Carnaval 2010

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O Carnaval está à porta
Trás-os-Montes


A zona de Trás-os-Montes é profundamente rica nestas festas populares

O Carnaval está a chegar e com ele a muitas iniciativas dedicadas aos foliões. Há, todavia, regiões em que, mais do que os cortejos com artistas, se procura manter tradições carnavalescas. A zona de Trás-os-Montes é profundamente rica nestas festas populares. As autarquias da região dão uma ajuda para que a tradição não morra, mantendo viva a cultura transmontana ligada aos rituais de Inverno através da máscara.

Em Santulhão, por exemplo, o ritual do «julgamento do Entrudo» começa com um cortejo que termina no largo central onde está montado o tribunal. À frente do cortejo vai o Anunciador seguido do Entrudo, a sua mulher e filhos. Atrás vêm os Advogados de defesa e de acusação e por último, o juiz com o grande livro das leis.

Todos (espectadores e personagens) querem tomar parte no julgamento que libertará a comunidade desse malfeitor e seu clã familiar, o causador dos males passados no Inverno, e a fará entrar, já purificada, no novo ciclo produtivo. Depois da sentença final que o juiz proferiu, os bonecos de palha previamente preparados e que representam o Entrudo e todos os membros da sua família, são lançados ao chão e queimados, cumprindo assim a pena a que foram condenados.

Em Bragança, a tradição chama «A Morte, o Diabo e a Censura» Num passado não muito remoto, os ritos executados por aqueles personagens assumiam proporções verdadeiramente aterradoras. Era essa a finalidade que pretendiam atingir.

A Morte acompanhada pelo Diabo e pela Censura (grupos de três), percorrem indiscriminadamente os espaços públicos da cidade. Armados de gadanhas, tridentes e chicotes, percorrem ruas, largos e vielas da zona medieval da cidade batendo às raparigas e às mulheres.

Até há poucos anos, as raparigas fechavam-se em casa e das janelas gritavam, num gesto de desafio: \"Tens pori de vir aqui!\". Espicaçados por estas palavras, trepavam às varandas e janelas (o que ainda hoje fazem), com o recurso a escadas, e entravam nas casas com o único intuito de castigar as jovens de Bragança.

Ao longo do Carnaval, é frequente ver esta espécie de teatro que anima a cidade.

Já em Lazarim, o Carnaval centra-se no confronto verbal entre dois grupos sociais, as comadres e os compadres. Estes têm um período de duas semanas para os preparativos: a semana dos compadres e a semana das comadres.

Os artesãos de máscaras já estão desde o fim do Carnaval de 2009 a prepará-las e agora é tempo dos grupos das comadres e dos compadres entrarem em cena na Terça-feira de Carnaval. A crítica social, que tem como mote a rivalidade entre homens e mulheres, é trazida a público num cortejo hilariante. Terminada a crítica segue-se a queima dos bonecos representativos de personagens de ambos os grupos. Tudo termina em convívio, com comida e bebida e uma grande festa.

Para um Carnaval bem diferente, nada como escolher, este ano, Trás-os- Montes.


, 2010-02-07
In DTM

Carnaval


Carnaval no Rio de Janeiro, Brasil

O Carnaval é um período de festas, regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. Era um período de tempo, marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale","Carnaval"Nesta altura, havia uma grande concentração de festejos populares e cada terra brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro inspirar-se-iam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.

Em 2005, o Carnaval de Salvador, Bahia, Brasil está no Guinness Book como a maior festa de rua do mundo. Recife, Pernambuco, Brasil possui o maior bloco de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada.

História e etimologia


A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades, nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".


Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinónimo de Carnaval.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporavam os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato actual.


Carnaval de Veneza

De acordo com o modo comtemporaneo, o carnaval ainda é considerado como uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiou por vários anos com o mesmo aspecto.

Cálculo do dia de Carnaval

Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo, após a primeira lua cheia, a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.

In Wikipédia

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Polémica com rainha da bateria de apenas 7 anos

por SUSANA SALVADOR
Hoje


Tribunal vai decidir se Júlia pode desfilar no Sambódromo num papel que costuma ser de uma mulher praticamente nua

Os papéis de destaque nos desfiles de Carnaval do Rio de Janeiro costumam pertencer a mulheres bonitas, que dançam praticamente nuas, ou a pessoas famosas. Não a meninas de sete anos. Daí que a escolha de Júlia Lira para ser rainha da bateria (secção de músicos) da Unidos do Viradouro esteja a causar polémica no Brasil.

