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 Crise Financeira

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MensagemAssunto: Crise Financeira   Crise Financeira Icon_minitimeSeg Set 15, 2008 4:25 pm

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Pinho crê que falência de Lehman Brothers não vai afectar Europa

Crise Financeira Ng1040732

Hoje às 14:55

O ministro da Economia, Manuel Pinho, admitiu que o anúncio da falêncio do banco Lehman Brothers, não é uma boa notícia para a economia, mas frisou que esta não vai afectar a Europa. Já o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira, acredita que as «consequências indirectas» desta falência vão afectar as economias de todos os países.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1013486

- Manuel Pinho considera que a falência do Lehman Brothers não vai afectar Europa

- Faria de Oliveira frisa que «nenhuma economia» fica «isenta» a este tipo de situações

- Faria de Oliveira não acredita que haja grandes efeitos da falência do Lehman Brothers sobre a Caixa Geral de Depósitos

O ministro da Economia admitiu que a falência anunciada do banco Lehman Bothers não é uma boa notícia para a economia mundial, até porque as perspectivas de crescimento têm sido revistas em baixa.


«A situação financeira nos EUA está a revelar-se pior do que se pensava. Felizmente, a mesma situação não se aplica à Europa, sobretudo ao nosso país», notou Manuel Pinho.


O titular da pasta da Economia socorreu-se dos números mais recentes para lembrar que «no segundo trimestre, crescemos mais do que na Zona Euro (+0,5) e continuou a criação de emprego e a inflação é mais baixa que a média da Zona Euro».


«A situação internacional é muito complicada e temos de tentar reagir o melhor possível neste contexto internacional adverso», concluiu o ministro da Economia.


Por seu lado, o presidente da caixa Geral de Depósitos não é tão optimista quanto Manuel Pinho, uma vez que lembrou que «nenhum economia de nenhum país fica isenta» a esta tipo de fenómenos.


«Obviamente, temos de estar preocupados. Não é este caso concreto que afectará instituição A ou B de uma maneira muito intensa, depende de ter tido algum envolvimento, designadamente, em alguns fundos», explicou Faria de Oliveira.


O responsável máximo do maior banco português acredita que esta crise afectará de forma «pouco significativa» a banca nacional, apesar de os «efeitos indirectos» irem com toda a certeza afectar a banca portuguesa.


Sobre o efeito que a falência do Lehman Brothers poderá ter na Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira não quis adiantar grandes dados até porque disse nem os ter, apesar de acreditar que estes não serão «relevantes».


«É matéria que terá de ser explicitada com todo o rigor. Se houver algum envolvimento em algum fundo terá de ser declarado imediatamente e obviamente as instituições terão de o fazer», sublinhou.


Faria de Oliveira acrescentou ainda que os clientes do banco que dirige podem ficar tranquilos, uma vez que este tipo de questão nem sequer está a preocupar a Caixa Geral de Depósitos.

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Última edição por Admin em Qua Out 01, 2008 1:13 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Crise Financeira   Crise Financeira Icon_minitimeSeg Set 15, 2008 4:46 pm

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Escritório da Lehman Brothers em Portugal não quer fazer comentários

Hoje às 15:58

O escritório em Portugal da Lehman Brothers não pretende comentar os efeitos no mercado nacional da falência deste banco nos EUA. Entretanto, a instituição já se colocou sob o capítulo 11 da lei norte-americana de falências.

O escritório da Lehman Brothers em Portugal mostrou-se indisponível para comentar as consequências para o mercado português e para os seus funcionários portugueses da falência do quarto maior banco norte-americano.


«Não há ninguém disponível para falar convosco ou responder a quaisquer questões», indicou a agência Lusa uma funcionária do Banco de Portugal, que recusou identificar-se.


O banco, que tem as suas instalações em Lisboa num escritório de uma empresa de gestão de activos financeiros e imobiliários detida pelo Lehman Brothers, nas Amoreiras, também vedou as suas instalações à agência Lusa.


Entretanto, o porta-voz do tribunal de falências de Nova Iorque confirmou que o banco colocou-se sobre o capítulo 11 da lei norte-americana de falências, sem dar mais pormenores sobre este facto.


Esta entidade bancária perdeu cerca de 3,9 mil milhões de dólares apenas no terceiro trimestre de 2008, depois de importantes depreciações nos seus activos ao nível dos seus créditos imobiliários.


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MensagemAssunto: Fed agiu certo ao deixar Lehman afundar, dizem jornais dos EUA   Crise Financeira Icon_minitimeTer Set 16, 2008 6:20 pm

Fed agiu certo ao deixar Lehman afundar, dizem jornais dos EUA

Os principais jornais americanos foram praticamente unânimes em dizer nesta terça-feira - um dia depois da queda das bolsas no mundo inteiro - que o Banco Central dos Estados Unidos, o Fed, fez bem em não intervir na crise provocada pelo pedido de concordata do banco de investimentos Lehman Brothers.

“É estranhamente tranqüilizador que o Departamento do Tesouro e o Federal Reserve tenham deixado o Lehman Brothers fracassar, deixado de subsidiar a embaraçosa venda do Merrill Lynch para o Bank of América e ter tentado alinhar empréstimos para o American International Group, a seguradora em dificuldades, em vez de eles mesmos fazerem o empréstimo”, afirma o New York Times em editorial.

“Em vez disso, os estonteantes eventos em Wall Street sugerem que o sistema pode estar forte o suficiente para absorver a quebra do Lehman e do Merrill", diz o jornal, que alerta, entretanto, que "o caos no AIG parecer mais difícil de engolir.”

'Washington Post'

Para o Washington Post, a queda do Lehman Brothers e as dificuldades enfrentadas pela seguradora AIG trazem novas incertezas e perigos para um sistema financeiro global já cambaleante.

“Mas o governo americano estava certo ao deixar o Lehman afundar”, afirma o editorial publicado nesta terça.

O jornal afirma que apesar de o governo ter ajudado um banco muito menor, o Bear Stearns, quando este esteve em dificuldades, as duas situações têm diferenças: “o colapso do Bear Stearns foi relativamente repentino e potencialmente chocante para ao sistema financeiro, enquanto a morte do Lehman vinha sendo anunciada há meses, dando aos investidores mais tempo para se adaptar e preparar”.

“Ou talvez os responsáveis pelas políticas econômicas do país, já tendo ajudado o Bear Stearns e os gigantes de hipoteca Fannie Mãe e Freddie Mac, simplesmente escolheram o Lehman para mostrar que o governo não pode resgatar todo mundo. Qualquer que seja a razão, nós achamos que a decisão foi correta”, diz o Washington Post.

'Wall Street Journal'
No Wall Street Journal, uma análise afirma que a crise nos mercados financeiros “vai reorganizar o cenário financeiro”.

“Mas isso não quer dizer que a indústria via encolher dramaticamente. Na verdade, a crise atual pode levar a um aumento na demanda por serviços financeiros, enquanto o mundo luta com a necessidade de novos instrumentos financeiros, novas técnicas de adminsitração de risco e a crescente complexidade do mundo financeiro”, afirma o WSJ.

O artigo responsabiliza as próprias emrpesas por seus fracassos, por terem apostado alto no arriscado mercado das hipotecas de alto risco, e elogia a decisão do Fed de não intervir.

O autor Jeremy J. Siegel, professor de Finanças da Universidade da Pensilvânia, acredita que, apesar da crise, não haverá uma Grande Depressão como a dos anos 30.

“Eu tomo como uma marca de confiança no nosso sistema que o Fed não tenha se sentido compelido a resgatar o Lehman Brothers como o fez em março passado, quando ajudaram na fusão do Bear Stearns com o J.P. Morgan”.
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MensagemAssunto: Crise financeira   Crise Financeira Icon_minitimeSáb Set 20, 2008 9:04 pm

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Pânico dá lugar à euforia no melhor dia de sempre

Crise Financeira 826454

PEDRO FERREIRA ESTEVES

Mercados. Para grandes males, grandes remédios.

