteve isenção e igualdade

por LusaHoje

Presidente da República - Página 2 Ng1196655

O Presidente da República apelou hoje aos portugueses para que votem nas legislativas de domingo "num tempo de grandes dificuldades" e garantiu que manteve "escrupulosamente" o compromisso de igualdade e isenção face aos partidos.

Na tradicional mensagem do Chefe de Estado que antecede as eleições, Cavaco Silva sublinhou que estas legislativas "têm lugar num tempo de grandes dificuldades".

"A situação do País é motivo de sérias preocupações", avisou, considerando que estes tempos impõem a todos um grande sentido de responsabilidade.

"Pela minha parte, mantive escrupulosamente e com o maior rpõem para os problemas que o País enfrenta", sublinhou.

Depois, acrescentou, "em função dos resultados eleitorais, será formado um novo Governo, o qual deverá apresentar o seu programa perante a nova Assembleia da República", num processo em que "todos têm de assumir as suas responsabilidades".

"Ao Presidente da República não compete interferir na vida político-partidária ou condicionar a livre escolha dos eleitores. Do primeiro ao último dia do meu mandato serei sempre Presidente de todos os Portugueses", assegurou, por seu lado, o Chefe de Estado.

Já os partidos, defendeu, "têm a responsabilidade de ouvir e esclarecer os cidadãos, de apresentar as suas propostas e discuti-las, pois são os partidos que têm de apresentar soluções de governo para os desafios com que Portugal se confronta", afirmou.

A mensagem do Chefe de Estado terminou com um novo apelo ao voto dos portugueses, destacando a particular importância das legislativas de domingo, dada a situação internacional e do país.

"Como Presidente da República, posso garantir-vos: o que está em jogo é demasiado importante para que nos possamos dar ao luxo de ficar em casa, deixando aos outros a responsabilidade de tomarem decisões que são de todos", apelou.

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MensagemAssunto: Re: Presidente da República   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Set 26, 2009 9:44 pm

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Cavaco apela ao voto


http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/PMGzC3yjZdITizhOQVTk/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/9/cavaco-silva-apelou-ao-voto.htm&ztag=/sicembed/info/&hash=

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MensagemAssunto: A deontologia e as suas "fontes"   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Set 26, 2009 10:20 pm

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A deontologia e as suas "fontes"

por João Marcelino
Hoje

Presidente da República - Página 2 Joao_marcelino

“A obrigação de guardar sigilo é sempre uma relação “daquele” jornalista com a “fonte”. Essa obrigação não se estende a terceiros, mesmo que igualmente jornalistas”

Durante uma semana, como prometi aos leitores do Diário de Notícias, não me pronunciei sobre nenhuma das questões laterais à polémica das escutas. Não quis, apesar dos inúmeros reptos, contribuir para desfocar a questão de fundo com discussões sobre o umbigo da corporação jornalística.

Hoje, tendo a notícia central feito o seu caminho e sido adoptada por todas as pessoas que não são fanatizadas pela argumentação partidária, creio que chegou o tempo para participar de forma construtiva numa reflexão que os jornalistas devem fazer a propósito deste caso. E vou fazê-lo sem responder aos insultos de que tanto eu como a Direcção do DN e os jornalistas que assinaram a notícia fomos alvo só porque entendemos dever lealdade aos leitores e não à protecção de um ou outro elemento da classe.

1 Uma notícia é uma notícia. A obrigação primeira de um jornal é cumprir o dever de divulgar todos os factos relevantes que cheguem ao seu conhecimento. Chama-se a isto o dever de informação. Não podia, pois, o DN deixar de divulgar um facto relevantíssimo: era Fernando Lima, o principal assessor de comunicação de Cavaco Silva, quem alegando agir em nome do PR, abordara o jornal Público para que este publicasse a história das alegadas escutas/espionagem sobre Belém que o PR estaria (ou ainda estará, não se sabe) convencido existirem por parte de alguém do gabinete do primeiro-ministro.

O DN publicou a história quando dela teve conhecimento e logo que conseguiu comprovar a autenticidade do e-mail. Não esperou um minuto. Fez exactamente o mesmo uns meses antes com a divulgação de outro documento relevante: a carta rogatória da justiça inglesa sobre o caso Freeport, com referências explícitas ao primeiro-ministro, José Sócrates. Então como agora, no momento em que conhecemos a história, e confirmámos a sua autenticidade, levámo-la aos leitores. Factos são factos. E o DN foi o único jornal a avançar com a notícia do documento nesse dia (todos os outros fizeram-no 24 horas depois), o que muito agradou na altura ao PSD e desagradou ao PS.

Relembro esse outro caso apenas para que os leitores se situem melhor perante as insinuações malévolas de que o DN tem sido alvo e fiquem tranquilos quanto à linha editorial do jornal: informar sem olhar às necessidades temporais de interesses particulares.

2 Ao contrário do que foi por alguns apressadamente afirmado, a divulgação do nome de Fernando Lima não constitui uma divulgação de uma fonte jornalística.

Cito aos leitores o que diz o artigo 6 do Código Deontológico da profissão (já que os jornalistas deviam conhecê-lo melhor): “O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.”

Só aqui já há muita matéria para reflexão, mas fica claro, pelo menos, que cada jornalista deve cuidar das suas fontes. Se há algo deontologicamente anormal neste caso é que um jornalista, depois de um contacto importante, chegue ao jornal e faça uma “acta” de uma reunião com uma “fonte” divulgando-a a terceiros e pedindo a fabricação de uma notícia a partir da Madeira…

3 Neste caso, o nosso objectivo era precisamente chegar a saber quem era a fonte da PR que falara ao Público (num processo que merecera críticas públicas e contundentes de Joaquim Vieira, Provedor dos Leitores desse mesmo jornal).

Relembro, a este propósito, um bom exemplo, e mundial. A partir de Junho de 1972, Mark Felt, importante responsável do FBI, foi o “Garganta Funda” que deu as informações aos repórteres do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, sobre o que viria ser o caso Watergate. Só em 2005, três anos antes de morrer, Felt revelou publicamente ser o “Garganta Funda” – até lá, nem Woodward nem Bernstein quebraram o sigilo. Mas, dada a relevância e a importância do caso (que acabou por destituir o Presidente Nixon), identificar a fonte de Woodward e Bernstein passou a ser um motivo de investigação de muitos outros jornais, para melhor compreender o processo. Em 25 de Junho de 1975, em editorial, o Wall Street Journal disse que Felt era o informador; em 1992, James Mann, que trabalhara no Washington Post com Woodward, mas não no caso Watergate, escreveu na revista The Atlantic Monthly que o informador era do FBI e provavelmente Mark Felt; em 1995, The Hartford Courant (maior diário do estado de Connecticut) escreveu que Felt era o “Garganta Funda” e em 2002, o San Francisco Chronicle disse o mesmo.

Ou seja, a obrigação de guardar sigilo é sempre uma relação “daquele” jornalista com a “fonte”. Essa obrigação não se estende a terceiros, mesmo que igualmente jornalistas – e sobretudo não tem sentido quando o interesse público se sobrepõe claramente ao direito (que alguns jornalistas chamam, erradamente, apenas um dever – que também o é, obviamente) de respeitar o anonimato de uma “fonte”, quando pactado.

Deixo ainda, marginalmente, para quem quiser reflectir de forma construtiva neste caso o que diz o “Estatuto do Jornalista”, que é Lei, no seu artigo 14º, nº2, alínea a). Deve o jornalista “proteger a confidencialidade das fontes de informação na medida do exigível em cada situação, tendo em conta o disposto no artigo 11.º [sobre o sigilo profissional], excepto se os tentarem usar para obter benefícios ilegítimos ou para veicular informações falsas”.

Será que não se deve pensar também neste artigo a propósito dos factos conhecidos?

4 A divulgação do nome de Fernando Lima como fonte da notícia do Público é um facto noticioso da máxima relevância, justamente por Lima ser quem (era ou ainda) é: "só" o principal assessor de Cavaco Silva para a comunicação, um homem cujo cargo e funções são pagos com dinheiro dos contribuintes. Saber como Lima exerce a sua função, e o que faz no uso do seu tempo ao serviço do Estado, é matéria escrutinável e sindicável pelo público, principalmente quando ele aborda jornalistas para a divulgação de um facto político tão relevante quanto este.