Segundo o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, a escolha da menina para um papel visto tradicionalmente como "sensual" não é a correcta. "Não estamos contra a participação das crianças no Carnaval; faz parte da cultura brasileira", disse à AP o director, Carlos Nicodemos. Um tribunal de família decidirá esta semana se Júlia - filha do director da Viradouro, Marco Lira - pode ou não desfilar os 80 minutos no Sambódromo, no sábado.

"Qualquer homem que olhe para uma criança de 7 anos e sinta alguma espécie de excitação deve ir ao médico", afirmou o pai, respondendo aos críticos que o acusam de explorar a filha. "Ela tem capacidade para ser a rainha da bateria", disse. Obviamente, a imagem que Júlia passaria seria bastante diferente da normal, sendo que também irá vestida de forma apropriada para uma criança.

"O Marco sempre teve vontade de colocar a Júlia à frente da bateria. E, no último ensaio, decidimos ver se ela iria aguentar o ritmo até ao fim do Sambódromo", contou a mãe da menina, Mônica, ao Jornal do Brasil. "Como ela deu conta do recado e encantou as pessoas das bancadas, optámos por ela, que não faz as mesmas exigências das outras rainhas. Ela só pediu sorvete e, no fim do ensaio técnico, ganhou três picolés [gelados de gelo]", acrescentou.

Júlia não foi de facto a primeira escolha da Viradouro para rainha da bateria. Tendo como enredo (tema) "México, o paraíso das cores, sob o signo do Sol", a escola convidou a actriz e cantora mexicana Thalia para ocupar o cargo que, entre 2004 e 2008, pertenceu à actriz brasileira Juliana Paes. O problema foram as exigências que Thalia fez: além do avião privado para si e a sua equipa, que inclui dez seguranças, queria ficar hospedada num hotel de luxo no Rio de Janeiro. Era "demais", segundo os responsáveis da Viradouro.

"Depois da Juliana, não teve quem a substituísse à altura. A Juliane Almeida, que foi escolhida num concurso da comunidade no ano passado, não tinha carisma e jogou a oportunidade fora. E, enquanto muitas pedem várias coisas, preferimos a nossa filha, que ficou feliz da vida por tomar sorvete. A Thalia estava fora da realidade quando pediu o que queria", indicou Mônica ao jornal O Globo. O papel de rainha da bateria é um dos mais desejados.

In DN

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Rainha de bateria com 7 anos autorizada a desfilar

por S.S.
Hoje


Justiça brasileira não vê qualquer problema em que Julia Lira se torne na mais nova rainha de bateria a desfilar no Sambódromo, pelas cores da escola Unidos do Viradouro.

As associações de defesa dos direitos das crianças criticavam o facto de a menina desempenhar um papel considerar "sensual". E já avisaram que vão apelar da decisão.

Mas o director artístico da escola garantiu que o objectivo não é transforma-la numa mulher, mas manter a sua inocência. O fato que usará será adequado à sua idade.

Julia Lira é filha do director da Viradouro, Marco Lira, que garantiu que ficará atento à menina durante os 80 minutos que dura o desfile, no sábado à noite.

In DN

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Orquestra clássica da Madeira vai integrar corso no Funchal

http://dn.sapo.pt/galerias/videos

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Funk e Rap proibidos no Carnaval

por DN.pt
Hoje


Se vai passar o Carnaval a São Lourenço e estava a pensar em divertir-se ao som do Gabriel o Pensador, arrisca-se a ser preso. Confuso? É que a prefeitura proibiu os foliões de ouvir música Funk e Rap neste Carnaval.

Segundo avança o Globo online, José Neto, prefeito da cidade mineira de São Lourenço, a sul de Minas Gerais, proibiu os foliões de ouvir música Funk e Rap este Carnaval. A medida, que tem o apoio da Polícia Militar e da justiça, destina-se a evitar a violência e a preservar as marchas tradicionais de Carnaval.

Segundo a prefeitura, o Rap e o Funk são estilos musicais que podem incitar à violência e ao desrespeito pelas autoridades, numa época em que se juntam milhares de pessoas para celebrar o Carnaval.

O Globo online informa ainda que quem for surpreendido a ouvir Funk ou Rap durante o Carnaval vai ser obrigado a desligar o som ou poderá ser detido por crime de desobediência. A pena pode chegar aos seis meses de prisão.

In DN

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Carnaval molhado... crianças com frio e desanimadas

por ROBERTO DORES
Hoje


Em Lisboa, centenas de jovens ainda saíram à ruas para mostrar as suas máscaras. Mas o desfile de Setúbal teve de ser cancelado

Por entre pulos e gritos, um bolo e um pacote de leite começam a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa. A cena podia ser retirada de um clip musical ou anúncio publicitário. Mas, neste caso, são apenas dois adolescentes mascarados, que lideram a marcha de Carnaval com centenas de alunos da Escola Artística Antónia Arroio, que ontem cumpriram uma tradição escolar.

