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MensagemAssunto: Escritores   Escritores Icon_minitimeQua Set 10, 2008 2:52 pm

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As três obras mais emblemáticas
Mogadouro


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Obras de Trindade Coelho com edição limitada

O município de Mogadouro, em parceria com a editora Caixotim, lançou uma edição limitada de 700 exemplares de três das mais emblemáticas obras do escritor mogadourense Trindade Coelho.

“Os Meus Amores”, “Senhor Sete” e “In Illo Tempore” são os títulos que estão reunidos numa caixa arquivadora, desenhada para assinalar o centenário do escritor.
Esta edição de prestígio representa o início da publicação de toda a obra de Trindade Coelho, de forma a divulgar a escrita daquele que é considerado o maior escritor do conto rústico português.

“Escolhemos para o início das publicações as três obras mais emblemáticas do autor, que foram colocadas à disposição dos leitores numa edição de semi-luxo. No futuro, vamos continuar a publicar as obras de Trindade Coelho em edições mais acessíveis, com o intuito de promover toda a obra do escritor”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, Morais Machado.

No entanto, para assinalar o centenário está programada uma edição de luxo de “Os Meus Amores”, para a qual o município está a aguardar financiamento. O próximo passo é dotar a Biblioteca Municipal de todo o acervo do escritor e fundar um Grémio Literário naquele espaço, de forma a criar um núcleo cultural na vila de Mogadouro.
Recorde-se que os títulos agora editados estavam praticamente esgotados.

A obra de Trindade Coelho continua actual, pelo que merece ser lida e divulgada. Como para ler é preciso haver livros é necessária a reedição destas obras para que estejam ao alcance de todos os interessados.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-09-10
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MensagemAssunto: Mário Laiginhas   Escritores Icon_minitimeSáb Set 20, 2008 5:35 pm

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Novo livro
Alijó


Escritores Jorge_laiginhas_capa

O padroeiro da Ibéria, de Jorge Laiginhas

Jorge Laiginhas é decerto um dos valores mais sólidos da actual literatura de ficção trasmontana e alto-duriense. Senhor de uma técnica narrativa seguríssima, de uma linguagem ágil e bem servida de metáforas, tem vindo a publicar regularmente os seus romances, numa primeira fase muito ligados ao Douro natal e agora, numa segunda fase, mais presos a personagens e factos da vida nacional.

É assim que acaba de surgir, com a chancela de O Quinto Selo, O Padroeiro da Ibéria – D. Nuno Álvares Pereira, título que se afigura contraditório, dado que o Santo Condestável foi exactamente um dos travões ao iberismo, mas que o desenrolar do entrecho acaba por justificar.

Neste romance que se lê dum fôlego, não obstante as suas 260 páginas, Jorge Laiginhas faz a apologia do Iberismo, uma das ideias mais polémicas, mas também mais recorrentes, do nosso pensamento político. De resto esta sua opção pela Ibéria é tão enraizada, que na badana do livro se lê: «Jorge Laiginhas nasceu na aldeia de Safres, Península Ibérica (…)»


, 2008-09-20
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MensagemAssunto: Lobos, raposas, leões e outros figurões   Escritores Icon_minitimeQui Set 25, 2008 4:43 pm

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«Lobos, raposas, leões e outros figurões»
Vila Real


Escritores Perafita_300

Alexandre Parafita apresenta novo livro

O escritor transmontano Alexandre Parafita lançou um novo livro de literatura infantil, «Lobos, raposas, leões e outros figurões», uma obra ilustrada por Alberto Faria que conta sete histórias de animais, recriadas a partir da tradição oral transmontana.

Os animais são personagens carregadas de simbolismo, onde se cruzam os traços temperamentais do seres humanos, como os seus vícios, as suas virtudes, a sua moral.

No final do livro, o autor apresenta e homenageia as fontes narradoras, algumas já falecidas, que trouxeram até si estes tesouros da memória.

São pessoas humildes e sábias a rondar os 90 anos e originárias dos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Sabrosa, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Vimioso.

Alexandre Parafita, com o Doutoramento em Cultura Portuguesa na UTAD, é investigador do Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa nas áreas do património imaterial e mitologia nacional.

Lusa, 2008-09-24
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MensagemAssunto: O "Zé"   Escritores Icon_minitimeQui Out 09, 2008 5:02 pm

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[Dez anos de Nobel e uma carta de Álvaro Cunhal

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JOÃO CÉU E SILVA
ANTÓNIO COTRIM-LUSA

Comemoração. PCP homenageia escritor

O rosto de Marx continua a olhar com toda a veemência do passado para o escritor José Saramago enquanto discursava na sala do Centro Vitória, onde ontem foi recebido por 300 comunistas que celebravam os dez anos do anúncio da concessão do Prémio Nobel ao português. Do militante ao secretário-geral, todos lá estavam para abraçar o camarada Zé e nem de umas atrevidas "miúdas", quase da sua idade, escapou de levar umas beijocas.

Em plena Avenida da Liberdade assistiu-se àquilo que fica bem ao nome da avenida sob a perspectiva marxista, de que o sentido da História só pode ser mudado se a vida de cada um valer um pouco menos que o colectivo e, portanto, tudo se perdoa ao "camarada Zé" porque o Nobel nunca deixou de ser do Partido. Ficaram para trás o desentendimento na Assembleia Municipal, o voto em candidatos de outras ideologias, as críticas ao PCP, os ouvidos moucos quando era director adjunto do DN e outras diatribes políticas que a sua "verticalidade" ao longo da vida impediu de dizer amém a qualquer ordem que não fosse a do seu pensar.

E, como esta verdade precisava de ser benzida, o próprio José Saramago fez uma revelação daquelas que vai guardando para o momento certo, como o de ontem, deixando de boca aberta os que o ouvem. Sabia-se que quando Álvaro Cunhal foi sujeito a uma cirurgia perigosa escreveu várias cartas, que o sucesso da operação fez rasgar, mas desconhecia-se o conteúdo da que cabia ser enviada ao escritor: "Tenho a certeza de que nunca abandonarás o Partido." E, antes da salva de palmas emocionada, o Nobel só disse: "Ele tinha razão e aqui estou."

Confissões destas deixariam qualquer camarada entusiasmado, mas nem esse empurrão foi necessário para que o secretário-geral tivesse embalado num discurso que até surpreendeu Saramago por ter sido "político em oito décimos" e apenas com uns pozinhos de Nobel e de literatura para justificar esta única homenagem pública no dia de comemoração do Prémio. Nada inesperado, numa sala onde à entrada estava, para além dos livros do autor expostos, uma pilha de exemplares de O Avante! que anunciavam um "Outubro quente".

Na véspera do anúncio do Nobel da Literatura hoje em Estocolmo, José Saramago relembrou o que sentiu quando foi informado do galardão e de ter dito "Não nasci para isto". Antes, foi feita uma leitura do Memorial do Convento e Carlos do Carmo contou como escolhera uma "poesia do Zé" - Aprendamos o Rito, dos Poemas Possíveis - e como a "bomba atómica Pilar" suavizara a relação de ambos. Na sala, vários históricos do PCP marcaram presença e Sofia Ferreira ofereceu-lhe um ramo de flores.

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MensagemAssunto: António de Sá Gué   Escritores Icon_minitimeSex Out 17, 2008 10:00 pm

No próximo dia 8 de Março de 2008, pelas 15H30, vai ter lugar na Casa Regional de Trás-os-Montes e Alto-Douro do Porto, a apresentação pública do novo livro de António Sá Gué intitulado" Contos dos Montes Ermos".
A ArtEscrita Editora e o autor, desde já convidam todos os transmontanos, e não só, a associarem-se a este evento.

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"..." "Abanou a cabeça negativamente, sem dar mais explicações. O Colégio viu-o partir, sem dor nem mágoa. E porque havia de sentir tais sentimentos, sim!, se cumpriu a sua missão? Ganhou mais forças, enraizou-se. Continuou a matar a sede a muitos, que continuavam a pisgar-se, levando, sem o saberem, os bolsos cheios, cheios de codornos de colégio: uma pedra tosca, uma bola de pingue-pongue, um bolar de andebol, uma ideia. E o Colégio, cada vez mais avelhentado, continuava a vê-los partir, satisfeito, mas com um misto de angústia no peito. Partiam, sem voltarem. E a turba infrene que outrora lhe apinhava as entranhas escasseava. Ninguém quer saber da razão da sucessão decrescente, mas em valor absoluto era alta, a crer pela rapidez com que definhava. O abalo era grande: como pode um colégio ensinar se não tem ensinandos? Adoeceu. Mudou de cor, na tentativa de esconder a doença externa que o circundava. Mas nada! A vesânia da insensatez continuava a alastrar, e ninguém parecia dar por isso. Morreu, mas morreu de pé, como as árvores.
E sempre sério: mandou apagar a gelha da testa, não queria parecer aquilo que já não era. Fechou as janelas como que a não querer ver o fim da irmã, que se mantém, apesar de tudo, povoada, não se sabe por quanto tempo aberta."