A crise financeira não desapareceu de repente. Mas o sentimento dos investidores melhorou assim que se soube que os EUA vão pagar para livrar os bancos dos "activos tóxicos". Contudo, o fim anunciado das vendas a descoberto de acções foi o grande motor

Índices europeus registaram ganhos entre 8% e 9%

À maior crise financeira desde o crash de 1929, as bolsas europeias responderam ontem com a maior subida diária desde que os índices têm a actual estrutural. Os ganhos de entre 8% e 9% nos mercados bolsistas na Europa - incluindo Lisboa - , acompanhados de uma descida dos preços da dívida pública e das matérias-primas de refúgio, traduziram o regresso em força dos investidores ao risco. Foram dois os factores que justificaram este movimento: o pacote de medidas do governo dos EUA para limpar os activos "tóxicos" dos bancos e, mais decisivo, o fim da prática de vendas da descoberto que tinha afundado as bolsas nos últimos dias.

A crise financeira que ganhou novo fôlego com a falência do Lehman Brothers, há uma semana, traduziu-se no "desaparecimento" de 1,9 triliões de dólares das bolsas mundiais (1,3 milhões de milhões de euros). Só ontem, mais de metade dessa factura foi recuperada. Os ganhos na Europa seguiram a tendência proveniente dos EUA, onde os índices acumularam, em dois dias, a maior valorização desde a década de 70. Na Rússia, onde a bolsa esteve fechada dois dias devido às fortes e rápidas quedas, a recuperação cifrou-se em 25%. Nos emergentes asiáticos, os ganhos replicaram os da Europa.

Os investidores respiraram de alívio quando circularam rumores de que as autoridades federais norte-americanas estão a preparar um fundo na ordem dos 800 biliões de dólares (550 mil milhões de euros) para "absorver" os activos "tóxicos" que enchem os balanços dos bancos mundiais. No fundo, trata-se de "apagar" o rasto das falências no sector do crédito hipotecário de alto risco (subprime), propagado globamente através de produtos complexos de investimento. E que originaram danos tão graves que levaram à maior falência da história (Lehman Brothers), à "nacionalização" da maior seguradora mundial (AIG) e das duas maiores hipotecárias dos EUA (Freddie Mac e Fannie Mae), bem como às compras "forçadas" do Bear Sterns ou Merrill Lynch.

Em paralelo, as autoridades estarão também a preparar um fundo de 400 biliões de dólares como garantia para os investimentos no mercado monetário, que atingiu mínimos históricos com a crise. Estas iniciativas culminam uma série de intervenções das autoridades federais nos EUA que ultrapassaram os 900 biliões de dólares, entre as quais estão várias injecções de liquidez do mercado interbancário. Na Zona Euro, o Banco Central Europeu encheu este mercado com 130 mil milhões de euros só esta semana. Uma iniciativa sem grande sucesso, já que os bancos continuaram parados, impulsionado as taxas Euribor (as de seis meses chegaram aos 5,23%). Só as medidas veiculadas ontem pararam o pânico.

No entanto, o motor da histórica recuperação de ontem nas bolsas foi a decisão das autoridades reguladores dos EUA e Reino Unido de proibir a prática das vendas a descoberto (short selling). Uma medida seguida pela CMVM. As fortíssimas quedas sofridas pelo Goldman Sachs e Morgan Stanley (que continuam a negociar a integração em bancos de retalho) foram o último sinal de alerta para o impacto da acção dos investidores de alto risco na crise. Na prática, estes agentes colocavam ordens de venda no sistema sem terem as acções respectivas na sua posse (ou usando acções emprestadas). Depois, quando os títulos desciam na sequência do avolumar dessas ordens, eles compravam mais barato. O diferencial de preços servia para comprar, na realidade, as acções e lucrar com o restante.

A proibição desta prática inverteu, automaticamente, o sentido das ordens no sistema. E, em conjunto com o dinheiro fresco que entrou na sequência do regresso da confiança, fizeram disparar as bolsas.

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MensagemAssunto: Plano Paulson   Crise Financeira Icon_minitimeQua Out 01, 2008 1:14 pm

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Senado norte-americano votará hoje à noite o plano Paulson

Crise Financeira Eua27

O Senado norte-americano submeterá hoje à noite a votação uma versão revista do plano de salvamento do sistema financeiro de 700 mil milhões de dólares da administração Bush, após a rejeição do projecto pela Câmara dos Representantes na segunda-feira.

Segundo um conselheiro democrata do Senado, que pediu o anonimato, a votação da câmara alta do Congresso norte-americano terá lugar durante a noite de hoje, após a festa do Novo Ano Judeu.

Esta votação significa que, excepcionalmente, o Senado se vai pronunciar sobre o plano antes da Câmara dos Representantes o voltar a analisar na quinta-feira.

A mesma fonte não revelou quais as alterações efectuadas ao plano relativamente à sua versão inicial rejeitada pela Câmara dos Representantes na segunda-feira.

O plano do secretário norte-americano do Tesouro, Henry Paulson, redigido após longas negociações entre os parlamentares democratas e republicanos e a administração do presidente George W. Bush, foi rejeitado segunda-feira por 228 votos contra 205 pela Câmara dos representantes devido à oposição de uma maioria de parlamentares republicanos.

Esta surpreendente rejeição provocou segunda-feira à noite uma enorme queda nos mercados financeiros, com destaque para Wall Street.

Diário Digital / Lusa


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MensagemAssunto: Votação na 6ª*-feira   Crise Financeira Icon_minitimeQua Out 01, 2008 11:49 pm

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EUA: Câmara Representantes votará 6ª-feira novo Plano Paulson

Crise Financeira Eua27

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deverá votar sexta-feira a Lei para a Estabilidade Económica, também conhecida por Plano Paulson corrigido, afirmou hoje a porta-voz do órgão legislativo, Nancy Pelosi.

O novo plano Paulson deverá ser votado hoje pelo Senado, envolvendo um montante de 700 mil milhões de dólares (478,21 mil milhões de euros) para salvar o sector financeiro e estabilizar os mercados.

Contrariamente às expectativas, a Câmara dos Representantes chumbou segunda-feira o plano Paulson proposto pela administração do presidente dos EUA, George W. Bush.

A Câmara dos Representantes deverá voltar a votar a proposta na próxima sexta-feira, depois de informações iniciais após o chumbo de segunda-feira indicarem que o voto iria decorrer na quinta- feira.

A Câmara dos Representantes chumbou por 12 votos o plano Paulson apresentando com argumento principal que os contribuintes não deveriam pagar os problemas de Wall Street.

Os legisladores dos Estados Unidos estão reunidos para discutir o plano, procurando assegurar novas obter novas medidas que não constavam no projecto inicial, incluindo os seguros dos depósitos, que mais do que duplicam.

Além disso, o novo pacote Paulson prevê o alargamento dos benefícios fiscais, concedendo também benefícios para as famílias norte- americanas.

Diário Digital / Lusa


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MensagemAssunto: Teixeira dos Santos:Aprovação do Plano Paulson é bom sinal   Crise Financeira Icon_minitimeQui Out 02, 2008 1:34 pm

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Teixeira dos Santos: Aprovação do plano Paulson é bom sinal

Crise Financeira Teixeira021008b

O ministro das Finanças disse hoje que a aprovação no Senado do plano de salvamento do sistema financeiro dos Estados Unidos é bom sinal e frisou que as instituições portuguesas têm-se mostrado robustas para resistir à crise.

«Para que este plano seja eficaz é preciso ter a confiança de volta aos mercados financeiros», afirmou Teixeira dos Santos, à margem da inauguração da nova imagem do Multibanco, no Rossio.

Questionado pelos jornalistas sobre os impactos da crise em Portugal e sobre um eventual apoio do Estado a instituições bancárias, Teixeira dos Santos sublinhou que o «sistema financeiro português tem-se mostrado suficinetemente robusto para resistir» a esta crise.

Diário Digital / Lusa


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MensagemAssunto: BCE mantém taxas de juro   Crise Financeira Icon_minitimeQui Out 02, 2008 1:46 pm

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BCE mantém taxas de juro nos 4,25%

Crise Financeira Trichet050608

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro de referência na Zona Euro nos 4,25%. A decisão já era esperada pelos analistas.
Apesar da crise financeira originada nos EUA já ter começado a ter impacto na Europa e de várias economias europeias apresentarem crescimentos trimestrais negativos, a entidade presidida por Jean-Claude Trichet optou por manter o preço do dinheiro.