O dia amanheceu frio e chuvoso, mas nem o mau tempo arrefeceu o ânimo de crianças e jovens lisboetas, que ontem ao princípio da tarde saíram à rua para orgulhosamente mostrar as suas máscaras. "Viemos para a rua brincar ao Carnaval. Decidi mascarar-me de revista porque sou do Curso de Design e Comunicação e penso que as pessoas deviam ler mais revistas e jornais", diz Cátia Camacho, aluna do 11.º ano.

Entre mecânicos, personagens do Pulp Fiction e cowboys encontramos um fantasma. Vestido com um lençol branco e acompanhado por um grupo de amigas com máscaras de Veneza de várias cores, Ricardo Maia conta que decidiu o que o levou a encarnar a personagem. "Foi o mais rápido e barato que consegui arranjar. Pedi à minha mãe um lenço para cobrir o meu corpo da cabeça aos pés e fiz dois furos para os olhos", explica o estudante do 12.º ano.

Pouco mais a sul, na cidade de Setúbal, a chuva estragou os planos das crianças do concelho, que viram a festa anual ser cancelada. Manuel Sampaio estava tão empolgado em ver a neta vestida de Hannah Montana, com o traje a rigor da estrela da Disney - comprado de propósito terça-feira, no El Corte Inglês de Badajoz -, que nem se lembrava que o facto de estar a chover ininterruptamente em Setúbal poderia levar ao cancelamento do desfile das escolas do concelho, agendado para o Largo do Bocage.

"No papel dizia 10.00, mas são quase onze e ainda não há nada", comentava o idoso, debaixo do guarda-chuva, sem tirar os olhos da esquina onde julgava que a Ana Rita e os colegas haviam de surgir. "Ora bolas e eu que gastei seis euros no táxi. Até para o ano", despedia-se com ironia Manuel Sampaio.

Só o pequeno Miguel Correia, de oito anos, se manteve trajado de toureiro, acompanhado pela mãe, debaixo de um toldo. "Eu pensava que a minha escolinha vinha aqui e vim logo de casa para cá", conta desanimado.

In DN

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O amor anda no ar e… na Internet

por PEDRO FONSECA
Hoje


Quando amanhã se comemorar o Dia de São Valentim, muitos namorados vão festejar o terem-se conhecido pela Internet.

Nos últimos dois anos, 23% dos novos casais heterossexuais e 61% dos homossexuais norte-americanos encontraram-se na Web, segundo um estudo de Michael Rosenfeld, sociólogo na Universidade de Stanford, agora divulgado pelo USA Today.

Dos 3009 adultos inquiridos online, os conhecimentos de amigos continuam a contar como a forma primordial de relacionamento, mas a Internet tem crescido como meio de encontros amorosos e os sites que propiciam este tipo de encontro cresceram 15% em quatro anos desde Dezembro de 2005, segundo a Nielsen Online. O número de visitantes desses sites aumentou de 24,2 milhões de visitantes únicos em Janeiro de 2006 para 30 milhões no mês passado.

"A Internet é a única arena social que, sem dúvida, tem ganho importância ao longo do tempo", refere o estudo. Rosenfeld mostra--se surpreendido por encontrar muito mais pessoas acima dos 30 anos que se relacionaram online do que com 20 e tal anos.

A demonstrar as potencialidades dos meios online, um dos casais mais antigos do mundo vai amanhã providenciar conselhos amorosos no Twitter. Casados há 85 anos, Herbert e Zelmyra Fisher vão estar no endereço http://twitter.com/longestmarried para partilhar a sua experiência, mais reduzida do que a dos indianos Philipose e Sosamma Thomas, juntos há 86 anos

In DN

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Operação Carnaval já levou à detenção de 129 condutores

por ALFREDO TEIXEIRA
Hoje


Maioria dos infractores foram apanhados a conduzir com excesso de álcool.

A PSP do Porto deteve, na noite de sexta-feira para sábado, 63 pessoas na "Operação Carnaval em Segurança" realizada em seis cidades do Grande Porto. A grande maioria dos infractores são automobilistas que conduziam sob o efeito do álcool.

Na acção estiveram cerca de 200 elementos policiais numa operação de grande envergadura e que decorreu nas cidades do Porto, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Gaia, Matosinhos e Rio Tinto. Dos 63 indivíduos detidos, 43 conduziam sob efeito de álcool, cinco por falta de habilitação legal, quatro por tráfico de estupefacientes e um foi detido por roubo.