"..." "Queriam estar-nos-montes, mas não atrás-dos-montes. Não por se envergonharem, mas porque estar atrás-dos-montes era estar ultraperiférico. Queriam que naquelas estradas não corressem só carros, mas corresse investimento, ciência e formação. Era tempo de a fronteira maronesa ser derrubada. Para lá do Marão mandam os que lá estão, continua a fazer sentido."
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MensagemAssunto: Fantasmas de uma revolução   Escritores Icon_minitimeSex Out 17, 2008 10:02 pm

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MensagemAssunto: Sinopse   Escritores Icon_minitimeSex Out 17, 2008 10:07 pm

Sinopse

Poucos terão sido aqueles que, em idade da razão, não tivessem vivido intensamente o período conturbado do PREC, cheio de contradições e acontecimentos marcantes. Nesse tempo, agora só de memórias, as palavras cortavam como facas e a canção era uma inquietante e irónica arma de revolta. Nessa época de liberdade e libertinagem, alegrias e tristezas, de excessos provavelmente frutos da longa noite de escuridão, concatenaram-se numa longa trama de avanços e recuos políticos, podendo muito bem ter culminado na instalação de uma ditadura do proletariado. Ninguém assistiu a tal realidade, ou melhor, só o personagem central do romance a vive. O Alberto Magro e a família, homem a entrar na casa dos “entas”, temente a Deus, ao Marcelo Caetano e aos valores que ele representa, e sem nunca perceber como, se vê injustamente envolvido em prováveis acontecimentos políticos desse tempo ficcionados ao longo de toda a trama. Nessa hipótese aqui aventada, o país muda tanto quanto a personagem central. O Alberto operário têxtil, pressente a mudança. Vai abrir a porta de casa ao seu irmão que regressa das ex-colónias, conotado com o anterior regime, e vai ver-se injustamente enclausurado em Custóias. Após a sua libertação, ao querer salvar o seu próprio irmão, também ele preso num distópico campo de aprendizagem, vai escavando um profundo “buraco” na terra e nele próprio. Forças que não domina apoderam-se dele e consomem-no à medida que a revolução avança. Nessa lenta metamorfose mirrante, resultante das injustiças em que se vê envolvido e da descrença nos valores em que sempre acreditou, culminará num paradoxal e trágico acontecimento: o enterro no seu próprio buraco.
O país em paralelo, vai-se igualmente transformando, avermelhando, trancando-se sobre si próprio. A litoralização do país a que hoje se assiste não existe, o interior continua como sempre pobre mas povoado.

Oautor
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MensagemAssunto: Fantasmas de uma Revolução   Escritores Icon_minitimeSex Out 17, 2008 10:08 pm

PREFÁCIO

Fui contemporâneo da Revolução.
Há nisso um sortilégio especial (como em ter nascido no século passado; ou ter assistido em directo aos primeiros passos do homem na lua). Vi nela oportunidades em abundância e a preço de feira: lemas, erros, sons, filosofias, prioridades, amizades, paradoxos, destinos… Vi-a passar para as mãos de todos o bilhete para o grande transbordo. Via-a cobrar, recompensar, apaixonar, trair… sinto-lhe (hoje mais) ainda o fermentar lento da desconstrução. E ouço-as, juro que ouço, na obra do meu amigo Sá Gué, de novo as palavras de ordem e as canções de intervenção; sinto carnalmente a exaltação das “manifes” e da procura das paixões. De todas as paixões. E fica em mim a ecoar o raspar de pés ritmado que dá peso, ao fundo, no tema Grândola de Zeca Afonso. De oeste para leste, politica e geograficamente falando, a “pasteleira” de Manuel Magro inclina-se numa vertigem trágica e descendente. Nada que se não tenha visto numa revolução. Mas merece ser contado. Eu fui atirado na diagonal para o passado ao encontro de momentos de charneira. Nada que não tivesse já experimentado. Mas amanhã vou reiniciar a minha reconstrução.


Augusto Bordalo Ferreira
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MensagemAssunto: A Biografia do Pide que os comunistas mais receavam   Escritores Icon_minitimeSeg Out 27, 2008 5:47 pm

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A biografia do pide que os comunistas mais receavam

Escritores 247364

JOÃO CÉU E SILVA

Investigação.

Inesperadamente, a Prémio Pessoa 2007, Irene Flunser Pimentel, publica um livro sobre um dos principais inspectores da ex-Polícia Internacional de Defesa do Estado. É um pouco mais da PIDE, na pessoa do carrasco
Não receou que esta Biografia de Um Inspector da PIDE se transformasse num branqueamento dessa polícia política?

Claro que sim, coloquei a questão a colegas historiadores, e a maior parte achou que me estava a meter numa coisa complicada. Mas continuo a pensar que só quem não ler o livro é que pode pensar num branqueamento.

O que pretendeu com esta investigação?

Não faço a defesa de Fernando Gouveia, até porque considero que estas figuras também são históricas, não são é heróis nem vítimas, antes carrascos. Mas a História, tal como aconteceu no passado recente de ditaduras e totalitarismos, fez-se com estas pessoas.

Que reacções espera?

Aguardo com curiosidade, porque, quando falei com esses amigos, houve quem dissesse que fazer a biografia de alguém é sempre enaltecê-la um pouco, mas tive o cuidado de não ser 100% neutra e fazer interpretação.

Com que ideia ficou de Fernando Gouveia?

Ele era inteligente, um óptimo investigador sobre o PCP e um técnico que, se não tivesse feito parte da polícia política, teria, provavelmente, ficado na história pelas suas capacidades. Mas como era um salazarista e um anti- comunista convicto, o seu comportamento para com os comunistas era como se eles não fossem figuras humanas, daí a sua brutalidade contra eles. Isso leva à questão de como é possível que dentro de casa fossem bons chefes de família ou bons pais?

E era?

Embora a filha me tenha dito que nunca falara do que se passava no seio da PIDE, ela própria considera que teve essa polícia dentro de casa, ora representada pelo pai, ora pelo motorista dele, que a vigiava a partir de uma certa idade, e chegou a ser denunciada por duas colegas do liceu. Nesse momento, o pai comportou-se como com os comunistas.

Dá ao livro o subtítulo Fernando Gouveia e o PCP, ou seja, liga o inspector mais a esse partido do que à própria polícia!

Cada vez que eu falei com alguém do Partido Comunista, todos tinham uma história passada com ele e apercebi-me que Fernando Gouveia foi o grande especialista no PCP. É preciso não esquecer que a PIDE tinha como adversário político principal na maior parte do tempo em que existiu - a partir dos anos 30 e até ao início dos 70 - o PCP e que ele era quem mais sabia da organização.

Sem o PCP, o inspector pouco valeria?

Fernando Gouveia não seria nada nem sequer tinha ficado, mal ou bem, na História sem o PCP. Eu já me apercebera na minha tese sobre a PIDE/DGS que esta polícia existia muito em função do PCP, e o mesmo acontecia ao contrário, porque os militantes viviam numa luta diária para lhe escapar.

Então ganha esta 'fama' à custa do PCP?

Ele nem era das figuras mais conhecidas, havia o Silva Pais, o Barbieri Cardoso o Sacchetti, por exemplo, e a maior parte das pessoas nunca ouviu falar do Gouveia. Até porque, ao ter ido para o gabinete técnico, saiu da operacionalidade e, a partir de 1958, deixou de estar em contacto com os presos. Era mais importante na recolha e análise de informação e nos relatórios sobre a actividade.

Devem-se a ele grandes quedas no PCP...

Sim, e a excepção é a de Cunhal, Militão Ribeiro e Sofia Ferreira, em 1949, da qual ele se queixa por lhe terem sonegado o processo. É, no entanto, a figura que representa a PIDE, e através dele o que eu quis fazer foi a história dessa polícia versus PCP, e vice-versa, porque os factos mais antigos do Partido Comunista ainda são pouco conhecidos. Ele começou a trabalhar em 1929 e só em 1933 é que o PCP se torna o alvo principal.

Em que difere dos outros inspectores?