Acho estranhíssimo, por exemplo, que um jornalista escreva isto: “Fernando Lima fez aquilo que os assessores de imprensa de Belém, de São Bento ou dos partidos (de Soares a Cavaco, de Guterres a Barroso, etc.) sempre fizeram e fazem” (José António Lima, no semanário Sol).

Pessoalmente, desconheço em absoluto esta promiscuidade. De certeza apenas por um acaso da sorte, o meu tempo de profissão (quase 30 anos) fez-se à margem desta triste realidade. Mas lamento que jornalistas convivam com ela sem se questionarem, servindo de pés de microfone à intriga e sobretudo protegendo a má-fé. Um jornalista digno desse nome não pode deixar-se manipular ou manietar através de fontes anónimas, do off envenenado.

5 As cartas (no caso e-mails) entre pessoas gozam por princípio do privilégio de sigilo. Mas há razões - e no caso são evidentes - que justificam que terceiros tenham acesso ao seu conteúdo. Mormente quando - como no caso - esse e-mail mostra como surgiu o caso das alegadas escutas ao PR, como ele foi tratado pelo seu principal assessor, como o caso foi passado para a imprensa e como esta o tratou.

Face à relevância e contornos dos assuntos tratados, a questão da quebra da confidencialidade da correspondência é justificada.

O sigilo da correspondência não é um valor absoluto e existem causas legítimas de quebra do mesmo. Todos os dias a imprensa mundial regista casos de divulgação de cartas. O facto dos destinatários do e-mail serem jornalistas não transforma o referido e-mail em mais ou menos confidencial.

6 O que foi relevante, do nosso ponto de vista, foi sentirmos que a divulgação do e-mail correspondia àquilo que nos é exigido como jornalistas.

Não podíamos deixar de publicar uma história política grave, em todas as suas vertentes, onde há vários protagonistas e intervenientes, e onde são visíveis os cruzamentos entre a política e os media. Ou vice-versa.

A tinta vertida desde então, alguma de forma tresloucada, é a prova do interesse do que noticiámos. Como jornalista, e como responsável máximo por um jornal, não conseguiria dormir tranquilo a pensar que tinha escondido dos leitores tão relevante informação.

Meter aquele documento na gaveta teria sido pactuar com a manipulação e esquecer o dever de informar e o interesse público.

É natural que haja quem discorde do entendimento que eu e o DN temos deste caso. Só não acho normal o ataque pessoal e o insulto soez. Vou apelar aos tribunais em dois casos, de que não faço aqui propaganda, com uma certeza: nenhum deles conseguirá negociar comigo qualquer desistência. Com cobardes não há acordos.

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MensagemAssunto: "Silêncio" de Cavaco Silva é "ensurdecedor"   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeDom Set 27, 2009 1:28 pm

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"Silêncio" de Cavaco Silva é "ensurdecedor"

por Lília Bernardes, Funchal
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1196845

Marques de Freitas, ex-procurador-geral da República na Madeira, foi investigado pelo SIS/M, em 1994, e denunciou esse facto nas páginas do DN. Sobre as 'escutas a Belém', diz que o afastamento do assessor Fernando Lima já deveria ter sido explicado pelo Chefe do Estado, não tendo dúvidas de que o 'e-mail' divulgado pelo DN foi de "grande interesse público"

Entre a história de "espionagem" do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na Madeira, em Maio de 1994, ao procurador da República Marques de Freitas e as suspeitas de Belém sobre alegadas escutas aos homens do Presidente por parte do Executivo, caso que culminou no afastamento de Fernando Lima, assessor de Cavaco Silva, vai uma grande diferença.

O primeiro caso foi denunciado em on pelo próprio magistrado numa entrevista ao DN. Houve um inquérito do Conselho de Fiscalização do SIS, uma comissão de inquérito na AR e demissões. Quanto ao segundo, que marca a actualidade, o ex-procurador garante que "o silêncio só é de ouro quando a situação é desconhecida. A partir do momento em que é espoletada, passa a ser ensurdecedor. As explicações têm de ser dadas o mais cedo possível pelo Presidente da República, fosse o prejuízo para quem fosse", disse ao DN.

Marques de Freitas garante que ficou "convicto de que, afinal, o DN tinha razão naquele e-mail que publicou", que o magistrado leu e guardou, "tanto que o assessor [de Cavaco Silva Fernando Lima] foi demitido". "A partir daí, ficou comprovada a verdade do conteúdo do e-mail. Esta foi a minha conclusão e a conclusão popular. Mas falta esclarecer muitas dúvidas e essas permanecem. Ou seja, sendo assim… como é que é?", questiona.

Quanto à imprensa, defende que "quando um jornalista tem a certeza de que os factos são verdadeiros, que são do interesse público, que não entram na esfera da vida privada, devem fazer aquilo que é a sua obrigação. Publique--se. O e-mail do jornal Público não é só de interesse público, é de interesse nacional a sua publicação", reiterou.

Em 1994, Marques de Freitas era o procurador da República na Madeira, alvo de todas as atenções nacionais ao assumir publicamente que a sua vida privada e profissional estava a ser investigada pelo SIS no Funchal, liderado por João Evangelista. Marques de Freitas tinha dirigido a investigação e requerido e participado no julgamento de Frederico Marcos (o mediático caso do padre acusado de pedofilia). As suspeitas de que tinha sido investigado acabaram por confirmar-se. Houve de facto um elemento do SIS a acompanhar as audiências e a enviar relatórios para Lisboa sobre o magistrado.

"Esses documentos existem no SIS. Eu vi alguns", reitera. Mas será que havia razões para tal? "Talvez porque a Igreja estava envolvida... deveria haver instruções", sublinhou. Na altura, Cavaco Silva, primeiro-ministro, "tentou minimizar a situação. Ouvi-o dizer na rádio que, afinal, tinha sido uma iniciativa isolada de um jardineiro ou de um senhor já com uma certa idade, ou seja, um fait-divers de alguém que exorbitara funções", recorda. Só que, sublinha, o que estava em causa era "a intromissão abusiva de uma polícia num órgão de soberania e que emitia opiniões sobre a fundamentação de uma decisão do tribunal", referiu.

O escândalo rebenta em Maio. No mês seguinte, Dias Loureiro, ministro da Administração Interna, diz que aceitou o pedido de demissão do director-geral do SIS, Ladeiro Monteiro, e anuncia a exoneração do director da "secreta" na Madeira, João Evangelista.C


O procurador que foi investigado pelo SIS


Marques de Freitas, 64 anos, natural da Ribeira Brava (Madeira), procurador-geral adjunto jubilado, exerceu funções nos Açores entre 1987 e 88, ano em que chega à Madeira para exercer o mesmo cargo até meados de 1996. Depois foi auditor jurídico do gabinete do ministro da República até 2006. Um dia, "hei-de escrever sobre o que se passou naquele julgamento do padre Frederico", incluindo as "pressões que sofri de tanto lado quando denunciei que estava a ser investigado pelo SIS", garante ao DN. Até porque "nunca tive medo de nada nem tenho rabos de palha". Portanto, logo que teve conhecimento e confirmação de que a "secreta" na Madeira estava a vigiá-lo, denunciou "uma intromissão abusiva num órgão de soberania", disse.

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MensagemAssunto: Cavaco Silva anuncia declaração para amanhã   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSeg Set 28, 2009 8:25 pm

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Cavaco Silva anuncia declaração para amanhã

por Lusa
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1197575

O Presidente da República (PR) anunciou que se dirigirá à comunicação social amanhã, às 20h.

Cavaco Silva não disse qual o assunto dessa declaração, mas o Presidente prometera comentar o caso das alegadas escutas em Belém apenas depois das eleições legislativas, que se realizaram ontem.

Outro dos assuntos que poderá ser abordado pelo PR será o convite a José Sócrates para formar Governo, depois da vitória nas legislativas, sem maioria absoluta.

Ontem, quando confrontado pelos jornalistas sobre quando falaria sobre o chamado 'caso das escutas' e sobre o afastamento do seu assessor Fernando Lima, o Presidente da República limitou-se a dizer que manteria "silêncio total" até ao dia das eleições.