No total foram identificados 868 condutores e fiscalizadas as respectivas viaturas. Nesse âmbito, a PSP encontrou 415 doses individuais de heroína, 732 de cocaína e 744 de haxixe. Na operação foram ainda passados 115 autos de notícia por contra-ordenação relativos a infracções verificadas ao Código da Estrada e demais legislação rodoviária. Destes, 31 a polícia considera relativos a infracções graves. Os detidos por conduzirem sob o efeito de álcool foram notificados para comparecer amanhã em tribunal. Os restantes serão levados ao juiz pela própria polícia.

"De acordo com o oficial de dia do Comando Metropolitano da PSP, Daniel Sousa Magalhães, "esta operação "Carnaval em Segurança" tem por objectivo garantir o sentimento de segurança dos cidadãos nas áreas comerciais, turísticas e sistemas de transportes públicos ou outros locais de grande concentração de pessoas, assegurando, nestas áreas, um eleva-do índice de visibilidade policial.

Também a GNR tem já a decorrer no terreno, desde sexta-feira, a "Operação Carnaval". Até ao momento foram registados 255 acidentes dos quais resultaram um morto, quatro feridos graves e 59 feridos ligeiros. Fiscalizados foram 5 870 condutores e detidas 66 pessoas: 21 por excesso de álcool, 17 por falta de carta e 28 devido a outras infracções.

In DN

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Das tradições dos escravos aos ritmos do samba e calipso

por SUSANA SALVADOR
Hoje


A festa já começou há vários dias, mas atinge hoje um dos seus pontos altos antes do final da folia, na terça-feira.

Os portugueses levaram o "entrudo" para o Brasil, os escravos negros deram a sua contribuição para a festa e o calor foi reduzindo os disfarces do Carnaval. A milhares de quilómetros de distância, em Veneza, a tradição ainda é a mesma desde o século XIII. Hoje é Domingo Gordo e um pouco por todo o mundo os foliões vão desfilar para celebrar uma antiga festa pagã que os católicos adoptaram e que antecede a Quaresma.

A mão dos escravos (as plumas, as cores) sente-se não só no Carnaval do Rio de Janeiro, mas também no de Trindade e Tobago e até de Nova Orleães. Só muda o ritmo da música. Do samba ao calipso e ao jazz. As festas têm o seu ponto alto na terça-feira, mas nas cidades em que o Carnaval é uma tradição já começaram há vários dias.

Não se conhece muito bem a origem do Carnaval, mas diz-se que já os romanos gostavam de usar disfarces nas festas em honra do deus Saturno, em que cidadãos e escravos trocavam de posição. Com o fim do paganismo, a festa foi adoptada pelos católicos (século IV) e adiada de Novembro para os dias antes da Quaresma.

A palavra "Carnaval" vem de "carni vale", para dizer que ainda era possível comer carne. Na tradição cristã, durante a Quaresma - período de 40 dias que antecede a Páscoa - não se deve comer carne. A época do Carnaval representava assim os últimos dias de "liberdade", em que tudo era permitido.

A festa espalhou-se por todo o mundo, adaptando-se às tradições de diferentes locais. Assim, em Veneza, há referências ao uso de máscaras no dia-a-dia desde o século XIII, de forma a que as pessoas evitassem ser reconhecidas. No século XVIII foi proibido o seu uso a não ser durante o Carnaval

In DN

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"Alberto João Jardim dá muito ânimo ao desfile de Carnaval"

por LÍLIA BERNARDES
Hoje


João Atanásio, professor de Música e fundador da Turma do Funil (Madeira)

Desde 1988 que anima o Carnaval da Madeira. Como surge a Turma do Funil?

Nasceu há 23 anos, em Câmara de Lobos, através de um grupo coral que participava nas inaugurações e campanhas eleitorais do presidente do Governo. Na altura, falei com o secretário regional do Turismo, João Carlos Abreu, na eventualidade de formarmos uma trupe de Carnaval, e ele aceitou.

O Presidente do Governo Regional começou logo a desfilar pelas vossas cores?

Não. O dr. Alberto João Jardim desfilava pela Frou Frou, grupo que se desfez. Câmara de Lobos era e ainda é uma terra desfavorecida. No tempo do fascismo, tinha o Bairro do Ilhéu, o mais pobre de Portugal. Talvez por isso, o senhor presidente tivesse logo manifestado o desejo de desfilar connosco, ao lado de pessoas simples e sem meios.

Entretanto, Alberto João Jardim deixou de pisar a avenida. A Turma do Funil perdeu a "estrela" da companhia. Ficou triste?

Muito. Ele sentiu-se cansado e abandonou. A idade conta, não é? Há três anos esteve connosco antes de o corso carnavalesco arrancar para a estrada para tomar um copo com os amigos, alguns deles membros do seu Governo. Em cima da hora, apeteceu- -lhe voltar a desfilar. Como tinha decidido que não o fazia mais, não tinha mandado fazer o fato. Mesmo assim, havia um figurante com o corpo parecido ao dele que lhe cedia o fato… mas era um fato de músico. Achei que o dr. Jardim merecia melhor. E ele concordou.

