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MensagemAssunto: Tradições   Tradições Icon_minitimeTer Set 09, 2008 5:02 pm

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Festa de Vila Verde da Raia
Chaves


Já não há burros para fazer corrida na romaria

Longe vão os tempos em que nas aldeias de Trás-os-Montes eram às dezenas. Os burros, amigos inseparáveis do homem na lide do campo, hoje estão em vias de extinção e até as tradicionais corridas nos dias de romaria estão em risco de desaparecer. A romaria de Vila Verde da Raia, em Chaves, corre o perigo de hoje não ter burros para realizar a tradicional corrida da festa.

Em tempos, não muito longínquos, em Trás-os-Montes, com a chegada do Verão vinham as romarias e festa que se prezasse tinha de ter uma corrida de burros. Com a desertificação do Interior e o abandono dos campos, o burro começou a desaparecer. Hoje, o burro ibérico é uma das espécies protegidas em vias de extinção e mesmo os ciganos, que na região do Alto Tâmega eram conhecidos por deambular de terra em terra para negociar em burros, já desapareceram.

A aldeia raiana de Vila Verde da Raia, em Chaves, situa-se bem no extremo de Portugal e é mesmo o seu limite com a vizinha Espanha, mas apesar de estar muito próxima da cidade teima em manter vivas algumas das mais antigas tradições.

A festa de Vila Verde da Raia é um momento alto para a povoação que desde quinta-feira vive em folia. As tradições nunca são esquecidas e hoje, o último dia da romaria, é dedicado às brincadeiras e à tradicional corrida de burros.

São mesmo os mais novos que não querem deixar morrer a tradição e apesar de ser todos os anos uma incógnita e de nem sequer constar do programa das actividades, a corrida dos burros continua-se a realizar, mas os exemplares são cada vez menos e pode até nem haver concorrentes, impedindo que se realize a antiga tradição.

\"Noutros tempos esta corrida dava gosto. Apareciam sempre mais de 10 ou 12 burros e todos sabíamos a quem pertenciam e se eram bons ou maus trabalhadores.

Agora lá vão aparecendo três ou quatro e nunca se sabe se aparecem no ano seguinte, pois alguns já começam a ficar velhotes e não estão para corridas.Vamos ver se há burros para a corrida da romaria,\" disse ao DN um dos habitantes de Vila Verde da Raia.

Paulo Reis in DN, 2008-09-08
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MensagemAssunto: Re: Tradições   Tradições Icon_minitimeTer Set 09, 2008 5:08 pm

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Feiras de Burro
Miranda do Douro


Mostra do Naso (Miranda do Douro) e Feira do Azinhoso (Mogadouro)

Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), promove as tradicionais Feiras de Burro, entre os dias 6 e 7 de Setembro, nos concelhos de Mirando do Douro (Mostra do Naso) e Mogadouro (Feira do Azinhoso).

Mostra do Naso - Mostra de Asininos (Miranda do Douro), no dia 6 de Setembro. Do programa da Feira faz parte uma gincana de burros, um desfile de burros com ornamentação, um concurso para eleger os melhores exemplares e um almoço convívio, com a presença dos gaiteiros e cantares tradicionais.
Feira do Azinhoso - Mostra de Exemplares da Raça Asinina (Mogadouro), nos dias 6 e 7 de Setembro. A iniciativa visa retomar a romaria à Feira do Azinhoso, um passeio de burro de pequena rota em volta da aldeia de Azinhoso. Ao longo do dia, serão dinamizadas diversas actividades desde da tradicional gincana de burros até ao célebre desfile de asininos.

A iniciativa da (AEPGA), realiza-se em colaboração com a AIVECA - Associação para a Investigação e Valorização Etnográfica e Cultural de Azinhoso.

, 2008-09-09
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MensagemAssunto: Barroso - Festa do Emigrante   Tradições Icon_minitimeQua Set 17, 2008 10:42 pm

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BARROSO - Festa do Emigrante


Esta foi a Nossa Festa do Emigrante em 2008. Começou com uma missa campal pelas 15h30m.
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O nosso Pároco, António Jorge Cachide...
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O andor da Nossa Senhora da Boa Viagem...
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Com a missa terminada, deu-se então início à procissão...
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Muito interessante a participação das crianças, ideia da nossa Secretária Gorete Afonso...
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A procissão pela Rua Central da Aldeia de Ormeche...
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Tradições 6UKEM6962450-02
Aqui está a nossa capela restaurada.
Tradições ASs4qi137218-02 Entrada do andor para a capela...
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A direcção da A.C.R.A.O. leu um texto de agradecimento para o nosso Pároco e para todo o povo que participou...Domingos Morgadinho, 1º Vogal...
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Paulo Costa, 2º Vogal...
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Sérgio Guerra, Tesoureiro...
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Gorete Afonso, Secretária...
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António Almeida, Presidente...
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Em breve teremos mais novidades deste evento.

António Almeida
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MensagemAssunto: O Jogo da porca   Tradições Icon_minitimeQui Set 18, 2008 2:41 pm

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O JOGO DA PORCA

Por Armindo Cardoso

Tradições Curro

"Jogar a porca" ou "correr a porca" era brincadeira muito apetecida da garotada e do rapazio de Moimenta, até meados dos anos 60.

A porca era jogo de garotos, desde a idade de ir para a escola até aos 15 ou 16 anos. Os adultos e os rapazes com barba na cara não jogavam a porca. Distraíam-se a jogar as cartas, os paus, o fito, o pulo, o calhau ou o ferro. As crianças com menos de 7 anos também não eram aceites no jogo da porca. Eram pequenas de mais e podiam magoar-se. Essas, jogavam o bilro, o serrobico, a tinha e os quadradinhos, ou iam para junto das garotas jogar a macaca ou as pedrinhas.

A porca não era brincadeira de todos os dias. Bem apetecia jogar diariamente, no final da escola, no Melhadouro. Mas quem podia? Mal o professor dizia até à manhã, todos corriam para casa cumprir as suas obrigações domésticas. Os filhos dos lavradores tinham sempre que tapar uma água, aproveitar umas decaídas, tanger as vacas ao lameiro ou substituir quem lá as guardava. E os filhos dos cabaneiros não tinham melhor sorte. Havia sempre uma cabra ou uma burra para cuidar, um feixe de lenha para juntar nos baldios e trazer para casa ou uma corridinha à vizinha Espanha para trazer mercearia, uma "panocha", ou um naco de carne alentejana. Além disso, todos tinham a lição para estudar e as contas para fazer, e quase todos tinham um irmãozinho mais novo para cuidar ou gente idosa para acompanhar, substituindo a mãe, que corria para o campo mal o estudante chegava.

Mas aos Domingos, grupos de crianças e adolescentes jogavam a porca no Melhadouro, tardes inteiras, até ao escurecer, quando o toque das Trindades recomendava o regresso ao lar, evitando o mais que certo castigo paterno, reservado àqueles que chegavam tarde. Mas também se jogava a porca no campo, aos dias de semana, em sítios planos e livres de monte, com cerca de 100 m2, mais ou menos. Era vulgar ver sítios de correr a porca no caminho das Balinhas, logo a seguir à última palheira da povoação, nos "sartégados", perto da nascente e em várias lamas.

Mas o jogo da porca por excelência, o mais participado, o mais aplaudido, aquele por que todos sonhavam, era ao Domingo, no Melhadouro, sítio grande, plano e sem obstáculos. O sítio ideal para executar este jogo.

O jogo da porca não era normalmente improvisado. Os interessados, 6 pelo menos, combinavam o encontro, previamente, nos intervalos da escola, no adro onde se encontravam para ir à Missa com a família, ou noutro sítio qualquer. Marcavam a hora do encontro e definiam o local. Um encarregava-se de arranjar a porca - uma bola de madeira cuidadosamente moldada, com cerca de 5 cm de diâmetro, feita da torga de uma urze - e todos seleccionavam o seu pau de correr a porca - um bastão de madeira, com uma extremidade em forma de L com ângulo arredondado, cerca de 110 cm de comprimento e uma espessura adaptada à mão de cada jogador.

No sítio do jogo, de terra dura, fazia-se o curro e à volta deste as chonas, tantas quantas os jogadores menos uma, distanciadas umas das outras cerca de 120 cm. O curro era uma cova redonda com cerca de 30 cm de diâmetro e 10 cm de profundidade. As chonas eram também covas arredondadas, mais pequenas do que o curro, com 15 cm de diâmetro e 8 cm de profundidade, mais ou menos. A distância entre as chonas era sempre ligeiramente maior do que o comprimento do maior pau de correr a porca. Por isso, depois de definir as marcações no terreno, não se deixava aumentar o número de jogadores. Isso obrigaria a redefinir as chonas, alargando o círculo em volta do curro, de forma a respeitar as necessárias distâncias.