A elevada inflação – 3,6% em Setembro – continua a pesar de forma decisiva nas políticas seguidas pelo BCE.


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MensagemAssunto: Compra de casa ao nível mais baixo de 5 anos   Crise Financeira Icon_minitimeQui Out 02, 2008 3:18 pm

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Compra de casa ao nível mais baixo de 5 anos

Crise Financeira 963665

PAULA CORDEIRO

Crise do crédito. É o efeito mais visível da actual turbulência: a banca está a conceder menos crédito em Portugal. No segundo trimestre, o volume de empréstimos concedidos caiu 16% e a tendência deverá estar a agudizar-se neste momento

Novos créditos à habitação caem 15,7% no segundo trimestre

O aumento dos juros e o maior aperto na concessão de crédito - as consequências mais visíveis da crise financeira no bolso dos portugueses - está a ditar uma queda acentuada na procura de novos empréstimos à habitação. Uma realidade que os números vêm agora confirmar.

No segundo trimestre deste ano, o montante total concedido para novos créditos destinados à compra de casa caiu 15,77% face a igual período de 2007, enquanto o número de contratos celebrados diminuiu 17,81%, de acordo com dados da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, ontem divulgados. Trata-se da maior queda trimestral dos últimos cinco anos.

Entre Abril e Junho, os bancos portugueses concederam 2,9 mil milhões de euros para novos contratos de crédito à habitação, ou seja, é preciso recuar até ao primeiro trimestre de 2004 para encontrar um valor trimestral absoluto mais baixo. Em relação aos primeiros três meses deste ano, os montantes concedidos caíram 5,8%.

Em consequência, o número de novos contratos de crédito à habitação também diminuiu, baixando para as 30 mil escrituras no segundo trimestre, ou seja, menos cerca de sete mil que em igual período do ano passado.

No que respeita ao saldo total em dívida destes empréstimos, nos primeiros seis meses deste ano, existiam 94,9 mil milhões de euros concedidos para a compra de casa, distribuídos por 1,664 milhões de contratos em vigor. Isto significa que a dívida média à banca de cada família com um crédito à habitação é de 57 mil euros, contra um valor médio de 56,3 mil euros no final do ano passado.

Face ao final de 2007, o saldo de créditos à habitação existentes no sistema até Junho último cresceu 1,4%, enquanto o número de contratos quase estagnou, aumentando 0,2%.

Pedidos mais elevados

Os portugueses estão a pedir menos à banca para comprar casa, mas quem o faz endivida-se por valores mais altos. O valor médio de cada contrato foi, no segundo trimestre deste ano, de 96,3 mil euros, contra o valor médio de 93,7 mil euros, no final do ano passado.

O último mês de Junho registou o nível mais baixos de contratos e montantes concedidos desde 2004, tendo sido celebrados 9,5 mil contratos para um total de 940 milhões de euros concedidos.Uma tendência que só pode ter-se agravado ao longo dos últimos três meses.

De destacar igualmente que os contratos de crédito bonificado existentes no sistema continuam a diminuir, à medida que as famílias vão perdendo o direito à bonificação da sua taxa de juro (o crédito bonificado terminou em Setembro de 2002). Em Junho, ainda existiam 416 mil contratos com bonificação, menos 13 300 que no final do ano passado. Os montantes totais de créditos bonificados atingiam os 15,9 mil milhões de euros, menos 5% que no final do ano passado.

AEP preocupada com efeitos "extremamente gravosos"

ILÍDIA PINTO

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) está particularmente preocupada com os efeitos "extremamente gravosos" da crise financeira mundial nas pequenas e médias empresas (PME), que representam cerca de 92% da economia portuguesa. José António Barros, presidente da AEP, lembrou ao DN que a situação surge num momento em que as PME "se encontram exauridas por um período excessivamente longo de dificuldades, em que consumiram todas as suas reservas e precisam de dinheiro para fundo de maneio e para investir".

A crise financeira, criando, simultaneamente, um problema de liquidez e de confiança no sistema bancário, recorda, "tornando o dinheiro um bem mais escasso e mais caro". Além disso, alerta, "os bancos vão restringir a concessão de crédito às grandes empresas, dificultando seriamente as PME na obtenção de crédito". Uma situação "muito gravosa", salienta, acrescentando que "só se pede bom-senso aos Estados Unidos e que ponham de lado os seus interesses pessoais e políticos de modo a estancar isto". Sobre a linha de crédito bonificada de 500 milhões de euros para as PME, anunciada há um mês pelo ministro da Economia, José António Barros - que segunda-feira se reuniu com José Sócrates - esclarece que o Governo "está, precisamente, a negociar com os bancos o preço a que estes estão dispostos a vender o dinheiro, atendendo a que o Estado se comprometeu a suportar o spread desta linha e parte da Euribor". Manuel Pinho irá anunciar as condições desta linha de financiamento no próximo dia 14, no Europarque, na cerimónia de atribuição dos diplomas PME Líder.

Outros episódios da crise

Europeus divididos

O Governo francês apressou-se ontem desmentir a intenção atribuída ao presidente Nicolas Sarkozy de propor à Comissão Europeia um plano de salvação com fundos de 300 mil milhões de euros para a banca da Europa. No entanto, todos os sinais indicam de que o Presidente em exercício da União Europeia (UE) parece disposto a avançar com uma resposta europeia concertada. O principal obstáculo vem da Alemanha de Angela Merkel, que tem rejeitado esta ideia no passado. Também a Holanda negou estar por trás desta proposta. Para já, têm sido os vários Estados europeus a avançar com nacionalizações parciais ou totais dos bancos em dificuldades. Regulação mais forte, regras apertadas para a remuneração dos gestores e maior exigência na transparência contabilística do sector financeiro, são os principais pontos na agenda.

Reunião G7 em Paris

A reunião dos quatro países europeus do G7 (França, Itália, Reino Unido e Alemanha) decorrerá este sábado, em Paris, anunciou ontem o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Esta reunião foi convocada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que neste momento também preside a União Europeia. Segundo referiu a agência Lusa, Jean-Claude Juncker felicitou a iniciativa do Presidente francês que, deste modo, demonstra querer "tomar a liderança" na resposta da União Europeia à actual crise financeira.

Soros desaprova

George Soros pronunciou-se ontem sobre o Plano Paulson, num artigo de opinião publicado no Financial Times. O investidor norte-americano defende que o plano "favorece Wall Street em detrimento da Main Street" e, por isso, "é politicamente inaceitável". Soros afirma ainda que o plano de emergência foi "mal concebido" e da maneira como está redigido "é uma amálgama de abordagens".

Putin faz acusações

Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, acusou ontem as autoridades norte-americanas de serem "incapazes" de tomar medidas necessárias para travar a actual crise financeira. Não é tanto "a irresponsabilidade de pessoas em concreto, mas sim a irresponsabilidade do sistema, que tenciona ser líder mundial", referiu durante uma reunião. Putin acusa ainda o sistema financeiro norte-americano de estar a afectar as bolsas russas.

BCE intervém

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou ontem que está disposto a absorver 200 mil milhões de euros dos mercados monetários, depois da autoridade monetária da Zona Euro ter voltado a ser "inundada" de depósitos por parte de instituições financeiras da região. Alguns analistas admitem ainda que esta autoridade reguladora europeia pode anunciar ainda hoje uma baixa surpresa das taxas de juro.

Prémios no Dexia

O Governo francês pediu à Caixa de Depósitos e Pagamentos do Estado, que agora é accionista do banco Dexia, para se opor ao pagamento de indemnizações pela saída dos seus dirigentes demissionários. Os presidentes do conselho de administração e comissão executiva do Dexia, Axel Miller e Pierre Richard, apresentaram o pedido de demissão na terça-feira, após o anúncio do plano de salvação por parte das autoridades francesas, belgas e luxemburguesas, no valor de 6,4 mil milhões de euros, que evitou a falência da instituição. Nos termos do seu contrato, Axel Miller tem direito a uma indemnização de 3,7 milhões. A demissão de Miller foi uma condição imposta pelo Presidente francês.

