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 O discurso do Presidente

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RMaria

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MensagemAssunto: O discurso do Presidente   O discurso do Presidente Icon_minitimeQui Mar 10, 2011 12:26 pm

Os 14 pecados mortais do discurso de Cavaco

sunny
O discurso do Presidente Cavacosilva

Os pecados mortais são 7. Mas, no discurso de ontem, Cavaco Silva cometeu 7x2 pecados:

1.º Foi um discurso de facção, sectário, parcial e alinhado com a oposição. O discurso de um Presidente que decididamente não o é — nem quer ser — de todos os Portugueses.

2.º Foi um discurso de interferência na acção governativa, oferecendo um programa governativo e não um projecto moderador.

3.º Foi um discurso que efectua um diagnóstico truncado, enviesado e descontextualizado (quando não factualmente errado) da realidade. Entre outras coisas, ignorou a ocorrência da maior crise dos últimos 80 anos.

4.º Foi um discurso vazio de ideias, sem inovação, limitando-se a coleccionar um conjunto de críticas requentadas e a repetir até à exaustão os pontos de vista da oposição. Em suma, uma espécie de pastiche da retórica anti-Governo.

5.º Foi um discurso que chega a sugerir a importância de um entendimento político alargado, mas que adopta um tom de confrontação e atribuição de culpas (ora, não é com vinagre que se apanham moscas).

6.º Foi um discurso populista, que não resistiu à demagogia barata e à diabolização da classe política.

7.º Foi um discurso desleal para com o Governo legítimo do país.

8.º Foi um discurso sem grandeza, que desfiou números e estatísticas, mas ignorou áreas de responsabilidade directa do Presidente da República, como a política externa, a defesa nacional ou a autonomia regional — revelando, assim, uma visão paroquial e contabilística da função presidencial.

9.º Foi um discurso completamente inoportuno, para não dizer irresponsável ou mesmo anti-patriota: se há momento em que o país não precisa de conflito é o actual.

10.º Foi um discurso decadente, sem rasgo, de uma pobreza retórica sem paralelo. Um discurso que não tem qualquer referência à História, à língua ou à vocação dos portugueses no mundo. Um discurso que, em vez de citar algum dos nossos grandes poetas, cita o boletim do Banco de Portugal.

11.º Foi um discurso em plano inclinado, derrotista e lamuriento, que denigre o nosso país (ainda para mais, na presença de representantes estrangeiros) e que não oferece qualquer visão de esperança, sentido de futuro ou motivação inspiradora.

12.º Foi um discurso incoerente: que lamenta que os jovens tenham que emigrar, mas se vangloria com os prémios por eles obtidos no estrangeiro; que invoca a necessidade de reduzir a despesa pública, mas ao mesmo tempo diz que há limites para os sacrifícios e apela a que o Estado apoie diversos sectores.

13.º Foi um discurso insurreccional, apelando à sublevação popular e colando-se oportunisticamente ao descontentamento legítimo de alguns jovens. Um exemplo grotesco de aproveitamento político.

14.º Foi um discurso serôdio e monolítico, com referências passadistas aos valores da Família, expondo um pensamento retrógrado, tacanho e conservador.

Publicado por Miguel Abrantes

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MensagemAssunto: Cavaco Silva: bem prega Frei Tomás   O discurso do Presidente Icon_minitimeQui Mar 10, 2011 12:31 pm

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Cavaco Silva: bem prega Frei Tomás


"Só um diagnóstico correto e um discurso de verdade sobre a natureza e a dimensão dos problemas económicos e sociais que Portugal enfrenta permitirão uma resposta adequada", disse Cavaco Silva no seu discurso de tomada de posse e eu subscrevo. "Como em tudo na vida, para delinearmos o melhor caminho para atingirmos o futuro que ambicionamos, temos de saber de onde partimos", continuou e não podia ter mais razão. O problema vem depois. É que quase tudo o que foi referido vem de longe.

Defendeu o Presidente Cavaco Silva que esta foi uma "década perdida". É verdade. Mas recordo que houve outra, quando o dinheiro chegava em grandes quantidades ao nosso país. E foi nessa década que grande parte do modelo de desenvolvimento que nos trouxe até aqui foi delineado. Era primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva.

