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MensagemAssunto: O melhor do País desenhado em chinês e com criatividade   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeSáb Fev 25, 2012 6:37 pm

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O melhor do País desenhado em chinês e com criatividade

por Sílvia Freches
Hoje

Portuguesíssimamente - Página 4 Ng1836342

Expos de Xangai e Saragoça projetaram a FPGB para o mundo. Ganhar a confiança das indústrias portuguesas é agora o sonho

Cinco milhões de pessoas cruzaram-se vezes sem conta com estes caracteres chineses durante a Expo de Xangai 2010. Neles lê-se Portugal e deixaram de ser segredo para os três designers portugueses, da FPGB. A empresa foi responsável pelo grafismo das salas do Pavilhão de Portugal, bem como pela sinalética interior, iluminação, embalagens e materiais gráficos de comunicação da participação nacional naquela exposição universal, subordinada ao tema "Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida".

Os logogramas que formam a palavra Portugal figuravam nas paredes do edifício de dois mil metros quadrados, revestido de cortiça, nas caixas dos pastéis de nata (vendidos aos milhares por 60 cêntimos), em canetas, T-shirts, relógios, sacos, blocos, entre outros objetos de promoção do nosso país idealizados pela FPGB.

"Foi um projeto marcante", comenta Francisco Pestana, designer e diretor-geral da FPGB, que viu o trabalho de Xangai distinguido naquela que é considerada a maior e mais procurada competição de design do mundo, o prémio Red Dot.

A empresa portuguesa venceu entre um total de 6468 participantes de 40 países, repetindo o prémio obtido dois anos antes, na anterior exposição, a Expo de Saragoça. Em ambos os projetos, a identidade e comunicação do Pavilhão Português foi considerada uma das mais completas entre os participantes.

"Quando entramos no processo ainda não havia pavilhão, apenas um guião. Fomos construindo os conteúdos positivos [exposição], a iluminação, a cor [predomínio do vermelho numa ligação mais estreita à cultura chinesa], sinalética, os expositores, tudo inspirado nas cartas marítimas, foi tudo beber ao conceito prismático da fachada do pavilhão", diz Gabriela Borralho.

A arquitetura do Pavilhão de Portugal foi obra de Carlos Couto, também galardoado com o prémio de Design para as melhores estruturas montadas no recinto da exposição.

Além dos pastéis de nata, a cortiça fez sucesso em Xangai. "O pavilhão era coberto de cortiça e foram muitas as pessoas que nos vinham perguntar se 'aquilo eram algas, corais', se 'vinha do mar'. Para os chineses nós éramos muito exóticos", conta Francisco, recordando ainda os "buracos" feitos na fachada: "tiravam bocados de cortiça. E para evitar isso passámos a dar rolhas do mesmo material aos visitantes".

Francisco Pestana e Gabriela Borralho, ambos licenciados em Design Industrial e que se conheceram no liceu, emprestaram as suas iniciais para dar o nome à empresa - FPGB - nascida há 15 anos. Ana Bica, que se juntou há sete anos, completa a equipa.

"Não podemos dizer que temos um estilo, um material, uma cor, um tipo de letra que nos caracterize. É tudo diferente, adaptado ao projeto. O que nos marca é o processo de trabalho, a diversidade e a transversalidade", afirma Gabriela, que destaca como trabalhos mais marcantes da empresa as expos de Saragoça e Xangai, os trabalhos para a Ciência Viva e a exposição na biblioteca joanina para a Universidade de Coimbra .

"O design não é um processo de decoração, uma capa que se coloca em cima de alguém, mas sim todo um processo", acrescenta Francisco que ambiciona ver a FPGB ser parceira de pequenas e médias indústrias portuguesas. "Essas empresas, que dão emprego à maioria da população ativa, que exportam e contribuem para o PIB, vivem na sombra. O sonho que alimentamos desde o início é o de trabalhar com elas e desenvolver produtos de raiz, ajudá-las a diferenciar os seus produtos daqueles que são feitos na China, em Espanha ou França."

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MensagemAssunto: A graça de plantar bandeiras portuguesas pelo mundo   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeTer Fev 28, 2012 12:37 pm

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A graça de plantar bandeiras portuguesas pelo mundo

por Isaltina Padrão
Hoje

Portuguesíssimamente - Página 4 Ng1839702

Concretizar sonhos através do 'design' de interiores sempre foi o objetivo de Graça e Gracinha Viterbo. O sonho continua...

