Dia mundial da Liberdade de Imprensa

.
Dia mundial comemora-se hoje

por Lusa
Hoje


A directora geral da UNESCO pediu hoje, no dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se faça um minuto de silêncio pelos jornalistas que morreram em trabalho.

A liberdade de informação é o tema deste ano do dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

"O direito de saber é fundamental para a defesa de outros direitos fundamentais, para promover a transparência, justiça e desenvolvimento", refere Irina Bokova, adiantando que a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão "reforçam a democracia".

Muitos jornalistas, adianta Irina Bokova, exercem a sua profissão num ambiente onde as restrições à informação são a norma, onde lidar com pressão ou intimidação está presente diariamente.

"Convido todos a um minuto de silêncio para honrar os jornalistas que pagaram com a vida o nosso direito à informação", apela Irina Bokova na mensagem anual onde também exorta os governos, a sociedade civil e os meios de comunicação social do mundo a juntar esforços com a UNESCO na promoção da liberdade de informação no mundo.

Em Portugal, o Sindicato dos Jornalistas (SJ), chama a atenção para a importância da informação como bem público.

Para o SJ, apesar dos "inúmeros progressos da técnica e de avanços significativos na capacidade de recolher, tratar e distribuir informação, de novas possibilidades técnicas e tecnológicas abertas no campo da comunicação social, os resultados não traduzem uma correspondente melhoria em termos de resposta adequada às reais expectativas e necessidades dos cidadãos e ao seu direito a uma informação realmente diversificada e plural".

Na origem do problema, considera o SJ, está a "concentração da propriedade dos meios comunicação social", a "obsessiva redução de custos e a maximização do lucro" que se traduz no "emagrecimento das redacções, políticas de baixos salários, precarização dos jornalistas e desinvestimento no jornalismo de investigação".

"concentração da propriedade, refere o sindicato na sua mensagem alusiva ao dia, estão associados problemas que atingem directamente os jornalistas, mas que se reflectem na qualidade e na diversidade da informação oferecida aos cidadãos - o agravamento da precariedade, o desemprego, o confisco dos direitos de autor dos jornalistas e o ataque a direitos fundamentais destes profissionais.

In DN

.
Magnum e RSF revelam África do Sul

por DN.pt
Hoje


Beaufort West é uma cidade sul africana que extravasa para fora de um enorme círculo de tráfego no interior do qual funciona uma prisão.

Mikhael Subotzky usa essa metáfora como ponto de partida para a exploração da realidade da cidade depois do apartheid. Arriscando-se a fotografar livremente, Subotzky descreve a vida dos habitantes com uma intimidade pouco comum. Rapidamente as imagens varrem a vida dos marginalizados; cantoneiros na lixeira local, cidadãos brancos numa feira de gado, famílias que instalam tabernas improvisadas nas suas casas, uma prostituta envolvida em relações sexuais com camionistas e finalmente a prisão - o ponto final para muitos dos moradores.

No deserto de Karoo, no meio do caminho entre Joanesburgo e a Cidade do Cabo, Beaufort West é uma cidade sul africana construída em torno de uma grande estrada circular, no centro da qual funciona uma prisão.

O fotógrafo Mikhael Subotzky usou essa metáfora como ponto de partida para a exploração da realidade pós-apartheid. Sessenta e cinco por cento - das 37 mil pessoas que lá vivem - está desempregada e a taxa de criminalidade é 10 vezes superior à de Nova York, ainda que duas vezes menor que a de Joanesburgo.

Como cidade rural, Beaufort West viu metade da sua população partir após o fim do apartheid. Esta migração massiva foi parcialmente invertida com o regresso de todos aqueles que não conseguiram subsistir nas grandes cidades. Desiludidas, sem futuro e sem recursos, essas pessoas tentam sobreviver na luta contra a pobreza e a segregação, duas coisas que o governo do ANC nunca conseguiu erradicar.

Mikhael Subotzky viveu em Beaufort West. Foi hospedado por uma família onde se envolveu em costumes e tradições locais. Enquanto fotografava foi acompanhado por Major, um rapaz muito popular na cidade e ex-estrela de futebol. A reputação de Major permitiu-lhe aproximar-se de muitas pessoas que acabou por fotografar, entre elas um grupo de crianças que o convidou para um assalto.

http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1559714&seccao=Artes Pl%E1sticas

http://www.magnumphotos.com/Archive/C.aspx?VP=XSpecific_MAG.AgencyHome_VPage&pid=2K7O3R1VX08V

In DN