Defendeu o presidente Cavaco Silva que não nos podemos esquecer dos "encargos futuros com as parcerias público-privadas". Recordo que o primeiro-ministro Cavaco Silva estreou estas ruinosas parcerias com a ponte Vasco da Gama.

Defendeu o Presidente Cavaco Silva que há uma "concessão indiscriminada de crédito, em especial para fins não produtivos". Recordo que a compra de casa própria é um dos principais sorvedouros de crédito e que houve poucos governos que mais tenham promovido este tipo de investimento das famílias do que o do primeiro-ministro Cavaco Silva. Defendeu o Presidente Cavaco Silva que "temos de apostar de forma inequívoca nos setores de bens e serviços transacionáveis". Recordo que o primeiro-ministro Cavaco Silva apostou na construção civil e no betão.

Defendeu o Presidente Cavaco Silva que "não podemos privilegiar grandes investimentos que não temos condições de financiar, que não contribuem para o crescimento da produtividade e que têm um efeito temporário e residual na criação de emprego". Recordo os brutais investimentos públicos feitos pelo primeiro-ministro Cavaco Silva, que sugaram os fundos europeus, sem que que tal tivesse, como se vê, um efeito mais do que temporário na economia ou mais do que residual no emprego.

Defendeu o Presidente Cavaco Silva que os portugueses devem participar "mais ativamente na vida coletiva, afirmando os seus direitos e deveres de cidadania e fazendo chegar a sua voz aos decisores políticos". Recordo que não houve no Portugal democrático nenhum governante que mais vezes reprimisse qualquer tentativa popular de fazer chegar a voz dos cidadãos aos decisores políticos do que o primeiro-ministro Cavaco Silva.

E, cereja em cima do bolo, defendeu o Presidente Cavaco Silva que "em vários sectores da vida nacional, com destaque para o mundo das empresas, emergiram nos últimos anos sinais de uma cultura altamente nociva, assente na criação de laços pouco transparentes de dependência com os poderes públicos". Nos últimos anos? Pois ela é quase tão antiga como a nação e teve no tempo em que Cavaco Silva era primeiro-ministro um dos seus momentos mais vistosos. Teremos de recordar mais uma vez o nome de Dias Loureiro?

E defendeu ainda o Presidente Cavaco Silva que "deve ser clara a separação entre a esfera pública das decisões coletivas e a esfera privada dos interesses particulares". Que tal ser mais concreto? Na campanha houve quem o tentasse ser. Falando, por exemplo, do BPN. Mas São excelentes estas generalidades. Mas se falamos da realidade somos a "infâmia" contra a "dignidade".

O discurso do Presidente tem dois problemas. O primeiro: naquilo em que o diagnóstico do Presidente Cavaco Silva está certo, as asneiras começaram com o primeiro-ministro Cavaco Silva. O segundo: as soluções são pouco mais do que frases vazias. E é normal que o sejam. Não esquecendo todas as responsabilidades do atual Governo, nenhum diagnóstico que esquece a Europa e a crise internacional pode apontar para qualquer solução séria. Faltou a Cavaco Silva coerência com o seu passado, seriedade quanto ao presente e conteúdo quanto ao futuro.

Daniel Oliveira
In Expresso

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MensagemAssunto: Re: O discurso do Presidente   O discurso do Presidente Icon_minitimeSex Mar 11, 2011 3:54 pm

Eis o discurso:




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MensagemAssunto: Cavaco: Fizeram interpretação "abusiva ou distorcida"   O discurso do Presidente Icon_minitimeSex Mar 11, 2011 11:09 pm

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Cavaco: Fizeram interpretação "abusiva ou distorcida"

por Lusa
Hoje

O discurso do Presidente Ng1472686

O Presidente da República sugere a todos os cidadãos de "boa fé" uma leitura integral do seu discurso de tomada de posse, considerando que alguns pretenderam realizar "uma interpretação abusiva ou distorcida" das suas palavras.

"Alguns pretenderam realizar uma interpretação abusiva ou distorcida das minhas palavras, pelo que sugiro a todos os cidadãos de boa fé que façam uma leitura integral do discurso", lê-se numa mensagem do chefe de Estado colocada quinta-feira à noite na página do Facebook de Cavaco Silva.

