Fantômas
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| Assunto: BAIXAR OU SUBIR AS TAXAS DE JURO Qua Out 29, 2008 5:31 pm | |
| . BAIXAR OU SUBIR AS TAXAS DE JURO Manuel Queiroz Jornalista O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, anunciou, num discurso em Espanha, a possibilidade de baixar as taxas de juro directoras do euro e os jornais espanhóis dão-lhe a capa já como medida segura. De facto, se o presidente do BCE, que tem que ser sempre muito cauteloso com as palavras, diz que "talvez baixe as taxas a 6 de Novembro", o mercado desconta imediatamente essa baixa.O Publico espanhol diz, no entanto, que será "tarde e pouco" (espera-se meio ponto) e o El País nota na capa que Trichet "rompe com o seu habitual sigilo" ao revelar essa intenção com 15 dias de antecedência. Em Itália, o La Stampa também lhe dá o título principal. Mas na Islândia o banco central do pequeno país decidiu aumentar em 6% a taxa de juro, colocando-a nos 18%, algo inimaginável até porque há 15 dias tinha feito exactamente o contrário. O governador do banco central é um político, David Odsson, que foi primeiro-ministro durante 13 anos e que muitos acusam como grande responsável pela crise económico- -financeira no país. A subida da taxa é já parte do acordo com o FMI, porque a Islândia precisa urgentemente de dois mil milhões de dólares para começar a estabilizar a economia depois de ter sido obrigado a nacionalizar os seus três maiores bancos. E precisa de mais quatro mil milhões dentro de poucas semanas... O problema é que a sua moeda, a coroa, já quase não vale nada e se o país não tiver reservas de moeda estrangeira não pode pagar a sua enorme dívida. A pequena ilha deve acabar o ano com a inflação perto dos 20% e desemprego de 8%. Mas a Hungria, cuja moeda também está em perda, também teve que subir as taxas de 8,5 para 11,5% e há muitos países em dificuldades - Ucrânia (já pediu ajuda ao FMI), Rússia (com os preços do petróleo a cair), os países bálticos e até a Eslovénia, que já pertence ao euro, e a Eslováquia, que em princípio deve entrar na moeda única em breve. A vida não está fácil. In DN | |
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