UE alerta para o risco da crise chegar às PME

ALEXANDRA CARREIRA e MANUEL ESTEVES

Proposta. Bruxelas quer novas regras de controlo e supervisão da actividade bancária para evitar crises futuras

A União Europeia (UE) está preocupada com a possibilidade da crise financeira mundial se alastrar às centenas de milhares de pequenas e médias empresas. O principal veículo de transmissão da crise está no crédito, mais precisamente na falta dele, dada a crescente relutância dos bancos em conceder empréstimos às empresas e a particulares, uma consequência da cada vez maior dificuldade das instituições financeiras em conseguir financiar--se no mercado interbancário.

Segundo disse um diplomata europeu ao DN, vão sair duas mensagens essenciais do Conselho de Ministros das Finanças (Ecofin), marcado para a próxima terça-feira. A primeira é a seguinte: é preciso acautelar "a situação das pequenas e médias empresas", que, pela sua dimensão, são as mais vulneráveis face ao aperto da torneira do crédito por parte dos bancos. A segunda mensagem diz respeito às contas públicas, lembrando aos Estados membros que, apesar da crise instalada, as metas do Pacto de Estabilidade e Crescimento "são para manter".

A ideia de um diálogo crescente com as grandes economias, incluindo "Brasil, China e Índia", ressalva a mesma fonte, em linha, aliás, com a posição de Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, vai também fazer parte das conclusões do Conselho Europeu.

Espera-se que os responsáveis dos 27 se pronunciem sobre os salários dos gestores das empresas, à semelhança dos alertas lançados anteriormente. O mesmo diplomata explicou ao DN que este "pode ser mais do que um simples alerta. Embora sejam entidades particulares, as empresas são actores da sociedade".

Este sábado, em Paris, os líderes europeus do G8 vão reunir-se com os presidentes do Executivo comunitário, do Banco Central Europeu e do Eurogrupo, a pedido de Nicolas Sarkozy. Depois da "decepção" demonstrada pela CE face à primeira votação do Plano Paulson no Congresso norte-americano, Durão Barroso, presidente da Comissão, reiterou ontem que "os Estados Unidos têm de assumir a sua responsabilidade".

Bruxelas reforça supervisão bancária

O Comissário do Mercado Interno, Charlie MacCreevy, apresentou ontem uma proposta legislativa que visa reforçar o quadro de supervisão dos bancos e, ao mesmo tempo, melhorar a gestão dos riscos que as instituições financeiras assumem perante o mercado. Desta forma, a CE faz a apologia de um conjunto de regras que force os bancos a mitigar a sua exposição aos riscos e, consequentemente, a desequilíbrios nos mercados financeiros. Na prática, a CE quer impor limites de crédito a clientes por parte de bancos que operem de forma transnacional, em vários Estados membros da UE.

A proposta carece ainda da aprovação do Conselho da UE e do Parlamento Europeu, sendo que, segundo os processos legislativos comunitários, não entrará em vigor antes de 2010.

In DN

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MensagemAssunto: Bush assinou plano de recuperação financeira   Crise Financeira Icon_minitimeSex Out 03, 2008 11:44 pm

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EUA: Bush assinou plano de recuperação financeira

Crise Financeira Bush260908

O presidente dos Estados Unidos George W.Bush promulgou hoje o plano de saneamento financeiro também hoje aprovado na Câmara dos Representantes, a maior intervenção governamental na economia norte-americana desde 1933.

Fonte oficial da Casa Branca anunciou que Bush assinou o «Plano Paulson» sexta-feira, antes de deixar Washington por compromissos políticos e para passar o fim-de-semana no seu rancho do Texas.

Bush, que liderou uma campanha agressiva para assegurar a aprovação do plano de 700 mil milhões de dólares para salvar o sistema financeiro norte-americano, já estava à espera desta aprovação e prometeu assiná-la assim que entrar no seu gabinete.

A Câmara dos Representantes do Congresso aprovou hoje a versão reformulada do plano de saneamento do sistema financeiro norte- americano, com 263 votos a favor e 171 contra.

Diário Digital / Lusa

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MensagemAssunto: Portugal e as poupanças   Crise Financeira Icon_minitimeTer Out 07, 2008 10:24 pm

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Portugal faz parte dos seis países que salvará todas as poupanças

O Governo português não deixará cair nenhuma instituição financeira.

À falta de uma resposta unida da União Europeia para fazer frente à crise financeira que deixou no limiar da ruptura grandes instituições financeiras europeias, como o banco Fortis, o franco-belga Dexia, o alemão Hypo Real Estate ou o italiano Unicredit, os líderes dos Estados-membros decidiram agir isoladamente, sem esperar sequer pelo resultado das reuniões de ontem e hoje dos ministros das Finanças dos 27.

As medidas de emergência tomadas unilateralmente pela Grécia, Irlanda e Alemanha nos últimos dias, que decidiram tranquilizar os aforradores dos seus países garantindo que todos os depósitos bancários estarão a salvo em caso de colapso das instituições financeiras a operar nesses países – no caso da Irlanda, a medida abrange apenas (seis) bancos irlandeses – aceleraram a tomada de decisão por parte dos restantes Estados-membros, escreve o Jornal de Negócios.

Entretanto, ontem, no Luxemburgo, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, deixou aos portugueses uma mensagem tranquilizadora, prometendo que as poupanças não serão afectadas no caso de qualquer instituição financeira a operar em Portugal entrar em colapso. Isto significa que, para além do anterior limite de cobertura máxima de 25 mil euros que cada depositante teria em cada banco, passa a existir uma garantia ilimitada relativamente aos depósitos. Na prática, significa que o Governo português não deixará cair nenhuma instituição financeira, ficando desta forma garantidas todas as poupanças dos portugueses.


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MensagemAssunto: BCE, Fed e Banco de Inglaterra cortam taxas de juro   Crise Financeira Icon_minitimeQua Out 08, 2008 3:16 pm

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BCE, Fed e Banco de Inglaterra cortam taxas de juro

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Última Hora

O Banco Central Europeu, a Reserva Federal norte-americana e o Banco de Inglaterra cortaram, esta quarta-feira, em 0,5 pontos percentuais a taxa de juro de referência.

Vários bancos centrais de todo o mundo cortaram as respectivas taxas de juro de referência numa acção concertada para tentar travar a crise financeira.

O Banco Central Europeu (BCE) foi um desses bancos, e reduziu a taxa de referência para a Zona Euro em 50 pontos base, ou seja, dos 4,25% para os 3,75%.

Também a Reserva Federal norte-americana baixou a taxa de referência para os EUA, na mesma dimensão. O preço do dinheiro nos EUA está agora nos 1,75%.

O Fed também baixou a taxa de juro em 50 pontos percentuais.

(notícia em actualização)


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MensagemAssunto: Banco Inglaterra diponibiliza 250 mil milhões de € à banca   Crise Financeira Icon_minitimeQua Out 08, 2008 3:38 pm

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Banco de Inglaterra disponibiliza 250 mil milhões de euros à banca

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O Banco de Inglaterra anunciou que vai disponibilizar, pelo menos, 200 mil milhões libras (257,73 mil milhões de euros) aos bancos no âmbito de um programa de financiamento de emergência.

Parte do montante a ser disponibilizado será com uma taxa de desconto, adianta a Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios.

Paralelamente, o Reino Unido vai injectar, pelo menos, 50 mil milhões de libras (64,4 mil milhões de euros) no sistema financeiro do país.

Além desta injecção, o Governo prevê ainda fornecer uma garantia de 250 mil milhões de libras para ajudar ao refinaciamento da dívida dos bancos.

Como parte do plano, o Governo anunciou que vai comprar acções preferenciais dos bancos, revela a mesma fonte.

O Reino Unido junta-se assim a um lote de países, entre eles os EUA, a Irlanda, a Islândia, Bélgica e Espanha, no anúncio de medidas que têm como objectivo evitar o colapso dos bancos nacionais.

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MensagemAssunto: Vem aí uma vaga de nacionalizações   Crise Financeira Icon_minitimeSex Out 10, 2008 3:32 pm

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VEM AÍ UMA VAGA DE NACIONALIZAÇÕES

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MANUEL ESTEVES

Banca. Primeiro, os bancos centrais emprestaram dinheiro aos bancos que se recusavam a ceder créditos uns aos outros. Depois, os governos compraram os "créditos tóxicos" para aliviar os balanços dos bancos. Mas não foi suficiente. Agora, todos se viram para a última das soluções: a nacionalização

O sector bancário na Europa e nos Estados Unidos vai ser varrido por uma inusitada onda de nacionalizações, parciais ou totais. A decisão de o Reino Unido, na quarta-feira, disponibilizar 65 mil milhões de euros para capitalizar os bancos em maiores dificuldades é a confirmação de que as soluções pontuais adoptadas por vários países, designadamente os do Benelux (em favor dos gigantes Fortis e Dexia), vão assumir um carácter mais estruturante.