Para haver jogo da porca era necessário um porqueiro, e porqueiros voluntários não havia. Por isso, um jogador, normalmente o mais velho ou o que tinha maior ascendência no grupo, de pé, colocava os calcanhares junto ao curro e estendia os braços para a frente, mantendo-os paralelos, afastados um do outro entre 40 e 50 cm, e neles recebia, um a um, o pau de correr a porca de cada jogador, previamente identificado com uma marca feita a navalha ou de outra forma qualquer. Então, este atirador de paus lançava-os para trás, o mais longe que podia, por sobre a sua cabeça. O primeiro porqueiro era o dono do pau que ficasse mais próximo do curro. Em caso de empate repetia-se o lançamento dos paus empatados até atingir o objectivo.

E começava o jogo com o porqueiro entre duas chonas, com a porca na mão, e os restantes jogadores cada um ocupando a sua chona.

De seguida, o porqueiro lançava a porca ao ar, a cerca de 3 metros de altura, direitinha, procurando que caísse dentro do curro, gritando:

- A porca vai baleira!

E, enquanto agitavam os seus paus no ar procurando evitar que a porca caísse directamente no curro, todos os jogadores respondiam:

- Com 100 porcos à coleira!

Se a porca caía directamente no curro, o porqueiro vitorioso colocava o seu pau de correr a porca junto a uma chona e ditava mudança de chonas, gritando:

- Serramudinhas haja!

Acto contínuo, cada jogador tinha que mudar de chona. Aquele que no decurso das serramudinhas ficasse sem chona era o novo porqueiro. E recomeçava o jogo, lançando a porca ao ar.

Mas se a porca não caía directamente no curro, começava a corrida da porca, com o pobre do porqueiro atrás dela. Os jogadores passavam-na de uns para os outros com os seus paus, levando-a para o mais longe possível do curro, evitando que o porqueiro conseguisse tocar-lhe.

Quando, ao fim de muito esforço, o porqueiro, arfante e transpirado, conseguia finalmente tocar na porca, todos corriam, cada qual para sua chona. Se o porqueiro corria mais e conseguia ocupar uma chona, o dono desta passava a ser o novo porqueiro.

Então, ia buscar a porca e recomeçava o jogo, lançando-a ao ar, do modo já descrito anteriormente, gritando:

- A porca vai baleira!

Mas se o porqueiro não conseguia roubar uma chona, então, tinha que tanger a porca para o curro. Ia buscá-la e orientava-a em direcção ao curro, dando-lhe pequenos toques com o seu pau de correr a porca.

Os restantes jogadores podiam dificultar a tarefa do porqueiro, afastando a porca do curro, batendo-lhe com os seus paus. Mas tinham que ter muito cuidado, pois o porqueiro, depois de tocar na porca pela primeira vez, adquiria o direito de, a qualquer momento, ocupar a primeira chona que apanhasse, deixando, assim, de ser porqueiro.

Quando o porqueiro se aproximava do curro, procurava evitar os ataques dos restantes jogadores, cada vez mais frequentes e ousados, protegendo com os seus pés, que mantinha juntos da porca, fazendo um ângulo o mais apertado possível.

Finalmente, o porqueiro conseguia meter a porca no curro. Então, vitorioso, ditava mudança de chona, gritando serramudinhas, do modo que já foi referido anteriormente.

... E recomeçava o jogo.

Armindo Cardoso

Publicado no Mensageiro de Bragança em 14.04.2000


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MensagemAssunto: Festa do Emigrante (Final)   Tradições Icon_minitimeSeg Set 29, 2008 4:31 pm

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Planalto barrosão

O baile esteve bem animado, como se pode ver...
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Quem animou a noite foi o Augusto Damásio...
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A mesa das sobremesas...
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Perigosos...
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O nosso bar maravilha...
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Parte da Nova Geração Ormechense...
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Muito obrigado a todos os que participaram nesta festa e que de alguma maneira ajudaram na sua realização. Espero que para o próximo ano seja ainda melhor e cada vez maior.

António Almeida
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MensagemAssunto: Chegas de bois e outras lutas de animais analisadas por espe   Tradições Icon_minitimeSáb Nov 01, 2008 6:23 pm

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Antropólogos de vários países
Montalegre


Tradições Chegas_bois2008

Chegas de bois e outras lutas de animais analisadas por especialistas

As chegas de bois não são, afinal, um exclusivo do Barroso ou de Trás-os-Montes. Há lutas de touros no Japão, na Coreia do Norte ou no Irão, por exemplo. No passado fim-de-semana, especialistas de vários países reuniram-se em Montalegre para tentar perceber o fenómeno das lutas de animais e as paixões que despertam. Foi o primeiro congresso sobre o tema em Portugal.

António Germano Duarte, 55 anos, tinha «cinco/seis» anos quando viu a primeira chega de bois. Foi levado pela mão do pai. Lembra-se quase como se fosse hoje. «Turrou» um boi da vila (Montalegre) com um do Barracão. Nuno Duarte, 30 anos, apanhou o vício das chegas aos seis, sete anos com o pai (António). Hoje, é proprietário, em parceria com um cunhado, do boi campeão da região, o «Caipira». Ao contrário do pai, que não consegue meter nada à boca antes de uma luta, Nuno come.

Mas, na hora de carregar o animal na carrinha que o há-de levar ao chegódromo [campos próprios para a realização de chegas de bois], começa-lhe a «faltar o ar». «Levo sempre uma garrafa de água para ir bebendo». O cunhado, não lhe falta o ar, mas «bufa». Claúdia Duarte, de 7 anos, já «adora» chegas. Aprendeu com o pai (Nuno). Mas, para já, não se enerva porque o «Caipira ganha sempre». No concelho de Montalegre, o gosto por uma das mais enraizadas tradições corre no sangue, de geração em geração e desperta as mais incríveis sensações.

E foi para perceber o fenómeno e a génese dos combates de animais que entre sexta-feira e domingo passados, especialistas internacionais reuniram em Montalegre, naquele que é o primeiro congresso sobre esta prática em Portugal. «Há combates de animais em todo o mundo, a ideia é tentar perceber porque há tanta gente apaixonada por estas actividades, bem como para observar evoluções recentes», explicou, Jean Yves Durand, da Universidade do Minho, e co-organizador do congresso em parceria com o Ecomuseu do Barroso.

E onde ficam os direitos dos animais? «O papel do congresso não é promover nem criticar as lutas de animais, é tentar perceber. Do ponto de vista do antropólogo, é tão importante observar os fenómenos sociais críticos, como os aficionados», esclareceu Durand, lembrando que, de qualquer forma, há diferenças substanciais entre as várias lutas de animais. «As chegas de bois não se comparam [em termos de violência] com as de galos e carneiros, que, por vezes acabam com a morte de um dos animais», explicou, lembrando o significado dos combates: Tradicionalmente, nas chegas de bois, era a aldeia que estava em causa.

O animal é o próprio prolongamento da pessoa, defendeu. Na mesma linha, Humberto Martins, da Universidade de Trás-os--Montes e Alto Douro, falou sobre a relação de afectividade que se estabelece entre homens e animais. «Lembro-me que em Tourém, um boi, o Ruivo, faz parte da história da aldeia, todos tinham orgulho nele. Uma vez, o Pita [um morador] contou-me que «até chorou» porque alguém lhe disse a brincar que o Ruivo era uma vaquita [fraco para lutar]», relatou o investigador.

No entanto, o antropólogo não deixou frisar que existe nas chegas de bois um «paradoxo». Por um lado, antes das chegas, os animais são tratados como «filhos» e com toda a afectividade e, depois, quando perdem, são vendidos para abate. «Há como que um regresso à hierarquia: és carne, és animal...«, explicou Humberto Martins. Mas há outros actos aparentemente tresloucados que revelam a dimensão do fenómeno e onde chega esta paixão. Este ano, um ex-emigrante nos Estados Unidos pagou por dois bois 35 mil euros.

Perderam ambos no primeiro combate. Com a derrota, o valor dos animais regressou ao «preço de talho», menos de 5 mil euros. Além de chegas de bois, no congresso foram também analisados as lutas de grilos em Xangai, na China, as de escaravelhos, na Tailândia, a luta de galos, no Norte de França, os combates de vacas, nos Alpes Suíços, e o combate de touros no Norte do Irão. No sábado à tarde, os especialistas tiveram oportunidade de ver ao vivo uma chega de bois, de carneiros e uma luta de galos.

Margarida Luzio, Semanário Transmontano, 2008-10-31
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MensagemAssunto: A lenha que aquece as almas   Tradições Icon_minitimeSex Nov 07, 2008 6:54 pm

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A lenha que aquece as almas
Vimioso


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População de Argozelo acende fogueiras em todos os bairros para rezar pelas almas

Argozelo, noite de 1 de Novembro, em cada bairro da vila acende-se uma fogueira para rezar pelas almas. É assim desde tempos remotos e os habitantes da freguesia continuam a cumprir a tradição à risca, porque esta é a forma de homenagear e orar pelos familiares ou amigos já falecidos.