Porque é um investigador, evidentemente era brutal, utilizou as torturas mas era também um técnico que adorava - di-lo nas suas memórias - a sua profissão e apreciava aquela aura de detective, só que unicamente dirigido contra os chamados crimes políticos.

Ele escreveu as suas memórias, mas o prometido segundo volume nunca saiu?

Há aí um mistério que a própria filha desconhece, mas como não quer remexer no passado nada se consegue saber. Mesmo os filhos do editor francês de extrema-direita - Gerard Leroux - nada sabem do manuscrito. É pena, porque o primeiro volume esclarece partes da história do PCP na clandestinidade, com mentiras, mas também com factos reais, porque, para além de possuir boa memória, teve acesso a muitos processos.

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MensagemAssunto: Ana Andrade   Escritores Icon_minitimeQui Jan 01, 2009 3:05 pm

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"Pelas Tuas Mãos"
Bragança


Escritores 7593_jn

Jovem de 15 anos escolheu o continente africano para desenrolar a história do seu primeiro livro

Com apenas 15 anos, Ana Andrade lançou o seu primeiro livro, que intitulou «Pelas Tuas Mãos». A obra, apresentada no passado dia 16, na Escola Abade de Baçal, em Bragança, já vendeu mais de 500 exemplares.

Ana Andrade é natural de Barcelos e é considerada uma escritora revelação. Tinha 13 anos quando decidiu começar a escrever um livro, que manteve no segredo dos deuses até à sua conclusão. A história passa-se no continente africano e desenrola-se à volta de um menino angolano, que não sabe ler nem escrever, mas que vê a sua vida mudar completamente depois de conhecer um médico francês. “Nunca estive em África, agora não tenho lá família, mas adoro aquele continente”, revela Ana Andrade.

Na obra, a jovem fez questão de abordar temas actuais, como é o caso da SIDA ou o abandono de crianças. “É uma obra que transmite muitos sentimentos”, desvenda a escritora.

Entre os pedaços de escrita e a publicação da obra surgiram alguns percalços, revelados, agora, pela jovem. “Escrevi o livro directamente no computador, mas, como já era muito antigo, avariou e a uma dada altura temi não conseguir recuperar nada do que já tinha escrito e ter que escrever tudo de novo”, contou Ana Andrade.

Ana Andrade deixou, em Bragança, o desejo de escrever um segundo livro

Com um livro publicado aos 15 anos, Ana Andrade afirma que faz tudo aquilo que faz um jovem da sua idade. “Eu saio, brinco, vou ao cinema, ouço música …” realça a jovem.

A par dos estudos e dos hobbies, a jovem escritora ainda tem tempo para fazer voluntariado em lares de Terceira Idade. “O voluntariado dá-me muito prazer. Por isso, aconselho quem tiver força a fazer o mesmo”, acrescenta Ana Andrade.

A vinda da escritora revelação a Bragança surgiu de uma amizade criada com Pedro Gonçalves, aluno do 10º ano na Escola Abade de Baçal, durante o Concurso Nacional de Leitura.

“É um excelente exemplo em termos de literatura e de escrita e também em atitudes e comportamentos, preocupando-se com aquilo que a rodeia”, salientou Paula Romão, professora de Português e coordenadora da Escola Abade de Baçal.

Depois da sessão de apresentação do livro “Pelas tuas mãos”, Paula Romão revela que gostaria muito de escrever o prefácio de um livro de um aluno seu.
No futuro, Ana Andrade afirma que gostaria de escrever um segundo livro. “Ideias há sempre, agora é preciso organizá-las da melhor forma”, conclui a jovem escritora.

Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2009-01-01
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MensagemAssunto: Vitor da Rocha - Um escritor que nos põe a pensar   Escritores Icon_minitimeSeg Jan 12, 2009 11:35 pm

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Postigo Cerrado – um magnífico romance sobre a ausência
Livros


Vítor da Rocha - Um escritor que nos põe a pensar

Em Postigo Cerrado, Vítor da Rocha fala-nos do abandono a que tem sido votado, desde há décadas, o interior do país.

Pelo tombar do dia 9 deste mês de Janeiro, sexta-feira, dei por mim a pingar, à lareira, memórias da aldeia, da minha aldeia, e da sua gente – a minha gente. Fui desfazendo nós, de cabeça, em busca de instantes de felicidade. Lá fora nevava. Muito. Um nevão digno de ser adorado. Olhei a fogueira com um sorriso morno e,
- Está uma noite de mais reler que ler.
fui pastar os olhos por uma das estantes dos meus afectos. O Vítor da Rocha – um rapaz da minha idade que nasceu em Carviçais, Torre de Moncorvo – sorriu-me, um sorriso algo tímido, e, zás, saltou-me para o colo. Não para o colo. Para as mãos. Convenhamos, quem me saltou para as mãos, e não para o colo, foi o romance ‘Postigo Cerrado’ de Vítor da Rocha.

O romance ‘Postigo Cerrado’ foi-me oferecido pelo autor, Vítor da Rocha, em 18 de Outubro de 2003. Sei que, então, o li com a mesma sofreguidão com que se come a alheira, aconchegada por uns copos de tinto, em casa dos pais quando, por estes dias frios de Inverno, os visitamos. Sei o que acabo de escrever porque tenho por costume escrevinhar, a lápis, impressões de leitura nas páginas dos livros que, por uma razão ou outra, me mordem as emoções.

Lá fora, os deuses peneiravam pétalas de silêncio, pétalas brancas e geladas, sobre o chão da noite. Comecei por reler a síntese que vem impressa na contracapa:
‘Na aldeia serrana só uma menina ainda vai à escola, descendo por caminhos de cabras para apanhar a camioneta da carreira. O seu pai é o derradeiro pastor que sonha com uma estrada por onde regressem os que abandonaram a terra. E que afunde as razões do leiteiro para lhe baixar os preços do leito produzido pelas suas ovelhas. E é Ti Fontes, o presidente da Junta, que paga pelas culpas do Governo. No fim, os cães olham à sua volta e vêem-se sem donos. E regressam às origens, galgando montes e assustando velhas. Selvagens como os homens que deixam morrer metade do seu país.’

Saboroso aperitivo, hem? Reli o livro nessa noite e na noite seguinte. Horas de felicidade. Uma vez por outra parava, o livro aberto entre as mãos, e, de olhos fechados, revia estórias da minha meninice e adolescência. Estórias muito parecidas com as estórias que este ‘Postigo Cerrado’ de Vítor da Rocha nos conta.

‘Truz, truz, cai uma mão com força em cima das tábuas enrugadas da porta, ao fundo das escadas, renasce-lhe a esperança de que a visita tenha a sua direcção, talvez seja o filho arribando sorrateiro pela vergonha da culpa, tão sorrateiro que não o pressentiu o coração sábio da velha, que está ainda a arredar o banco para trás de modo a poder levantar-se quando novo truz, truz sobe pelas escadas, Tia Adelina, ande depressa…
As pouco mais de duzentas páginas deste romance são retratos falados que nos magoam, devagarinho, e, algumas vezes, nos açoitam, devagarinho, mas são, de igual modo, afagos, carne da nossa carne, sangue do nosso sangue, carne e sangue de gente esquecida. Porque a esquecemos. Nós.



Jorge Laiginhas, 2009-01-12
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MensagemAssunto: "Ardínia, a moura que morreu por amor»   Escritores Icon_minitimeDom maio 17, 2009 4:08 pm

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«Ardínia, a moura que morreu por amor»
Cultura


Escritores Alexandreparafita_gr

Alexandre Parafita lança novo livro

Integrado na colecção «Lendas de Portugal Ilustradas», a Editora Meiosdarte vai lançar, amanhã, o novo livro do escritor transmontano Alexandre Parafita: «Ardínia, a moura que morreu por amor». A cerimónia terá lugar às 11h00, no Centro Empresarial Tecnológico de S. João da Madeira.

Ilustrado por Ana Lúcia Pinto, o novo livro narra uma lenda da região do Douro. “Usando como trunfos a sedução, a beleza e a ousadia, Ardínia transformou a sua história de amor impossível numa mensagem intemporal de união, diálogo e tolerância, uma mensagem que ecoa nas paisagens durienses como um apelo mágico e um verdadeiro guião para os destinos que o Douro ainda hoje procura cumprir”, explica uma nota do editor.

Segundo a mesma fonte, a obra, “para além do texto da lenda, apoiado nas fontes que a mantêm viva nas comunidades locais, apresenta ainda um conjunto de informações e curiosidades sobre alguns dos mistérios do universo mítico-lendário duriense, como sejam as lutas entre os cristãos e os mouros do castelo de Lamego, a origem lendária dos Távoras, o mito dos nevoeiros, o refúgio militar das montanhas de Cabriz em Tabuaço, os amores de Ardínia e Dom Tedo projectados na toponímia, ou o papel das mouras encantadas que moram nos castros, nas montanhas, fontes, rios e penedos”.