Inicialmente, as autoridades procuraram resolver o problema com a libertação de fundos por parte dos bancos centrais, de modo a satisfazer as necessidades de financiamento dos bancos que deixaram de conseguir obter crédito junto dos seus pares devido à desconfiança generalizada no sector. Depois, os governos - como o norte-americano com o plano Paulson - decidiram comprar os "créditos tóxicos" de modo a equilibrar os balanços das instituições. Mas agora a por muitos odiada palavra "nacionalização" começa a tornar-se incontornável.

Segundo a edição de ontem do New York Times, que citava fontes do Tesouro norte-americano, depois de aprovar o plano de aquisição dos créditos tóxicos no valor de 700 mil milhões de dólares, o Governo prepara-se para assumir posições no capital dos bancos em dificuldades. O Estado injectaria dinheiro fresco nos bancos e em troca ficaria com acções que poderia vender a longo prazo, gerando mais--valias para o erário público.

Não haverá um Lehman na UE

Na Europa, a principal preocupação é evitar a falência de um banco. "Não toleraremos um Lehman Brothers europeu", disse a ministra francesa da Economia, citada pela agência AFP. "Quando cai uma peça de dominó, as outras caem de seguida", acrescentou. Para muitos especialistas, a verdadeira origem da presente crise de confiança no sistema bancário não está no subprime mas sim na falência do Lehman Brothers, em meados de Setembro - o único banco que Administração Bush deixou cair.

"Estamos todos de acordo que nenhuma instituição com carácter sistémico possa falir", disse Jean-Claude Juncker, em nome do conjunto dos ministros das Finanças da Zona Euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, também veio ontem frisar que "não podemos excluir nenhuma possibilidade".

Em Portugal não será diferente. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, garantiu que todos os depósitos estão a salvo. Sabendo que o fundo de garantia tem um limite (revisto em alta para 50 mil euros), o Governo está simplesmente a assumir que não deixará nenhum banco falir, nem que isso implique nacionalizá-lo.

Entretanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem que vai lançar um plano de emergência para financiar os países que se vejam forçados a intervir no sector bancário. Citado pelo site do The Guardian, Dominique Straus-Khan, director-geral do FMI, quantificou esta ajuda mundial em "centenas de milhares de milhões de dólares". |

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MensagemAssunto: Países ricos garantem que não haverá bancos a falir   Crise Financeira Icon_minitimeSáb Out 11, 2008 3:35 pm

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Países ricos garantem que não haverá bancos a falir

Crise Financeira 079487

PEDRO FERREIRA ESTEVES

Crise.

Os sete países mais ricos do mundo (G7) decidiram coordenar uma série de medidas para travar a galopante crise financeira que culminou na pior semana das bolsas mundiais desde a Grande Depressão. E que já chegou à economia real, sob a forma da descida abrupta dos lucros das empresas. Em Portugal, as quedas dos valores dos bancos em bolsa estão a fragilizá-los e a CGD emprestou 200 milhões de euros ao BPN
O grupo dos países mais industrializados do mundo (G7) acordou, ontem, uma série de medidas para resolver o "aperto" do crédito que está a asfixiar a actividade das empresas financeiras e, por extensão, as não financeiras.

O plano inclui cinco pontos de acção: recurso a todas as "armas" para impedir a falência de instituições financeiras que possam contagiar o sistema; acções coordenadas para reactivar os mercados interbancários; assegurar que os bancos podem aumentar capital através de fontes públicas ou privadas; garantir os depósitos; reactivar o mercado de hipotecas, aumentando a transparência do sistema.

O grupo - que inclui os EUA, a França, a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, o Canadá e o Japão - sublinhou ainda, em comunicado, que estas medidas procurarão proteger os seus contribuintes e evitar danos nos outros países. Por outro lado, serão utilizados todos os meios macro-económicos ao dispor e será reforçado o papel global do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mercados ansiosos

A sessão de ontem da Bolsa de Nova Iorque foi paradigmática da ansiedade dos investidores, com os índices a oscilarem, em poucos minutos, entre ganhos de 1% e quedas de 2%. O fecho saldou-se em quedas de 1,5% no Dow Jones e de 1,2% no Standard & Poor's (S&P) 500. Uma reacção aos sinais díspares que foram sendo dados pelos responsáveis das maiores economias mundiais.

Os índices recuperaram ligeiramente, em todo o mundo, depois do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, ter revelado que o G7 irá ponderar o encerramento das bolsas enquanto persistir a actual tensão nos mercados, à imagem do que já sucedeu noutros mercados (ver caixa). Berlusconi voltou atrás e negou que essa fosse uma opção, tendo "obrigado" a Casa Branca a reforçar esse desmentido.

Intervenções ineficazes

Os EUA aprovaram um controverso plano de resgate dos bancos, que mandata o Estado a adquirir créditos tóxicos no valor de 700 mil milhões de dólares. Na Europa, os Estados belga, holandês e luxemburguês acudiram ao Fortis e ao Dexia; a Alemanha salvou in extremis o Hypo Real Estate; e a Islândia nacionalizou todo o sistema bancário.

O Reino Unido "salvou" quatro bancos e lançou um plano que prevê a entrada no capital dos bancos ingleses num valor até 65 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que libertou fundos até 570 mil milhões de euros para permitir aos bancos fazerem face à falta de recursos financeiros de curto prazo. No entanto, até ao momento, nada resultou. O mercado de crédito continua parado e as bolsas afundam de forma histórica (ver textos ao lado).

Contágio à economia real

A espiral de perdas nas bolsas (ver texto na página ao lado) está a ter por base - para além da incerteza sobre a extensão dos problemas financeiros - a ideia de que as empresas já estão a sofrer com o abrandamento económico resultante da crise dos mercados accionista e de crédito.

Há apenas três meses, as previsões dos analistas apontavam para uma média de crescimento de 3% dos resultados de 2008 das cotadas do S&P 500. Ontem, o pessimismo traduzia-se numa descida de 7,5% dos lucros das maiores empresas dos EUA. No caso das financeiras, as previsões são de uma quebra na ordem dos 70%. Na Europa, o cenário é igualmente negativo.

Um sinal da dúvida dos mercados em torno da saúde das grandes empresas mundiais é a subida do custo da protecção contra o incumprimento da dívida empresarial. Esse barómetro atingiu, ontem, o seu valor mais alto. Ontem, soube-se que a General Motors está ameaçada de falência.

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MensagemAssunto: Governo alemão apresenta hoje plano de emergência   Crise Financeira Icon_minitimeSeg Out 13, 2008 3:52 pm

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Governo alemão apresenta plano de emergência esta segunda-feira

Crise Financeira 6D15163E6CD136191CBF57DA1DCB

O plano, válido até finais de 2009, tomará a forma de uma lei urgente.

O Governo alemão aprovou um plano de resgate do sector financeiro no valor global de 500 mil milhões de euros. Além de uma linha de garantia às operações de financiamento entre bancos, no valor de 400 mil milhões de euros, o executivo disponibiliza 100 mil milhões para cobrir perdas dos bancos e injecções de capital.

Além disso, o Executivo alemão destinou 20 mil milhões de euros para cobrir perdas potenciais com empréstimos bancários e 80 mil milhões para injecções de capital, segundo comunicado citado pela Bloomberg, avança o Jornal de Negócios.

Os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro concordaram, numa reunião de emergência este domingo em Paris, dar garantia às operações de financiamento dos bancos até ao final de 2009.