Durante o dia, a comunidade junta-se para apanhar a lenha que não deixa arrefecer este costume ancestral e que combate as baixas temperaturas da época. Depois visitam-se a campas no cemitério e começa-se a preparar o serão à roda das fogueiras, que acaba por volta da meia-noite ou 1-2 da manhã.

Entre as orações e o convívio, bate-se com a moca ou com uma pá para espantar o mal e avivar o lume, pois o frio está sempre presente na noite de 1 de Novembro.
Há mesmo quem se aventure a dar a volta por todas as fogueiras, enquanto o sino da igreja matriz dá um tom mais solene à tradição.

Enquanto se reza no quente do lume, vão-se comendo castanhas, provando o vinho ou jeropiga e reavivando recordações de outros tempos.

É assim a noite de 1 de Novembro em Argozelo, onde novos e jovens de outros tempos fazem questão de manter viva a lenha que aquece as almas.

João Campos, Jornal Nordeste, 2008-11-06
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MensagemAssunto: Senhora da Ribeira e contrabando   Tradições Icon_minitimeSeg Nov 10, 2008 10:41 pm

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Senhora da Ribeira e contrabando
Bragança


Tradições 7253_jn

Quintanilha: terra de contrabando e de fé

Não há quem não tenha ou conheça histórias e aventuras de contrabandistas por aquelas bandas. Terra fronteiriça, são muitas as estórias que dão fama a Quintanilha, no concelho de Bragança.

Nos tempos em que as autoridades controlavam a passagem de pessoas e mercadorias entre Portugal e Espanha, poucos eram os que não se aventuravam a contrabandear produtos para tentarem ganhar mais alguns “trocos”. Desde bens alimentares, como pimento e café, a ferramentas e instrumentos agrícolas, era vasta a panóplia de mercadoria vendida ilegalmente, em ambos os lados da fronteira.

Utilizando o rio Maçãs, que separa os dois países, como ponto estratégico na travessia, muitos eram os habitantes de Quintanilha que percorriam, nas frias noites de Inverno, montes e vales ibéricos para comprarem e venderem produtos nos dois lados da fronteira. “Trazíamos ovelhas, pimento e escabeche em lata, entre outras coisas, e depois para Espanha levávamos pão, ovos e café. No Inverno, chegávamos a andar com a água gelada do rio pelos ombros”, recordou Belarmino Martins, habitante de Quintanilha.

Uma vez comprada a mercadoria em Espanha, era levada para localidades como Coelhoso, Parada ou Vinhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros. “Às vezes, transportávamos cerca de 50 kgs de produtos às costas e chegávamos a andar três horas a pé para a vendermos noutros sítios”, contou o antigo contrabandista, que começou a ajudar o pai neste tipo de “acções” com, apenas, 12 anos.

Devido ao apertado controlo das autoridades fronteiriças, era frequente “largar”o fardo no meio do monte e fugir, para não cair nas garras dos carabineiros. “Andávamos sempre alerta e, ao mínimo sinal, atirávamos com as coisas para algum sítio e, mais tarde, tentávamos reavê-las”, explicou Belarmino Martins.

Sendo uma actividade ilegal, eram frequentes as denúncias por parte de “passadores” ou habitantes às autoridades fronteiriças. “Algumas pessoas acusavam os contrabandistas. Alguns chegaram a ser apanhados e eram muito maltratados”, explicou outra habitante de Quintanilha, Hermínia Pires.

Devido ao ambiente de suspeição e desconfiança, a Guarda colocava em prática diversas operações com o objectivo de capturar os infractores. “Chegaram a revistar a nossa casa, mas nunca encontraram nada, porque deixávamos a mercadoria nalguma horta ou terreno”, acrescentou Belarmino Martins.


Santuário da Senhora da Ribeira deve-se à rainha Santa Isabel

Grande romaria da zona da raia, a festa em honra de Nossa Senhora da Ribeira leva, há diversos séculos, o nome de Quintanilha até longínquas localidades portuguesas e espanholas.

Conta-se que Nossa Senhora apareceu, no século XIII, a uma pastorinha surda-muda que apascentava o rebanho junto da ribeira de Caravela, afluente do rio Maçãs, que começou a falar e a ouvir após a aparição. A pedido da Santa, a jovem correu a relatar o milagre à população de Quintanilha, rogando-lhe que construíssem uma ermida em homenagem à Senhora da Ribeira, como passou a ser conhecida, uma vez que o milagre se deu junto a uma ribeira. Os habitantes ergueram, assim, uma pequena capelinha, onde cabiam, apenas, o padre e um sacristão, pelo que os devotos, em dias de missa, tinham que ficar na parte de fora do templo.

A caminho de Trancoso para o casamento com D. Dinis, a princesa Isabel de Aragão (Espanha) passou pela fronteira de Quintanilha, onde viu que um elevado número de pessoas prestava culto a uma Santa. A futura rainha Santa Isabel desceu do cavalo para, também, honrar a Senhora da Ribeira. Vendo a devoção do povo e que a capelinha era tão pequena, a princesa de Aragão pediu ao rei D. Dinis que construísse um templo dedicado à Santa “de Quintanilha”. E assim foi.

Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2008-11-10
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MensagemAssunto: Mascarados cumprem a tradição, em Varge e na Aveleda   Tradições Icon_minitimeSeg Dez 22, 2008 11:56 pm

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Rapazes animam o Natal
Bragança


Tradições 7533_jn

Mascarados e mordomos saem à rua para cumprirem a tradição nas aldeias de Varge e Aveleda

A irreverência dos mascarados marca a época natalícia nas aldeias de Aveleda e Varge, no concelho de Bragança. A tradição da Festa dos Rapazes cumpre-se ano após ano, com as tropelias dos caretos (rapazes solteiros mascarados), que espalham pelas ruas o espírito festivo.

A Festa dos Rapazes começa a ser preparada no dia 1 de Novembro (Dia de Todos os Santos), altura em que os mordomos e os rapazes se juntam para ir à lenha, que, posteriormente, é leiloada para recolher fundos para a festa.

Pelas 6 da manhã do dia 25, os rapazes mascarados saem à rua para a alvorada. “Aqui fazem-se três rondas. A primeira é no dia 14, depois fazem outra na noite do dia 24 e a última é no dia 25, logo de manhã cedo. Os rapazes que não forem à ronda têm que pagar uma multa”, conta Bernardete Pereira, membro da organização da festa em Aveleda.

Na aldeia de Varge, o ritual repete-se. Aqui, quem não aparecer aos mascarados durante a alvorada é castigado nas águas geladas do rio ou do tanque situado no centro da aldeia.

Depois da missa de Natal, os caretos reúnem-se à entrada de Aveleda, um dos rapazes tira a máscara e lê as “comédias” (sátiras daquilo que se passa no povo durante o ano). “Antigamente, as comédias eram ‘picadas’. Agora sou eu que as rectifico, de modo a que sejam engraçadas, mas que não ofendam ninguém”, conta Bernardete Pereira.

Em Varge, por sua vez, os mascarados lêem as “loas” no centro da aldeia, em cima de um carro de bois. Os rapazes fecham todas as ruas da aldeia e quem passar por aqui neste dia tem que deixar uma esmola. “Antes pediam ‘10 reis para a borracha’, hoje dizem ‘uma croinha’”, conta Evaristo Fernandes, um habitante de Varge.

Nesta localidade, os mordomos matam uma vitela para a Festa dos Rapazes, que vai à mesa nos dois dias de festa.

Tradições de Natal da freguesia de Aveleda já foram tema de livros e de trabalhos
de investigação

Depois de lidas as sátiras, em Aveleda os mascarados percorrem as ruas da aldeia à procura das moças para lhe darem com as bexigas do porco cheias de ar na cabeça. Em Varge, caretos e mordomos correm todas as casas da localidade com umas varas enfeitadas para desejarem as Boas Festas.

“Uns dão fumeiro, outros fruta e também há quem dê dinheiro. No final, fazem a corrida à rosca e quem perder tem que pagar a rosca”, conta Evaristo Fernandes.
Já em Aveleda, os rapazes que participam, pela primeira vez, na festa, os chamados “picos”, são “baptizados” no rio que atravessa a localidade.

No dia 26, a festa resume-se aos comes e bebes e aos bailes que se realizam na freguesia.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Aveleda, Isidro Rodrigues, estas tradições atrem alguns curiosos, mas também já foram tema de livros e de trabalhos de investigação.

A par das tradições ancestrais, Aveleda também é terra de carvoeiros. Reza a história, que a população desta freguesia vivia da extracção de carvão, pelo que era tradição oferecer-se um “enxadão” como prenda de casamento, visto que ia ser muito útil para arrancar as cepas que eram transformadas em carvão que era vendido na cidade de Bragança. O transporte era feito em burros e até há uma lenda associada a um episódio protagonizado por uma carvoeira, da qual surgiu a célebre frase: “Sou da Ableda e a burra também”.
Inseridas no Parque Natural de Montesinho, as aldeias de Varge e Aveleda guardam fauna e flora autóctone e algum património edificado e natural.

