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 Santos - 2010

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MensagemAssunto: Santos - 2010   Santos - 2010 Icon_minitimeQua Out 27, 2010 11:59 am

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Artesanato, uma feira de gado
Chaves


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Feira dos Santos espera receber 100 mil visitantes

É o evento que mais gente atrai à cidade. Artesanato, uma feira de gado, um concurso de pecuária e folclore. Os comerciantes locais aproveitam para colocar os seus «stocks» na rua e o visitante pode adquirir produtos a preços mais reduzidos.

Milhares de pessoas de Trás-os-Montes e da Galiza acorrem a Chaves, no próximo fim-de-semana, motivadas pela realização de mais uma Feira dos Santos, acontecimento cuja origem se perde na memória das gentes da região. À semelhança dos anos anteriores, de sábado a segunda-feira, a organização espera receber cerca de cem mil visitantes.

Marcando o final das colheitas, a Feira dos Santos permitia que as pessoas que trabalhavam no campo vendessem os seus produtos agrícolas, e, com o lucro que obtinham, comprassem o que precisavam para o resto do ano (roupa, calçado, louça). Além de um local de encontro das gentes, era um espaço de troca, com um cariz de festa muito acentuado.

Segundo João Batista, presidente da autarquia de Chaves, actualmente o evento «procura conciliar a tradição da feira aberta, mantendo a animação, com as exigências da modernidade, nomeadamente na oferta e na qualidade dos produtos».

As «barracas» e os stands de artesanato voltam a marcar presença na tradicional feira franca. Uma vez mais, realiza-se a Feira do Gado, no Mercado de Gado de Chaves (na zona industrial) e o VIII Concurso Nacional Pecuário no forte de São Neutel. Haverá, ainda, mais uma edição da Semana Gastronómica do Polvo.

Os Santos 2010 vão envolver o comércio tradicional, através da iniciativa Stock Out - O Comércio Sai à Rua, da organização da Procentro - Associação para a Promoção do Centro Urbano de Chaves. Contrariando a crise, os comerciantes locais têm a oportunidade de colocar os seus stocks na rua, medida que visa ajudar no escoamento dos produtos.

A incerteza climatérica fez com que os espectáculos ao ar livre dessem lugar à animação de rua, a ser protagonizada por bombos, concertinas, gaiteiros, música tradicional e folclore. A animação prolonga-se durante a noite, nas discotecas e bares da cidade que aderiram à iniciativa Santos da Noite 2010, oferecendo condições especiais a quem participa na Festa dos Santos. Importante para o comércio local, o evento oferece produtos a preços mais reduzidos.

Joana Capucho in DN, 2010-10-24
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MensagemAssunto: Pão por Deus   Santos - 2010 Icon_minitimeSeg Nov 01, 2010 11:18 am

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Pão por Deus

Em Portugal, no dia de Todos-os-Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756 (1 ano depois do terramoto que destruiu Lisboa). Em 1 de Novembro de 1755 ocorreu o terramoto que destruiu Lisboa, no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade, que era na sua maioria pobre, ainda mais pobre ficou.

Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.

As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".

Esta tradição perpetuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o país.

Até meados do séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da comemoração. A designação indicada acima (Dia dos Bolinhos) em Lisboa nunca foi utilizada, nem era sequer conhecido este nome.

Nas décadas de 60 e 70 do séc. XX, a data passou a ser comemorada, mais de forma lúdica, do que pelas razões que criaram a tradição e havia regras básicas, que eram escrupulosamente cumpridas:

Só podiam andar a pedir o "Pão-por-Deus", crianças até aos 10 anos de idade (com idades superiores as pessoas recusavam-se a dar).
As crianças só podiam andar na rua a pedir o "Pão-por-Deus" até ao meio-dia (depois do meio-dia, se alguma criança batesse a uma porta, levava um "raspanete", do adulto que abrisse a porta).
A partir dos anos 80 a tradição foi gradualmente desaparecendo e, actualmente, raras são as pessoas que se lembram desta tradição.

No entanto, datas que não têm nada a ver com as tradições portuguesas, mas que comercialmente são mais "atraentes" para o comércio, são adoptadas rapidamente (caso do Dia das Bruxas, do Dia dos Namorados e afins).

Até a comunicação social, contribui para o empobrecimento da memória colectiva. Neste dia todas as estações de TV, Rádio e jornais, falam no Halloween, ignorando completamente o "Pão-por-Deus".