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MensagemAssunto: Carvalhas alerta   Crise Financeira Icon_minitimeSex Out 24, 2008 4:11 pm

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PCP debate resposta marxista à actual crise

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EVA CABRAL

Capitalismo. Carvalhas alerta para cessação de pagamentos pelos EUA

PCP debate resposta marxista à actual crise

O PCP debateu ontem "a crise do capitalismo " considerando que esta ainda se irá agravar nos tempos mais próximos. Carlos Carvalhas, ex-secretário-geral, alertou para o risco "de no próximo Verão poder verificar-se uma cessação de pagamentos por parte dos EUA". Carlos Carvalhas alertou para a descredibilização do dólar, o que poderá levar a ao agravamento de tensão entre os EUA e a UE, designadamente com reflexos a nível geo-estratégico. A título de exemplo referiu que se países produtores de petróleo aceitarem vendê-lo recebendo não em dólares , o que poderá ter riscos acrescidos em situações como as da Arábia Saudita dependente dos EUA para garantir a sua segurança.

O colóquio contou ainda com uma intervenção de Pedro Carvalho, economista que fez a radiografia da conjuntura adiantando que se prevê que em 2009 existam no mundo 210 milhões de desempregados.

Já Sérgio Ribeiro, ex-eurodeputado, referiu que depois de décadas de "travão ao crescimento dos salários se estimulou a concessão de crédito para que se pudesse continuar a consumir", situação que explica parte dos recentes problemas mundiais.

Avelãs Nunes referiu, por seu lado, " que a actual crise veio confirmar que o capitalismo de desenvolve de crise em crise mais ou menos cíclicas". O docente lembrou as palavras de um ex-presidente francês , Chirac, que na crise dos anos oitenta referiu que " os especuladores são a sida do mundo actual", para acrescentar que boa arte do mundo "não percebeu que eram todos seropositivos".

Jerónimo de Sousa, denunciou as "múltiplas operações de disfarce em curso nos planos nacional e internacional procurando, por um lado ocultar os verdadeiros responsáveis pela crise e as suas verdadeiras causas, a interiorização e aceitação passiva pelas massas e sua inevitável participação no pagamento dos seus custos e dar uma nova legitimidade não apenas ao sistema sob a formula da criação de um novo e falso paradigma refundador, mas às próprias políticas que alimentaram a especulação e a exploração desenfreadas e que estão na origem da extraordinária amplitude que a crise assumiu".

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MensagemAssunto: Bancos cortam crédito e travam dívida ao estrangeiro   Crise Financeira Icon_minitimeSeg Dez 29, 2008 6:16 pm

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Bancos cortam crédito e travam dívida ao estrangeiro


RUDOLFO REBÊLO

Sector financeiro. Aumentos dos depósitos a prazo e à ordem e cortes de 3,7 mil milhões de euros nos empréstimos às empresas, nos últimos seis meses, levaram a uma redução da dívida da banca junto dos banqueiros internacionais. Cada português deve 14,2 mil euros aos banqueiros internacionais

Depósitos na banca representam 74% dos empréstimos

Os banqueiros, em particular CGD, BCP, BES e BPI que representam cerca de 50% do mercado, estão a respirar de alívio. Nos últimos meses conseguiram baixar a dívida ao estrangeiro, graças aos aumentos dos depósitos a prazo ou à ordem. Com as poupanças internas a aumentar - desviadas de fundos de investimentos e outras aplicações de risco -, os bancos cortaram 3,7 mil milhões de euros às empresas nos últimos seis meses e estão agora a pedir menos dinheiro emprestado aos banqueiros internacionais.

A dívida bancária à Europa ascendia em Setembro último a 88,7 mil milhões de euros, cerca de 52,8% da riqueza do país (PIB), pouco mais de meio ano de árduo trabalho dos portugueses. Uma quebra significativa, já que até ao mesmo mês de 2007 a dívida representava 54,7% do PIB.

Com a crise nos mercados financeiros - provocado pelo colapso nos empréstimos para compra de casas nos EUA, subprime -, as famílias e empresas portuguesas preferiram refugiar o dinheiro em depósitos bancários, a prazo ou à ordem. Resultado, até Outubro: as poupanças acumuladas nos cofres bancários aumentaram 12% em relação ao mesmo mês de 2007.

Ou seja, a banca viu "cair do céu" mais dinheiro, a juros mais baixos (remunerações dos depósitos) ,sem necessidade de recorrer, ainda mais, ao mercado do dinheiro na Europa. E os resultados estão à vista: no ano passado, as poupanças dos portugueses cobriam 70% dos empréstimos à economia. Já em Outubro deste ano os depósitos representam 74% dos créditos às empresas e famílias.

Para cobrir os 243,2 mil milhões de euros em empréstimos, existiam em depósitos 179,6 mil milhões de euros. É para cobrir este diferencial que a banca se endividou em 88,7 mil milhões de euros fora de fronteiras.

Entre Julho e Setembro deste ano, a dívida da banca ao estrangeiro caiu três mil milhões de euros. Mas para conseguir esta "folga", os banqueiros também tiveram de cortar nos empréstimos às famílias e empresas. Os créditos acumulados aumentaram 8,3% até Outubro, em comparação com o mesmo mês de 2007, mas nos últimos meses estão em forte desaceleração. Pior, para a economia, a nova produção de empréstimos está em queda. Os patrões - do comércio e indústria - queixam-se de que não estão a conseguir dinheiro na banca e os cifrões são a prova de que os empresários e a banca estão de costas voltadas. Nos últimos seis meses - entre Maio e Outubro deste ano - a banca emprestou menos 3,7 mil milhões de euros (2,2% do PIB) às empresas, em comparação com igual período de 2007. Uma queda de 11%, que afectou grandes e pequenas empresas. Só em Outubro último os empréstimos às empresas (novos) regrediram 18% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Também as famílias são alvo do aumento das restrições dos banqueiros ao crédito. Em Outubro, a "produção" de novos empréstimos destinados à habitação caiu 47% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os empréstimos estão agora ao nível de 2003, quando Portugal entrou em recessão e já se sente "cortes" nos empréstimos ao consumo.

In DN

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Bancos cortam crédito e travam dívida ao estrangeiro


RUDOLFO REBÊLO

Sector financeiro. Aumentos dos depósitos a prazo e à ordem e cortes de 3,7 mil milhões de euros nos empréstimos às empresas, nos últimos seis meses, levaram a uma redução da dívida da banca junto dos banqueiros internacionais. Cada português deve 14,2 mil euros aos banqueiros internacionais

Depósitos na banca representam 74% dos empréstimos

Os banqueiros, em particular CGD, BCP, BES e BPI que representam cerca de 50% do mercado, estão a respirar de alívio. Nos últimos meses conseguiram baixar a dívida ao estrangeiro, graças aos aumentos dos depósitos a prazo ou à ordem. Com as poupanças internas a aumentar - desviadas de fundos de investimentos e outras aplicações de risco -, os bancos cortaram 3,7 mil milhões de euros às empresas nos últimos seis meses e estão agora a pedir menos dinheiro emprestado aos banqueiros internacionais.

A dívida bancária à Europa ascendia em Setembro último a 88,7 mil milhões de euros, cerca de 52,8% da riqueza do país (PIB), pouco mais de meio ano de árduo trabalho dos portugueses. Uma quebra significativa, já que até ao mesmo mês de 2007 a dívida representava 54,7% do PIB.

Com a crise nos mercados financeiros - provocado pelo colapso nos empréstimos para compra de casas nos EUA, subprime -, as famílias e empresas portuguesas preferiram refugiar o dinheiro em depósitos bancários, a prazo ou à ordem. Resultado, até Outubro: as poupanças acumuladas nos cofres bancários aumentaram 12% em relação ao mesmo mês de 2007.

Ou seja, a banca viu "cair do céu" mais dinheiro, a juros mais baixos (remunerações dos depósitos) ,sem necessidade de recorrer, ainda mais, ao mercado do dinheiro na Europa. E os resultados estão à vista: no ano passado, as poupanças dos portugueses cobriam 70% dos empréstimos à economia. Já em Outubro deste ano os depósitos representam 74% dos créditos às empresas e famílias.

Para cobrir os 243,2 mil milhões de euros em empréstimos, existiam em depósitos 179,6 mil milhões de euros. É para cobrir este diferencial que a banca se endividou em 88,7 mil milhões de euros fora de fronteiras.