"Eu disse que manteria um silêncio total até ao dia das eleições", sublinhou, à saída da escola em Lisboa, onde votou para as eleições legislativas de domingo.

Já durante o período oficial da campanha para as legislativas, o Chefe de Estado afastou Fernando Lima, que trabalhava consigo há mais de 20 anos, do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação social da Presidência da República.

Esta demissão aconteceu dias depois do Diário de Noticias (DN) ter noticiado que Fernando Lima foi a fonte do diário Público nas notícias que sucederam à sua manchete de 18 de Agosto, já em pré-campanha eleitoral, segundo a qual, Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.

Essa suspeita foi formulada a propósito de críticas do PS à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD.

Na notícia do Público, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação: "Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem ou não fazem, os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sob escuta, ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?"

Antes, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, já tinha adiantado o nome de Fernando Lima como a fonte da notícia do Público em entrevista à SIC.

Foi na sequência desta manchete que o Público noticiou que as alegadas suspeitas de Cavaco Silva quanto a uma vigilância do Governo remontavam à visita do Presidente à Madeira em 2008, na qual teria sido observado um comportamento suspeito por parte de um assessor governamental, Rui Paulo Figueiredo.

O DN publicou uma alegada mensagem de correio electrónico entre o editor de política do Público, Luciano Alvarez, e o correspondente da Madeira, Tolentino de Nóbrega, com instruções para seguir pistas fornecidas por Fernando Lima quanto a essa suspeita, supostamente por ordem directa de Cavaco Silva.

O director do Público, José Manuel Fernandes, depois de, numa primeira reacção, ter envolvido a "secreta" portuguesa numa alegada violação da correspondência entre os dois jornalistas, revelou na SIC Notícias não haver "nenhum indício que tenha havido violação externa" das mensagens electrónicas.

No dia em que o DN noticiou que Fernando Lima foi a fonte do diário Público nas notícias que sucederam à sua manchete de 18 de Agosto, Cavaco Silva recusou comentar a notícia mas disse que, depois das eleições, iria tentar "obter mais informações sobre questões de segurança".

"Depois das eleições, não deixarei de tentar obter mais informações sobre questões de segurança. O Presidente da República deve preocupar-se com questões de segurança", afirmou Cavaco Silva, em Cascais, à margem da inauguração da exposição da pintora Paula Rêgo.

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MensagemAssunto: Assim, à Presidente, gosto   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeTer Set 29, 2009 3:54 pm

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Assim, à Presidente, gosto

por Ferreira Fernandes
Hoje


Presidente da República - Página 2 Ferreira_fernandes

Gostei do que li, ontem, no site da Presidência da República. Rezava assim: "O Presidente da República fará amanhã, dia 29 de Setembro, às 20:00 horas, uma declaração à comunicação social."

Pode ser lacónico mas gostei. O Presidente da República é mais do que ele. Poderosíssimo, não digo em termos internacionais (quantas divisões tem ele?), mas por cá, poderosíssimo - porque é nós. Cá dentro não podia ser mais poderoso. Daí que eu escreva, sem subserviência nenhuma mas porque ele é mais do ele, Presidente e não presidente. Se o presidente do meu clube (lá está, esse é com minúscula) tirasse da cartola um qualquer jornalista e, sei lá, num café discreto da Avenida de Roma lhe soprasse para espalhar não importa o quê (verdade ou mentira, não vem ao caso), eu encolheria os ombros. Sou cínico, admito que um presidente de clube, um zootécnico ou um bloguista desocupado o fizessem. Já ao meu Presidente, não admito. Porque ele é poderosíssimo. Ele não sopra, nem insinua. Põe um aviso no seu site a dizer que vai falar-nos a todos e fala. Assim, sim. Espero que faça doutrina. E lamento que a doutrina não tenha efeitos retroactivos.

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MensagemAssunto: "Não existe declaração ou escrito do Presidente que refira escutas"   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeTer Set 29, 2009 8:48 pm

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"Não existe declaração ou escrito do Presidente que refira escutas"

por Duarte Ladeiras
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1198000

Cavaco Silva esclareceu hoje que não prestou quaisquer declarações sobre alegadas escutas a Belém e que só ele ou os chefes da Casa Civil ou da Casa Militar estão autorizados a falar pelo órgão de soberania.

Apontou o dedo a “destacadas personalidades do partido do Governo”, por o terem tentado encostar ao PSD e “desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos”, e admitiu existirem vulnerabilidades no sistema informático da Presidência.

“Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante. Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer”, começou por dizer Cavaco, realçando que “a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar”.

Graves declarações de destacadas personalidades do PS

Cavaco disse que foi surpreendido em Agosto, quando se encontrava na sua casa no Algarve ainda a analisar diplomas “para efeitos de promulgação”, por declarações “de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD”.

Segundo os dados que lhe foram prestados, as informações desses “destacadas personalidades” eram “mentira”, esclareceu Cavaco, vincando no entanto que não tem conhecimento de, em mandatos de anteriores Presidentes, “os membros das respectivas casas civis terem sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam”.

Vincando que transmite a “título excepcional” a sua “interpretação dos factos”, Cavaco diz que considerou “graves” as declarações das “destacadas personalidades do partido do Governo” e que as entendeu como “um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República”.

“Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações: primeiro puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias; segundo desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos”, vincou Cavaco.

“Colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções”

Para o PR, “muito do que depois foi dito ou escrito” visou “consolidar aqueles dois objectivos”, “incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República”.

A mesma interpretação foi dada às interrogações que o seu ex-assessor de imprensa, Fernando Lima, fez como fonte anónima em declarações ao jornal ‘Público’. Isto porque não só o PR garante não ter tido “conhecimento prévio” dessas declarações, como também tem “algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas”.

No entanto, Cavaco deixou uma questão: “Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?”

O PR também interpreta como tentativa de “consolidar” os objectivos de “colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções” a publicação, pelo DN, de um ‘e-mail’ entre dois jornalistas do ‘Público’ no qual se refere que Fernando Lima foi a fonte da Presidência que levantou a questão das alegadas escutas e que fala “num assessor do gabinete do primeiro-ministro que esteve presente durante uma visita” do PR à Madeira.

Desconhecia existência e conteúdo do e-mail do ‘Público’

“Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas. Não conheço o assessor do primeiro-ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém”, garantiu Cavaco.

Também em relação a este ponto o PR deixou uma pergunta – “porque é que o e-mail é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses? – e uma resposta – “liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto”.

Apesar de não “conseguir ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança em relação a atitudes de outras pessoas”, Cavaco considera que o e-mail levantou a dúvida “sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do PR, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse. Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil [leia-se, saída de Fernando Lima do cargo de assessor de imprensa].

Vulnerabilidades no sistema informático

A publicação do ‘e-mail’ no DN levou também o PR a questionar se “será possível alguém do exterior” aceder ao seu computador e à sua correspondência electrónica ouse estará “a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida”. Também por isso, Cavaco reuniu-se hoje com “várias entidades com responsabilidades na área da segurança” e foi informado de que existem vulnerabilidades no sistema informático, pedindo para que seja estudada uma “forma de as reduzir”.

Justificação do silêncio

Durante a última semana da campanha, tornou-se ensurdecedor o silêncio de Cavaco Silva sobre as alegadas escutas em Belém e a suposta ‘encomenda’ de notícias na comunicação social.

O PR justificou esse silêncio perante “graves manipulações” com “o superior interesse nacional, esmo que isso lhe possa causar custos pessoais”: “Para mim, Portugal está primeiro. O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for. Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral”, vincou Cavaco, concluindo com a garantia aos portugueses: “podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal.”





DECLARAÇÃO NA ÍNTEGRA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

1. Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante.

Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer.

E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.


2. Porquê toda aquela manipulação?

Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos.

Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República.

Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira).

E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam.

Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.


3. A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção).

Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações:

Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias.

Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos.

Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.


4. Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos.

Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República.

Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas.

Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?

Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.


5. E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008.

Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas.

Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém.

Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.


6. A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”?

Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto.

E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.


7. Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse.

Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.


8. A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?”

Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.