Para continuar a desenvolver a freguesia, Isidro Rodrigues realça que a Junta continua a necessitar do apoio da Câmara Municipal de Bragança para concluir projectos importantes, como é o caso da pavimentação dos cerca de 6 quilómetros que ligam Aveleda a França e para o embelezamento e requalificação das margens dos rios que atravessam as duas localidades.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2008-12-22
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MensagemAssunto: Rituais pagãos saem às ruas com os seus mascarados e trajados   Tradições Icon_minitimeQui Jan 01, 2009 3:12 pm

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Solstício de Inverno
Distrito de Bragança


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Rituais pagãos saem às ruas com os seus mascarados e trajados

Nesta altura do ano, as figuras dos rituais do Solstício de Inverno assumem um profundo significado em toda a Terra de Miranda, que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso. No entanto, há outros concelhos como Vinhais, Bragança e Macedo de Cavaleiros, igualmente procurados pelos apreciadores do turismo cultural e mitológico.

Recorde-se que, por serem de origem pagã, o clero tentou proibir algumas das tradições ao longo dos séculos, mas continuaram a resistir dada a vontade popular em preservá-las. Assim, na década de 70 do século passado, estas festividades renasceram e algumas delas ganharam, mesmo, maior dimensão.

O Período dos 12 dias (como é designado pelos investigadores), desde o dia de Natal aos Reis, é a época alta para as festividades do Solstício de Inverno e quando Chocalheiros, Carochos, Sécias, Velhos, Farandulos, mascarados e vestidos com trajos espampanantes e por vezes de aspecto “demoníaco” saem à rua com alaridos e trejeitos próprios, trazendo às aldeias da região transmontana momentos únicos de alegria e diversão.

A viagem ao universo destas figuras pode tornar-se inesquecível, sendo que para uns são assustadoras e para outros, apenas, rituais de iniciação e fertilidade. Cheias de simbolismo e interesse cultural, é comum ver por estas paragens, historiadores, antropólogos e turistas, que são cada vez mais arrastados pela curiosidade proporcionada por estes mascarados.

Planalto Mirandês é rico em tradições pagãs

Faça frio ou sol, novos e velhos ainda dão continuidade à tradição, como em Vale de Porco, no concelho de Mogadouro, onde o Chocalheiro ou Velho é representado por um moço que, vestido com um fato de serapilheira e uma máscara tauromórfica esculpida em madeira e com chocalhos à cintura, percorre as ruas da aldeia no dia de Consoada, numa autêntica algazarra no intuito de recolher esmola em beneficio da igreja, cujo culto pertence ao Menino Deus e Senhora da Conceição.
“Como cada terra tem seu uso”, o percurso continua por outros locais, sendo que o difícil é assistir a duas celebrações no mesmo dia.

Assim, outra das sugestões passa pelo Chocalheiro de Bemposta que, com o simbolismo da sua máscara, torna-se numa das mais emblemáticas figuras do Planalto Mirandês a sair à rua a 1 de Janeiro. Há muito tempo que este ritual é feito por promessa, uma vez que, pessoas no meio das aflições do dia, fazem uma promessa ao Menino Deus.

Sendo praticamente impossível descrever a pureza desta figuras, tomamos rumo à aldeia de Bruçó, no concelho de Mogadouro, onde, na manhã do dia de Natal, dois casais saíram à rua. Por um lado, o Soldado e a Sécia e, no outro, um par de Velhos, todos mascarados e vestidos a preceito. Já na rua, as personagens ganham vida própria e os mascarados iniciam funções: Sécia, protegida pelo Soldado, é uma mulher mundana, “de vida fácil”, que, ao longo do trajecto, é assediada pelos rapazes com mais coragem, enquanto o valente Soldado atira umas valentes “ cinturadas” a quem dela se aproximar.

Para terminar este roteiro mitológico, fica a sugestão das Festas das Morcelas ou da Mocidade, dedicadas a São João Evangelistaque têm lugar a 27 de Dezembro na aldeia de Constantim, no concelho de Miranda, e que constitui um dos exemplos mais emblemáticos destes rituais que se prolongam até ao Dia de Reis e onde os actores principais são o Carocho e a Velha.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2009-01-01
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MensagemAssunto: S. Sebastião: mesa com um quilómetro com comida   Tradições Icon_minitimeQua Jan 21, 2009 11:04 pm

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Couto Dornelas
Boticas


S. Sebastião: mesa com um quilómetro com comida

Numa mesa com um quilómetro de comprimento estão mais de 3 mil broas de pão, 500 quilos de carne de porco fumado e 200 quilos de arroz, e vinho, muito vinho. Trata-se da Mesinha a S. Sebastião, uma tradição que se repete dando de comer a quem vá à freguesia como sinal de agradecimento ao santo, como refere o presidente da Junta de Freguesia Xavier Barreto.

O pároco de Couto de Dornelas está em contencioso com a população devido à casa onde a festa é preparada, a paróquia considera que o edifício é seu, mas o povo discorda e diz que quem construiu a Casa da Festa foram os mordomos, o caso chegou a barra dos tribunais e entretanto a festa tem sido feita sem o padre da aldeia e sem a imagem original de S. Sebastião, tendo o povo arranjado uma réplica para que o Santo pudesse participar no repasto.

Reza a história que a tradição é anterior as invasões francesas, S. Sebastião protegia a população contra a fome e a miséria, mas na altura em que as tropas de Napoleão invadiram pela segunda vez o nosso país pilhando tudo que encontravam, a crença no santo aumentou. A população aflita rogou a São Sebastião para que protegesse a aldeia e estranhamente caiu um nevão obrigando as tropas francesas a escolher outro caminho. Como paga do milagre a população comprometeu-se a todos os anos dar uma almoço a quem aparecesse na aldeia.

A pequena aldeia de Couto de Dornelas com cerca de 500 habitantes hoje recebe mais de cinco mil pessoas que querem participar nesta festa renovada, provando o pão e o arroz. De ano para ano cresce a mesa e aumentam os alimentos é que cada vez mais são os visitantes neste dia 20 de Janeiro a Couto de Dornelas.

Mas esta tradição não é única no concelho de Boticas, outras aldeias como o caso de Alturas do Barroso e Cerdedo comemoram igualmente o dia de S. Sebastião. Como curiosidade refira-se que em Alturas do Barroso para além do pão é oferecida feijoada.

Espigueiro/UFM, 2009-01-20
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MensagemAssunto: Cantar dos Reis no Barroso   Tradições Icon_minitimeSáb Jan 24, 2009 5:31 pm

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Com a devida vénia, copy/past de um post do ASA, no RM:

António Sousa Alves escreveu:
Cada vez mais a comunidade barrosã deve fazer ressurgir as suas boas e velhas tradições.

Assim aconteceu em Currais, onde cada vez mais o desenvolvimento sócio-económico assenta também no revivalismo asociativo das pessoas que trabalham e não dispensam a alegria no trabalho com momentos de FESTA.

Em ambiente de concórdia e amizade, o grupo de Cantar dos Reis associou-se no dia seguinte para levar a acabo um CONVÍVIO no já conhecido FORNO DO POVO, fazendo-o com o pecúlio de todos aqueles que souberam presentear os cantantes.
Parabéns às Casas Tradicionais que souberam abtrir as suas portas e, sobretudo, os seus corações a esta nobre gente.

Apesar das condições técnicas adversas, foi possível ainda dispôr de um "pobre" vídeo no "youtube" e que o Canal Estanhado do Lugar realizou, como segue:




Tradições Smilie34Tradições Smilie34Tradições Smilie34Tradições Smilie34Tradições Smilie34
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MensagemAssunto: Ritual de cultura popular   Tradições Icon_minitimeSex Fev 27, 2009 12:14 pm

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Ritual de cultura popular
Chaves


Hotel Casino Chaves recria «Desfeita do Porco»

O Hotel Casino Chaves recria no próximo dia 28 de Fevereiro uma das mais antigas tradições de Trás-os-Montes: a desfeita do porco. Um ritual de cultura popular portuguesa que honra também a tradição gastronómica do nosso país.

A partir das 10.00h dá-se início à “desfeita do porco”, onde são dadas a conhecer as técnicas desta prática; pelas 13.00h é servido um buffet tradicional no restaurante do hotel (pimentos assados, saladas variadas, azeitonas temperadas, salada de bacalhau e escabeche de petinga); do almoço consta (entre outras coisas) uma sopa de feijão vermelho, as carnes frescas do porco servidas em forma de rojões, sangue cozido, fígado grelhado e corado; frango de cabidela acompanhado por vinho da pipa; para a sobremesa - fruta da época, pudim de maçã, doce de cabaça, queijadas de laranja, ananás com vinho do Porto, papas de sarrabulho doce e queijos típicos de Trás-os-Montes.

Esta unidade Solverde propõe ainda, para seu maior conforto, um programa de alojamento (de 27 de Fevereiro a 1 de Março) por 90 euros por noite em quarto duplo ou 70 euros por noite no caso de estadias de duas noites.
O preço do almoço de “desfeita do porco” é de 23 euros por pessoa.