Entre Julho e Setembro deste ano, a dívida da banca ao estrangeiro caiu três mil milhões de euros. Mas para conseguir esta "folga", os banqueiros também tiveram de cortar nos empréstimos às famílias e empresas. Os créditos acumulados aumentaram 8,3% até Outubro, em comparação com o mesmo mês de 2007, mas nos últimos meses estão em forte desaceleração. Pior, para a economia, a nova produção de empréstimos está em queda. Os patrões - do comércio e indústria - queixam-se de que não estão a conseguir dinheiro na banca e os cifrões são a prova de que os empresários e a banca estão de costas voltadas. Nos últimos seis meses - entre Maio e Outubro deste ano - a banca emprestou menos 3,7 mil milhões de euros (2,2% do PIB) às empresas, em comparação com igual período de 2007. Uma queda de 11%, que afectou grandes e pequenas empresas. Só em Outubro último os empréstimos às empresas (novos) regrediram 18% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Também as famílias são alvo do aumento das restrições dos banqueiros ao crédito. Em Outubro, a "produção" de novos empréstimos destinados à habitação caiu 47% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os empréstimos estão agora ao nível de 2003, quando Portugal entrou em recessão e já se sente "cortes" nos empréstimos ao consumo.

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MensagemAssunto: Teixeira dos Santos   Crise Financeira Icon_minitimeSex Jan 23, 2009 10:52 pm

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Teixeira dos Santos diz que não há GPS para a actual crise

Hoje às 21:58
Lusa

Crise Financeira Ng1080438

Teixeira dos Santos

O ministro das Finanças afirmou, esta sexta-feira no Algarve, que não existe um GPS para indicar o caminho para enfrentar a actual crise. «Temos de nos guiar pelas estrelas», sublinhou Teixeira dos Santos, acrescentando que nesse trilho existem muitas «nuvens».

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1076879

- Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, diz que não há uma receita para a actual crise

«Fazer politica em condições de normalidade é quase como navegar com GPS, mas quando nós enfrentamos uma crise sem precedentes como esta», não existem indicações nos livro, nem uma «receita», disse o ministro das Finanças.

Fernando Teixeira dos Santos frisou que o país está confrontado com «uma situação que é inteiramente nova» e que, por isso, constitui um «desafio» para os políticos. «Perante esta crise sem precedentes, não há GPS que funcione», acrescentou.

«Temos de nos guiar pelas estrelas. Temos é aqui um problema é que as nuvens são muitas», frisou o titular da pasta das Finanças, que fez de professor na Universidade Meridional, onde deu uma lição de politica e administração autárquica.

A propósito da crise, o ministro das Finanças lembrou ainda que as medidas aplicadas pelo Governo ajudam, mas não podem durar sempre e, simultaneamente, lançou um repto contra a resignação.

In TSF

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MensagemAssunto: Bancos já cobram juros mínimos de 10% às PME   Crise Financeira Icon_minitimeSeg Fev 02, 2009 4:21 pm

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Bancos já cobram juros mínimos de 10% às PME

ILÍDIA PINTO
NATACHA CARDOSO-ARQUIVO DN

Crédito.

As taxas Euribor estão a cair, mas as pequenas empresas continuam a não ter acesso barato ao crédito. Com o agravamento do risco, os bancos estão já a cobrar 'spreads' de pelo menos seis e sete pontos percentuais. Os empresários alertam para a "situação difícil" face às difículdades de tesouraria
Os bancos estão a agravar os spreads dos empréstimos às empresas e, apesar da forte descida da Euribor, há já PME - as que têm maior risco -a pagar financiamentos na ordem dos 10%. A Associação Empresarial de Portugal (AEP) garante que é confrontada "diariamente com as queixas" dos seus associados que estão a pagar "spreads de 6% e que, por isso, apesar da Euribor ter caído para pouco mais de 2%, acabam a pagar um juro bem acima dos tempos em que as taxas estavam quase nos 5%". Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da associação, sublinha que "a descida da Euribor é mais do que compensada pela subida dos spreads", o que coloca as empresas "numa situação muito difícil" num momento em que se defrontam com "dificuldades de tesouraria por via da redução de cobranças".

O vice-presidente da AEP considera, por isso, fundamental que o Estado "cumpra a promessa de pagar as suas dívidas". Há empresas a queixar-se que esse dinheiro "não está a chegar", e a AEP apela para que, a 15 de Fevereiro, o Governo faça um "ponto de situação sobre os pagamentos efectuados e os montantes ainda em dívida". Quer ainda que seja adiada, para finais de 2010, a exigência de elevação para 8% do rácio de solvabilidade Tier 1 da banca e o fim imediato do Pagamento Especial por Conta (PEC). "É imoral exigir-se o pagamento do PEC em Abril quando se sabe que a maioria delas vai ter lucros reduzidos ou negativos", diz.

Ricardo Salgado, presidente do BES, reconheceu, na apresentação das contas do banco, que as PME portuguesas pagam hoje spreads de 7% nos seus empréstimos, reflectindo o maior custo do funding e a subida do risco. Augusto Morais, presidente da Associação Nacional das PME (ANPME) diz ter conhecimento de empresas a pagar este tipo de taxas, a par do aumento das exigências de garantias - "não só da empresa, mas do empresário a título individual" .

Joaquim Rocha da Cunha, líder da PME Portugal diz não ter conhecimento de uma subida tão grande dos spreads cobrados pelos bancos. No entanto, lembra que "sem dinheiro não há negócios", e, por isso, defende que é tempo de "reinventar Portugal e os mercados financeiros", dando como exemplo as Caixas Económicas Regionais. E explica: "Ao contrário de Espanha, nós não temos nenhum mecanismo de amortecimento, o nosso é o chão. Nós, por cá, estamos a salvar instituições como o BPP, que nunca foi um banco de retalho, em vez de nos preocuparmos em criar instrumentos de apoio à criação de bancos associativos e regionais a exemplo do que existe por essa Europa fora". Para o presidente da PME Portugal, é "de extrema gravidade estarem a ser praticadas taxas de juro dessa ordem [acima dos 9% e 10%] e só pondo fim ao oligopólio bancário se resolve a questão".

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MensagemAssunto: Governantes devem assumir o papel de governantes   Crise Financeira Icon_minitimeSex Mar 06, 2009 6:38 pm

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Governantes devem assumir o papel de governantes

Crise Financeira Foto_mat_23286

Na abertura do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, Presidente convoca empresários e trabalhadores para uma agenda de conciliação entre sociedade e economia. Lula defendeu que a crise financeira global pode se transformar em uma grande oportunidade política para pôr termo a "mais de duas décadas de equívocos e fraudes cometidas em nome do deus mercado” (Foto: Eduardo Seidl).

Maurício Thuswohl

BRASÍLIA – Preparar o Brasil para vencer a crise econômica global é o mote da 29ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), onde ocorre o Seminário Internacional de Desenvolvimento, que teve início nesta quinta-feira (5) em Brasília com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de diversos ministros. O evento reúne cerca de 700 participantes, entre representantes do poder público, do setor privado, da academia, dos trabalhadores e das organizações não-governamentais e, devido à urgência do debate sobre a crise, foi transformado em um seminário, com a participação de convidados ilustres do exterior, como o francês Ignacy Sachs e o norte-americano James Galbraith, entre outros.

“Vejo neste fórum a antecipação daquilo que o mundo mais precisa para equacionar e vencer as turbulências, que é entendimento político e ação cooperativa multilateral”, disse Lula, para quem é preciso adotar “uma agenda de prioridades que reconcilie os interesses da economia e da sociedade”. O presidente afirmou que a crise financeira global pode se transformar em uma grande oportunidade política, pois “significa um ponto final num ciclo de mais de duas décadas de equívocos e fraudes cometidas em nome do deus mercado”.

Lula ressaltou o que considera um acerto de seu governo: “É preciso reconhecer e valorizar o papel daqueles que resistiram à agenda do Estado mínimo e ao desmonte das políticas públicas nas últimas décadas e resistiram a entregar a sorte da sociedade aos azares do cassino financeiro, optando por implantar políticas sociais para ordenar a economia e qualificar o desenvolvimento”, disse.

Para o presidente, o conjunto de medidas agora buscadas para solucionar a crise “consolida e consagra uma agenda de desenvolvimento que vinha sendo criticada de forma injusta e agressiva nos últimos anos” e citou as últimas medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para corroborar sua tese: “Se alguém ainda tem dúvidas sobre as mudanças em curso, recomendo a leitura do orçamento fiscal norte-americano anunciado pelo presidente Obama”, disse Lula.

