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Fantômas

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MensagemAssunto: Aveiro   Aveiro Icon_minitimeSex Out 16, 2009 5:12 pm

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Salinas resistem à morte anunciada

por JOANA CAPUCHO
Hoje

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As salinas na ria já foram um importante meio económico. Hoje a safra é reduzida, quase exclusiva de marnotos dedicados. De 270, há 30 anos, hoje resistem oito salinas. A profissão nem é reconhecida e muitas das áreas já são usadas para piscicultura

As primeiras chuvas de Outono mataram, uma vez mais, as poucas salinas de Aveiro. Os fazedores do sal viram acabar subitamente mais uma safra, que havia começado em meados de Abril. Esperam os marnotos que possam ressuscitar na próxima Primavera. O salgado de Aveiro que chegou a contar cerca de 270 salinas na década de 70 está agora reduzido a oito em actividade, uma das quais EcoMuseu.

Tradicionalmente, a faina começava nos finais de Março, quando, nas pontes (actual Ponte Praça), se fazia a Feira dos Moços: os jovens do mundo rural apresentavam-se aí para trabalhar nas salinas, eram escolhidos pelos marnotos pela sua compleição física e negociavam a paga. As marinhas estavam inundadas desde o ano anterior. Tinham que ser escoadas, reparados os muros que as separam das águas da ria, reconstruídas as eiras e todo o leito com os vários tabuleiros e canais. O primeiro sal só era apanhado pelo São João, se o tempo fosse favorável: "Calorzinho, ventinho e nem pinta de chuvas."

"Hoje em dia, já nem a limpeza é feita em condições e toda a gente se está marimbando para esta actividade", desabafa José Banca, "bancarrota e gafanhão sem alma", marnoto na Grã-Caravela, a trabalhar na arte desde os 8 anos, agora com 61. A seguir ao almoço que ele próprio cozinhou à sombra do palheiro onde se guardam as alfaias, com os pés descalços, marcados pelos muitos anos de lida com o sal, aproveita a hora de maior calor para descansar. "Não temos horário, geralmente trabalhamos de manhã à noite", conta o marnoto.

Na sua eira estão dois montes: um completo e coberto a plástico e outro ainda inacabado. Na marinha ao lado, José Reis, de 44 anos, "nascido e criado em Aveiro", marnoto na Senitra, e o seu moço apressam-se freneticamente a tirar o último sal dos tabuleiros, onde ainda brilham pequenas pirâmides brancas. Na eira estão dois montes por acabar e cobrir. "A partir das primeiras chuvas deixa de se rer o sal. Resta recolher o último nos tabuleiros, cobrir os bagões e arrumar tudo", declara o marnoto. Artur Jorge, de 20 anos, o mais novo dos moços das salinas de Aveiro e sobrinho de José Reis está a trabalhar pela primeira vez. Carrega, num carro de mão - que hoje substitui as canastras - o sal para juntar ao bagão. É convicto a afirmar: "Se tudo correr bem, para o ano cá estou."

Artur Jorge é caso excepcional. A arte não promete sucesso social e os que nela trabalham, herdaram-na por via familiar. Seis meses a viver numa estufa de sol a sol, com os pés enfiados na salmoura ou sobre o sal, "é uma vida dura, rude e pesada" - diz José Banca - "e que merecia mais respeito por todo o povo, se imaginassem como é". À noite, sem guarda, o sal é pilhado furtivamente sem escrúpulos. "Só este ano já me roubaram mais de uma tonelada de sal", conta J. Banca.

No meio, há uma lástima generalizada pela falta de incentivos. Defender, valorizar e dinamizar o salgado de Aveiro é um dos objectivos da Associação dos Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro, criada em 2007, com o apoio da Câmara e da Universidade de Aveiro. Fonte da autarquia disse ao DN que a associação, com o presidente demissionário e a aguardar substituição, já pediu apoios, deu formação a marnotos, inseriu-se no Polis Ria e candidatou-se ao QREN. A mesma fonte afirma que "o facto de a profissão não estar reconhecida nem colectada, não permite a atribuição de subsídios".

Para que todas as salinas não sejam abandonadas ou se tornem em pisciculturas, como já é o caso de algumas, deverá enveredar-se por uma comercialização de produtos salíferos mais rentáveis e actuais. "Devem procurar-se mercados emergentes como os spas, a farmacêutica e a cosmética", refere a fonte autárquica. Actualmente, a flor de sal de Aveiro já é produto procurado nas lojas de gourmet para corresponder aos novos hábitos gastronómicos de utilização do sal.