, 2009-02-26
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MensagemAssunto: Legal em Espanha, ilegal em Portugal   Tradições Icon_minitimeSex Abr 17, 2009 11:19 am

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legal em Espanha, ilegal em Portugal
Alto Tâmega


Tradições Galos

Lutas de galos em garagens podem render cinco mil euros em apostas

Tratam-nos como animais de estimação, mas gostam de os ver à luta. As «lutas de galos» estão a ganhar adeptos nos concelhos de Chaves e de Montalegre. Em Portugal, a prática é proibida, mas do lado de lá da fronteira é legal, o que revolta os aficcionados, que optam por fazê-las em garagens. Em apostas, uma única disputa pode render cinco mil euros.

As chegas de bois não detêm o exclusivo das lutas de animais promovidas no Alto Tâmega. As lutas de galos também têm tradição e continuam a acontecer, embora de forma mais camuflada. Por norma, e por serem proibidas, ao contrário do que acontece em Espanha, no concelho de Chaves, são feitas em garagens e durante a madrugada .

Normalmente, acontecem depois de “petiscadas” entre amigos. Os organizadores não cobram qualquer bilhete, nem fazem negócio com as lutas. Fazem-no apenas “para se divertir”, disse Carlos (nome fictício de um dos muitos flavienses que se juntam para observarem a luta dos galos), para questionar: “Em algumas regiões, até aqui bem perto, sabe-se que fazem as chegas de bois e, nós, numa brincadeira de amigos, não podemos chegar os galos?”. “É lamentável que aqui seja proibido e a dez quilómetros já o possamos fazer”, observa.

Para Carlos, os galos são uma paixão e, por isso, garante que não gosta de os ver sofrer. “Gostamos de observar a luta, o aproximar dos galos, o seu envolvimento, mas eu não gosto de os ver sofrer”, afiança. E para provar que gosta mesmo dos animais assegura que os alimenta e trata convenientemente “Até remédio das lombrigas que se dá às crianças e outros para respirarem melhor lhes dou”, garante o criador, que já teve mais de uma centena de galos.

O preço dos melhores lutadores atinge valores impensáveis. Há quem tenha pago mais de 1.500 euros por um único galo vindo do México. Além disso, também é frequente a realização de apostas, apesar de um elevado número de pessoas assistir apenas para se divertir. Tanto em Chaves como na vizinha Galiza, uma única chega de galos pode render mais de cinco mil euros em apostas.

Nas localidades raianas realizam-se entre quatro a seis chegas de galos por mês. Os espanhóis não têm qualquer problema em confirmar a sua existência, garantindo mesmo que os melhores galos “são os que vêm de Chaves”, mas quando questionados sobre as lutas de morte, apesar de explicarem como funcionam, dizem não saber onde se fazem.

“As lutas de morte não são bem como as pessoas dizem”, disse outro dos apaixonados da luta de galos que vive do outro lado da fronteira, Manuel (nome fictício). “No meio de tantas apostas, temos os que, quando acreditam fielmente no seu galo, e como estamos sempre entre amigos que gostam de comer, apostam o próprio galo, ou seja, o animal que perder tem de morrer e ir para a panela”, confessou Manuel.

Além disso, haverá também locais onde a luta só termina com a morte de um dos galos. “Nunca assistimos”, garantiram, no entanto, alguns dos aficcionados presentes na luta de galos que o Semanário TRANSMONTANO presenciou. Contudo, muitos garantiram que “até bisturis chegam a prender nas patas dos animais”.


O que diz a Lei da Protecção dos Animais?


Segundo a lei, em Portugal, “são proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal”. A lei que proíbe as lutas de galos refere que é ilícito utilizar animais em treinos, experiências ou divertimento, pondo em confronto os animais uns contra os outros. No entanto, é legal “a realização de touradas, sem prejuízo da indispensabilidade de prévia autorização do espectáculo nos termos gerais e nos estabelecidos nos regulamentos próprios”.

Normalmente, as lutas entre animais são considerados actos clandestinos que envolvem apostas. No caso de Portugal, a lei não distingue as lutas feitas entre amigos, das lutas que são feitas sob apostas.

Padre Fontes diz que tradição é antiga

António Lourenço Fontes, o padre de Vilar de Perdizes que ficou conhecido pelos congressos de Medicina Popular e pelas comemorações das sextas-feiras 13 na região do Barroso, garante que esta é uma tradição muito antiga “no Norte de Portugal e na vizinha Espanha”. Segundo o pároco, o “jogo do galo” acontece em dia de domingo gordo, ou seja antes do Entrudo”. De acordo com o padre Fontes, que em 1982 escreveu mesmo um livro com o título “O jogo do galo na Península Ibérica”, o jogo do galo ou luta de galos tem vários nomes e varia de terra para terra.


Paulo Reis, Semanario Transmontano, 2009-04-17
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MensagemAssunto: Chegas de bois podem ter os dias contados   Tradições Icon_minitimeTer Abr 21, 2009 12:46 pm

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Regras bastante dispendiosas
Montalegre


Tradições Chegadetouros

Chegas de bois podem ter os dias contados

Além de temerem o fim da tradição reivindicam uma medida de excepção para a realização destes espectáculos que atraem milhares de pessoas.
Fernando Moura é um dos responsáveis pela associação «O Boi do Povo» e um dos grandes entusiastas pelas chegas de bois, uma tradição já muito antiga em Trás-os-Montes, mas com maior expressão em Montalegre.

É também um dos rostos do descontentamento e da revolta dos produtores de gado do barroso contra as regras impostas pela Direcção Geral de Veterinária relacionadas com as movimentações de animais. «Está a ser complicado organizarmos as chegas de bois, porque estamos obrigados a fazer colheitas de sangue aos animais, todos os meses. Ao fazermos isso estamos a espicaçar os animais e eles acabam por se tornar agressivos», afirmou.

Os produtores de gado queixam-se do tempo que perdem e do dinheiro que gastam para cumprir todas as normas.

O veterinário municipal, Domingos Moura, explicou que nos últimos meses foram impostas a nível nacional medidas sanitárias que obrigam à realização de exames de pré-movimentação para a deslocação de animais.

Regras sanitárias impostas são um dos principais factores para tradição acabar.

, 2009-04-20
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MensagemAssunto: Chegas de bois   Tradições Icon_minitimeQua Abr 22, 2009 4:41 pm

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Chegas de bois
Montalegre


DGV aprova testes trimestrais de sangue

Associação «O Boi do Povo»tinha pedido a realização dos testes de pré-movimentação com intervalo de três meses para a participação dos bois barrosões nas festas de Montalegre .

A Direcção Geral de Veterinária (DGV) considerou esta segunda-feira, «perfeitamente aceitável» a proposta de realização dos testes de pré-movimentação com intervalo de três meses para a participação dos bois barrosões nas tradicionais chegas de bois de Montalegre.

Os organizadores das chegas de bois de Montalegre temem o fim desta tradição por causa das regras impostas para a movimentação dos animais e reivindicaram uma medida de excepção para a realização destes espectáculos que atraem milhares de pessoas.

O veterinário municipal, Domingos Moura, explicou que foram impostas a nível nacional medidas sanitárias que obrigam à realização de exames de pré-movimentação para a deslocação de animais para feiras ou transacções comerciais, as quais abrangem ainda a realização das chegas de bois.

Medidas essas que passam pela colheita mensal de sangue, o que, na opinião de Fernando Moura, um dos responsáveis pela Associação «O Boi do Povo» «espicaça e torna os animais mais agressivos».

A Associação «O Boi do Povo» solicitou à DGV autorização para que a colheitas de sangue aos animais se façam apenas de «três em três meses». Em comunicado enviado à Agência Lusa, a DGV referiu que a proposta «já foi avaliada».

«Tendo em conta a especificidade cultural destes eventos, sob o ponto de vista de avaliação do risco, a proposta é perfeitamente aceitável, desde que o primeiro teste seja realizado antes (no caso, três meses) do início do período habitual de realização das Chegas de Bois, o qual coincide normalmente com o Verão, estação marcada pelo período festivo das aldeias», afirmou a direcção geral.

Contudo, acrescentou que «não bastará a realização dos testes de pré-movimentação». «Haverá sempre que garantir que os animais são provenientes de explorações indemnes ou oficialmente indemnes às doenças referidas», salientou.

De acordo com a DGV, se os animais forem de outros concelhos que não o de Montalegre, «deve ser previamente comunicado aos serviços oficiais quais os animais a deslocar, a fim de ser avaliada a situação epidemiológica da área de proveniência dos mesmos e de se poder confirmar não haver qualquer restrição a colocar à sua movimentação». Uma comunicação que, segundo a DGV deve ser efectuada antes da realização dos testes de pré-movimentação.