Era uma vez... (quase todas as histórias começam assim, e esta não é exceção). Por isso, cá vai! Era uma vez uma mãe e uma filha, Graça e Gracinha. Viterbo de apelido. Em comum, pelo menos uma grande paixão: Criar sonhos através do design de interiores. A mãe começou há quatro décadas e cedo, nos anos 80, se meteu em grandes empreitadas. Dois exemplos apenas: remodelou totalmente o Hotel Estoril Sol e decorou o Hotel Albatroz, ambos em Cascais. A filha seguiu-lhe as pisadas e... deu mais um passo além-fronteiras. "Gosto muito de plantar bandeiras pelo meu País", confessa ao DN Gracinha, que, aos 34 anos, já levou a Graça Viterbo Interior Design a África e Ásia.

Qualidade, inovação, rigor, conforto e pormenor. Eis os requisitos com que o atelier Graça Viterbo se apresenta aos que entram na casa-mãe, no Estoril. Ao fundo das escadas, num tapete preto e branco, estão as palavras que, "com garra", se aplicam no 1.º piso.

Gracinha explica como: "Costumo dizer que o atelier Graça Viterbo é um hotel de seis estrelas porque os nossos clientes sentem-se mimados por nós. E para manter esse nível a que já os habituámos é necessário trabalhar, arregaçar as mangas e esquecer o relógio. É isso que toda a equipa faz porque sabe que só com dedicação e entrega se consegue alcançar o sucesso."

Foi por acreditar em Portugal e nas capacidades dos portugueses que Gracinha (a menina que se tornou designer "ainda no ventre da mãe!") deixou Londres, onde se formou. Escolheu estudar lá porque a cidade lhe oferecia mais oportunidades, tais como estudar também fotografia enquanto frequentava a Central St. Martins School of Art, Chelsea College of Arts e Inchbald Scholl of Design, em Londres. Ainda trabalhou na capital inglesa durante um ano com a decoradora Kelly Hoppen, mas acabou por recusar um contrato de quatro anos que lhe foi proposto. "Se aceitasse, sabia que iria ficar por lá. Mas já estava a tornar-me demasiado british (risos) e fiz a minha escolha de vida: vir para Portugal, dar seguimento ao trabalho da minha mãe e provar que somos tão bons como os profissionais do resto do mundo", assegura a "nacionalista" Gracinha.

Consciente do peso do nome que "carrega", a designer diz que esse foi mais um incentivo para colocar no seu trabalho maior empenho. "O nome Graça Viterbo serviu para puxar mais por mim. Para evoluir é preciso sair da nossa zona de conforto. E nós, portugueses, temos tudo para brilhar como os outros. Temos ótimos artistas e artesãos, arquitetos, engenheiros, etc. Bons profissionais e boa matéria-prima."

Por isso, a atitude de Gracinha perante a crise é pragmática: "A crise é uma realidade. Temos de nos adaptar e reinventar, de trabalhar mais e melhor para seguir em frente e com sucesso."

E sucesso, nacional e internacional, é algo que a marca Graça Viterbo tem. Mas ainda quer ter mais porque "é bom ser uma cidadã do mundo com sangue português". Nesta lógica, em 2006, a marca instalou-se em Luanda e, há dois anos, em Singapura. De momento, há vários projetos em mãos, nomeadamente em Singapura, Banguecoque e também no Brasil. Por cá, o último grande trabalho foi no Hotel Bela Vista e Spa (Portimão) que, em janeiro, o New York Times mencionou como o 29.º numa lista dos 45 lugares a visitar em todo o mundo em 2012.

Também os Hotéis Heritage, nomeadamente o Hotel Solar do Castelo, são clientes do atelier Graça Viterbo e mereceram referência na imprensa estrangeira. A decoração dos hotéis do Grupo Real são também um orgulho da casa. Em todos eles, Graça e Gracinha quiseram e conseguiram concretizar sonhos. É que, como Gracinha costuma dizer: "Tirei um curso de arte profissionalizante para criar sonhos."

Cá e nos quatro quantos do mundo...