Alexandre Parafita, com doutoramento em Cultura Portuguesa, é investigador do Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa e integra a equipa de investigação incumbida de realizar o “Arquivo e Catálogo do Corpus Lendário Português”, no âmbito da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).


, 2009-05-15
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MensagemAssunto: A história de... Amadeu Ferreira, investigador   Escritores Icon_minitimeQua maio 20, 2009 4:57 pm

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Grandes poetas em Mirandês
Mirandês


Escritores Amadeuferreirapasse

A história de... Amadeu Ferreira, investigador

Nos últimos 12 anos, traduziu para Mirandês mais de uma centena de autores portugueses e estrangeiros. O seu trabalho está disponível na Internet.

Jurista, professor convidado na Universidade Nova de Lisboa e vice-presidente do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Amadeu Ferreira é um homem com várias ocupações profissionais. Apesar dos seus afazeres, dedica-se à escrita, investigação, tradução e história da segunda língua oficial em Portugal.

Ao longo dos últimos 12 anos, já traduziu para Mirandês mais de uma centena de autores portugueses e estrangeiros.

Obras como \"Os Lusíadas\" de Camões, foram traduzidas na íntegra, ou a poesia de Fernando Pessoa e seus heterónimos. Para já, estão disponíveis na Internet, através do http://lhengua.blogspot.com.

Ao consultar aquele espaço, o leitor depressa se apercebe do \"atrevimento\" de Amadeu Ferreira ao traduzir estilos tão diferentes como o de Bob Dylan, Friedrich Nietzsche ou os clássicos gregos e latinos, como Vergílio, Horácio, Ovídio ou Catulo, entre outros. Os poetas espanhóis, ingleses e franceses têm igualmente um lugar de destaque na galaria de traduções do autor mirandês.

Amadeu Ferreira tem igualmente traduzido para Mirandês a Bíblia e os Quatro Evangelhos, uma tradução pela qual o autor tem particular carinho.

\"Eu gosto de ouvir os grandes poetas da literatura mundial na minha língua, o Mirandês. Raro é o dia em que não me envolvo em traduções, há já vários anos que venho traduzindo clássicos da literatura e não só\", disse o escritor, ao JN, sublinhando: \"Se os autores que traduzi pudessem ouvir os seus trabalhos com a fonética do Mirandês não ficariam decepcionados\".

Do ponto de vista comercial, Amadeu Ferreira tem traduzido para Mirandês dois volumes da colecção de aventuras do herói da banda desenhada Astérix, o Gaulês, estando a aguardar uma edição também em banda desenhada de \"Os Lusíadas\", que assenta em desenhos de José Rui.

Em 2004, Amadeu Ferreira foi distinguido pelo então presidente da República, Jorge Sampaio, com a comenda da Ordem do Mérito (classe Cultura), dado o seu trabalho em prol da defesa e manutenção da língua mirandesa.

Há já um número considerável de publicações na segunda língua oficial portuguesa, \"mas é preciso continuar a insistir, para que o Mirandês não seja um parente pobre da cultura nacional\".


Francisco Pinto in JN, 2009-05-20
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MensagemAssunto: «Contos ao vento com demónios dentro»   Escritores Icon_minitimeSex Dez 04, 2009 6:18 pm

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Parafita lança mais um livro
Trás-os-Montes


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«Contos ao vento com demónios dentro»

O próximo livro de literatura infanto-juvenil de Alexandre Parafita, intitulado «Contos ao vento com demónios dentro», publicado pela Plátano Editora, vai ser apresentado em Bragança. A cerimónia, uma iniciativa conjunta dos Agrupamentos de Escolas Augusto Moreno e Paulo Quintela, terá lugar no auditório Vilarinho Raposo, da Escola Augusto Moreno, no próximo dia 9, pelas 15 horas. A entrada é aberta a toda a comunidade.

A apresentação será feita por Elisa Ramos e Anabela Rodrigues, coordenadoras das bibliotecas dos respectivos Agrupamentos, juntamente com alunos das EB1,2,3 de Augusto Moreno e de Paulo Quintela, que farão a dramatização de duas das histórias da obra. O escritor, por sua vez, proferirá uma palestra/debate subordinada ao tema «O que se pode aprender com os contos tradicionais», dirigida não só a professores e educadores de infância, como a toda a comunidade em geral interessada nestas temáticas.

Publicado pela Plátano Editora, na sua colecção «O Maravilhoso Infantil», e ilustrado por Miguel Gabriel, este livro inspira-se em antigas narrações da tradição oral transmontana, onde a figura do demónio surge com frequência, muitas vezes para indicar os melhores caminhos, por oposição àqueles que são de evitar.

Promotor de todos os medos, enquanto chefe supremo do mal, o demónio é, neste livro, explicado aos mais novos como um ser ridículo e imbecil, um gigante com pés de barro, num jogo simbólico em que a lealdade, a inteligência e a coragem derrotam sempre a hipocrisia, a estupidez e a cobardia.

Todas as histórias têm títulos muito sugestivos (“O lencinho mágico”, “A lagarta, o diabo e a borboleta”, “O diabo e a cabaça” e “O jogador com pés de cabra”) e têm como fontes informantes pessoas idosas da Região: Ilda de Jesus Paredes (de Pereiro, Macedo de Cavaleiros), Monsenhor Eduardo Sarmento (de Vila Real, já falecido), José Ramos (de Sendim, Miranda do Douro) e Graciano Augusto Morais (de Espinhoso, Vinhais).

http://www.trasosmontes.com/alexandreparafita/

ST, 2009-12-04
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MensagemAssunto: Bento da Cruz   Escritores Icon_minitimeTer Dez 15, 2009 5:26 pm

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«A Fárria» de Bento da Cruz
Montalegre



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«O Barroso não me deve nada. Eu é que devo tudo ao Barroso»

O escritor Bento da Cruz tem um novo romance. Chama-se «A Fárria» e descreve o «ambiente» das Minas da Borralha, «a única indústria do Barroso». A obra foi apresentada no passado sábado, em Montalegre, numa cerimónia de homenagem da autarquia ao autor. «O Barroso não me deve nada. Eu a que devo tudo ao Barroso», respondeu Bento da Cruz.

Para o vereador da Cultura da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, à “longa e prestigiada carreira literária” de Bento da Cruz “faltava” algo: “uma incursão a um dos períodos mais vibrantes e esplendorosos da vida económica e social de Barroso: a exploração de volfrâmio nas Minas da Borralha”. Já não falta. “Eis que chega a recompensa e vemos finalmente o escritor virado para a Borralha”. Orlando Alves, num texto publicado no último número do jornal o Correio do Planalto, fundado e dirigido por Bento da Cruz, fala sobre “A Fárria”, último romance do escritor.

A obra foi apresentada, no passado sábado, no auditório do Pavilhão Multiusos, após uma cerimónia durante a qual a Câmara Municipal de Montalegre rendeu uma homenagem ao escritor, que este ano completa os 50 anos de carreira literária. “Congratulamo-nos com a sua obra pelo repositório que ela encerra, verdadeiro e valioso espólio de um Ecomuseu de Barroso que estamos a construir. Congratulamo-nos com a grandeza do homem, do político e do escritor que há muito conquistou a sua afirmação local, regional e nacional”, disse, durante o discurso, o presidente da Câmara, o socialista Fernando Rodrigues, para acrescentar: “Sentimo-nos honrados com a sua obra porque toda ela é o nosso retrato fiel e contribui para o reforço da auto-estima local e do nosso orgulho colectivo.

Bento da Cruz tem por isso o nosso reconhecimento”. Emocionado, Bento da Cruz afirmou que é ele quem está grato ao Barroso: “O Barroso não me deve nada. Eu é que devo tudo ao Barroso”.

Quanto à obra, em declarações à Rádio Montalegre, Bento da Cruz disse que o livro “A Fárria” é “uma história romanesca à volta de amores e, ao mesmo tempo, dá uma ideia do que eram as Minas da Borralha, a única indústria do Barroso, que trabalhou quase cem anos”. “Mostrar como se vivia, se trabalhava e se morria na Borralha. É isso que eu pretendo. Não procuro fazer história”, precisou o autor. Questionado sobre o facto de o Barroso continuar a ser sua fonte de inspiração, Bento da Cruz lembrou que este foi sempre o seu “tema” e a sua “matéria--prima”. “Cada um fala do que sabe. Eu só conheço uma coisa neste mundo, que é o Barroso. Não sou viajado. Nunca vivi noutro lado, a não ser no Porto, mas nunca me desliguei do Barroso”, explicou o escritor.