TVI24, 2009-04-21
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MensagemAssunto: Tradição ancestral dos «Sete Passos»   Tradições Icon_minitimeQua Abr 22, 2009 10:23 pm

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Tradição ancestral dos «Sete Passos»
Freixo de Espada à Cinta


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Procissão reúne devotos que cumprem à risca os rituais de origem medieval, que têm passado de geração em geração

A vila de Freixo de Espada à Cinta continua a manter viva a tradição da procissão dos «Sete Passos». De origem medieval, a procissão continua com as mesmas características há vários séculos, assumindo assim um carácter de ritual e de penitência, desde o início da nacionalidade.

No entanto, há investigadores que associam este ritual” pagão” à presença dos templários na região do Douro Superior.

Esta procissão é única em todo o País, pelo que toda a função é preservada com a dedicação das pessoas que organizam esta função associada à “Encomendação das Almas”, uma tradição que, por força da gentes, se mantém até aos nossos dias com características únicas.
A organização do ritual passa de pais para filhos, não havendo espaço para a entrada de pessoas estranhas, dada o carácter secreto de algumas das funções da procissão dos ”Sete Passos”.

Quando o relógio da Torre Heptagonal assinala o primeiro batimento das 12 badaladas, a iluminação pública da vila apaga-se, ficando todo o percurso escuro como o breu. Dá-se então início à procissão, que vai percorrer as principais ruas da localidade. Muitos são aqueles que se juntam para ver passar o ritual.

A procissão tem início junto à porta principal da Igreja Matriz e demora cerca de duas horas para percorrer todo o trajecto, já que os passos são marcados a uma cadência de sete.

Um grupo de encapuçados, composto exclusivamente por homens que acompanham a procissão, entoa um cântico dolente e penetrante, cantando em português e latim, apenas, junto a igrejas e encruzilhadas.

Freixenistas encaram o ritual com respeito, arrependimento e penitência

A figura principal de toda a procissão é a “Velhinha”, uma personagem vestida de negro, que percorre todo o trajecto curvada, com um “cajado” numa mão e com uma lanterna alimentada a azeite na outra.
Outro dos elementos em destaque neste ritual é uma bota com vinho, que significa o sangue de Cristo derramado.

Há períodos na procissão em que as pessoas se aproximam da “Velhinha” com humildade, em sinal de penitência, que dá de beber, apenas, a quem demonstra mais respeito e arrependimento. A identidade de quem encarna tal personagem é sempre motivo de curiosidade, já que não é fácil saber de quem se trata.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2009-04-22
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MensagemAssunto: Semana Académica em Bragança de 6 a 12 de Maio   Tradições Icon_minitimeSex Abr 24, 2009 4:38 pm

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Garraiadas regressam
Bragança


Tradições Queima2009_cartaz

Semana Académica em Bragança de 6 a 12 de Maio

As garraiadas académicas vão voltar à cidade de Bragança. Esta é a grande novidade da edição deste ano da Semana Académica do IPB.

A tradição estava perdida há quase uma década e a Associação Académica decidiu este ano reavivá-la.

Por isso no domingo, dia 10, no auditório ao ar livre dos Serviços de Acção Social, os estudantes vão voltar a divertir-se com a garraiada que, segundo o presidente da Associação Académica, Bruno Miranda, “consiste em levar uma ou duas vacas e as pessoas divertirem-se um pouco”.

O presidente da Associação Académica do IPB acrescenta que este ano, a festa dos estudantes tem outra novidade: “O dia da queima das fitas foi alterado de domingo para sábado. Também era uma tradição”. E garante que “foi uma decisão dos finalistas”. Por isso, foi pensada “uma garraiada ao domingo para compensar”.

A Semana Académica em Bragança decorre de 6 a 12 de Maio.

Os Buraka Som Sistema são a cabeça de um cartaz onde constam também os nomes de Dialema, Souls of Fire, José Cid, Noidz, Deolinda e Quim Barreiros. A festa dos estudantes do IPB custa, este ano, 120 mil euros

Rádio Brigantia, 2009-04-23
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MensagemAssunto: Feira das Cantarinhas   Tradições Icon_minitimeSex maio 01, 2009 5:08 pm

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Feira das Cantarinhas
Bragança


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Cantarinhas e Artesanato em simultâneo

Já foi inaugurada a Feira de Artesanato de Bragança, que decorre até 3 de Maio, em simultâneo com a Feira das Cantarinhas.

Os dois certames são organizados pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) e Câmara Municipal de Bragança (CMB), que este ano deram resposta aos anseios de grande parte dos feirantes e artesãos, que pretendiam a realização dos dois certames nas mesmas datas.

A Feira das Cantarinhas decorre na zona envolvente ao edifício da Segurança Social, ao passo que o Artesanato terá o seu espaço na Praça da Sé e na Rua Alexandre Herculano.

Com um orçamento de 42 mil euros, a ACISB associou-se, tal como habitual, às entidades que têm actividades programadas para o período das feiras, tendo em vista a inclusão destas iniciativas no programa festivo das Cantarinhas.

Provas desportivas e espectáculos musicais são alguns dos eventos que se dividem por palcos espalhados pela Praça da Sé, Rua Alexandre Herculano, Av. Sá Carneiro ou parque de estacionamento da CMB. No último dia a grande atracção é a Luta de Touros que a Associação de Achega de Touros da Terra Fria leva ao “touródromo” montado no Campo do Trinta.

Segundo o vice-presidente da CMB, Rui Caseiro, a Feira de Artesanato de Bragança é uma das melhores do País. “Já não havia mais espaço e ficaram 30 expositores de fora. A escolha é muito bem feita, porque damos prioridade aos artesãos que trabalhem ao vivo”, explicou o responsável.

Segundo o autarca, “as duas feiras em simultâneo ajudam-se uma à outra e acreditamos que este ano os expositores ficarão mais satisfeitos com os negócios”, concluiu.

Vanessa Martins, Jornal Nordeste, 2009-04-30
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A FEIRA DAS CANTARINHAS EM BRAGANÇA

Tradições Cantarinhas

Até há bem pouco tempo, a Idade Média continuava presente nalgumas instituições de carácter económico, social e cultural. As feiras polivalentes aproximaram as populações e fomentaram um negocio incipiente para dar resposta à colocação dos produtos de origem rural e pastoril.

Como qualquer instituição social, a feira tem um período de formação, incremento e pujança. Com o objectivo de distribuir os produtos agrícolas, cedo encontramos medidas que visam a protecção Jurídica que dá confiança aos que as procuram com o intuito de colocar os produtos que os lavradores produziam. As cartas de feira eram documentos que os municípios concediam aos que procuravam a feira com a finalidade de garantir os bens e proteger a própria vida. Com o mesmo intuito apareceram as feiras francas e os oito dias anteriores e posteriores à feira que reforçavam a segurança.

A primeira fase, inicial e de formação, sucede numa segunda fase que corresponde ao reinado de D. Afonso III. Multiplica-se o número de feiras e ampliam-se as garantias e os privilégios jurídicos concedidas aos feirantes. As feiras não só fomentaram a riqueza pessoal como também os bens da coroa. Por isso consideramos as feiras factores de ordem económica e social.

As cartas de feira concedidas entre os sécs. XIII e XV foram dadas peles monarcas aos municípios com o intuito de atrair gentes para a região transmontana. D. Afonso III deu a Bragança uma carta de feira em 1272 na qual os feirantes eram isentos de pagar portagens e costumagens. O citado soberano, Afonso III, diz expressamente que concede a Bragança uma carta de feira, a 5 de Março de 1272, com o intuito de que os feirantes estejam seguros na ida e na vinda. D. Fernando (1383, Out., 16), deseja fazer graça e mercê ao concelho e homens bons da nossa villa de Bragança e que haja em cada huum ano feiras frequentadas.

As medidas que os restantes monarcas tomaram (D. João I e D. Afonso V), fomentam o negócio, local, onde se sente a preocupação de defender os interesses dos povos que habitavam certas localidades. Os corregedores só podiam aparecer nas feiras como compradores e vendedores e nunca para defender os direitos do soberano.

A Feira das Cantarinhas, de origem medieval, realizava-se dentro ou fora da Cidadela, conforme a paz da feira o permitia. Manteve-se até há 40 ou 50 anos com marcas tipicamente. medievais. Vem comigo revisitar o tempo e o espaço onde se mercadejavam os produtos. Manhã cedo já os habitantes das aldeias limítrofes convergiam para a cidade. Sem as estradas actuais, serviam-se de caminhos secundários ou de alguma via militar romana que facilitava a passagem de algumas linhas de água.

A Feira das Cantarinhas constituía uma celebração festiva. De véspera, à noite, preparavam-se os alforges com os produtos que se mercadejavam na feira: gradura, batatas. Tudo se acomodava de modo que sobrasse um pequeno espaço onde cabia também a ração dos animais. Enfeitadas iam também as albardas. Uma colcha de lá vermelha eu branca, tecida no tear da casa, enfeitava a burricada que fazia um arraial medonho. Os donos, seguros de que ninguém . iria violar os enfeites festivos dos animais, deixavam-nos seguros, à aldrabe de uma porta velha.