9. Um Presidente da República tem, às vezes, que enfrentar problemas bem difíceis, assistir a graves manipulações, mas tem que ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro.

O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for.

Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral.

Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez a ele eu me tenha referido, directa ou indirectamente.

E sabendo todos que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que, sobre as suas posições, só o Presidente se pronuncia.

Uma última palavra quero dirigir aos portugueses: podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal.

In DN

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MensagemAssunto: Da desilusão   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeDom Out 04, 2009 4:07 pm

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Da desilusão

por Pedro Marques Lopes
Hoje

Presidente da República - Página 2 Pedro-marques-lopes

1 Napoleão definia o ódio político como uma espécie de lente através da qual se vêem os indivíduos, as opiniões e os sentimentos com os cristais da sua própria paixão. Dizia ainda que um verdadeiro homem de Estado deve cuidar para que a lente da política não lhe amplie ou reduza demasiado os objectos.

Recordei-me destas frases enquanto ouvia o sr. Presidente da República fazer o mais lamentável discurso desde que vivemos em, digamos assim, normalidade democrática.

Foi particularmente duro para quem - como o que assina este texto - votou em Cavaco Silva para primeiro-ministro e Presidente da República e o tinha como referência de alguém que nunca confundia politiquice com política.

Alguém que não perderia tempo a fazer "interpretações pessoais" de declarações requentadas de políticos de segunda linha baseadas em sites de partidos e jornais semiclandestinos.

Alguém a quem uma suposta manipulação visando colá-lo a que partido fosse apenas faria sorrir. Mas, se, por acaso, fizesse uma comunicação ao País e se aí falasse de alguma manipulação, poderíamos estar certos de que as provas de que esta existiria seriam absolutamente irrefutáveis.

Alguém que não despediria ninguém só porque existiria um "rumor" - apesar de o Presidente não acreditar no e-mail que sustentava esse rumor - acerca de uma pessoa da sua mais profunda confiança.

Alguém que não confundiria mails entre outras pessoas com os seus próprios mails para sustentar uma imaginária ou real falta de segurança dum sistema informático.

Alguém que não precisaria de vir dizer aos portugueses, que o conhecem há 30 anos, que não cede a pressões, não se deixa condicionar e que defende os superiores interesses de Portugal.

O Cavaco Silva em que votei não viria falar do que diz nunca ter falado, para falar do que diz não falar.

Terça-feira passada - as terças-feiras são um dia maldito para o prof. Cavaco Silva - vimos um homem perdido no labirinto que ele próprio construiu. Tentando forçar a saída, armado de enganos, acusações, confusões e insinuações. Num ponto, o Presidente da República teve razão: foram ultrapassados os limites do tolerável. Infelizmente, e ao contrário da sua percepção, os portugueses não compreenderam nem o que ele disse nem gostaram de o ver a fazer interpretações pessoais. Mais, tenho para mim que os portugueses preferiam o Cavaco Silva que não lia jornais e não se distraía do seu rumo.

No dia 29 de Setembro, o País assistiu, em directo, a um pedido de demissão. O Presidente da República renunciou ao seu papel constitucional de garante do regular funcionamento das instituições, trocando-o pelo de opinador.

Quem sabe, talvez o próximo titular da Presidência faça o caminho inverso e passe de comentador a presidente da República. Os serões de domingo ficariam mais aborrecidos, mas Belém teria um excelente morador. Pelo respeito que ainda a todos merece, repito o que já foi várias vezes dito durante a triste semana que passou: vamos ajudar o Presidente a acabar o seu mandato com dignidade.

2 Entretanto, foram realizadas umas eleições que no meio do turbilhão de casos e mais casos estão quase esquecidas. À crise económica junta-se uma, mais que certa, profunda instabilidade política.

O partido mais votado perdeu mais de meio milhão de votos e governará em função dos próximos actos eleitorais: presidenciais e legislativas antecipadas.

O CDS ganhou porque volta a ser um partido com poder e peso político efectivo. O BE também teve uma grande vitória, porque aumentou muito a sua votação e continua a não ter de responder pelas suas propostas populistas e irresponsáveis - o melhor dos mundos para os bloquistas.

O PSD, vítima de uma estratégia errada e de uma direcção que não conseguiu provar ao povo português que tinha uma alternativa à governação socialista, perdeu umas eleições que não podia deixar de vencer.

A liderança social-democrata falhou quando Portugal mais precisava do PSD e isso é imperdoável.

In DN

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MensagemAssunto: Fonte política encaminhou e-mail do "caso das escutas"   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeTer Out 13, 2009 3:41 pm

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Fonte política encaminhou e-mail do "caso das escutas"

00h35m

Depois de uma primeira parte cordial e organizada nas intervenções, o debate do "Prós e Contras", subordinado às relações entre jornalismo e política, animou-se, já depois da meia-noite, com a discussão sobre o "caso das escutas".

Henrique Monteiro, director do Expresso, trouxe para o debate a ideia de que o e-email com a informação de troca de mensagens entre jornalistas, motivo central da manchete do Diário de Notícias, teve proveniência política.

Depois de uma primeira parte cordial e organizada nas intervenções, o debate do "Prós e Contras", subordinado às relações entre jornalismo e política, animou-se, já depois da meia-noite, com a discussão sobre o "caso das escutas". Henrique Monteiro, director do Expresso, trouxe para o debate a ideia de que o e-email com a informação de troca de mensagens entre jornalistas, motivo central da manchete do Diário de Notícias, teve proveniência política.

José Manuel Fernandes chegou a dizer que não tinha sido convidado para esse debate. O combinado teria sido "uma nota de rodapé", sublinhou, "e não três quartos" dedicado a esse tema. O director do Público, onde se publicou, em Agosto, a manchete relativa às suspeitas de vigilância de assessores do Presidência da República por parte do Governo, disse que também não sabia que o e-mail trocado entre os seus jornalistas tinha chegado a outras redacções através de um intermediário político.

João Marcelino, director do Diário de Notícias, esclareceu que não soube quem era a fonte. "Não perguntei ao jornalista quem era a fonte, confiei nele", afirmou. Henrique Monteiro foi insistindo na ideia:"Qual era o interesse da fonte?". A manchete do Diário de Notícias, que revelava que a informação para a notícia do Público teria partido de um assessor do Presidente, ainda em 2008,foi publicada em plena campanha para as eleições legislativas.

José Manuel Fernandes esclareceu que após o primeiro encontro entre o assessor do Presidente da República e um jornalista do Público, há 17 meses atrás, o assunto "morreu".Só muito mais tarde, em Agosto último, diante de uma outra notícia publicada por outro jornal, é que o Público voltou a investigar o caso, tendo, na altura ouvido várias fontes de Casa Civil, explicou.

Paulo Baldaia, responsável pela Informação da TSF, assinalou, por seu lado, que não chegou a fazer-se desmentido algum da peça do Público.E também defendeu que foi "importante o e-mail publicado pelo Diário Notícias".Sem esse material, o jornal, no dia seguinte, teria sido obrigado a explicar melhor a sua notícia, concluiu.

Muito antes da acesa discussão que levou o Provedor da RTP, Paquete de Oliveira, a intervir, dizendo que este debate "só veio baralhar os espectadores, porque ninguém quer admitir os erros em que caiu", o director do Diário de Notícias (DN) disse que não se "atreveria a publicar a notícia que estava apenas no espírito dos consultores", condenando assim a actuação do Público.No seu entender, a notícia, de Agosto, "não estava suficientemente sustentada".

Neste ponto, Henrique Monteiro concordou com João Marcelino: "É lícito publicar uma convicção sem sabermos se é apenas uma convicção".Já Paulo Baldaia, director da TSF, defendeu que a suspeita em si, por estarmos perante dois órgãos de soberania, justificava a matéria.

Na linha do que defendeu Henrique Monteiro, José Alberto de Carvalho, director de Informação da RTP, ainda disse que "questionava a oportunidade da notícia" do DN.