E, este ano, que traje vai oferecer--lhe?

De navegador, o grande Vasco da Gama. Mas vai depender da vontade dele e do entusiasmo do momento. Há muita gente do Continente que vem ao Funchal só para o ver na rua. As pessoas gostam. Ele dá muito ânimo e é muito divertido. [Jardim surpreendeu desfilando ontem à noite]

As trupes são subsidiadas. Quanto recebe?

Somos oito e o subsídio é igual para todas, 35 mil euros. A amizade que tenho pelo dr. Jardim não interfere nestas coisas.

Em termos de imagem pode ser negativo. Lembro-me da famosa fotografia em cuecas.

Isso foi um escândalo para a organização. O desfile partia do Conservatório de Música. Havia ordens para não entrarem pessoas estranhas. Só que alguém se infiltrou. Foi uma chincalhada. Quiseram atingi-lo. Mas o dr. Jardim, tal como qualquer pessoa, tem o direito de se divertir. Ele é presidente do Governo na Quinta Vigia [sede de Governo]. Na rua é um igual aos outros. É assim que o vemos. E que ele se vê. Portanto, não vale a pena virem com críticas ou invejas.

In DN

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Sambar muito para suportar o frio

por HELDER ROBALO
Hoje


Onze dos distritos de Portugal Continental têm hoje temperaturas mínimas negativas. A Guarda regista menos sete graus.

Nada como sambar, e muito, durante todo o dia de hoje se os foliões de Carnaval quiserem manter-se quentes. É que o São Pedro parece não andar com vontade de brincar ao Entrudo e resolveu presentear os festejos com um sol encoberto no litoral e vento fraco a moderado em todo o País. Já as temperaturas parecem desafiar as máscaras com sistema de aquecimento incorporado.

Segundo as previsões para ho-je, no litoral as temperaturas máximas variam entre 13 graus em Sagres e dez no Porto. Pior será no interior centro e norte, onde os termómetros não devem passar cinco graus em Portalegre, seis em Castelo Branco ou três na Guarda.

E se as máximas já não incentivam à folia de Carnaval, as mínimas aconselham mais a um bom agasalho que às vestes estivais do entrudo brasileiro. Melhores previsões para os casais de namorados que contam com a desculpa das mínimas de zero em Viana do Castelo e Coimbra, cinco em Aveiro ou um grau negativo em Leiria e Santarém para se manterem mais juntinhos. No interior, os termómetros descem abaixo de zero, chegando aos três negativos em Viseu, seis em Bragança e os oito abaixo de zero nas Penhas Douradas, cuja máxima não ultrapassará os zero graus.

Apesar das baixas temperaturas previstas, a neve só deverá cair na segunda-feira e apenas na zona da serra da Estrela. No resto do País, as previsões são de chuva e de ligeira subida da temperatura.

In DN

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Chuva obriga a recolher carros antes do tempo em Loulé

por Lusa
Hoje


O frio e o céu cinzento não impediram hoje que uma multidão de foliões se deslocasse ao Carnaval de Loulé, mas a chuva obrigou a que o desfile terminasse antes do previsto.

O corso, que deveria durar entre as 15:00 e as 18:00, acabou por ser cancelado a meio, quando os inofensivos chuviscos se transformaram em chuva mais forte, fazendo as pessoas dispersar.

A manter-se a chuva e o mau tempo, a organização do evento pondera mesmo não fazer sair os carros alegóricos na segunda e terça feiras, disse à Lusa fonte da Câmara de Loulé, que organiza o desfile há 75 anos.

O Carnaval de Loulé, um dos mais antigos do País, com corso organizado há 104 anos, teve este ano como "rainha" a propalada "crise", mas é o "Mundo do Espectáculo" que dá o mote à decoração dos carros.

Sem estrelas da televisão ou da moda a entronar a festa, este ano a organização do Carnaval de Loulé apostou na "prata da casa" e convidou algumas associações locais a desfilar os seus fatos e exibir as suas coreografias.

Um total de quinze carros alegóricos alusivos ao mundo do espectáculo desfilou na principal artéria da cidade, com uma decoração alusiva ao fado, ao ilusionismo e a outros ramos artísticos, como o cinema.

Numa alusão ao filme norte-americano "Avatar", um grupo ostentava corpos azulados e orelhas pontiagudas, à semelhança dos alienígenas retratados naquele filme, em exibição nas salas de cinema.