António Chaves, que apresentou a obra, considerou se está perante “uma das obras de Bento da Cruz com mais condições de perdurar na memória dos barrosões”.


Margarida Luzio, Semanário Transmontano, 2009-12-15
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MensagemAssunto: Morreu Rosa Lobato de Faria   Escritores Icon_minitimeTer Fev 02, 2010 6:34 pm

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Morreu Rosa Lobato de Faria

por DN.PT
Hoje

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Morreu hoje a escritora e actriz Rosa Lobato de Faria, aos 77 anos, vítima de doença grave que a mantinha internada num hospital privado de Lisboa, avançou a Antena 2.

Rosa Lobato de Faria, de 77 anos, estava internada num hospital privado de Lisboa com uma anemia grave, e encontrava-se doente desde uma intervenção cirúrgica a que foi submetida após uma infecção intestinal, no Verão passado.

A poetisa e romancista Rosa Lobato de Faria nasceu em Lisboa a 20 de Abril de 1932. "Poemas escolhidos e dispersos", das edições ASA, compila os principais poemas da escritora, que publicou o seu primeiro romance em 1995, "O Pranto de Lúcifer". Seguiram-se "Os Pássaros de Seda" (1996), "Os Três Casamentos de Camila S." (1997), "Romance de Cordélia" (1998), "O Prenúncio das Águas" (que ganhou o prémio Máxima de Literatura em 2000), "A Trança de Inês" (2001), "O Sétimo Véu" (2003), "Os Linhos da Avó" (2004), "A Flor do Sal" (2005), "A Alma Trocada" (2007), "A Estrela de Gonçalo Enes" (2007) e "As Esquinas do Tempo" (2008). Escreveu, também, vários livros infantis. Os seus dois primeiros romances foram publicados na Alemanha e "O Prenúncio das Águas" foi publicado em França. Para o teatro, escreveu as peças "A Hora do Gato", "Sete Anos - Esquemas de um Casamento" e "A Severa".

Rosa Lobato de Faria estreou-se como locutora na RTP nos anos 60. Ficou conhecida do grande público pela sua participação, como actriz, na primeira telenovela portuguesa, "Vila Faia", em 1982, onde interpretava a personagem de Beatriz Marques Vila. No cinema, sob a direcção de João Botelho, participou no filme "Tráfico" (1998) e "A Mulher que Acreditava ser Presidente dos EUA". Entrou em dois filmes de Lauro António: "Paisagem sem Barcos" (1983) e "O Vestido Cor de Fogo" (1986).

Apresentou os programas televisivos "Cartas de Amor" e "Chá das Cinco".

A par de José Carlos Ary dos Santos, Rosa Lobato Faria foi a letrista com mais sucesso no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com "Amor de Água Fresca" (interpretado, em 1992, pela cantora Dina), "Chamar a Música" (interpretada em 1994 por Sara Tavares), "Baunilha e Chocolate" (cantada por Tó Cruz, em 1995), "Antes do Adeus (na voz de Celia Lawson, em 1997).

Em 2008, morreu o marido de Rosa Lobato Faria, Joaquim Figueiredo Magalhães, com quem a escritora esteve casada 33 anos. Disse, na altura, à revista Caras, que "o tempo jamais curará a falta que o meu marido me faz". Deixa quatro filhos e 12 netos
In DN

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MensagemAssunto: Luísa Dacosta distinguida com Prémio Vergílio Ferreira   Escritores Icon_minitimeQua Fev 03, 2010 5:36 pm

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82 anos e natural de Vila Real
Vila Real


Escritores Luisa_dacosta

Luísa Dacosta distinguida com Prémio Vergílio Ferreira


A escritora Luísa Dacosta, de 82 anos e natural de Vila Real, foi galardoada com o Prémio Vergílio Ferreira 2010, atribuído pela Universidade de Évora.
José Alberto Machado, o presidente do júri, citado pela agência Lusa, disse que o prémio deverá ser entregue, como é habitual, em cerimónia pública na sala de actos da instituição, no dia 01 de Março, aniversário da morte de Vergílio Ferreira.

Criado em 1997, o galardão distingue anualmente ensaístas ou romancistas de língua portuguesa, tendo a escolha da edição deste ano recaído na escritora Luísa Dacosta por decisão \"unânime\" do júri, acrescentou.

«Luísa Dacosta é uma grande escritora, normalmente mais conhecida devido à sua obra como escritora infantil, mas que tem uma dimensão muitíssimo mais vasta que o júri entendeu sublinhar», argumentou José Alberto Machado.

O professor da Universidade de Évora justificou que, com a atribuição do prémio, o júri pretendeu destacar dois aspectos da produção literária da escritora. «A questão da crónica, como grande autora de crónicas, e também dos diários, da dimensão autobiográfica da sua obra», afirmou.

O presidente do júri do prémio Vergílio Ferreira apontou ainda Luísa Dacosta como «uma grande novelista e prosadora e um nome grande das nossas letras, que, até agora, só tinha sido mais publicamente reconhecida enquanto autora de obras infantis».

«De alguma maneira, este prémio corrige uma relativa injustiça e chama a atenção para outras valiosas dimensões da obra desta grande escritora», radicada no Porto, sustentou.

Nas edições anteriores, o prémio foi atribuído a Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Óscar Lopes, Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Agustina Bessa Luís, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio e Mário de Carvalho.

TSF, 2010-02-03
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MensagemAssunto: Luísa Dacosta   Escritores Icon_minitimeTer Fev 23, 2010 3:44 pm

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Prémio Vergílio Ferreira 2010
Vila Real


Escritores Luisa_dacosta

Prémio Vergílio Ferreira a Luísa Dacosta

Com uma carreira literária que ultrapassa os 50 anos, a escritora, mais conhecida pelos livros infantis, tem uma vasta obra dedicada à crónica, ao diário e à autobiografia. A cerimónia de entrega do galardão acontece no próximo dia 1 de Março, data da morte de Vergílio Ferreira, pelas 18h30.

A importância do conjunto da obra da autora na literatura portuguesa da segunda metade do século XX e a \"excelência e diversidade da obra narrativa\", que abrange crónica, conto, diário e autobiografia foram alguns dos critérios que levaram o júri a atribuir este prémio à escritora de 83 anos, natural de Vila Real de Trás-os-Montes.

Com uma obra relevante e nunca antes premiada na área do diário e da autobiografia e onde se verifica uma aproximação a Vergílio Ferreira, uma vez que são domínios muito caros ao escritor, a escolha do júri em Luísa Dacosta foi unânime e pretende destacar aspectos nunca antes premiados na obra da escritora.

O prémio foi criado em 1997 com o objectivo de homenagear o escritor que lhe dá o nome, Vergílio Ferreira, e premiar o conjunto da obra de escritores portugueses relevantes no âmbito da narrativa e do ensaio. Atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, em 1998 foi Maria Judite de Carvalho que, a título póstumo, recebeu esta homenagem da Universidade de Évora, seguida de:

\" Mia Couto em 1999
\" Almeida Faria em 2000
\" Eduardo Lourenço em 2001
\" Óscar Lopes em 2002
\" Vítor Aguiar e Silva em 2003
\" Agustina Bessa-Luís em 2004
\" Manuel Gusmão em 2005
\" Fernando Guimarães em 2006
\" Vasco Graça Moura em 2007
\" Mário Cláudio em 2008

Depois de, no ano passado, o prémio Vergílio Ferreira ter sido entregue numa parceria com a Câmara Municipal de Gouveia a Mário de Carvalho, este ano retorna à casa onde nasceu, a Universidade de Évora.

Este ano o júri é composto pelo Prof. José Alberto Machado, que preside, pela Prof. Ana Alexandra Silva, em representação do presidente do Departamento de Linguística e Literaturas, pelo crítico literário Libério Cruz e pelas professoras Paula Mourão, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Fernanda Irene Fonseca, da Universidade do Porto.

Universia, 2010-02-23
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MensagemAssunto: Um livro intitulado «A Princesa do Corgo»   Escritores Icon_minitimeQua Fev 24, 2010 5:00 pm

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Acabei de ler...
Cultura


Um livro intitulado «A Princesa do Corgo»

Falar dos livros que acabei de ler, ultimamente, pode ser um exercício muito útil para todos aqueles que, de vez em quando, praticam o bom hábito de uma sadia disposição para a leitura.

