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 A Rainha que nunca deixou de o ser

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MensagemAssunto: A Rainha que nunca deixou de o ser   A Rainha que nunca deixou de o ser Icon_minitimeQua Nov 19, 2008 6:42 pm

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A RAINHA QUE NUNCA DEIXOU DE O SER

A Rainha que nunca deixou de o ser 524684

MARIA JOÃO PINTO

D. Amélia.

A Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, inaugura hoje a exposição 'Os Anos de Exílio da Rainha D. Amélia - Colecção Rémi Fénérol'. Selecção de um mais vasto espólio, em parte inédito em Portugal, reúne cerca de 400 peças chegadas até nós graças a um extraordinário gesto de lealdade e de apreço, em vida e para além da morte, por parte

da rainha e dos empregados que a serviram no seu longo exílio no Reino Unido e na França

A RAINHA QUE NUNCA DEIXOU DE O SER

O que fica de uma vida e dos objectos que fizeram parte dela? No nascimento e ao longo de 41 anos, até à sua morte, uma rainha que nunca deixou de o ser conheceu os caminhos do exílio e, talvez por isso, deu aos objectos de que se rodeou um outro valor. Que Lisboa poderá a partir de hoje partilhar, na exposição "Os Anos de Exílio da Rainha D. Amélia - Colecção Rémi Fénérol", organizada pela Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves (CMAG), em Lisboa: síntese de um mais vasto espólio, outrora oferecido pela rainha a empregados seus e que estes conservaram, geração após geração, num extraordinário e raro gesto de lealdade e de apreço em vida e para além da morte.

Rémi Fénérol, que hoje estará em Lisboa para a inauguração da exposição, composta por cerca de 400 peças hoje na sua posse, era já coleccionador de espólio da Família Orleães quando, na década de 80, adquiriu em leilão um conjunto de objectos provenientes de antigos empregados de D. Amélia.

Este núcleo dedicado à última rainha de Portugal, lembra ao DN José Alberto Ribeiro, director da CMAG, acabaria por ganhar crescente expressão com novas aquisições - feitas em posteriores leilões de espólio da família ou já na posse de terceiros, no caso de peças não reclamadas por via familiar ou não inscritas em testamento. Ou, como Lisboa poderá ver, aquisições em larga medida resultantes do contacto directo com descendentes do pessoal que servira a rainha no exílio, por pesquisa do coleccionador. Nome a nome, apelido a apelido, com realce, entre eles, para os Girard-Souza-Moreau e os Jouve.

Uma das árvores genealógicas que ajudará a enquadrar a exposição ilustrará justamente as "várias gerações de empregados que, durante 40 anos, trabalharam com a Rainha D. Amélia e a quem ela foi sempre oferecendo objectos seus", lembra José Alberto Ribeiro. Peças que, em muitos casos, "haviam saído de Portugal há 98 anos, aqui regressando pela primeira vez em quase um século".

Mostra intimista, beneficiou também do entusiasmo do coleccionador, sendo esta a "primeira vez que Rémi Fénérol empresta tão grande número de objectos da sua colecção".

À medida que ia preparando a exposição, José Alberto Ribeiro foi-se apercebendo de um aspecto raro em situações análogas: o gesto de gratidão que estava por trás de cada uma destas peças, de jóias a simples mensagens manuscritas do dia-a-dia de uma casa. "Perdida a sua família mais próxima", quase toda ela de forma trágica, D. Amélia "encontra uma família nos empregados que teve ao seu serviço", lembra. Esse gesto de gratidão era recíproco: "Marcou-os profundamente, de tal modo que guardaram religiosamente os objectos que D. Amélia lhes oferecera. Num testemunho de amizade por quem os protegeu, ajudaram assim a preservar esta memória".

Rémi Fénérol, refere José Alberto Ribeiro, sentiu o mesmo à medida que foi contactando os descendentes das famílias que então estiveram ao serviço da rainha. Em particular quando conheceu Lucie Roussier, uma das suas últimas empregadas. "Foi encontrá-la ainda viva na Suiça e, para lá das memórias que guardava dela, tinha ainda um cordão que D. Amélia lhe dera". Anos mais tarde, Rémi Fénérol recebe um telefonema inesperado: Lucie Roussier falecera, mas deixara esse cordão em testamento ao coleccionador. Para que continuasse em boas mãos.

In DN

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