Todos se apressavam para escolher um lugar bom, onde a exposição dos produtos facilitasse a venda. Dos ventres flácidos dos alforges saía a gradura e outros produtos para vender. No largo de S. Vicente, a Praça Velha, junta-se em pequenos montículos a trouxa que vem chegando das aldeias mais distantes: Câmaras de Pinela, latoeiros, ferreiros e mais objectos artesanais. Também os objectos as vasilhas de cobre têm sempre um pequeno espaço para se arrumar. Hortaliça e renovos, chouriços secos, queijos e raminhos de cerejas apetitosas vão atafulhando todos os espaços até à metade da Rua Direita. Da Torre de D. Chama e de Alfaião, pequenos microclimas, vinham em canastras os pimentos, alfaces, tomates, beterrabas, que iam ser plantados no dia seguinte e fazem a fartura dos marranchos de qualquer casa.

Rua abaixo, rua acima, saracoteavam-se os compradores e vendedores. Dos lados do sul, nuvens negras ameaçavam chuva iminente. Fim da tarde aproxima-se. Compram-se os últimos presentes que fazem o enlevo da garotada.

O dia 3 de Maio, dia de feira e festa está quase a findar. Falta a cântara de barro que no campo acompanha os trabalhadores com a água fresca. Nossa Senhora da Serra dá de novo as merendas. Quer dizer, os dias alongam-se mais. Esta mobília, comprada no 3 de Maio, nunca mais se esgota. Ainda falta um caldeiro e um garabano para regar à mão os renovos e os feijões de que falámos.

Os homens vêm do Toural, onde tinham levado um vitelo e uma vaca para vender. O bom negócio foi também pretexto para fechar o negócio com uns copos de vinho.

Em sentido contrário, organiza-se agora o mesmo movimento para casa. À entrada da aldeia já aos filhos lhes tarda a chegada dos pais. Numa saquinha da merenda, feita de remendos de muitas cores, vão uns económicos ou súplicas, quando não alguns rebuçados, para sofrear a gulodice da garotada. Uma flauta de barro, mais um chapéu da palha salpicavam a noite e os dias seguintes de tons musicais. A monotonia nostálgica do pós festa regressa também no quotidiano dos dias que se seguem. Que esta breve descrição nos auxilie na compreensão de uma festa anual que já não se reconhece no barulho de uma multidão que não cabe nos espaços livres da Rua Direita.

Belarmino Afonso
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MensagemAssunto: Simbolizam o "Marranismo"   Tradições Icon_minitimeDom maio 17, 2009 5:08 pm

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Simbolizam o «Marranismo»
Vimioso


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Carção e Argozelo: os recantos do Judaísmo

Implantada mesmo no centro de Carção, a «Taberna TAI» é um símbolo vivo dos tempos em que os judeus dominavam o negócio na praça. O edifício centenário, que passou de geração em geração, foi recuperado segundo a traça original e, hoje, acolhe pessoas de todos os estratos sociais.

Aqui ouvem-se histórias dos tempos em que o Cristianismo e o Judaísmo dividiam a população e, em tom de brincadeira, até se fazem comentários sobre as pessoas que ainda têm ar de judeus.
Os tempos passaram, as mentalidades mudaram e as práticas judaicas que ainda poderão existir fazem, apenas, parte da intimidade de cada um. A proprietária da taberna, Laura Tomé, de 57 anos, afirma que não tem grandes memórias dos tempos áureos do Judaísmo, mas sabe que a “Taberna TAI” foi uma das primeiras a surgir em Carção. “Este negócio já vinha do meu sogro, que pertenceu a uma família que tinha taberna e talho”, recorda Laura Tomé.

Recuando no tempo, as tabernas e os talhos eram alguns dos negócios que pertenciam à comunidade judaica. As famílias de negociantes de Carção instalaram-se na zona da praça e os seus estabelecimentos não eram frequentados por lavradores.
“A aldeia estava dividida. Os judeus tinham os seus negócios na zona da praça, ao passo que os lavradores viviam no cimo do povo e só frequentavam os comércios e cafés da sua zona. Quando os lavradores desciam, o que, por norma, acontecia ao fim-de-semana, havia pancadaria”, recorda o presidente da Junta de Freguesia de Carção, Marcolino Fernandes.

Com 76 anos, o autarca afirma que ainda viveu no tempo em que as rivalidades entre cristãos e judeus estavam bem vincadas. “Embora eu fosse lavrador, vivi sempre no meio dos judeus. O meu pai esteve três anos em França e quando regressou comprou uma casa mesmo no centro da praça, o que para os judeus foi uma afronta. Por isso, desde pequeno que fui assistindo às rivalidades”, conta o carçonense.

Ritual da curtimenta das peles é um dos símbolos do Judaísmo em Argozelo

Há 50 ou 60 anos atrás, Marcolino Fernandes lembra que os casamentos entre pessoas dos dois estratos sociais nem sequer era autorizado, tendo, posteriormente, começado a surgir com algumas reservas. “O meu irmão foi um dos primeiros lavradores a casar com uma judia. Apesar de, nessa altura, já haver mais convivência entre as duas comunidades, a situação ainda deu azo a comentários de parte a parte”, enfatizou o autarca.
A praça que, outrora, foi palco de lutas entre lavradores e judeus guarda, actualmente, memórias dos tempos de perseguição por parte da Inquisição, que condenou à fogueira cerca de 18 pessoas de Carção. Para se livrarem da morte, muitos judeus converteram-se for fora, para mostrar que já eram cristãos, quando na realidade ainda viviam o verdadeiro espírito judaico. Este fenómeno é designado de “Marranismo”. “Convertiam-se porque eram perseguidos. Tudo leva a crer que os judeus usavam as alheiras para mostrar que já eram cristãos, logo comiam carne de porco, quando, na realidade, eram feitas, apenas, de pão e aves”, salienta Serafim João, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vimioso e natural de Carção.

O responsável enumera alguns locais de presença judaica que prevalecem na freguesia, como é o caso de uma lápide com a sentença de um judeu condenado à morte na fogueira, situada junto à praça, uma pedra com alguns símbolos judaicos gravados, bem como a cruz do Santo Estêvão. Os símbolos que compõem o brasão de Carção também são representações judaicas.

Já em Argozelo, Serafim João lembra que o Judaísmo está ligado à curtimenta das peles, sendo o símbolo de judeu atribuído aos peliqueiros e almocreves. Também a cruz, com mais de 350 anos, que se ergue no largo do Sagrado é associada aos judeus, tal como os locais onde existiram os tanques onde eram tratadas as peles.


Turismo religioso na mira

As Jornadas de História Local alusivas ao tema “Judaísmo- Marranismo: Duas faces duma Identidade”, que decorreram de 1 a 3 de Maio, foram o mote para promover o turismo religioso, através dos locais com vestígios de práticas judaicas.
Esta iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Vimioso, contou com a presença de especialistas que transmitiram um vasto leque de informação sobre esta temática. Elvira Azevedo Meã, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Lúcia Mucnik, da Biblioteca Nacional, João Alves Dias, da Universidade de Lisboa e Inácio Steinhardt, da Liga de Amizade Israel-Portugal, foram alguns dos oradores que se debruçaram sobre a religião judaica.



Teresa Batista, Jornal Nordese, 2009-05-16
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MensagemAssunto: Os maranhos da roca e do fuso   Tradições Icon_minitimeSex Jun 05, 2009 2:56 pm

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Os maranhos da roca e do fuso
Vimioso


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Arminda Veiga transforma a lã retirada às ovelhas nos fios que usa para fazer as meias que calça no Inverno

Aprendeu a fazer fio com a avó, há mais de 20 anos, e nunca mais parou. Aos 69 anos, Arminda Veiga é o rosto de uma arte tradicional, que foi passando de geração em geração, na vila de Argozelo.

O Jornal NORDESTE encontrou esta fiadeira à soalheira num dos largos da vila, onde a população se reúne para fiar, fazer croché ou, simplesmente, para dois dedos de conversa.

Depois da tosquia, Arminda Veiga vai ao curral recolher a lã, que é lavada, apenas, com água e sabão. “Antes íamos lavar a lã ao ribeiro, porque era muita quantidade, mas agora já a lavo em casa. Vou buscá-la às canhonas (ovelhas) da minha filha. Trago a lã que quero”, conta a fiadeira.

Arminda Veiga continua a seguir o ciclo tradicional da lã que aprendeu com a avó, mas confessa que, actualmente, a maioria das pessoas já não carda, ou seja, já não usa as peças de pregos que servem para “pentear” a lã. “Se for cardada é mais fácil de fiar”, acrescenta.

A fiadeira explica o processo de transformação da lã até chegar a fio e desvenda que não é qualquer pessoa que consegue dar a volta ao fuso. “Depois de seca, a lã é carmeada, ou seja é aberta, de seguida enrola-se para fazer o manelo (novelo) que é atado à roca”, explica.