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MensagemAssunto: Fátima Lopes apresenta coleção "à flor da pele"   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeQua Fev 29, 2012 3:26 pm

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Fátima Lopes apresenta coleção "à flor da pele"

por Lusa
Ontem

Portuguesíssimamente - Página 4 Ng1841308

Cores sólidas, silhuetas finas, uma criação à volta do corpo, inspirada por ele. A roupa como pele depois da pele. Fátima Lopes abriu hoje a semana da moda de Paris num registo feminino e exuberante, ao som de violino.

A criadora portuguesa pôs charme, vermelho e violino no imponente e frio Hotel des Invalides, numa sala que se estreou como passerelle, e mostrou uma coleção "à flor da pele" e que diz ser a sua cara.

Antes do desfile, Fátima Lopes explicou que esta é uma coleção criada por ela e para ela, inspirada no corpo humano: "É uma coleção que busca, essencialmente, criar uma ilusão ótica de perfeição do corpo. As pessoas não têm que ser perfeitas, mas as roupas podem ajudar a criar uma ideia de perfeição".

Durante meia hora desfilaram vestidos de cores sólidas -- nude, vermelho sangue, preto, bordô -- em contraste com desenhos finos, a lembrar o sistema venoso porque "os tecidos foram desenhados a pensar do interior para o exterior".

Na passerelle viu-se também muito cabedal, calças com lados drapeados e casacos com diversas camadas. Nos sapatos e collants, pequenos ossos, "inspirados na coluna vertebral".

Uma dança feminina, exuberante, de corpos com silhuetas forradas, vincadas, mas quase nus, com roupas "à flor da pele".

Em setembro do ano passado, a designer de moda apresentou a coleção para o verão deste ano na Torre Eiffel. Sobre o que virá depois do desfile de hoje, afirmou que "ainda há tempo para pensar" e acrescentou que, embora "a fasquia esteja muito elevada", é "sempre possível fazer mais e melhor".

"Estou muito satisfeita com a minha coleção, com o meu trabalho e com o trabalho da minha equipa", acrescentou.

Fátima Lopes respondeu ainda que não tem a receita para fazer com o país o que fez com o seu traço e com a sua marca, mas considerou que a solução de Portugal passa por "trabalhar como nunca": "Não é momento para baixar braços, é momento para trabalhar, como eu faço, sete dias por semana, de dia e de noite".

A semana da moda de Paris termina a 07 de março. Na capital francesa vão também marcar presença, na quarta-feira, os portugueses Luís Buchinho e Felipe Oliveira Baptista.

As coleções que Fátima Lopes e Felipe Oliveira Baptista apresentam em Paris serão depois mostradas no Portugal Fashion, no Porto. As propostas de Luís Buchinho vão desfilar na passerelle da ModaLisboa, no Terreiro do Paço.

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MensagemAssunto: Artesão de Miranda do Douro dá vida a instrumentos polifónicos medievais   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeQua Abr 04, 2012 2:20 pm

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O regresso de Célio Pires
Miranda do Douro


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Artesão de Miranda do Douro dá vida a instrumentos polifónicos medievais

O regresso à terra Natal tornou Célio Pires num dos mais respeitados construtores de instrumentos polifónicos do país, com exemplares que são tocados por instrumentistas profissionais e amadores, um pouco por toda a Península Ibérica e França.

\" A sanfona e o organistrum são instrumentos que há já muito tempo me despertam a curiosidade. No entanto, a minha vida profissional não tem permitido dispor do tempo necessário para a construção destes engenhosos instrumentos\", disse à Lusa Célio Pires.

O artesão, para além de construtor, é considerado pelos etnomusicólogos portugueses e espanhóis como um dos melhores executantes de sanfona, flauta pastoril, e gaita de foles da sua geração.

Este militar da GNR a residir na aldeia raiana de Constantim (Miranda do Douro) construiu o seu primeiro instrumento musical aos 16 anos e atualmente o seu tempo livre é ocupado a construir exemplares únicos de instrumentos tradicionais e réplicas de outros que remontam à Idade Média.

\"A minha paixão por estes instrumentos vem na sequência da sua sonoridade, já que um instrumentista, com um único instrumento, consegue tocar e cantar diversas melodias tradicionais acompanhados por instrumentos tipo «baixo», constatou o artesão.