Acabei de ler dois livros que muito me interessaram apesar dos temas serem absolutamente diversos. O primeiro foi “Experiências de Quase-Morte” de Manuel Domingos (Presidente da Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia) e da Esquilo.

O último foi um livro de mais de 600 páginas, e intitulado «A Princesa do Corgo» de Emílio Miranda (Mistérios e Lendas de Vila Real de Panoias) da Planeta Editora. Confesso sinceramente que, quer um, quer o outro, foram dois livros muito importantes para a minha atitude de conhecer ou de me instruir.

Poderia também falar de outros como o livro intitulado “Fúria Divina” de José Rodrigues dos Santos (da Gradiva). No entanto, julgo que por agora falarei somente dos dois primeiros. Deste falarei num outro artigo que escreverei em breve. Direi somente que, felizmente, continuamos a ter muito bons escritores portugueses.

No primeiro livro, por exemplo, é abordado com muita precisão e cuidado o tema da Vida depois da Morte. Um tema que há milhares de anos se mantém aberto e que ainda hoje é uma espécie de tabu para muitos de nós. Aqui são-nos apresentadas dezenas e dezenas de EQM (Experiências de quase morte) através das quais é “suposto” que as pessoas que as viveram estiveram durante algum tempo numa outra dimensão. Concordam, com muita proximidade, com o mesmo tipo de experiências de saída do corpo e entrada numa espécie de túnel onde, ao fundo, se encontra uma luz muito forte branca. Em todo o mundo são já milhares essas experiências que estão a ser analisadas pela actual ciência. Direi, também, que este livro teve a participação, no prefácio, do bem conhecido Dr. Mário Simões, professor agregado de Psiquiatria e de Ciência da Consciência da Faculdade de Medicina de Lisboa.

O segundo livro “A Princesa do Corgo” de Emílio Miranda, (também da Planeta Editora) foi uma verdadeira surpresa para mim, já que, ainda não conhecia este autor, nascido em Luanda em 1966. De facto escreveu este romance histórico com muita garra e perfeição e me levou até à fundação, pelo Rei D. Dinis, daquela cidade transmontana que é Vila Real.

Este livro lê-se muito bem apesar das suas 668 páginas. Aí decorrem muitas vidas, com uma luta constante pela sobrevivência, com o seu evoluir, o seu destino, umas vezes trágico, outras vezes risonho e prometedor...
Gostei de o ler.

António Durval, 2010-02-24
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MensagemAssunto: Luísa Dacosta é a convidada das «Conversas na Vila Velha» de Março   Escritores Icon_minitimeQua Mar 24, 2010 11:09 am

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Dia 27 de Março
Vila Real


Luísa Dacosta é a convidada das «Conversas na Vila Velha» de Março

A Direcção Regional de Cultura do Norte pretende homenagear, publicamente, a vida e a obra literária desta vila-realense recentemente distinguida com o Prémio Vergílio Ferreira .

A Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e o Museu da Vila Velha de Vila Real convidaram para as “Conversas na Vila Velha”, do dia 27 de Março , pelas 16h00, a escritora, cronista e contista Luísa Dacosta, laureada com o Prémio Vergílio Ferreira 2010, atribuído pela Universidade de Évora.

O presidente do júri justificou a decisão unânime de distinguir a escritora Luísa Dacosta, considerando ser a premiada “uma grande autora que se notabilizou na literatura infantil e também ao nível das crónicas e das auto-biografias”. E acrescentou que a atribuição serve, ao mesmo tempo, como “forma de corrigir a ideia de que a galardoada escreve apenas para o público infantil, chamando-se deste modo a atenção para as suas valias como cronista e diarista”.

A 14ª edição do prémio foi entregue no dia 1 de Março, data em que se assinalou o aniversário da morte de Vergílio Ferreira.
Maria Luísa Saraiva Pinto dos Santos nasceu em 1927, em Vila Real. No entanto, foi sob o pseudónimo de Luísa Dacosta que desenvolveu a sua actividade literária. Formou-se em Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Lisboa, mas foi no Porto que veio a leccionar, nomeadamente no 2º ciclo do Ensino Básico das escolas Ramalho Ortigão, entre 1968 e 1976, e Francisco Torrinha, entre 1976 e 1997, ano em que se reformou por limite de idade.
Exerceu a critica literária nas páginas de jornais, de nomeada, como O Comércio do Porto, O Jornal de Noticias, Diário Popular e em A Capital. Foi colaboradora das revistas Seara Nova, Vértice, Vida Mundial, Raiz e Utopia, Gazeta Musical e de Todas as Artes e de Colóquio de Letras, onde continua a colaborar.

Em 1985, filmou para a RTP, integrado na série Clube de Leitura dirigida por Carlos Correia com a Escola de Mirandela, o colóquio sobre o seu livro A Menina Coração de Pássaro.

Luísa Dacosta já publicou mais de três dezenas de livros e está representada nas seguintes antologias: Daqui houve Portugal, Eugénio de Andrade, 1969: Portugal – A Terra e o Homem, Fundação Calouste Gulbenkian (II Volume, 3ª Série, 1981); De que são feitos os sonhos, Areal Editores, 1985; Conto Estrelas Em Ti – Poesia para a Infância, Campo das Letras, 2000.


Espigueiro, 2010-03-24
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MensagemAssunto: Lancamento do livro «Mirandelês»   Escritores Icon_minitimeTer Abr 20, 2010 9:16 am

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«Mirandelês»
Mirandela


Lancamento do livro «Mirandelês»
Depois de uns dois anos de trabalho de grupo, liderado pelo Coronel Jorge Golias, e em que nos incluímos, vai ser lançado a 24ABR2010, pelas 16H00, no Centro Cultural de Mirandela, o livro «Mirandelês».

Pretende ser um contributo para a preservação da memória imaterial de Mirandela, com palavras, expressões e ditos e nomeadas das localidades do concelho de Mirandela.

São mais de 300 páginas, com edição do Município de Mirandela, em capa dura e algumas fotografias muito raras e mais de uma centena de notas de rodapé, carregadas de informação, de etnografia e de memória.

Pretende-se preservar alguma memória da oralidade.Algumas palavras ou expressões deram horas ou dias de pesquisa. A palavra «tambarões» foi uma delas, bem como a expressão « até andas de lado como os de Caravelas», após uma pesquisa que correu mundo e veio-nos a chave do Brasil.

Depois de consultar o livro pode ainda ficar a saber quem são, afinal, os «Narros» (conseguiu-se depois de muito suor) ou os Latoeiros ou os «Burriqueiros». Mas, o melhor á aparecer dia 24 de Abril (sábado), em Mirandela, onde se pode comprar produtos no mercadinho de rua, almoçar num dos 50 restaurantes da cidade e levar para casa o livro «Mirandelês», que se vai esgotar num ápice.

, 2010-04-20
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MensagemAssunto: Filandorra estreia «Animais com manhas de gente»   Escritores Icon_minitimeTer Abr 27, 2010 2:55 pm

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Histórias de Alexandre Parafita
Vila Real


Filandorra estreia «Animais com manhas de gente»

A Filandorra - Teatro do Nordeste estreia sexta feira, em Vila Real, a peça «Animais com manhas de gente» dirigido às crianças do 1º ciclo do ensino básico e inspirado em histórias do escritor Alexandre Parafita.

A estreia da 54ª produção da companhia assinala o Dia Mundial do Livro e decorre no âmbito do Vinte e Sete - Festival Internacional de Teatro.

Fonte da Filandorra explicou que o espetáculo foi concebido «em moldes inovadores, construído através de um percurso que da plateia passa pela caixa de palco, sai para o ar livre e regressa à sala, apelando à interação com os participantes».

Lusa, 2010-04-27
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MensagemAssunto: «Tenho uma enormíssima lealdade a Chaves»   Escritores Icon_minitimeTer Abr 27, 2010 4:27 pm

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Escritor José Francisco Viegas
Chaves


Escritores Francisco_vieguas

«Tenho uma enormíssima lealdade a Chaves»

Se é de gema, ou não, não sabe, mas transmontano é de certeza. E se há coisa que o irrita é que lhe digam que «perdeu o tom transmontano». Porquê? Porque «transmontano é aquele que rompe o isolamento, que é cosmopolita e que não tem medo do estranho, do diferente.

Natural do Pocinho, o jornalista e escritor Francisco José Viegas passou parte da sua adolescência em Chaves, cidade onde diz ter aprendido «o essencial da vida». A propósito do lançamento do seu último livro, respondeu a algumas questões ao Transmontanos de Gema, uma iniciativa conjunta do Semanário TRANSMONTANO e da Rádio Larouco.