Na mesma mensagem, Cavaco Silva lembra que o texto integral da sua intervenção na cerimónia em que tomou posse para um segundo mandato em Belém está disponível no 'site' oficial da Presidência da República.

O Presidente da República sublinha também que no seu discurso foi "fiel ao compromisso de falar verdade aos portugueses".

Cavaco Silva aproveita ainda para agradecer "calorosamente" a todos os portugueses que lhe enviaram as felicitações pela sua tomada de posse, que decorreu quarta-feira à tarde na Assembleia da República.

A página do Presidente da República na rede social Facebook foi criada precisamente no dia em que Cavaco Silva tomou posse para um segundo mandato em Belém e tem já mais de 31.000 seguidores.

Até quinta-feira à noite, o Presidente da República tinha tinha colocado no mural da sua página do Facebook cerca de uma dezena de mensagens, com pequenas citações de partes da sua intervenção na tomada de posse.

In DN

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MensagemAssunto: Revolução "pós-islâmica" afectará todo o sistema global   O discurso do Presidente Icon_minitimeSex Mar 11, 2011 11:17 pm

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Revolução "pós-islâmica" afectará todo o sistema global

por Lusa
Hoje

O discurso do Presidente Ng1473040

"Estamos no início de uma nova era", afirmaram pensadores árabes que debateram em Barcelona as revoluções no Norte de África e no Médio Oriente, definindo-a como "pós-islâmica" e capaz de transcender o mundo árabe para afetar todo o sistema global.


Quatro peritos no mundo árabe explicaram o momento histórico que vive o mundo islâmico no debate organizado pelo jornal El País e moderado pelo jornalista Ignacio Cembrero, na quinta-feira à noite na CaixaForum, em Barcelona.

"Não se pode voltar atrás e o impacto desta revolução pós-islâmica transcenderá o mundo árabe e muçulmano para afetar e questionar todo o sistema global em que vivemos", disse Sirin Adlab, professora de estudos internacionais mediterrânicos na Universidade Autónoma de Madrid.

"O povo está sedento de liberdade e lutaremos por isso", frisou.

Sobre a actual revolução da Líbia, os pensadores consideram-na "perigosa" e traçaram um panorama "pouco otimista" que tem em "jogo interesses muito importantes".

Harid Aarab, porta-voz da Liga de Imãs de Espanha, afirmou que é uma questão de tempo até cair o regime da Líbia. E salienta como o povo se uniu contra Muammar Kadhafi para reclamar a sua "dignidade".

O cineasta egípcio Basel Ramsis acusou norte-americanos e europeus de estarem interessados em converter a revolução numa guerra civil. Sobre o futuro imediato do Egito, Ramsis - que testemunhou a queda do regime de Mubarak - afirmou que tem dúvidas por se tratar de uma "revolução sem líderes", mas está otimista.

"É muito provável que Mohammed ElBaradei (opositor egípcio e Nobel da Paz) volte a recuperar a força porque temos falta de personagens que possam ser próximos presidentes", afirmou.

Porém, o cineasta criticou ElBaradei, opinando que foi "fabricado pela Europa".

"Nas ruas, a sua força é limitada. Não sabe nada do Egito. O povo chama-lhe turista", contou.

Ramsis advertiu que "não haverá liberdade religiosa se a Irmandade Muçulmana", acrescentando que esta também "não existia com Mubarak".

"A partir da queda de Mubarak, estamos a discutir o que é um estado civil", explicou Ramsis.

O debate, que durou mais de hora e meia e teve um auditório lotado, com 350 pessoas, iniciou com a situação de Marrocos, sobre o discurso do Rei Mohammed, de quarta-feira, em que o monarca marroquino anunciou uma série de reformas constitucionais.

"pergunta do jornalista espanhol sobre se as redes sociais foram chave nas revoluções árabes, os pensadores referiram que a Internet foi o arranque,"fez a convocatória".

O cineasta Ramsis contou que, antes de ser cortada a Internet no Egito, um amigo estava a convocar pessoas pelo Facebook e escreveu: "A revolução russa fez-se sem Facebook".

"É dizer, ok, vamos estar uma temporada sem Internet, mas seguimos em frente, o Facebook fez a convocatória, neste momento, por muitos mais motivos, [o movimento] já se converteu numa revolução", concluiu.

In DN

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