A sátira política também nunca falta no Carnaval de Loulé e teve este ano nos principais papéis o primeiro ministro, José Sócrates, junto a um enorme lápis azul e a sua "inimiga" Manuela Moura Guedes.

Com um orçamento de 400 mil euros, o Carnaval de Loulé envolve cerca de 150 pessoas na decoração dos carros alegóricos e mais de 700 no programa de animação, entre figurantes, músicos e animadores.

Os restaurantes e hotéis da zona costumam encher por esta altura, disse à Lusa o responsável pela organização, Júlio Guerreiro, sublinhando que há muitos grupos de visitantes espanhóis e do norte do País.

Habitualmente, e se o tempo ajuda, passam pelo Carnaval de Loulé durante os três dias de evento entre 90 a 100 mil pessoas.

Este ano os lucros serão entregues à Instituição de Solidariedade Social da Serra do Caldeirão.

In DN

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Dois milhões e meio nas ruas no Rio

por HUGO COELHO
Hoje


São Paulo encantou. Agora, é a vez da Cidade Maravilhosa, onde os desfiles se prolongam até amanhã. Os artistas da Escola da Mancha Verde desfilam no Sambódromo de São Paulo. Hoje todas as atenções viram-se para o Rio de Janeiro, a capital do Carnaval no Brasil

Júlia Lira até esteve em risco de não aparecer na festa. Mas ontem ela foi rainha da noite. Mais do que a cantora Madonna, o actor Hugh Jackman ou a socialite Paris Hilton, a criança de sete anos era a mais esperada pelas 90 mil pessoas que se juntaram no Sambódromo do Rio de Janeiro para ver o Carnaval passar.
Num biquíni minúsculo, como manda a tradição na Cidade Maravilhosa, Lira sambou à frente de mais de 300 percussionistas da Escola de Viradouro, um lugar cobiçado pelas mais famosas top models do país.

A Viradouro é uma das 12 escolas que estão na luta pelo título de campeã do Carnaval do Rio. A noite abriu com o desfile da União de Ilha com um desfile sobre D. Quixote, o herói do livro de Miguel de Cervantes, e fechou a muita ansiada escola de Beija Flor, que gastou mais de três milhões de euros num desfile dedicado aos 50 anos da capital brasileira, Brasília.

A competição continua pela noite de hoje. E desta vez haverá um português no sambódromo desenhado por Oscar Nieyemer, há um quarto de século.
João da Costa, portuense emigrado no Rio desde 2003, é um dos percussionistas na bateria da Escola da Mangueira.

O júri que avalia tudo ao pormenor - desde as roupas dos artistas, aos passos de dança - dará o seu veredicto quarta-feira de manhã. Mas até lá será a folia nas ruas. Perto de dois milhões e meio de pessoas, que não pagaram o bilhete para o sambódromo - alguns 750 mil turistas que fugiram ao frio do hemisfério norte -, andam pelas ruas quentes do Rio a vibrar com os pequenos desfiles de bairro em bairro.

A festa começou na sexta-feira por ordem de Momo, Rei do Carnaval: "A minha ordem é para que todo o mundo se divirta!" A cidade que receberá os Jogos Olímpicos em 2016 é capital do Carnaval, mas a festa fez-se por todo o Brasil durante o fim de semana.

Em São Paulo, a festa foi rija no última dia de desfiles. O jornal Folha de São Paulo escrevia que a escola X9 Paulista "encantou o público com fantasias luxuosas e sambaenredo fácil", mas Mocidade Alegre mantém intactas as aspirações ao bicampeonato.

O Carnaval, que também serve para fazer troça dos políticos, juntou os dois prováveis candidatos a suceder a Lula da Silva na presidência, em Salvador da Baía. Dilma Rousseff e José Serra foram ouvir e ver desfilar Ivete Sangalo.
Em Paraty, uma das cidades mais tradicionais da antiga colónia portuguesa, o desfile também deu que falar, mas por razões diferentes. É que por ali as máscaras não contam nada. As pessoas despem-se e o vencedor do desfile é quem se sujar melhor com lama.

In DN

Jardim veste-se de Vasco da Gama e parte à procura de Portugal

http://dn.sapo.pt/galerias/videos/

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Choro e samba na grande festa do Rio de Janeiro

por JOÃO MOÇO
Hoje


Pelas ruas da Cidade Maravilhosa passearam mais de dois milhões e meio de pessoas. Já turistas, foram mais os de 700 mil que marcaram presença naquele que é o mais conhecido evento do Brasil. Os desfiles foram vários e diversificados, destacando-se as prestações de escolas como os Unidos da Tijuca ou a Beija Flortijuca.viradouro. Salgueiro. Imperatriz Leopoldinense. beija flor.