Semanário TRANSMONTANO: Apesar de viver no Estoril, considera-se um transmontano de gema?

José Veiga: De gema não sei, mas considero-me um transmontano, sou um bocadinho dividido entre várias coisas, dividido entre uma lealdade muito grande à terra onde nasci que é o Alto Douro e tenho uma lealdade enormíssima em relação a Chaves, onde eu vivi o período essencial, a adolescência. Essa lealdade manifesta-se em relação a Chaves de uma maneira muito especial, porque foi a cidade onde eu aprendi o essencial da vida, foi a cidade onde eu li mais. Tínhamos uma livraria aqui em Chaves, que era a livraria Ana Maria, e eu e um amigo meu que já morreu, o Manuel Francisco, todos os sábados íamos arranjar a montra da livraria. E também foi a altura em que o liceu de Chaves alterou e reestruturou a sua bi-blioteca, e nós estivemos ligados a isso, portanto, é uma cidade que eu conservo na memória, não só por ter vivido cá e não só por ter a minha família cá a viver, mas também porque parte essencial daquilo que eu sou hoje devo a Chaves.

ST: Tem um blogue que se chama a Origem das Espécies, a origem geográfica determina aquilo que somos?

JV: A origem, aqui, também tem um significado de raiz, ou seja, quando se faz uma leitura do mundo procuramos ir à raiz, à origem das coisas e a origem das coisas é sempre especial porque me lembra Chaves. Por exemplo, quando fecho os olhos e me lembro de Chaves, lembro-me das noites de Inverno, eu e o meu grupo de amigos a passear pelas ruas de Chaves completamente desertas, caía assim uma neblina, era em Novembro... A primeira rádio que houve em Chaves, era uma rádio pirata com um emissor construído por nós e, portanto, lembro-me disso, lembro-me do primeiro passeio de bicicleta na Primavera, lembro-me de coisas muito soltas, isso é a minha origem...

ST: Durante a apresentação do seu último livro, referia que Chaves está sempre presente nas suas obras, de que forma?

JV: Como lugar. Há um livro, que é o Céu Demasiado Azul, onde uma parte essencial da história se passa aqui, em Chaves, passa-se numa geografia muito especial entre um bar de um hotel, uma série de ruas e, portanto, é um cenário; O Mar em Casablanca, este último livro, uma parte essencial, ou, se quisermos, o centro mais exclusivo da narrativa, é aqui em Chaves. E, por outro lado, quando nós procuramos características de personagens, características de pessoas que nos marcaram mais ao longo da vida, eu costumo vir a Chaves, vir às minhas memórias de Chaves. O próprio detective tem também alguns tiques, físicos, de pessoas que eu conheci e conheço em Chaves, e portanto, é uma fonte de inspiração.

ST: Que ligações é que mantém aqui? Vem cá regularmente?

JV: Relações familiares. Sim, venho cá. Estive cá na semana passada, por exemplo, venho cá quando posso e, às vezes, quando preciso de uma tranquilidade familiar, de um certo repouso e quando tenho saudades.

ST: Lembra-se quando namorou no Jardim das Freiras?

JV: Sim, no Jardim das Freiras e no Tabolado, em todo lado. Felizmente, há uma grande geografia de namoros na cidade de Chaves, que era uma cidade bastante liberal para a época, porque era uma cidade que, ao contrário de outras cidades transmontanas, mesmo Vila Real, era uma cidade que tinha dois ventos: um vento que vinha directamente do Porto e outro que vinha de Espanha, e estes ventos eram muito liberais. Eu lembro-me de nós, miúdos da minha geração, ao sábado, irmos de carro a Espanha não só para comprarmos coca-cola e jeans Lois e a edição da Playboy em francês, não havia em espanhol e tinha de ser em francês. No meu tempo não se vendia ganga e coca--cola aqui em Portugal. Era um ciclo muito liberal, eu não digo que houvesse uma grande tolerância, havia era uma grande disponibilidade de espírito.

ST: Quando não está em Chaves, como é que mata saudades, diz também que algum tempo atrás ia esperar as pessoas ao autocarro, hoje como é que mata saudades?

JV: Vou à Internet.

ST: Gosta da cidade como está agora?

JV: Gosto de fotografias da cidade, enquanto passeio à noite na cidade, nestas ruas, na Rua Direita, ainda no Correio Velho, na Major Sousa Machado, ao descer na direcção das caldas, gosto de uma certa arquitectura que está a ser recuperada, que era um arquitectura que Chaves mantinha cu-riosamente nos anos 50 e que depois perdeu e que agora recuperou.

ST: Da música para o prato, é transmontano no prato?

JV: Menos do que gostaria, quer dizer, quando se fala de comida transmontana é um bocadinho as raízes da minha gastronomia própria, mas o meu problema é que gosto de experimentar outras coisas, desde a comida japonesa até à cozinha russa, ou cozinha marroquina, passando pela italiana. Curiosamente, hoje, nas gerações mais novas, os regimes alimentares são muito mais restritivos, por exemplo, a cozinha transmontana tem um capítulo essencial que é pouco valorizado, que é a cozinha de vegetais, de legumes. A cozinha transmontana é essencialmente vegetariana e é muito curioso ver que é muito equilibrada, tem períodos de grande festa, Carnaval, Natal, etc. que são períodos de loucura, mas é muito equilibrada.

ST: E pasteis de Chaves, leva?

JV: Já estão no carro, pasteis, empadas, bolos, já foram comprados numa das melhores casas, que é a do João Padeiro.

ST: Alguém dizia que em Chaves fala diferente, ainda mantém algum sotaque?

JV: Eu adopto sotaques. Quando vou aos Açores, passados 10 minutos, já estou falando um bocadinho açoreano; quando venho para Chaves, obviamente, venho por osmose. Ao fim de umas horas, começo a falar muito como eu falava há muitos aqui.

ST: Acha que os flavienses sabem quem é o Francisco José Viegas?

JV: Alguns sim, outros não. Eu quando venho a Chaves conheço pouca gente, tenho memória de todas as pessoas, mas Chaves mudou muito desde a altura em que eu vivia aqui. Quer dizer, eu quando saía conhecia toda a gente, nos anos 80, quando eu saí de Chaves, conhecia toda a gente, hoje não e, portanto, também é um sítio onde observo mais do que sou observado, isso também é bom. Mas eu penso que não [que não sou conhecido], também porque eu sou escritor e os escritores também não são muito populares e em Chaves também nunca houve grande popularidade de escritores.

ST: Para rematar qual é a sua definição de transmontano de gema?

JV: É uma pessoa que tem ligação a Trás-os-Montes, o grande problema é quando tentamos definir um transmontano e o definimos com as suas características físicas, pelo seu sotaque, pela sua sensação de pertencer a Trás-os-Montes e pela sua transmonteinidade, uma das características essenciais de um grande transmontano é aquele que saí e entra conforme Trás-os-Montes, eu penso que Trás-os-Montes melhorará quando conseguir captar pessoas de fora, são as pessoas de fora que engrandecem, foi sempre assim, e, portanto, as grandes nações evoluíram, cresceram e tornaram-se mais apetitosas na medida em que conseguiram canibalizar, ou seja, devorar o que lhes era estranho e transformá-lo em seu, eu acho que, às vezes, há sensação de dizer, não, isto não é transmontano, este não é transmontano. Justamente, o transmontano deve devorar o outro, quer dizer, apropriar aquilo que é bom de fora transformá-lo em coisa sua. Às vezes irrita-me muito a sensação de que me digam: “Ah, tu já perdes-te o tom transmontano”. Não, não se perde, quer dizer, o transmontano é no submundo, quer dizer, os transmontanos imigraram para todo o lado e para todo o lado onde imigraram fizeram coisas maravilhosas, no Brasil, na América, no Oriente em África fizeram coisas fantásticas e é pena que pensem que o transmontano é aquele que vive isolado para cá do Marão. Não, transmontano é aquele que rompe esse isolamento e que é cosmopolita e que não tem medo do estranho, do diferente, esse é que é transmontano.


Margarida Luzio, Semanário Transmontano, 2010-04-27
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MensagemAssunto: Isabel Maria Fidalgo Mateus   Escritores Icon_minitimeSeg maio 03, 2010 10:08 am

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«Outros Contos da Montanha»
Emigração


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«Portugal necessita urgentemente de ser repovoado»

A autora, Maria Fidalgo Mateus, é professora de português na Universidade de Liverpool, onde desenvolve igualmente uma investigação na área da literatura de viagens.