Uma das suas mais recentes construções é um organistrum, instrumento de cordas tocado por duas pessoas e que remonta, segundo o construtor, ao século 09, sendo considerado o antecessor da sanfona.

\"Estes instrumentos não vão quebrar a tradição da música da região mirandesa ou transmontana, já que há registos dos mesmos desde a Idade Média, sendo possível encontrar gravuras em igrejas ou catedrais da Península\", frisou.

Célio Peres recorda que o «organistrum era muito utilizado para tocar música sacra, tendo caído em desuso com o aparecimento do órgão. No entanto, este instrumento evoluiu para a sanfona, um instrumento mais fácil de tocar».

Segundo o construtor de instrumentos, a escolha dos materiais é muito importante para se obter uma sonoridade apurada e afinada: por esse motivo, tem que se recorrer a materiais e madeiras nobres e ao mesmo tempo ter a certeza do que se está a fazer.

«Quando construímos um cordofone temos que ter em conta que a escolha da madeira é fundamental e tem de ser a adequada às diversas partes do instrumento», destacou o construtor.

A madeira de nogueira, o pau santo, o ácer selvagem, o pinho Flandes, pau preto ou alguergue são madeiras nobres que o construtor não dispensa.

«Devido ao seu preço e à crise, ainda há pouca gente a comprá-los, a não ser os grupos musicais«, salientou.

Passo a passo, o instrumento ganha forma até chegar à mão de qualquer tocador que terá de desembolsar entre quatro a cinco mil euros para adquirir um dos exemplares. Todos únicos.


Lusa, 2012-04-03
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MensagemAssunto: Única fábrica do País faz sinos para todas as paróquias   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeDom Out 07, 2012 4:29 pm

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Única fábrica do País faz sinos para todas as paróquias

por Lusa, publicado por Helena Tecedeiro
Hoje

Na rua da Cidade do Porto, em Braga, trabalha-se há mais de 80 anos no fabrico de sinos, numa empresa familiar que é a única do ramo em Portugal e que já produziu para todas as paróquias do país.

Para Arlindo Jerónimo, sócio-gerente e filho do fundador Serafim da Silva, "o sino é um instrumento musical e, como tal, tem de ter uma nota devidamente afinada".

É por isso que continua a supervisionar a fundição dos maiores "instrumentos", a poucos metros das temperaturas de 1.040 graus, necessárias para fundir o bronze.

A empresa, criada em 1932 e que atualmente emprega 40 trabalhadores, fabrica "entre 220 e 230 sinos por ano", trabalhando sobretudo para o mercado interno, mas exportando também "alguma coisa para Espanha, França, América Latina e para os países de expressão portuguesa", disse à Lusa Arlindo Jerónimo, depois de acompanhar a fundição de um sino de carrilhão.

"Fazemos sobretudo sinos para igrejas, mas também para edifícios públicos, como câmaras municipais ou escolas", explicou, lamentando que em Portugal não haja "muitos sinos conhecidos".

Arlindo Jerónimo recordou à agência Lusa, de entre os milhares de sinos que já produziu, o fabrico dos do convento de Mafra, para além do restauro dos sinos do Palácio da Ajuda e da Basílica da Estrela, ambos em Lisboa.

"Usamos a argila para fabricar a parte interior do sino. Depois, construímos o que chamamos de falso sino, onde é colocado todo o alto-relevo em cera. Vem, depois, a terceira forma, que será a parte exterior do sino", explicou.

"Quando as duas primeiras formas estão prontas, retiramos a terceira, partimos a do meio que é o falso sino, voltamos a colocar a terceira na primeira e preenchemos o espaço que sobra com o bronze, que é uma liga de 78 por cento de cobre e 22 por cento de estanho", sublinhou o fabricante, para concluir que "este é o processo normal de uma fundição de sinos."

Segundo o herdeiro de A Serafim da Silva Jerónimo & Filhos, Lta., a empresa produz para "todas as freguesias do país", prestando assistência aos "milhares de relógios e sinos" que existem em todo o território nacional.

"O sino funciona como um coro de cinco vozes: se está afinado, é um coro perfeito, se não, é um coro desafinado", afirmou Arlindo Jerónimo, referindo que até já cedeu alguns sinos para a orquestra da Gulbenkian.