Apenas amanhã de manhã é que será conhecida a escola vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro. Mas a folia continua. Ontem foi mesmo a vez de um português dançar no sambódromo. João da Costa, que vive no Brasil desde 2003, é um dos percussionistas na Escola da Mangueira. No domingo a festa fez-se com celebrações ao México ou referências à personagem Harry Potter.

A actual campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, a escola Académicos do Salgueiro, foi a penúltima a entrar no sambódromo. Para o espectáculo que apresentou nesta primeira noite a escola contou mesmo com vários artistas do Cirque du Soleil. A religião e a literatura foram duas das temáticas claramente presentes. Os sete carros alegóricos que desfilaram retrataram histórias épicas de heróis, contos de fadas e até ficções modernas, com alusões a Harry Potter. Clássicos da literatura como Os Lusíadas ou Alice no País das Maravilhas também foram representados pelos Académicos do Salgueiro.

Já a escola do Viradouro, que este ano foi motivo de polémica por ter eleito rainha uma criança de sete anos, Júlia Lira, apresentou um espectáculo sob a temática "México, o paraíso das cores, sob o signo do sol". Por 34 alas espalharam-se mais de três mil integrantes que, juntos, representaram figuras como o rei asteca Montezuma ou o explorador espanhol Hernán Cortés.

Os 50 anos da cidade de Brasília foram uma das temáticas escolhidas pelas escola Beija Flor, que fechou a primeira noite de desfiles no sambódromo. A escola ignorou os escândalos de corrupção, que envolvem um patrocínio de mais de um milhão de euros pelo governador José Arruda. Os Unidos da Tijuca fizeram a festa perante mais de 700 mil turistas, com seis carros alegóricos e 3200 participantes, sendo que este ano a magia, a máfia italiana e o cinema foram algumas das temáticas abordadas.

A escola Imperatriz Leopoldinense, que este ano contou com Rodrigo Santouro na bateria, teve como personagem central Dom Quixote, interpretado pelo actor Eriberto Leão.

In DN

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Portugal representado no Carnaval brasileiro 2010, pela Escola de Samba X9

http://www.caras.com.br/imagens/133159/em/noticias/21371/roberto-leal




para Roberto Leal, que jamais se cansa de enaltecer o seu país!

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Mais importante que o fado
Trás-os-Montes


Trás-os-Montes mantém tradições com desfiles de «caretos» e «julgamentos públicos»


Alexandre Parafita, escritor e investigador, disse hoje à Agência Lusa que o que \"perdura de mais genuíno das tradições do Entrudo em Trás-os-Montes\" são os desfiles de \"caretos\", \"matrafonas\" e \"facanitos\", leituras de \"testamentos\", \"julgamentos públicos\"e \"pulhas casamenteiras\".

Salientou ainda que a tradição dos \"caretos\", tal como ocorre em Podence, Macedo de Cavaleiros, é a \"mais activa\" de todas.

Explicou que, nesta festa, os rapazes vestem com os seus fatos de franjas de cores garridas, máscaras de lata e chocalhos à cintura, e percorrem num \"frenesim eléctrico\" todos os cantos da aldeia, entram e saem pelas janelas das casas e alpendres, trepam aos telhados, em busca das raparigas solteiras que arrastam para a rua ensaiando com elas rituais eróticos.

Estas, acrescentou, caso não queiram entrar neste \"jogo\" só têm uma solução, que passa por se vestirem de \"matrafonas\" (mascaradas como eles) e saírem também para a rua, onde estarão imunes às investidas dos moços.

O cortejo completa-se com os \"facanitos\", ou seja os mais pequenos da aldeia que, mascarados de \"rasgos ou mafarricos\", acompanham os demais, cumprindo, também eles, o seu próprio ritual de iniciação e garantindo, ao mesmo tempo, a continuidade da tradição.

Entrudo em Santulhão, Vimioso

Para Parafita, singular é também o Entrudo em Santulhão, Vimioso, conhecido como \"julgamento do Entrudo\", onde se posicionam o \"anunciador\", o \"Entrudo\" acompanhado pela mulher e filhos, depois os \"advogados\" de acusação e defesa e, por fim o \"juiz\" exibindo o \"livro das leis\".

\"Esta alegorização do Entrudo e do seu clã familiar visa responsabilizá-los pelas desgraças do Inverno, especialmente os males agrários, pelo que o ritual do julgamento representa, simultaneamente, o seu esconjuro e a purificação da comunidade, que assim entrará, com outro ânimo, num novo ciclo produtivo\", explicou.

Daí que, acrescentou, lavrada a sentença pelo juiz, os bonecos de palha, simbolizando as figuras a esconjurar, sejam queimados na praça pública perante a azáfama do povo.