In Wikipédia

In DN

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MensagemAssunto: Maria 'Coveira' enterra os mortos como há meio século   Santos - 2010 Icon_minitimeSeg Nov 01, 2010 12:11 pm

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Maria 'Coveira' enterra os mortos como há meio século

por PAULO JULIÃO
Hoje

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A coveira de Merufe, em Monção, assiste há 50 anos a uma tradição que leva milhares de pessoas ao cemitério

Milhares de pessoas rumam hoje aos cemitérios para a habitual memória aos entes queridos falecidos, num ritual que ainda hoje se mantém bem vivo em pleno feriado de Todos os Santos. Na pequena aldeia de Merufe, em Monção, Maria "coveira" assiste bem de perto a este dia há mais de 50 anos. "Talvez haja menos devoção, mas para alguns ainda é muito importante. Temos emigrantes em França que já chegaram, só para poderem pôr um ramo de flores na campa da família", começa por explicar a coveira de Merufe.

Apesar de tudo, admite que há 50 anos "a coisa era mais séria" do que nos dias de hoje. "Acho que o pior de tudo é ver morrer cada vez mais jovens e isso não acontecia tanto. Mas os de agora querem mais festa", diz, prontamente acrescentando: "Mas quer queiram quer não, a nossa casa é aquela. Lá no fundo da campa." Ainda assim, muitos outros filhos da terra fazem centenas de quilómetros só para passar pelo cemitério neste dia.

Na aldeia de Merufe, o "negócio" do enterro dos mortos é assegurado, há mais de sete décadas, pela família Cerqueira, papel assumido no último meio século por Maria, que ainda aos 70 anos garante que vai continuar a enterrar os mortos enquanto tiver forças.

"Se aos cem anos ainda estiver viva e com forças, continuo a ser a coveira. Mas o que queria mesmo era deixar isto para os meus filhos, mas eles têm outras vidas", conta, à conversa com o DN.

"As pessoas têm um medo terrível disto. Até fogem." A última esperança de deixar o negócio na família era um primo, que já a ajudava há vários anos. "Foi um des- gosto muito grande. Morreu há três semanas, com 47 anos, amarrado a uma tomada eléctrica. Nem tive coragem para o enterrar e tive de chamar um coveiro de fora", diz, emocionada, Maria Cerqueira.

Nas campas, que sozinha escava em meio-dia, garante que os únicos sustos que apanha é quando "volta e meia" fica enterrada, pela cintura, sempre que alguma terra lhe desliza para cima. "Fora isso, tenho mais medo dos vivos do que dos mortos", confessa.

Maria aprendeu a ser coveira com o pai, que durante mais de 30 anos assegurou o serviço na freguesia. Aos 13 anos começou a ajudar no serviço e depois da morte do pai assumiu ela própria a tarefa, sozinha. Até porque mais ninguém da família se mostrou disponível. "Sentem-se mal só de pensar em estar dentro da cova. Quanto mais tratar do resto", garante, dando o exemplo do marido. "De início ainda me ajudava, mas desde que partiu um caixão, porque estava a chover muito, nunca mais quis saber daquilo".

A tarefa aprendeu-a com o pai, que acompanhava no interior das covas. "Ele já andava meio doente, tinha a gota, e por isso nunca ia sozinho lá para dentro. Eu fui apreendendo e depois convidaram-me para o trabalho", recorda. Por semana pode chegar a fazer aos "dois e três enterros" ou passar um mês sem trabalhar. "É um negócio que não é certo", brinca, sempre bem-disposta e repetindo, incansável: "Os mortos não fazem mal. Os vivos é que fazem a cara do diabo."

Actualmente pode levar até 110 euros pela abertura de uma cova, mas no negócio há uma regra. "Não enterro ninguém da família. Vem outra pessoa de fora, porque para tudo há limites." Garante que já perdeu a conta aos enterros que fez em Merufe, mas alguns não esquece. "Uma miudinha de 14 anos cá da terra. Bem andei a cobrir de terra só à volta do caixão, mas depois lá tive de acabar e custou-me muito", recorda.

Para além de coveira, Maria Cerqueira assegura a limpeza do cemitério e até levanta ossadas, "sem problemas". E apesar de garantir que não quer mal a ninguém, sempre vai admitindo que enterrará com um cuidado especial "umas certas pessoas". "Foram-me ao quintal e fizeram-me umas asneiras. Algumas pessoas não me importava de enterrar vivas", diz, sempre em tom de brincadeira.

Para já garante que continua com forças para "enterrar os outros" e a mudança em Merufe ainda vai ter de esperar. "Enquanto for eu a enterrar os outros é bom sinal. O pior vai ser quando forem outros a enterrarem-me a mim."

In DN

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MensagemAssunto: Re: Santos - 2010   Santos - 2010 Icon_minitime

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