O "caso das escutas", remonta a 18 de Agosto, e veio interromper a "silly season" política. O Público contou, na altura, a história da suspeita de assessores de Cavaco Silva terem estado sob vigilância.Notícia essa que não chegou a ser desmentida e cujos efeitos se foram arrastado até à campanha política. Um mês depois, foi a vez do DN fazer manchete com a revelação de que um assessor de Cavaco Silva se tinha encontrado com jornalista do Público há 17 meses atrás para falar dessa suspeita, tendo recorrido à publicação de um e-mail privado trocado entre repórteres do Público.Esse assessor foi demitido do cargo. Depois das eleições, o Presidente da República pronunciou-se sobre o "caso das escutas".

In JN

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MensagemAssunto: Cavaco recusa ser "esmiuçado" no Gato Fedorento   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeTer Out 20, 2009 5:45 pm

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Cavaco recusa ser "esmiuçado" no Gato Fedorento

Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1206518

Segundo o jornal Briefing, o Presidente da República recusou um convite para estar presente no programa "Gato Fedorento Esmiuça os Sufrágios", que terá a sua última emissão na próxima sexta-feira.

In DN

Por que será???????

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MensagemAssunto: Popularidade de Cavaco Silva atinge valor mais baixo do ano   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Out 31, 2009 4:49 pm

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Popularidade de Cavaco Silva atinge valor mais baixo do ano

De acordo com o Barómetro Marktest, para a TSF e Diário Económico, a popularidade do Presidente da República atingiu o valor mais baixo do ano, provocado pelo impacto negativo da polémica sobre as alegadas escutas a Belém.

A jornalista Judith Menezes e Sousa analisa os dados do barómetro da Marktest para a TSF e Diário Económico

Em queda acentuada, o Presidente da República, Cavaco Silva, perde mais de nove pontos registando o valor mais baixo deste ano no barómetro.

Cavaco Silva está agora com 58,7 por cento de opiniões positivas, contudo, o historial do barómetro mostra valores habitualmente acima dos 60 por cento.

Ainda assim, a maior queda é da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que cai mais de 13 pontos, registando o pior valor desde que assumiu a liderança do partido e o maior número de opiniões negativas entre o eleitorado do PSD, 50 por cento chumbam a actuação de Ferreira Leite.

Também a deslizar, mas ainda em primeiro entre os líderes partidários, está Francisco Louçã que, desta vez, cai 7,5 pontos.

Sobem no barómetro, Paulo Portas, no valor mais alto de sempre, 50 por cento de opiniões positivas no total e 70 por cento junto do voto laranja, e José Sócrates com cerca de 20 por cento de aprovação junto dos que dizem votar no PSD.

No capítulo das intenções de voto, e cerca de um mês depois das eleições, o barómetro espelha a actual arrumação das forças políticas: o PS em primeiro, com 42,9 por cento, depois o PSD que cai oito pontos para os 23,7 por cento, o CDS regista 12,5 por cento, depois o Bloco 8,8 por cento e, por último a CDU com seis por cento.

In Sapo

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MensagemAssunto: Presidente da República promove assessor das escutas   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQua Nov 25, 2009 12:22 pm

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Presidente da República promove assessor das escutas

por RUI PEDRO ANTUNES
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1221840

Mudanças.

Na sequência do 'caso das escutas', o Presidente havia anunciado "alterações" na Casa Civil, que foram ontem divulgadas no 'site' oficial da Presidência. Ao todo, são quatro as mudanças. Fernando Lima mantém-se em Belém e ainda está mais próximo do Presidente, assessorando o chefe da Casa Civil. Ana Zita Gomes é a nova consultora para a comunicação social


Dúvidas dissipadas: Fernando Lima vai mesmo continuar na Presidência da República, como assessor do chefe da Casa Civil, Nunes Liberato. A remodelação na Presidência da República, iniciada na sequência do "caso das escutas", foi ontem tornada pública no site oficial da Presidência da República, onde o braço-direito de Cavaco aparece no topo da lista - bastante acima do posto que ocupava até ao início da polémica.

Porém, se a promoção orgânica - patente na página oficial de Belém na Internet - é inegável, mantém-se em aberto se pode falar-se também de uma promoção política. O ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares, Alfredo Barroso, é da opinião que sim: "Esta é uma promoção e até significa mais poder, pois lida com todas as áreas e não apenas com a da comunicação social." Em jeito de ironia, Alfredo Barroso diz mesmo que "Fernando Lima passa a ser o 'vice-chefe da Casa Civil', o que na prática já era".

No entanto, a tese não é unânime. Um dos membros fundadores da estrutura da Casa Civil, no tempo de Ramalho Eanes, disse ao DN que não considera esta subida no organograma uma "promoção", mas sim "um arranjo interno". A mesma fonte lembra que o "assessor já é o topo, por isso, não pode subir mais. Pode é passar a consultor para ganhar mais liberdade".

Mas a confirmação da permanência de Fernando Lima não é a única novidade em Belém, havendo mesmo uma minirremodelação em curso - ao todo, são quatro as mudanças relativamente à última composição. Depois da saída de Fernando Lima, José Carlos Vieira estava sozinho na assessoria para Comunicação Social, mas conta agora com uma nova consultora: Ana Zita Gomes. Ainda que com uma designação diferente, a ex-deputada do PSD, ocupa o lugar deixado vago por Lima.

Por outro lado, o gabinete do Chefe da Casa Civil passa a contar com João Vasco Palma Fialho, que transita das Relações Internacionais. Para colmatar essa saída nos assuntos externos, Cavaco Silva nomeou também um novo consultor: Mário Martins.

Já em Setembro, Cavaco Silva, para "não deixar que a dúvida [de alguém ter falado em seu nome] permanecesse", anunciou: "Procedi a alterações na minha Casa Civil." Porém, até ontem estas mudanças não eram conhecidas.

Apesar das alterações ainda não terem sido publicadas em Diário da República (DR), foram ontem tornadas públicas no site oficial da Presidência da República. A última nomeação em Belém publicada em DR é mesmo a do assessor da Casa Militar, João Gonçalves. O DN tentou contactar a Presidência da República para confirmar as nomeações, o que não foi possível até ao fecho desta edição.

Depois de o DN ter divulgado que era Fernando Lima a fonte do jornal Público no "caso das escutas", chegou a ser noticiado o afastamento do homem forte do Presidente, confirmado por uma "fonte da presidência".

Apesar de Cavaco Silva não ter dito expressamente que tinha afastado o seu compagnon de route de sempre, este foi literalmente "apagado" do organograma do site da presidência e foram admitidas, no discurso de 29 de Setembro, "alterações na Casa Civil". Agora, fica a saber-se que Fernando Lima não foi demitido da Casa Civil, estando organicamente mais próximo do PR.

Na declaração, o Presidente não ignorou o envolvimento de Lima, ainda que o tenha, de certa forma, desculpabilizado. Assim o disse o próprio PR : "as interrogações atribuídas a um membro da Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas", tinham como objectivo "puxar o PR para a luta político-partidária".

Fernando Lima continua em Belém como assessor e ainda subiu na hierarquia da Casa Civil. A remodelação na Presidência da República, iniciada na sequência do 'caso das escutas' , foi ontem tornada pública no site oficial da Presidência da República, onde o braço-direito de Cavaco aparece como assessor do Chefe da Casa Civil, Nunes Liberato.

Mas se a manutenção de Fernando Lima é a mais simbólica (depois de anunciado o afastamento), esta não foi isolada, havendo mesmo uma mini-remodelação em Belém. Ao todo, foram quatro as mudanças relativamente à última composição. Depois da saída de Fernando Lima, José Carlos Vieira estava sozinho na assessoria para Comunicação Social, mas agora conta co, uma nova consultora: Ana Zita Gomes. Ainda que com uma designação diferente, a ex-deputada do PSD, ocupa o lugar deixado vago por Lima.

Por outro lado, o gabinete do Chefe da Casa Civil passa a contar com o assessor João Vasco Palma Fialho, que transita das Relações Internacionais.Para colmatar a saída nos assuntos externos, o Presidente nomeou um novo assessor, Mário Martins.

Já em Setembro, Cavaco Silva, para "não deixar que a dúvida [de alguém alguém ter falado em seu nome] permanecesse", anunciou: "procedi a alterações na minha Casa Civil". Porém, até ontem, estas mudanças não eram conhecidas.