O investigador salientou ainda que, estas manifestações, são comuns a outras zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, como acontece com os caretos de Vila Boa de Ousilhão, os caretos aos Pares de Lazarim, os diabos, a morte e a censura em Bragança, a morte e os diabos de Vinhais, as pulhas casamenteiras em Mogadouro, os testamentos ou papeladas em Espinhoso.

Por fim, Alexandre Parafita lamentou que o Ministério da Cultura tenha \"inviabilizado\" a candidatura deste Património Imaterial à lista da UNESCO, preferindo concentrar, segundo frisou, \"os seus esforços na candidatura do fado, contra as próprias normas da UNESCO, pois o fado está muito longe de ser um bem cultural cuja viabilidade corre perigo\".

Lusa, 2010-02-16
In DTM

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João Jardim destronado por Sócrates

por Lusa
Hoje


O tradicional desfile de mascarados trapalhões da Madeira elegeu o primeiro ministro, José Sócrates, como a principal figura caricaturada, destronando Alberto João Jardim, presidente do governo regional.

Num cortejo menos participado do que nos anos anteriores, provavelmente devido ao tempo incerto que pendia entre a chuva e o sol, Sócrates não escapou à crítica.

A abrir o desfile, a trupe de Rui Adriano, ex-secretário regional dos Assuntos Sociais e um habitual participante neste cortejo, empunhava um cartaz com o dizer "gaysado à portuguesa".

Ao colo dos diversos pares de noivos vinham vários "Sócrates", caricaturados como bebés.

O tema do primeiro ministro foi recorrente e Sócrates reapareceu minutos depois, desta feita bem vestido, com um cartaz a dizer "Eu prometo", acompanhado por uma série de mendigos que empunhavam um cartaz com o escrito "desemprego".

Jardim não se viu livre do coelho, numa alusão a José Manuel Coelho, deputado único do PND, que tentava estragar uma inauguração, mas era logo preso por seguranças.

O carnaval madeirense teve este ano uma taxa de ocupação hoteleira de 65 por cento, um valor que foi subindo "à medida que o fim de semana do carnaval foi aparecendo", reconheceu a secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante.

O Carnaval Trapalhão saiu da cabeça de Manuela Aranha, escultora madeirense, hoje com 78 anos, no final da década de setenta, do século passado.

Na altura era professora de Desenho e costumava ajudar em alguns "assuntos da delegação de turismo". Num repto lançado ao Engenheiro Ribeiro Andrade, na altura delegado do turismo, surgiu a ideia de reunir num desfile os "mascarados que andavam à solta na rua, pois isso poderia dar alguma coisa".

No anúncio de jornal pedia-se que quem gostasse de se mascarar trapalhão comparecesse "em frente à delegação do turismo para organizar um cortejo".

"Nem queira saber o meu espanto quando cheguei à delegação e já havia gente alinhada para ver o cortejo e eu nem sabia se ia haver."

Mas acabou por ser o primeiro cortejo trapalhão da Madeira, "com a ajuda do senhor Gouveia, um funcionário que, com um megafone, alinhou toda a gente", recorda.

As palavras de Manuela Aranha revelam, hoje, um desencanto com o atual modelo, pois "já há prémios e isso estraga a espontaneidade".

"Começaram a existir preocupações com os disfarces, rótulos, um amontoar de gente e as críticas hoje são bem mais desagradáveis do que as daquela altura", observa, para concluir que hoje "vem tudo na mira do prémio".

In DN

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Unidos da Tijuca venceram Carnaval do Rio

por DN.pt
Hoje


74 anos depois, os Unidos da Tijuca conquistam o título de melhor escola de samba do Rio de Janeiro. O último título tinha sido alcançado em 1936.

Segundo avançou o Globo.com, 74 anos depois, os Unidos da Tijuca conquistaram o título de melhor escola de samba do Carnaval do Rio de Janeiro com 299.9 pontos. O resultado foi anunciado hoje após uma competição muito disputada com as principais escolas rivais Grande Rio (299.4 pontos) e Beija-Flor de Nilópolis (299.2 pontos).

O último título de melhor escola de samba do Rio de Janeiro tinha sido ganho pelos Unidos da Tijuca em 1936. Nos últimos dez anos, a escola foi vice-campeã por duas vezes (2004 e 2005), informou ainda o Globo.com.

Classificação final

1º Unidos da Tijuca (299.9)


2º Grande Rio (299.4)


3º Beija-Flor (299.2)


4º Vila Isabel (298.1)


5º Salgueiro (297.9)


6º Mangueira (297.6)


7º Mocidade (296.0)


8º Imperatriz (295.


9º Portela (295.2)


10º Porto da Pedra (294.1)


11º União da Ilha (293.


12º Viradouro (290.6) - Rebaixada


In DN