Romy
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| Assunto: Romance inédito de Saramago lançado no fim do ano Qui Jun 16, 2011 12:47 pm | |
| . Romance inédito de Saramago lançado no fim do anopor Lusa Hoje "Clarabóia", o romance que José Saramago acabou de escrever em 1953 e deixou inédito até ao fim da vida, será publicado "no final deste ano, em Outubro ou Novembro", disse Zeferino Coelho, seu editor e amigo.Em entrevista à Lusa, a poucos dias do primeiro aniversário da morte do prémio Nobel da Literatura português, a 18 de junho de 2010, o editor da Caminho levantou um pouco o véu sobre a história e as personagens de "Clarabóia", que classificou como "um bom romance", onde se encontram já esboços do que viriam a ser as obras seguintes de Saramago. "Vamos publicá-lo no final do ano. Em Outubro ou Novembro estará pronto. Eu já tenho comigo o original, estamos a trabalhá-lo - e está completo. Ou seja, é possível publicar o livro sem qualquer interferência, não lhe falta nada, não lhe falta nenhum bocado. Trata-se de um romance e é um romance interessantíssimo. Eu já o li - mais do que uma vez - e lê-se muitíssimo bem. Tem um grande número de personagens, mas aquilo tudo muito bem articulado, muito bem contado", disse à Lusa. Quanto ao tema, o editor foi descritivo: "Toda a gente sabe o que é uma claraboia, não é? Existe em muitos prédios que têm uma escada interior de acesso aos andares, está no cimo da escada, no telhado, para iluminar essa escada. O José Saramago imagina um prédio que tem rés-do-chão e dois andares ou três, cada andar está ocupado por uma família, as famílias são todas completamente diferentes e ele conta-nos a história de cada uma delas". O romance "é muito rico, é muito diverso e lê-se muitíssimo bem. E nota-se que já tem ali algumas coisas que o José Saramago viria a desenvolver mais tarde... e tem até um personagem que, de alguma maneira, é o Saramago debatendo-se com os seus próprios problemas e, nomeadamente, com um problema que ele nunca resolveu, que é o optimismo e o pessimismo: se a humanidade é recuperável ou não -- isso está lá -- e que atitude deve cada um de nós tomar, sentirmo-nos responsáveis por aquilo que se passa à nossa volta e intervir ou acharmos que não temos nada a ver com isso e afastarmo-nos de qualquer intervenção na sociedade", resumiu. "Isso já está aqui neste livro e é o núcleo central da definição de outras personagens do livro. E é muito curioso vermos que, sendo embora um livro com um estilo completamente diferente daquele que o José Saramago adoptou a partir do 'Levantado do Chão', no entanto, ele já lá está. Eu acho que é um livro que vai suscitar muita curiosidade e vai ter muitos leitores. Porque se lê bem e é riquíssimo de significados", argumentou o editor. In DN | |
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