Afinal, Fernando Lima não foi afastado da Casa Civil, estando organicamente ainda mais próximo do Presidente. Enquanto antes estava na assessoria para a comunicação social, agora é assessor do único homem que pode representar Cavaco Silva: o chefe da Casa Civil.

Apesar das nomeações do Presidente ainda não terem sido publicadas em Diário da República, já foram colocadas no site oficial da Presidência.

Depois do DN ter revelado que foi Fernando Lima a fonte do jornal Público no 'caso das escutas', chegou a ser noticiado o afastamento do homem forte de Cavaco, confirmado por uma "fonte da presidência".


Dois meses fora da lista

Apesar de Cavaco Silva não ter dito expressamente que tinha afastado o seu compagnon de route de sempre, este foi literalmente "apagado" do organograma do site da presidência e foram admitidas, no discurso de 29 de Setembro, "alterações na Casa Civil". Agora, fica a saber-se que Fernando Lima não foi demitido da Casa Civil, estando organicamente mais próximo do PR.

Na declaração, o Presidente não ignorou o envolvimento de Lima, ainda que o tenha, de certa forma, desculpabilizado. Assim o disse o próprio PR : "as interrogações atribuídas a um membro da Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas", tinham como objectivo "puxar o PR para a luta político-partidária".

In DN

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MensagemAssunto: Recondução de Lima reacende polémica   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQui Nov 26, 2009 4:41 pm

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Recondução de Lima reacende polémica

por RUI PEDRO ANTUNES
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1222322

O "vice" da bancada do PS não ignorou a nomeação de Fernando Lima como assessor de Nunes Liberato e revelou estar "estupefacto". O chefe da Casa Civil diz que se trata de uma competência do Presidente

As divergências entre o Presidente da República (PR) e o PS estão longe de estar sanadas. Depois do conflito no 'caso das escutas', a confirmação de que Fernando Lima continua em Belém não foi ignorada pelos socialistas. Ontem, coube ao vice-presidente da bancada parlamentar, Ricardo Rodrigues, manifestar "estupefacção".

Escudando-se numa "posição pessoal" - para não alimentar a tensão institucional - o deputado do PS (que já havia dirigido críticas ao PR por este vetar o Estatuto dos Açores) foi mesmo mais longe: "Quero manifestar minha estupefacção por, na Presidência da República, sem qualquer justificação, uma pessoa que tinha alegadamente sido afastada, afinal permanecer [no Palácio de Belém], quem sabe se para fazer a mesma coisa".

Ricardo Rodrigues disse ainda "estranhar" que o Presidente da República "possa manter o mesmo assessor para as funções que já tinha, embora agora para o chefe da Casa Civil".

A reacção do vice da bancada socialista surpreendeu, inclusive, figuras do PS. Pouco depois das declarações de Ricardo Rodrigues, o seu ex-colega de bancada, Maximiano Martins até brincou com o termo utilizado. "Estou 'estupefacto' com o meu amigo e camarada Ricardo Rodrigues ao comentar a manutenção de Fernando Lima em Belém", escreveu o ex-deputado do PS no Twitter.

Mas a prudência é, nesta altura, a palavra de ordem. Ao DN, os socialistas Vitalino Canas e José Junqueiro, que estiveram envolvidos na "guerra" de verão que opôs Belém e S.Bento, recusaram mesmo comentar a decisão de Cavaco Silva. E Vitalino alegou até que "esta é uma questão interna da Casa Civil do Presidente da República", para concluir com um simbólico "sobre isso não faço qualquer intervenção".

O argumento é idêntico ao usado pelo Chefe da Casa Civil à agência Lusa, depois do DN ter noticiado a nomeação de Fernando Lima. "A composição e a estrutura da Casa Civil são uma competência exclusiva do Presidente da República e do chefe da Casa Civil, como aliás acontece nos outros órgãos de soberania", esclareceu Manuel Nunes Liberato. O Chefe da Casa Civil acrescentou ainda que "por uma questão de transparência, a Presidência publica no seu site a composição da Casa Civil e Militar". Já José Junqueiro, agora secretário de Estado, escusou-se a fazer comentários. De resto, a manutenção de Fernando Lima como assessor já era esperada por parte do Governo.

Quem também comentou o caso foi o vice-presidente da Assembleia, Guilherme Silva (PSD), que ontem à noite na Sic Notícias disse não haver "promoção", mas admitiu que "o âmbito de acção [de Lima] é mais amplo, o que reforça a ideia de confiança política".

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MensagemAssunto: Cavaco diz que José Sócrates tem condições para governar   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Dez 12, 2009 10:22 pm

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Cavaco diz que José Sócrates tem condições para governar

por FRANCISCO MANGAS
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1229349

Presidente da República recorda a sua experiência como primeiro-ministro de um executivo minoritário, que aprovou "leis importantes", e recusa "a retórica de dramatização" sobre a governabilidade

"Eu também presidi a um Governo minoritário" e nesses anos foram aprovados dois orçamentos de Estado e legislação importante, como a Lei de Base do Sistema Educativo, lembrou, ontem, Aníbal Cavaco Silva. O Presidente da República recusa assim entrar em "retóricas de dramatização excessiva" sobre a governabilidade do País. A situação, que "não é inédita", mas exige cultura de "responsabilidade" entre as forças políticas.

No final da inauguração do Palácio das Artes-Fábrica de Talentos, no Porto, (início da terceira Jornada do Roteiro para a Juventude) o Presidente da República foi claro na resposta aos que, no PS, pediram uma palavra sua sobre a "ingovernabilidade no Parlamento" : o Executivo minoritário de José Sócrates tem, na sua perspectiva, condições de governabilidade. E sublinhou que a Assembleia da República "é o lugar central" do nosso sistema democrático, porque "os deputados são os representantes do povo".

Como argumento de que não se está perante uma situação de ingovernabilidade, Cavaco Silva lembrou o passado recente. Especialmente os executivos minoritários socialistas (1995 e 2002) de António Guterres, e o tempo em que ele próprio desempenhara as funções de primeiro-ministro sem o seu partido, o PSD, ter maioria no Parlamento. "Sei bem o diálogo que tive de desenvolver. Algumas leis foram reprovadas e se calhar fiquei incomodado".

Mesmo sendo minoritário, esse governo "aprovou leis importantes", além de dois orçamentos de Estado. Entre a legislação relevante então aprovada, Cavaco Silva apontou a Lei de Base do Sistema Educativo e a lei de Segurança Interna. Perante este exemplo, o Presidente recusa alinhar "em jogos que possam aumentar a tensão no País".

Aos que apelaram à sua intervenção, alegando estar em causa o normal funcionamento das instituições - numa alusão ao ambiente muito crispado entre deputados na Assembleia da República -, Cavaco garante ser "o último a interferir nos debates parlamentares".

Alguns, disse ainda, "podem não gostar de tudo o que acontece" no Parlamento. "Mas a quem compete organizar o funcionamento dos seus trabalhos é à Assembleia da República". O Presidente seguirá, "uma rigorosa po- sição" de independência e imparcialidade. "Serei sempre um referencial de estabilidade".

O Presidente da República - realçou ainda - "é a válvula de segurança do funcionamento das instituições democráticas, é a reserva de último recurso e deve sempre preservar essa posição de independência e imparcialidade". Não querendo interferir e recusando a "dramatização excessiva", fez, contudo, um apelo ao "bom senso" e à "responsabilidade" entre as diversas forças partidárias.

"Neste tempo de exigência na negociação, no diálogo e no entendimento, é bom que, ao lado, esteja também a responsabilidade. Devemos esperar que, ao lado da cultura de negociação, exista a cultura de responsabilidade", sublinhou.

O Presidente começou o Roteiro para a Juventude, no Porto, com a inauguração do Palácio das Artes- Fábrica de Talentos, uma escola para jovem criadores.

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MensagemAssunto: Cavaco promulga alteração à lei do Código Contributivo   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 9:30 pm

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Cavaco promulga alteração à lei do Código Contributivo

por DN.PT com Lusa
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1235557

O Presidente da República promulgou o diploma que adia em um ano o novo código dos regimes contributivos do Sistema Previdencial da Segurança Social. O diploma foi apresentado pelo CDS-PP e viabilizado por toda a oposição.

O Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que altera a data de entrada em vigor do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, lê-se no site da Presidência da República.

"O Presidente da República promulgou o Decreto n.º 4/XI da Assembleia da República que aprova a primeira alteração à Lei nº 110/2009, de 16 de Setembro, (aprovou o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social), estabelecendo uma nova data para a sua entrada em vigor", refere o site da Presidência.

O prazo para o Presidente da República, Cavaco Silva, poder suscitar a fiscalização preventiva da constitucionalidade do diploma aprovado pela oposição que adia para Janeiro de 2011 a entrada em vigor do Código Contributivo terminava terça-feira.

Para o Presidente vetar ou promulgar o diploma o prazo terminava dia 10 de Janeiro, segundo os prazos fixados na Constituição da República, que confere 20 dias ao chefe de Estado para decidir.

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MensagemAssunto: A verdade de quem?   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSex Jan 22, 2010 11:08 pm

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A verdade de quem?

por FERNANDA CÂNCIO
Hoje

Presidente da República - Página 2 Fernanda_cancio

Fernando Lima, actual assessor político de Cavaco, deu à estampa no Expresso passado um texto intitulado "A minha verdade" e apresentado pelo próprio como um esclarecimento do caso das "escutas de Belém".

Ninguém percebeu por que raio Lima, insistentemente procurado pelos media para responder a perguntas sobre o caso que qualifica de "intriga para envolver o Presidente na luta eleitoral" mal este surgiu como resultado de uma manchete do Público de 18 de Agosto de 2009, resolveu agora - quando o assunto parecia "morto" - relembrá-lo. Diz ele que é para que "a mentira não passe incólume à história".

Que mentiras denuncia Lima? A manchete do Público sobre as "vigilâncias" citava uma fonte da Casa Civil de Cavaco. Lima, então assessor para a comunicação do PR, admite que alguém falou ao Público, mas que o jornal "transformou uma resposta irada, ditada pelo absurdo das questões, em 'suspeitas gravíssimas', veiculadas por 'fonte oficial'". Ou seja: confirma o que o provedor do Público disse e que foi negado quer pelo anterior director do jornal quer pelos jornalistas responsáveis pela notícia: só teria havido uma "fonte". Mais: Lima diz que a capa foi "inesperada". O que desdiz também a afirmação do director do Público de que a notícia só tinha sido publicada depois de "uma fonte autorizada autorizar o jornal a fazê-lo".

Uma semana sobre o texto de Lima, nenhum dos que ele chama mentirosos reagiu. Devemos pois crer nele? Não necessariamente. Afinal, a notícia cuja origem Lima admite, cinco meses depois, ter sido uma espécie de graçola nunca foi desmentida pela Presidência. Nunca. Como é que a inocência protestada por Lima, e na qual ele inclui toda a Presidência, resiste a isso? Mal. E pior ainda quando se constata que Lima esquece a existência da notícia de 19 de Agosto em que o Público veio consubstanciar a tese das vigilâncias. Aquela sobre um assessor do primeiro-ministro que acompanhou a viagem de Cavaco à Madeira em Abril de 2008. É como se esta "notícia" não existisse: Lima passa ao ataque ao DN e à manchete de Setembro de 2009 que revela, através da publicação de um mail de um jornalista do Público para um colega, uma conversa com Lima em que este lhe passou um dossier sobre o assessor. Ora não só Lima garante que o mail "não tem correspondência com a realidade" (depois de o Público ter reconhecido a autenticidade do mesmo ao anunciar uma investigação sobre a forma como chegou ao DN) como diz que "nunca houve qualquer desenvolvimento de notícias decorrentes da suposta conversa referida no e-mail", quando toda a gente sabe que essa "suposta" conversa coincide em tudo com a notícia do Público a 19 de Agosto. Não contente com negar o inegável, Lima escusa-se a confirmar ou infirmar a existência da conversa: "Nunca revelei a ocorrência ou o teor de conversas com os jornalistas e não se espere de mim que alguma vez o venha a fazer", diz. Isto no mesmo texto em que "explica" a primeira manchete do Público com a narração de uma conversa com jornalistas.

"Entendamo-nos. Eu sei que esta trama raia o incrível e que é um daqueles casos em que a realidade ultrapassa a ficção", diz Lima. De facto. Só falta entender para quê mais esta peça do romance.

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MensagemAssunto: "A minha preocupação é o elevado índice de desemprego"   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeQua Mar 10, 2010 10:07 pm

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"A minha preocupação é o elevado índice de desemprego"

por DN.pt
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1265459

Em entrevista dada hoje à RTP o Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou que o Governo tem condições para governar e que a estabilidade política é fundamental para resolver os problemas do País.

O Presidente da República afirmou hoje na RTP, durante o programa de Judite de Sousa, "Grande Entrevista", transmitido directamente do Palácio de Belém, que a estabilidade política é fundamental para a concretização das medidas que o País precisa para sair da situação económica difícil em que se encontra.

Questionado se o Governo teria legitimidade para continuar a governar, Cavaco Silva afirmou que "o programa apresentado pelo Governo na Assembleia da República não foi rejeitado e nenhum partido apresentou uma moção de censura. A Assembleia da República não retirou a confiança ao Governo".

Em relação a uma possível dissolução do Parlamento em caso de ingovernabilidade, o Presidente considerou que o problema não se coloca actualmente. "A dissolução do parlamento só deve ocorrer em situações politicas muito graves".

"Há uma certa confusão em relação às competências do Presidente da República, o Presidente está proibido constitucionalmente de demitir o primeiro-ministro, o que pode é demitir o governo, mas essa é uma situação muito excepcional".

Quando questionado acerca do que faria na eventualidade da Comissão Parlamentar de Inquérito provar que o primeiro-ministro mentiu no Parlamento em relação ao caso do controlo dos media por parte do Governo, Cavaco Silva afirmou que "as conclusões políticas serão sempre tiradas pela Assembleia da República, só depois é que o Presidente da República pode ser chamado a intervir"

"Mas eu penso que Portugal precisa é de estabilidade política para poder enfrentar a situação económica difícil em que se encontra e não podemos dizer que o Governo não tem condições para tomar as medidas necessárias para enfrentar os problemas". " O Presidente da República não pode substituir as competências do Governo".

"A minha grande preocupação, como Presidente, é com aquilo que preocupa os portugueses, e nesse sentido, a minha grande preocupação é o elevado índice de desemprego, que é o que mais preocupa os portugueses neste momento".

Questionado sobre se considera que o Governo tem condições para levar o seu mandato até ao fim, Cavaco Silva considerou que "todos os presidentes desejam que os governos cumpram integralmente os seus mandatos e eu não fujo à regra, porque o que Portugal precisa é de estabilidade política"

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MensagemAssunto: Cavaco: Ainda não há nenhuma decisão sobre regresso   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSex Abr 16, 2010 4:15 pm

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Cavaco: Ainda não há nenhuma decisão sobre regresso

por Lusa
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1281086

O Presidente da República disse hoje ter ainda alguma esperança em regressar esta noite a Lisboa, mas reconheceu que neste momento existem apenas hipóteses que estão a ser analisadas, depois do encerramento do espaço aéreo da República Checa esta manhã.

O espaço aéreo da República Checa encerrou esta manhã às 12:00 locais (11:00 em Lisboa), devido à nuvem de cinzas vulcânicas proveniente da Islândia.

"Neste momento nós estamos em contacto com as autoridades checas e em contacto com a Força Aérea portuguesa e estamos a observar aquilo que acontece nos aeroportos dos países vizinhos, em particular Viena, Munique e Frankfurt", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, que devia regressar ao final da tarde a Lisboa, depois de uma visita de Estado de três dias na República Checa.

Admitindo que tem ainda "alguma esperança" em sair esta noite, Cavaco Silva reconheceu, contudo, que "neste momento existem apenas hipóteses que estão a ser analisadas, que estão a ser acompanhadas e não existe qualquer decisão neste momento".

"Há pouco recebemos a informação que Munique tinha aberto, o que pode dar alguma esperança, mas não vos posso confirmar de que também Praga possa abrir", adiantou, em declarações aos jornalistas num hotel de Praga.