Depois de mais de oitenta anos enquanto único fabricante destes instrumentos em Portugal, a empresa acabou por saturar o próprio mercado, pela que reagiu à quebra do negócio com o fabrico de relógios computadorizados, órgãos de igreja ou restauro dos milhares de sinos que badalam por todo o país.

O processo de fabrico é já milenar, revela Arlindo Jerónimo.

"Já antes de Cristo se faziam sinos com este processo, que sofreu apenas alguns melhoramentos. Não dá para fazer muito mais, na medida em que é uma peça artesanal que tem que ser feita com muito cuidado e atenção".

"E depois tem todo aquele rendilhado ou imagens dos santos padroeiros das freguesias para que são feitos. Cada sino representa a história da paróquia para que é feito. De facto, também é uma peça que fica para o registo daquela freguesia", disse à Lusa.

In DN

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MensagemAssunto: Português cria combustível inteligente com vides   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeQua Out 17, 2012 11:33 am

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Português cria combustível inteligente com vides

por Lusa, texto publicado por Paula Mourato
Hoje

Um fogão a lenha, um micro-ondas, a balança da cozinha, um assador e a salamandra da sala foram alguns dos equipamentos utilizados pelo investigador Pedro Teixeira para criar um combustível sólido inteligente à base de vides.

Pedro Teixeira, de 40 anos, tirou o curso na Faculdade de Engenharia do Porto e desenvolveu vários projetos, sendo o mais conhecido uma bengala eletrónica para invisuais, com a qual ganhou uma medalha de ouro nos Estados Unidos da América e uma distinção no Japão.

A burocracia que teve que enfrentar acabou por se transformar num entrave e por isso abandonou a investigação para andar a fazer outras coisas.

Este ano, foi viver para a Régua e foi ali que voltou a criar e a inovar.

O investigador está a desenvolver o projeto Da_Vide, que visa utilizar os resíduos resultantes da limpeza das videiras, após as vindimas, e que, até agora, estavam a ser desperdiçados.

E, segundo defendeu, as aplicações para as vides vão desde o artesanato, à produção energética, indústria, componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.

Com a oficina instalada em casa, Pedro Teixeira recorre aos equipamentos domésticos para trabalhar.

"Não é preciso um laboratório com grande tecnologia para inovar", afirmou à agência Lusa.

O investigador está a trabalhar num combustível sólido inteligente, que utiliza os vários componentes das vides para fazer um combustível à medida, ou seja, com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira.

No fogão a lenha, Pedro Teixeira faz testes de combustão. "Conseguimos controlar a entrada de ar, ou seja, do oxidante que participa no processo de combustão", explicou.

Este fogão é ainda utilizado para fazer testes do processo de secagem das vides.

Com as cinzas, que caem para uma parte inferior deste fogão, é possível medir "todas as grandezas" que interessam: o calor, o peso e quantidade.

Depois, através da chaminé, é possível "medir os gases e fazer testes de toxicidade".

O micro-ondas serve para fazer testes rápidos de temperatura. "Se pegar num pouco de lenha e de vide e a colocar no micro-ondas, vê-se logo que as características térmicas das vides são muito diferentes, pois vai aquecer imenso, enquanto que a madeira, em geral, quase não aquece", salientou.

Quando se fala de biomassa, a característica que se mede é a quantidade de energia por quilograma. Logo, todas as experiências que forem desenvolvidas têm que ser pesadas. Para o efeito, Pedro Teixeira recorre à balança da cozinha.

Com a salamandra da sala o ambiente é mais controlado, logo, de acordo com o responsável, o processo de combustão pode ser também mais controlado.

Depois, no assador, são feitos os testes mais reais e sem controlo.

Pedro Teixeira recorre ainda a um termómetro e a um "velhinho" multímetro, que é usado para medir parâmetros.

"Quando se está a tentar inovar, se há uma diferença de um por cento nem se vai notar. O que interessa é que haja uma diferença significativa e, para medir essa diferença, não precisamos de equipamento assim tão sofisticados", frisou.

In DN

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MensagemAssunto: Vides do Douro transformadas em combustível sólido inteligente   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeDom Out 21, 2012 2:31 pm

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«Combustível sólido inteligente»
Douro


Portuguesíssimamente - Página 4 Vides

Vides do Douro transformadas em combustível sólido inteligente

O investigador Pedro Teixeira quer aproveitar as vides do Douro para a produção de um «combustível sólido inteligente», que vai queimar à medida, com mais chama ou mais brasa, quer seja para um assador ou para uma lareira.