“Desde 2003 lutamos para livrar a economia brasileira de uma inserção subordinada à lógica financeira internacional”, disse Lula, para em seguida lembrar que assumiu a Presidência da República com “uma das maiores dívidas externas do mundo”. Lula afirmou ainda que, sob orientação neoliberal, as reservas cambiais brasileiras caíram a US$ 17 bilhões: “Hoje, ao contrário, somos credores internacionais e temos um cinturão de segurança de US$ 200 bilhões. Somos auto-suficientes em petróleo e nosso sistema de bancos estatais foi recuperado e fortalecido. Devolvemos ao BNDES sua vocação de banco de desenvolvimento. Em 2008, o BNDES elevou sua carteira de financiamento a quase R$ 92 bilhões e trará em 2009 aportes adicionais de R$ 100 bilhões”.

Lula defendeu uma “mudança de paradigma” na gestão da economia mundial: “Estou convencido que a saída para a crise só acontecerá se os governantes do mundo assumirem de fato o papel de governantes. Vivemos duas décadas de apatia, pois as pessoas eram eleitas sob a égide de que o Estado não valia nada e de que tudo seria resolvido pelo mercado. Eram eleitas para fazer um enxugamento do Estado, pois diziam que o Estado atrapalhava o bom desenvolvimento da economia. Muitos políticos passaram o mandato inteiro tentando fazer isso”, disse.

Novo padrão

Coordenador do CDES, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, lembrou que o conselho já discute a crise financeira global desde o ano passado, com o objetivo de preparar o Brasil para “um novo padrão de desenvolvimento mundial”. Múcio exortou os conselheiros do CDES a trabalhar conjuntamente “pela proteção do trabalho, do emprego e da renda dos trabalhadores” e fez aos representantes de empresários e trabalhadores presentes “um chamado para a construção de uma agenda positiva nesse momento de turbulência”.

Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Paulo Godoy, que também é conselheiro do CDES, “as conseqüências da crise não estão ainda identificadas”, mas o Brasil se encontra em posição de força para enfrentar os momentos difíceis da economia global: “Esta crise pode ser uma janela de oportunidades para resolver antigos entraves e promover a inserção do Brasil numa nova arquitetura global. É preciso dar continuidade à agenda do desenvolvimento”, disse.

In Carta Maior

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MensagemAssunto: FMI prevê que PIB registe maior contracção desde Segunda Guerra Mundial   Crise Financeira Icon_minitimeQui Mar 19, 2009 4:15 pm

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FMI prevê que PIB registe maior contracção desde Segunda Guerra Mundial

Hoje às 15:24

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou, esta quinta-feira, a baixar as suas previsões para a economia mundial e prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do planeta registe este ano a sua primeira contracção desde a Segunda Guerra Mundial.

Menos de dois meses após a publicação das anteriores previsões, o FMI aponta agora para uma contracção do PIB mundial entre 0,5 e 1 por cento, uma descida que a instituição considera justificar novas medidas contra a crise.

De acordo com o FMI, as economias avançadas deverão conhecer "uma recessão profunda", com um recuo de 3 a 3,5 por cento do PIB.

Nos Estados Unidos, esta contracção será de 2,6 por cento e no Japão de 5,8 por cento. Estes dois países correm "um risco elevado" de deflação, segundo o FMI. Na zona Euro, o risco é "moderado" mas o PIB deverá perder 3,2 por cento.

Nos países emergentes e em desenvolvimento, a previsão de crescimento foi igualmente revista em baixa e o crescimento deverá ser apenas entre 1,5 e 2,5 por cento.

"A actividade económica mundial cai, com as economias mundiais a registar a maior quebra do pós-guerra, apesar de esforços públicos enérgicos", constata a instituição, sublinhando que o prolongamento da crise financeira "minou a actividade económica mundial mais do que fora antecipado".

Em 2010, a actividade deverá voltar a arrancar lentamente, com um crescimento mundial positivo de 1,5 a 2,5 por cento.

Estas previsões constam de uma nota, agora divulgada, que o FMI redigiu para preparar a reunião dos ministros das Finanças do G20, no fim-de-semana passado em Londres.

O Fundo considera que os Estados ainda não fizeram o suficiente para enfrentar esta recessão e concluiu que, no seio do G20, o objectivo de consagrar o equivalente de dois por cento do PIB a planos de relançamento ainda não foi atingido.

In TSF

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MensagemAssunto: Por "gente branca de olhos azuis»   Crise Financeira Icon_minitimeSex Mar 27, 2009 11:59 am

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Lula da Silva diz que crise foi provocada por «gente branca de olhos azuis»

Hoje às 07:01

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Numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro britânico Gordon Brown de visita ao Brasil, o presidente Lula da Silva afirmou que a crise foi causada por «gente branca e de olhos azuis».

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1183188

- Declarações polémicas de Lula da Silva

Na opinião do presidente brasileiro, é preciso olhar para a crise para resolver o problema da emigração.

«Resolver o problema da crise, é resolver o problema da emigração, porque não temos o direito de permitir que sejam os pobres que viajam pelo mundo à procura de uma oportunidade, de um salário, de uma renda, que sejam os primeiros a pagar as contas de uma crise feita pelos ricos», afirma.

Lula da Silva adianta ainda que não conhece nenhum índio ou negro que tenha contribuído para a instabilidade dos mercados financeiros.

«É uma crise fomentada por comportamentos irracionais, de gente branca de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo e que agora demonstram não saber nada».

In TSF

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MensagemAssunto: "Catástrofe humanitária», diz Ban Ki-moon   Crise Financeira Icon_minitimeQui Abr 02, 2009 10:27 am

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Fracasso no entendimento provocará «catástrofe humanitária», diz Ban Ki-moon

Hoje às 09:55

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, preveniu hoje que o fracasso na tentativa de travar a crise económica e financeira mundial pode provocar distúrbios sociais, falências de Estados e uma «catástrofe humanitária».

Nos países mais pobres a situação, escreve Ban Ki-moon, está a agravar-se a uma velocidade alarmante, mas a crise tem consequências em todo o mundo.

No artigo que é hoje publicado no jornal britânico The Guardian, o secretário-geral das Nações Unidas diz estar convencido que o pior ainda está para vir.

«Receio que o pior venha a acontecer - uma crise política em grande escala resultante de uma instabilidade social crescente, um enfraquecimento dos governos, e populações descontentes que perderam toda a fé nos seus dirigentes e no seu próprio futuro», refere.

O risco, diz Ban-ki Moon, é de que às crises financeira e económica suceda, se não forem adoptadas as medidas necessárias, uma «catástrofe humanitária».

Ban ki-Mon sugere que os países ricos invistam ainda mais para relançarem a economia e prevê a necessidade de gastar muito dinheiro nas economias dos países em vias de desenvolvimento.

O responsável considera que a crise afectou os países mais pobres de forma significativa, realçando que neste caso «as coisas colapsam a uma velocidade alarmante».

O secretário-geral da ONU deixa outro aviso: a margem entre a falância dos bancos e a falência dos países é muito estreita.

In TSF

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MensagemAssunto: Não acredita em fim dos «off-shores»   Crise Financeira Icon_minitimeQui Abr 02, 2009 10:31 am

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Presidente da Associação Portuguesa de Bancos não acredita em fim dos «off-shores»

Hoje às 09:27

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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos afirma não acreditar no fim dos «off-shores». João Salgueiro pensa que a ideia defendida pelo Governo português não passa de uma boa intenção.

Para João Salgueiro o fim dos «off-shores» é uma medida simpática, mas de alcance reduzido e que se situa ao nível das «boas intenções».

«É uma proposta positiva, mas que acho que é mais para efeito político interno, os portugueses apoiam de certeza, não vejo nenhuma razão para alguém contrariar, mas de alcance limitado», explica.

Nestas declarações à TSF, caso os off shores sejam mesmo proibidos, João Salgueiro assegura que para os bancos portugueses o efeito seria residual.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos não acredita contudo na obtenção de um consenso para pôr fim aos paraísos fiscais.

In TSF


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MensagemAssunto: Re: Crise Financeira   Crise Financeira Icon_minitime

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