Questionado como está a lidar com o imprevisto, Cavaco Silva disse estar a "lidar bem", porque confia nas pessoas que o acompanham e que estão a tratar do assunto.

"Com certeza que sairemos daqui cuidando bem da vossa segurança e dos empresários que nos acompanham", assegurou, dizendo em tom descontraído que espera que não se confirme a notícia que leu "algures num telex" que "coisas destas podem durar uma semana".

"São coisas inesperadas que acontecem, mas os senhores apenas mandam um telegrama para as vossas redacções a dizer assim: por agora e por razões de segurança, nós permanecemos em Praga, lamentamos profundamente o acréscimo de despesa que possamos proporcionar, mas entendemos que a segurança dos representantes dos meios de comunicação social, tal como do senhor Presidente da República, podem acrescentar, está acima de tudo", acrescentou, provocando risos entre a comitiva de 23 jornalistas que acompanham a visita de Estado de Cavaco Silva à República Checa.

"Temos de encarar isto com alguma descontracção", adiantou ainda.

Cavaco Silva deslocou-se à República Checa com uma comitiva de cerca de uma centena de pessoas, que integra os secretários de Estado da Energia e Inovação (Carlos Zorrinho) e dos Assuntos Europeus (Pedro Lortie), 35 empresários, quatro deputados, 23 jornalistas, membros do Protocolo de Estado, da Casa Civil do Presidente, elementos da segurança e outros convidados.

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MensagemAssunto: Presidente dá boleia até Barcelona (actualizada)   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSáb Abr 17, 2010 3:26 pm

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Presidente dá boleia até Barcelona (actualizada)

por João Pedro Henriques, com Lusa
Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1281469

O Presidente da República partiu hoje de Praga, onde esteve retido desde sexta feira devido à nuvem de cinzas vulcânicas proveniente da Islândia. O destino final será Barcelona - na melhor das hipóteses. Na comitiva seguem 6 crianças.

As crianças são dos Açores e estavam em Praga num programa comunitário de intercâmbio escolar. Pediram auxilio à embaixada e a boleia arranjou-se. O enfermeiro presidencial providenciou-lhes comprimidos para o enjoo. Estão acompanhadas por dois professores.

Quem não esperou pela comitiva de Cavaco foi Luís Filipe Pereira, da Efacec, que pressionado por uma inauguração de uma fábrica nos Estados Unidos. Deixou a República Checa de ... táxi.

O chefe de Estado irá passar a noite de hoje em Estrasburgo, partido de carro no domingo de manhã para Barcelona.

Em Barcelona, onde deverá chegar ao início da noite, terá um Falcon à sua espera para o transportar para Lisboa. Caso o aeroporto de Barcelona encerre entretanto - possibilidade cada vez mais aventada na comitiva - Cavaco Silva seguirá para Lisboa de carro.

A comitiva, de cerca de uma centena de pessoas, que acompanhou o Presidente da República na viagem oficial que realizou até sexta feira à República Checa, fará o mesmo percurso que o chefe de Estado, partindo de Praga cerca de uma hora de depois em três autocarros.

O programa da viagem de regresso do chefe de Estado a Lisboa foi fixado depois da Presidência da República ter recebido informações das autoridades aeronáuticas europeias, checas e portugueses que apontavam para a possibilidade de não ser possível regressar a Portugal de avião nos próximos dias.

"Não temos qualquer garantia de poder sair daqui via aérea nos próximos dias", isse fonte de Belém num 'briefing' com os 23 jornalistas que acompanharam a viagem de Estado de Cavaco Silva à República Checa.

Por isso, acrescentou, foi decidido organizar a saída de Praga por via terrestre "o mais rápido possível", tendo por base o plano que tinha sido mais ou menos estabelecido nas últimas horas pela Presidência da República.

Na viagem de carro de Praga até Estrasburgo (606 quilómetros) e depois de Estrasburgo até Barcelona (1132 quilómetros), o Presidente da República será acompanhado por uma comitiva "muito restrita" com escolta.

Nessa comitiva "muito restrita" estarão apenas integrados os secretários de Estado dos Assuntos Europeus, Pedro Lortie, e da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, o chefe da Casa Civil do Presidente da República, elementos da segurança e o ajudante de campo do chefe de Estado.
A chegada de Cavaco Silva a Estrasburgo está prevista para cerca das 20:00 locais (19:00 em Lisboa).

No domingo de manhã, perto das 08:00 locais (07:00 em Lisboa), o Presidente da República partirá para Barcelona, onde chegará ao início da noite, partido de imediato para Lisboa num 'Falcon'.
Se o aeroporto de Barcelona encerrar entretanto, Cavaco Silva poderá seguir diretamente para Lisboa de carro ou então passar aí a noite e viajar na manha seguinte para Lisboa.

A restante comitiva que acompanhou a visita de Estado de Cavaco Silva à República Checa, perto de uma centena de pessoas, entre os quais 35 empresários, 23 jornalistas, membros do Protocolo de Estado, da Casa Civil do Presidente, e outros convidados, fará exatamente o mesmo percurso que o chefe de Estado, mas em três autocarros.

A viagem desta comitiva de Barcelona para Lisboa será efetuada num C-130 da Força Aérea Portuguesa ainda na noite de domingo.

Em alternativa, e caso o aeroporto de Barcelona encerre entretanto, a comitiva passará a noite naquela cidade da Catalunha e seguirá de autocarro na segunda feira de manhã para Lisboa.

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MensagemAssunto: Movimento extremista ameaça Presidente de morte   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSex maio 07, 2010 1:15 pm

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Movimento extremista ameaça Presidente de morte

Hoje

Presidente da República - Página 2 Ng1289892

A PJ e o SIS estão a investigar ameaças explícitas de morte ao Presidente da República, Cavaco Silva, levadas a cabo por movimentos extremistas.

Segundo avança o Correio da Manhã, elementos do grupo Rede Libertária estão a incentivar à violência contra altas figuras do Estado, sendo o Presidente da República o alvo mais visado.

Os incentivos à violência estão a ser difundidos pela Internet, tendo já a PJ efectuado buscas,em Setembro, a uma casa na região de Lisboa. Na operação policial, com mandato de busca e apreensão à casa do suspeito, foi apreendida literatura de cariz extremista e material informático que está agora entregue à Polícia Judiciária.

Conforme explica o Correio da Manhã, o suspeito,denunciado como autor de uma mensagem no blogue do grupo Rede Libertária, foi levado para as instalações da PJ e constituído arguido pelos crimes de difamação e incitação à violência contra o Presidente da República.

O Grupo Rede Libertária, constituído por anarquistas conotados com a extrema-esquerda e que conta nas suas fileiras com cadastrados por crimes diversos, é vigiado pela PJ pelo menos desde 2007, ano em que 150 jovens ligados ao grupo se manifestaram no Chiado, em Lisboa, para travar os festejos do 25 de Abril. Na altura, vários polícias foram agredidos com garrafas, paus e barras de ferro e onze elementos do grupo foram levados a julgamento, relembra ainda o CM.

Ainda segundo o Correio da Manhã, o grupo terá apoios no exterior, tendo sido detectada a presença de elementos estrangeiros em Portugal em apoio aos extremistas portugueses.

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MensagemAssunto: Re: Presidente da República   Presidente da República - Página 2 Icon_minitimeSex maio 07, 2010 1:27 pm

Citação :
O Grupo Rede Libertária, constituído por anarquistas conotados com a extrema-esquerda e que conta nas suas fileiras com cadastrados por crimes diversos, é vigiado pela PJ pelo menos desde 2007, ano em que 150 jovens ligados ao grupo se manifestaram no Chiado, em Lisboa, para travar os festejos do 25 de Abril. Na altura, vários polícias foram agredidos com garrafas, paus e barras de ferro e onze elementos do grupo foram levados a julgamento, relembra ainda o CM.

É no que dá o mau entendimento de liberdade, para que seja possível este tipo de agrupamento de facínoras.

Neste caso, estou incondicionalmente ao lado de Cavaco Silva, pois não pactuo com estas tomadas de posição, seja quem for a quem as ameaças se destinem.

A PJ tem de actuar energicamente e não apenas vigiar, já que de gente sem escrúpulos se trat e, se deixarem o cancro metastizar...

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