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MensagemAssunto: Duas pessoas morreram por inalação de gás tóxico   Aveiro Icon_minitimeSeg Mar 01, 2010 3:31 pm

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Duas pessoas morreram por inalação de gás tóxico

por Lusa
Hoje

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Duas pessoas morreram a noite passada na sua residência na freguesia de Louredo, em Santa Maria da Feira, por inalação de gás tóxico, e outras duas ficaram feridas, disse hoje à agência Lusa fonte dos Bombeiros de Lourosa.

O alerta para os Bombeiros foi dado cerca 10:43 horas.

As vítimas mortais são uma menina de quatro anos e uma mulher de 54 anos.

"As vítimas mortais terão inalado gases libertados por um gerador que estava a trabalhar na cave da habitação desde a passada quinta feira, quando faltou a luz", disse à Lusa o comandante dos Bombeiros de Lourosa, José Oliveira.

Segundo a mesma fonte, há ainda dois feridos, um casal que foi transportado de helicóptero para o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.

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MensagemAssunto: Bacalhoeiros salvos pelo turismo   Aveiro Icon_minitimeSeg maio 24, 2010 1:05 pm

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Bacalhoeiros salvos pelo turismo

por JOANA CAPUCHO, Aveiro
Hoje

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Empresa familiar de pesca alarga horizontes e entra no turismo de nicho, com a recuperação de velhos lugres.

Símbolos do período mítico da pesca do bacalhau. Peças únicas da história portuguesa. Repositórios das mais trágicas tradições náuticas. O Santa Maria Manuela (SMM) e o Argus, célebres lugres bacalhoeiros de quatro mastros, tiveram fim à vista, mas foram salvos. O aproveitamento para o "turismo de vocação marítima" será a tábua de salvação destes navios. O SMM ainda cheira a novo e tem as primeiras viagens temáticas previstas para este Verão. Têm como destinos Açores, Madeira e Mediterrâneo. Ainda não há valores.

O SMM e o Argus faziam parte de uma grande frota que durante a II Guerra Mundial, para evitar confusões nos beligerantes e para afirmar a neutralidade lusa, tinha os barcos todos pintados de branco: a Frota Branca (Portuguese White Fleet).

Em 1993, o SMM parou a actividade: uma desilusão para os amantes da faina maior que viam desaparecer um símbolo da história trágico-marítima. A extinta Fundação SMM tentou recuperar o lugre (veleiro), mas não avançou com qualquer projecto.

Em 2007, quando foi comprado pela empresa de pesca e transformação de pescado de Pascoal & Filhos, S.A, restava o casco. Aníbal Paião e João Vieira, os dois accionistas da empresa, resolveram dar uma nova vida ao lugre.

"Encontrámos uma nova área na Pascoal: a prestação de serviços na área do turismo de vocação marítima", explica Aníbal Paião. "Não é turismo de massas, é turismo de nicho. O navio leva 50 pessoas, é intimista e queremos que seja também familiar", diz entusiasmado o empresário, um apaixonado pela temática marítima.

Por fora o Santa Maria Manuela tem uma configuração muito próxima da original. O interior está completamente diferente do que era enquanto lugre bacalhoeiro: tem ar condicionado, a cozinha é maior e contemporânea, as camaratas e os balneários foram substituídos por camarotes com casas de banho privativas, circuito interno de televisão, salas para reuniões.

Além de todas as viagens serem temáticas, uma das particularidades do navio é as pessoas poderem participar na vida a bordo. "Se quiserem, são divididas por grupos, fazem quartos (turnos de quatro horas), navegação antiga e moderna, leme, vigia, faina das velas, podem ir para a cozinha ou acompanhar o oficial maquinista", refere.

"Além do turismo de aventura, de natureza e científico, uma das áreas que seguramente o SMM vai patrulhar é a divulgação da história da pesca do bacalhau", salienta Aníbal Paião. O administrador da Pascoal refere que, uma vez que o navio "não tem limitação de área", existem três destinos onde irá seguramente : Canadá, Islândia e Noruega. Aí poderá "encontrar-se com outros navios da empresa que estão a operar e mostrar como é a pesca em alto mar".

In DN


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