Após as vindimas na Região Demarcada do Douro, as videiras têm de ser limpas, podadas. Estes resíduos, as vides, são normalmente triturados ou queimados.

Um «desperdício» de recursos que Pedro Teixeira, de 40 anos, resolveu aproveitar. E assim nasceu o Projeto Da_Vide.

Primeiro, foi o artesanato e agora o \"combustível sólido inteligente\".

Usar apenas as vides para alimentar uma fogueira não é uma boa solução, porque é um material pouco denso, muito leve, sendo necessário um grande volume para substituir um cavaco de madeira.

Depois de estudar este resíduo, Pedro Teixeira concluiu que se trata de biomassa com uma grande capacidade energética, constituída por componentes diferentes, com também diferentes características em termos de combustão, que a fazem \"extraordinária\".

\"Isto faz com que possamos desenhar um combustível à medida, em função da utilização que se pretenda\", afirmou à agência Lusa.

A ideia passa por fazer placas, recorrendo à compactação das vides, juntando várias camadas de diferentes espessuras. Depois, a constituição interna será o próprio investigador que a vai definir.

Ou seja, pode-se fazer um combustível com uma ignição rápida e que faça mais brasa para um assado, ou mais chama para alimentar uma lareira. Com este processo, pode ser controlado o tempo e a potência com que o combustível vai ser queimado.

Pedro Teixeira garantiu que a tecnologia aplicada é simples. Passa pela seleção dos componentes da vide, depois pelo processo de secagem e o índice de compactação, uma das variáveis que influencia na combustão (com baixa densidade arde mais com chama).

Depois, de acordo com o responsável, há ainda a característica do sabor. É que, na sua opinião, as vides, para além de assarem, também temperam.

\"O próximo passo é pegar em toda a ciência desenvolvida em torno dos vinhos e que tem a ver com o paladar e tentar transferir parte desse conhecimento para a tecnologia das vides\", sublinhou.

Em termos médios, a densidade de plantação no Douro anda à volta dos cinco a seis mil pés (videiras) por hectare. A região demarcada possui 45 mil hectares. Segundo o investigador, a quantidade de lenha de poda que resulta anualmente de uma videira com vigor médio é de aproximadamente 800 gramas.

Isto quer dizer que são muitas as toneladas de vides que, neste momento, estão a ser \"completamente desperdiçadas\".

Para apresentar este projeto, está a ser preparado um magusto em que as pessoas vão ser convidadas a levar o seu próprio combustível, quer seja lenha ou carvão, para fazer uma espécie de competição. \"Nós vamos tentar fazer melhor do que todos os outros\", frisou.

Mas as aplicações para as vides não ficam por aqui. Pedro Teixeira está a desenvolver estudos em outras áreas como a indústria de componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda design, decoração e moda.

Lusa, 2012-10-17
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MensagemAssunto: Empresária do Douro usa trapos e folhas de videira para fazer papel    Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeSáb Mar 09, 2013 5:11 pm

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«Trapo se faz papel»
Alijó


Empresária do Douro usa trapos e folhas de videira para fazer papel

Uma empresária do Douro está a apostar no fabrico artesanal de papel, reciclando desperdícios têxteis onde incorpora materiais como folhas de videira, fetos ou alfazema, e o resultado é um produto feito à medida do cliente.

Ana Sofia Gomes, 35 anos, era gestora de uma empresa. Apesar da crise instalada no país não teve medo de desistir do emprego e de se lançar na concretização do seu próprio projecto.

Foi assim que nasceu a Papel Douro, empresa instalada na zona industrial de Alijó, e é assim também que do «Trapo se faz papel».

«No fundo, o que nós fazemos é uma reciclagem porque vamos buscar os desperdícios da indústria têxtil, que são os trapos cem por cento algodão, e depois recorremos a um processo totalmente ecológico», afirmou a empresária.

Este papel nasce de uma mistura de algodão, mais desfeito e em trapos, com água, sem recurso a qualquer aditivo químico. O trapo é macerado, triturado e transformado em pasta de papel devido à adição de água.

Depois, na pasta de papel podem ser incorporados os mais diversos materiais, desde palhas, fetos, barbas de milho, musgo, alfazema ou açafrão.