O livro “Outros Contos da Montanha” de Isabel Maria Fidalgo Mateus deixa antever de imediato pelo seu título que se pretende mostrar a montanha e, sobretudo, o que ela esconde, através do conto de tradição oral elevado à escrita. Em muitas destas paragens transmontanas (Portugal), devido ao êxodo rural e à emigração, a sua cultura, as suas tradições, os seus usos e costumes só já residem na memória de alguns.

Contudo, esses envelhecem e não são eternos como as montanhas e as pedras do casario, que ficam abandonadas a si próprias.

Manifestamente contra esse abandono, Miguel Torga termina o prefácio à quarta edição de “Contos da Montanha”, em 1968, com a frase: “Portugal necessita urgentemente de ser repovoado”.

A obra “Outros Contos da Montanha” mostra a partir do local, em 2009, que a mesma realidade social se mantém.

E como se diz no seu prefácio, o propósito desta obra será o de travar esse processo que parece irreversível: “E tal como um iceberg que se vai derretendo, também o mundo rural está desaparecendo. Acaso o homem rural será a espécie mais ameaçada de extinção em Trás-os-Montes. E neste movimento de extinção, desaparecem os usos e costumes, as lendas e os mitos, os saberes antigos, as artes tradicionais…”

Nesta linha ideológica “Outros Contos da Montanha” têm o objectivo primordial de sensibilizar os jovens nativos destas terras e todos aqueles que amam Trás-os-Montes de que o verdadeiro progresso reside na conservação da sua identidade, que se encontra presente nas suas raízes.

Consequentemente, e parafraseando o Escritor citado, urge que Trás-os-Montes seja repovoado num equilíbrio harmonioso entre o reino mineral, animal e vegetal.

Isabel Mateus publicara já em 2007 o volume A viagem de Miguel Torga. A autora que agora se revela na ficção, é natural de Felgueiras, concelho de Torre de Moncorvo (Portugal) , onde nasceu em 1969. É professora de português na Universidade de Liverpool, onde desenvolve igualmente uma investigação na área da literatura de viagens.

NL, 2010-05-03
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MensagemAssunto: Abílio Manuel Guerra Junqueiro   Escritores Icon_minitimeSeg maio 10, 2010 3:54 pm

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Abílio Manuel Guerra Junqueiro

Escritores Guerra_Junqueiro_%28Porto%29
Estátua na Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto

Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta, 17 de Setembro de 1850 — Lisboa, 7 de Julho de 1923) foi bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República.

Biografia

Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 17 de Setembro de 1850, filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade.

Estudou os preparatórios em Bragança, matriculando-se em 1866 no curso de Teologia da Universidade de Coimbra. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, transferiu-se dois anos depois para o curso de Direito. Terminou o curso em 1873.

Entrando no funcionalismo público da época, foi secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo.

Em 1878, foi eleito deputado pelo círculo de Macedo de Cavaleiros.

Faleceu em Lisboa a 7 de Julho de 1923.

Obra literária

Guerra Junqueiro iniciou a sua carreira literária de maneira promissora em Coimbra no jornal literário "A folha", dirigido pelo poeta João Penha, do qual mais tarde foi redactor. Aqui cria relações de amizade com alguns dos melhores escritores e poetas do seu tempo, grupo geralmente conhecido por Geração de 70.

Guerra Junqueiro desde muito novo começou a manifestar notável talento poético, e já em 1868 o seu nome era incluído entre os dos mais esperançosos da nova geração de poetas portugueses. No mesmo ano, no opúsculo intitulado "O Aristarco português", apreciando-se o livro "Vozes sem eco", publicado em Coimbra em 1867 por Guerra Junqueiro, já se prognostica um futuro auspicioso ao seu autor.

No Porto, na mesma data, aparecia outra obra, "Baptismo de amor", acompanhada dum preâmbulo escrito por Camilo Castelo Branco; em Coimbra publicara Guerra Junqueiro a "Lira dos catorze anos", volume de poesias; e em 1867 o poemeto "Mysticae nuptiae"; no Porto a casa Chardron editara-lhe em 1870 a "Vitória da França", que depois reeditou em Coimbra em 1873.

Em 1873, sendo proclamada a República em Espanha, escreveu ainda nesse ano o veemente poemeto "À Espanha livre".

Em 1874 apareceu o poema "A morte de D. João", edição feita pela casa Moré, do Porto, obra que alcançou grande sucesso. Camilo Castelo Branco consagrou-lhe um artigo nas Noites de insónia, e Oliveira Martins, na revista "Artes e Letras".

Indo residir para Lisboa foi colaborador em prosa e em verso, de jornais políticos e artísticos, como a "Lanterna Mágica", com a colaboração de desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro. Em 1875 escreveu o "Crime", poemeto a propósito do assassínio do alferes Palma de Brito; a poesia "Aos Veteranos da Liberdade"; e o volume de "Contos para a infância". No "Diário de Notícias" também publicou o poemeto Fiel e o conto Na Feira da Ladra. Em 1878 publicou em Lisboa o poemeto Tragédia infantil.

Uma grande parte das composições poéticas de Guerra Junqueiro está reunida no volume que tem por título A musa em férias, publicado em 1879. Neste ano também saiu o poemeto O Melro, que depois foi incluído na Velhice do Padre Eterno, edição de 1885. Publicou Idílios e Sátiras, e traduziu e coleccionou um volume de contos de Hans Christian Andersen e outros.

Após uma estada em Paris, aparentemente para tratamento de doença digestiva contraída durante a sua estada nos Açores, publicou em 1885 no Porto A velhice do Padre Eterno, obra que provocou acerbas réplicas por parte da opinião clerical, representada na imprensa, entre outros, pelo cónego José Joaquim de Sena Freitas.

Quando se deu o conflito com a Inglaterra sobre o "mapa cor-de-rosa", que culminou com o ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1891, Guerra Junqueiro interessou-se profundamente por esta crise nacional, e escreveu o opúsculo Finis Patriae, e a Canção do Ódio, para a qual Miguel Ângelo Pereira escreveu a música. Posteriormente publicou o poema Pátria. Estas composições tiveram uma imensa repercussão, contribuindo poderosamente para o descrédito das instituições monárquicas.

Lista de Obras

Viagem À Roda Da Parvónia
A Morte De D. João (1874)
Contos para a Infância (1875) (eBook)
A Musa Em Férias (1879)
A velhice do padre eterno (1885) (eBook)
Finis Patriae (1890)
Os Simples (1892) (eBook)
Pátria (1915) (eBook)
Oração Ao Pão (1903)
Oração À Luz (1904)
Poesias Dispersas (1920)
Duas Paginas Dos Quatorze Annos (eBook)
O Melro (eBook

Cronologia

1850: Nasce no lugar de Ligares, Freixo de Espada à Cinta;
1864: «Duas páginas dos quatorze anos»;
1866: Frequenta o curso de Teologia na Universidade de Coimbra;
1867: «Vozes Sem Eco»;
1868: «Baptismo de Amor». Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
1873: «Espanha Livre». Colaboração de Guerra Junqueiro em «A Folha» de João Penha. É bacharel em Direito;
1874: «A Morte de D. João»;
1875: Primeiro número de «A Lanterna Mágica» em que colabora;
1878: É nomeado Secretário Geral do Governo Civil em Angra do Heroísmo;
1879: «A Musa em Férias» e «O Melro». Adere ao Partido Progressista. É transferido de Angra do Heroísmo para Viana do Castelo e eleito para a Câmara dos Deputados;
1880: Casa a 10 de Fevereiro com Filomena Augusta da Silva Neves. A 11 de Novembro nasce a filha Maria Isabel;
1881: Nasce a filha Júlia. Interditada por demência vem a ser internada no Porto;
1885: «A Velhice do Padre Eterno». Criação do movimento «Vida Nova» do qual Guerra Junqueiro é simpatizante;
1887: Segunda viagem de Guerra Junqueiro a Paris;
1888: Constitui-se o grupo «Vencidos da Vida». «A Legítima»;
1890: «Finis Patriae». Guerra Junqueiro é eleito deputado pelo círculo de Quelimane;
1895: Vende a maior parte das colecções artísticas que acumulara;
1896: «A Pátria». Parte para Paris;
1902: «Oração ao Pão»;
1903: Reside em Vila do Conde;
1904: «Oração à Luz»;
1905: Visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade;
1908: É candidato do Partido Republicano pelo Porto;
1910: É nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suíça, em Berna;
1911: Homenagem a Guerra Junqueiro no Porto;
1914: Exonera-se das funções de Ministro Plenipotenciário;
1920: «Prosas Dispersas»;
1923: Morre a 7 de Julho em Lisboa.

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