Quando a lã já está colocada na roca, Arminda usa a sensibilidade que tem nos dedos e sabedoria adquirida ao longo dos anos para transformar “farrapas” de lã no fio que usa para fazer os miotes (meias) que aquecem os pés no Inverno. “O mais complicado neste processo é fiar. Se a menina pegasse nisto desfazia tudo, porque não está habituada (risos)”, salienta Arminda Veiga.

Depois de multiplicar os fios no fuso, Arminda Veiga transforma-os em pares de meias para toda a família

Esta argozelense passa horas e horas a fiar, até conseguir fios suficientes para a maçaroca (um conjunto de fios) que é debanada, ou seja ajeitada nos novelos usados para fazer na meia. “Isto não é para fazer tudo num dia, é para se ir fazendo”, realça Arminda, com entusiasmo e brio naquilo que faz.

As dores nas costas e no pescoço são aliviadas com dois dedos de conversa entre os companheiros do soalheiro, que admiram o trabalho e a ligeireza desta filha da terra, que teima em preservar a tradição. “Tenho uma filha que sabe fiar bem. As outras não se ajeitam com o fuso (risos)”, enfatiza a fiadeira.

Quando já tem lã suficiente, Arminda Veiga deixa a roca e o fuso e passa para as agulhas de fazer na meia. “Costumo fazer miotes e são bem quentinhas no Inverno. Os novos agora não os querem, dizem que picam, mas quando está neve e gelo bem se agradecem”, enaltece a argozelense.

Os tempos mudaram, a azáfama da roca e do fuso abrandou e as meias de lã começaram a cair em desuso, mas Arminda Veiga teima em manter viva uma tradição que, outrora, fazia parte do quotidiano de quem se dedicava ao trabalho no campo.

“É uma arte que requer bastante trabalho, mas depois de se aprender fiar não custa nada e até é bonito”, conclui Arminda Veiga, enquanto vai retirando o fio para o fuso do maranho de lã que tem atado à roca.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2009-06-05
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MensagemAssunto: Romariz recria ciclo da telha   Tradições Icon_minitimeQua Jun 10, 2009 3:47 pm

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Romariz recria ciclo da telha
Vinhais


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Associação criou um núcleo museológico e reconstruiu o forno tradicional onde se cozia a telha

50 anos depois da última fornada, o forno da telha de Romariz, no concelho de Vinhais, vai voltar a funcionar. No próximo domingo, a Associação Cultural e Desportiva Sto Antão Romariz (ASSAR) vai recriar o ciclo da telha tradicional, que ainda cobre as casas mais antigas da aldeia.

Esta etapa começa na próxima quarta-feira, com a inauguração do Centro Cultural de Romariz, onde vai funcionar um núcleo museológico, para mostrar aos visitantes os objectos utilizados na confecção da telha, desde as grelhas (moldes), ao galapo (objecto para curvar a telha), ou telhas antigas que foram encontradas nalguns telhados. “Temos uma telha com uma inscrição de 1936, ou seja tem 73 anos”, realça o presidente da ASSAR, Abel Pereira.

Estas obras foram efectuadas ao abrigo de uma candidatura ao programa AGRO, através da CoraNE, que concedeu apoio financeiro à associação para avançar com a transformação de uma casa tradicional num Centro Cultural e com a reconstrução do antigo forno comunitário.

“O ciclo vai começar no dia 10, com a inauguração do núcleo museológico, depois vamos continuar com os preparativos para a reconstrução do circuito da telha, que vai decorrer no dia 13, e no dia seguinte a telha sai do forno”, explica Abel Pereira.

Romariz pretende inserir o ciclo da telha no núcleo museológico do concelho de Vinhais para atrair turistas

O responsável realça que esta iniciava envolve cinco associações do concelho de Vinhais, que vão fazer um determinado número de telhas para incluírem no seu espólio.

Os trabalhos começam pela manhã, para cavar o barro no barreiro da fraga do mouro, depois os trabalhadores seguem para a zona do Poulo, onde se encontra o forno. Aí vão amassar, cortar, moldar e dar forma às telhas, que ficam a secar para ganharem consistência antes de serem metidas ao forno. Ao final da tarde, o forno vai ser aceso e a telha enfornada.

Abel Pereira lembra que, antigamente, a confecção de telha era muito importante em termos económicos para Romariz. “Era uma forma de compensar um mau ano agrícola”, acrescenta.

As fornadas eram feitas em Setembro, depois das malhadas, aproveitando o último calor do Verão. “Por ano eram feitas entre 3 a 4 fornadas. Depois as pessoas iam vende-la à feira de Vinhais”, conta.

Esta actividade terminou há 50 anos, por altura da abertura da cerâmica de Bragança.
Agora, a confecção da telha faz parte da história de Romariz, que pretende integrá-la no núcleo museológico do concelho de Vinhais para atrair visitantes à aldeia.


Teresa Batista, Jornal Nordese, 2009-06-10
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MensagemAssunto: Escultura presta homenagem aos Caretos   Tradições Icon_minitimeQua Jun 10, 2009 3:55 pm

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Rotunda do Centro de Saúde
Bragança


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Escultura presta homenagem aos Caretos

Dois coloridos Caretos vão erguer-se na rotunda próxima do Centro de Saúde de Santa Maria, em Bragança. A rodeá-los, nove máscaras em aço oxidado surgirão em blocos de granito colocados em círculo.

A ideia surgiu na sequência de uma proposta da Câmara Municipal de Bragança, através do qual a autarquia pretende homenagear os Caretos da região. Vencido o concurso, o autor das peças, o escultor Manuel Barroco, imaginou nove máscaras transmontanas, complementadas por dois Caretos ibéricos.

“Na sua maioria são réplicas de máscaras do concelho de Bragança, mas lembrei-me de também contemplar um Careto de Espanha, que é a figura com um traje de palha”, explicou o artista.

Segundo o escultor, para avançar com o trabalho foi necessário efectuar um profundo trabalho de pesquisa, de modo a conhecer os acessórios e elementos utilizados pelos mascarados.

“Apesar de ser da região e conhecer estas figuras desde a minha infância, documentei-me para fazer este trabalho e fui a diversas localidades portuguesas e espanholas para ficar a par do simbolismo e representatividade de cada peça”, informou Manuel Barroco.

Peças foram executadas em aço corten ao longo de seis meses

Assim, depois da investigação e recolhas iniciais, arrancou a execução física da obra. Depois de seis meses a trabalhar aço corten, nascem as nove máscaras sem cor e as duas figuras gigantescas que destacam os pormenores e mistério dos Caretos da raia ibérica.
“Não foi difícil concretizar a ideia do escultor, pois colaboramos uns com os outros e as coisas vão nascendo”, adiantou Eurico Afonso, proprietário da Serralharia Serrana, que teve a seu cargo a concretização do projecto.

Esta foi a segunda vez que a edilidade presta homenagem a figuras emblemáticas do concelho, através da criação de trabalhos artísticos
Há cerca de um ano, foi inaugurado o monumento em homenagem ao Cão do Gado Transmontano, também da autoria de Manuel Barroco e concebido pela Serralharia Serrana.


Sandra Canteiro, Jornal Nordeste, 2009-06-10
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MensagemAssunto: A tradição dos tapetes de flores em Vila Chã   Tradições Icon_minitimeSáb Jun 20, 2009 4:00 pm

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Festa do Corpus Christi
Alijó



Tradições Vilacha

A tradição dos tapetes de flores em Vila Chã

A Festa do Corpus Christi – também conhecida como Festa do Corpo de Deus – é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. Realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, continua a ser, desde há séculos, muito participada no “mundo católico”.

Em Vila Chã, Alijó, o dia acordou cedo na quinta-feira passada. Às oito horas houve Missa, a igreja estava cheia, a que se seguiu a procissão do Corpo de Deus pelas ruas da aldeia. Ruas atapetadas de flores de todas as cores! Dava a impressão que, durante a noite, os anjos desceram dos céus e bordaram aquelas ruas a ponto de cruz para que a procissão fosse ainda mais solene!

De verdade, as gentes de Vila Chã andaram numa azáfama no dia anterior a apanhar flores pelos campos e jardins que, noite adentro, espalharam, com engenho e arte, pelas ruas desenhando motivos geométricos e religiosos, pintando o empedrado do chão com pétalas de flores e bordadura de ramos verdes.

Tanta cor, e tão bem combinadas, a vaporarem fragrâncias matinais contribuíram, e muito, para que a Festa do Corpus Christi em Vila Chã tenha sido uma genuína manifestação de veneração para com a santíssima Eucaristia.

, 2009-06-19
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MensagemAssunto: S. João 2009 - Porto   Tradições Icon_minitimeQua Jun 24, 2009 10:45 pm

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A noite mais longa

Em plena Ribeira - Parte I



Em plena Ribeira - Parte II



Em Miragaia



Adro da Sé Catedral



Igreja da Vitória



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MensagemAssunto: Re: Tradições   Tradições Icon_minitime

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