E, porque está em pleno Douro vinhateiro, a empresária quer aproveitar a matéria-prima local e, por isso, vai também juntar folhas de videira para criar o que chama «papel de cardápio».

Este produto poderá ser usado, por exemplo, para imprimir ementas para restaurantes ou cardápios e vinhos.

O papel é trabalhado à medida, com a espessura ou o relevo necessários para o fim a que se destina, quer seja para um álbum de fotografias, para sacos, para embalagens ou cartas, para individuais de mesa ou porta guardanapos.

«Esta base artesanal permite-nos diferenciar o produto e adaptá-lo às necessidades do cliente. Vamos fazendo o papel à medida do que é solicitado», salientou.

Ana Sofia Gomes referiu ainda que teve que mandar construir de propósito algumas das máquinas que estão a ser utilizadas no processo artesanal.

Mas a aposta da empresa não fica pela produção. As suas portas vão estar abertas para receber grupos de estudantes e de turistas e ensinar a história do papel, desde o antepassado papiro (Egito) até aos nossos dias.

«Vêm ver como é feita uma folha de papel e eles próprios podem experimentar fazer e, no fim do dia, levar a sua própria folha de papel», salientou.

Ana Sofia Gomes afirmou que decisão de abandonar o emprego foi «muito pensada», mas, segundo sublinhou, acreditou «no potencial do negócio do papel».

«Acho que era um nicho de mercado na zona do Douro vinhateiro. Queremos também potenciar o Douro, mostrar que é mais do que vinha e vinho», sustentou.

Mirante, 2013-03-08
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MensagemAssunto: Quatro localidades transmontanas na rede turística «Aldeias de Portugal»   Portuguesíssimamente - Página 4 Icon_minitimeSáb Mar 23, 2013 11:29 pm

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Mais-valia turística do território
Distrito de Bragança


Portuguesíssimamente - Página 4 Montesinho250903

Quatro localidades transmontanas na rede turística «Aldeias de Portugal»

Quatro das mais típicas aldeias transmontanas foram incluídas na rede «Aldeias de Portugal», um roteiro turístico que convida a desfrutar das tradições, gastronomia e cultura das zonas rurais.

Da oferta deste projeto constam agora a emblemática aldeia de Montesinho, em Bragança, coração do parque natural com o mesmo nome, e, também em Bragança, Rio D Onor conhecida pelo comunitarismo e por um quotidiano partilhado entre portugueses e espanhóis.

Ambas fazem parte da chamada Terra Fria Transmontana, assim como as outras duas localidades que constam agora das \"Aldeias de Portugal\": Picote, em Miranda do Douro, e São Joanico, em Vimioso.

A integração nesta rede turística teve o apoio da Corane, a Associação para o Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, que representa os municípios de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais.

Dinamizar económica, social e culturalmente aldeias de norte a sul do país, que ofereçam um nível de serviços e capacidade de receber que dignifiquem o território rural, é o propósito deste projeto.

\"Para integrar este projeto é necessário que as aldeias apresentem um bom estado de conservação, alguma tipicidade e um nível de serviços de apoio ao turismo razoável, como alojamento, restauração, lojas de venda de artesanato, entre outros serviços\", explicou Luísa Pires, coordenadora da Corane.

A integração nesta rede permite às aldeias e aos agentes económicos locais, beneficiarem de ações de promoção conjuntas, nomeadamente a participação em feiras de Turismo, a divulgação através de um portal na Internet, edição de livros, brochuras e diverso material promocional.

Entidades públicas ou privados que pretendam desenvolver projetos na área do turismo no espaço das localidades classificadas beneficiam de uma majoração nas candidaturas que possam efetuar a fundos comunitários.

A Corane está a desenvolver algumas iniciativas de promoção do projeto e ações de melhoria nas próprias aldeias, como um projeto de sinalização para identificar os equipamentos existentes, serviços, património, percursos pedestres e outros locais de interesse.

O objetivo principal do projeto é reforçar a oferta de produtos e serviços complementares, ligados a uma experiência turística em contacto com o mundo rural e conseguir atrair novos investidores que dinamizem e projetem as aldeias classificadas como uma mais-valia turística do território, segundo os promotores.

Lusa, 2013-03-20
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