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 Entrevistas desportivas 2010 - 2011

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MensagemAssunto: Entrevistas desportivas 2010 - 2011   Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Icon_minitimeDom Jul 04, 2010 11:18 am

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Chaves «gravado no peito»
Desporto


Entrevistas desportivas 2010 - 2011 6144_st

Carlos Pinto apontou o dedo e apelidou a actual direcção de «muito fraca»

“O presidente pedia aos treinadores para me tirarem da equipa”.

De saída para Vizela, o mais carismático e querido dos jogadores do Desportivo de Chaves, Carlos Pinto, de 37 anos, abriu o jogo ao Semanário TRANSMONTANO. Em entrevista concedida por telefone, o jogador fala, pela primeira vez, sobre o facto de lhe ter sido retirada a braçadeira de capitão. E não poupa críticas à actual direcção: culpa-a pela descida de divisão e queixa-se da forma como sempre o trataram, como «inimigo». “«ra sempre conotado com a direcção anterior, quando, na verdade, sempre dei o melhor de mim em qualquer circunstância», diz, garantido que, mesmo assim, tem o Chaves “gravado no peito”.


Semanário TANSMONTANO: Esteve muito tempo ao serviço do Desportivo de Chaves, custa sair desta maneira?

Carlos Pinto: Custa… mentiria se dissesse que foi só mais um clube na minha carreira. Dói sempre sair de um lugar onde fui muito feliz e tive o prazer de conhecer muitas pessoas que vão ficar para sempre ligadas a mim. Custa muito sair, ainda mais da maneira e nas circunstâncias que foi, derivado a muitos acontecimentos pelos quais não gostaria de ter passado.

ST: Esta época foi muito atribulada: Três treinadores e a descida de Divisão. Que analise faz à época?

CP: Foi uma época de grande sofrimento e angústia. Nunca pensei viver o que vivi. Desde o início da época e com a entrada desta direcção que senti que algo não iria correr bem. Senti que nunca contaram com a minha pessoa como fazendo parte daquele grupo. Só para dar um exemplo concreto, certo dia, o treinador Ricardo Formosinho entrou no balneário e perante todos disse: “vejam bem, já me ligaram e disseram. Formosinho, tu, vais embora e o treinador será o Carlos Pinto”. Situação que nunca sequer provoquei nem me insurgi contra alguém. Quando se tem três treinadores numa época é sinal que algo não está certo, e houve uma clara má planificação da época pela direcção.

ST: Perder a braçadeira de capitão foi um momento complicado da carreira? Fale-nos desse momento?

CP: Mentiria se dissesse que não foi uma situação que me marcou…

Resumidamente, o que se passou acerca de destituição de capitão foi que o treinador entrou no balneário nomeou os novos capitães e a única coisa que disse foi que quem quiser reclamar que vá falar com a direcção e, seguidamente, fomos treinar. Como se algo de normal tivesse acabado de acontecer.

ST: Chegou a conversar com o presidente?

CP: No final do treino, manifestei-lhe que a maneira como me tinham destituído não tinha sido a mais correcta e pedi-lhe uma justificação e que os sócios fossem esclarecidos sobre esse ponto. A única resposta que obtive foi apenas isto: “a verdade vem sempre ao de cima”. Foi quando percebi que era o bode expiatório deles e que só estavam à espera de uma má atitude da minha parte para me mandarem embora. Mesmo Nuno Pinto e Tulipa me chegaram a dizer que o presidente Mário Carneiro só lhes pedia para me tirarem da equipa.

ST: Depois de uma época onde até foi um dos melhores marcadores e o melhor do conjunto flaviense veio uma lesão que o impediu de jogar a final da Taça. Custou não poder estar dentro de campo?

CP: Claro que custa… é um momento único na vida. E depois de ter feito uma época muito boa, acabar a temporada desta maneira acaba por ser frustrante.

Mas acerca da Taça de Portugal situações houve que em nada dignificam certas pessoas. Por exemplo, fui obrigado a treinar com uma rotura antes da final, porque o treinador sentia que depois das minhas palavras a seguir ao jogo com o Fátima eles me queriam tirar da final e só treinando seria convocado. Mas o pior foi na sexta-feira antes da final. Depois do jogo começar, disseram que os jogadores que estavam de fora não iriam entrar para receber as medalhas. A minha sorte e de outros companheiros foi que o Nelson, que já tinha passado por uma final, conhecia os procedimentos e levou-nos para dentro, senão seriam os directores a receber as medalhas e nós só as teríamos posteriormente.

ST: O que falhou para que a época tivesse corrido mal?

CP: Muitos factores levaram a um desfecho trágico. A época foi mal planeada, a saída de uma direcção competente e a entrada da nova direcção mudou muita coisa, mudou uma estrutura que estava montada há bastante tempo e que sempre demonstrou competência. As sucessivas mudanças de treinadores também não ajudaram nada e só veio prejudicar o relacionamento no balneário. Todos tivemos culpa, mas a direcção é a principal culpada, pois não desempenhou o seu papel em condições e nunca mostrou o que deveria ser… uma direcção serve para dirigir e não foi este o caso.

ST: Esta direcção, que, entretanto, já se demitiu, foi sempre muito contestada. Como atleta parece-lhe que tenha sido assim tão má?

CP: Sem dúvida… tem sido uma gestão muito mal conseguida e, no que a mim diz respeito, não posso apoiar uma direcção que tanto mal fez aos meus colegas e a mim concretamente, pois, desde o primeiro dia que entraram no clube, sempre me viram como um inimigo. Posso dizer que foi a época mais difícil da minha vida, pois senti a todo o momento que estava ali a mais para a direcção, porque era sempre conotado com a direcção anterior, quando, na verdade, sempre dei o melhor de mim em qualquer circunstância.

ST: Perante tanta indefinição e uma vez que se diz apaixonado por este clube, que futuro prevê para o Desportivo de Chaves?

CP: De facto o clube vive momentos de grande indefinição. Como sabem, saí do clube não por minha vontade, mas porque fui posto para fora de lá. Aliás, em Fevereiro, quando estava no pico de forma, cheguei a propor a renovação de contrato à direcção, pois era meu sonho poder terminar a carreira neste clube e o que é certo é que, até à data, nunca ninguém me ligou. A direcção não me apresentou qualquer proposta para renovar, até que acabei por sair.

ST: Com os adeptos viveu sempre grandes momentos e foi sempre um jogador de eleição para o público. Numa altura onde o final da sua carreira não estará muito longe, custa deixar este povo?

CP: Custa muito e é com o coração apertado que falo deste assunto.

Fui sempre um jogador que deu tudo por este clube, trago o nome deste clube gravado no coração, levo o carinho dos adeptos de quem me apoiou na memória e serei sempre um adepto desde grande clube.

Como já referi era um sonho acabar a minha carreira neste clube, mas alguém não o quis, e eu não sou de me oferecer a quem não conta comigo, segui o meu rumo, mas garanto que um dia espero regressar pois quem passa por essa casa leva sempre uma marca para a vida.

Aos adeptos peço que lutem pelo clube, pois o clube é dos sócios. Só vocês têm o poder de decidir!


Paulo Reis, Semanário Transmontano, 2010-07-04
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MensagemAssunto: "Se um dia escrever um livro de memórias talvez conte porque saí do FCP"   Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Icon_minitimeDom Out 17, 2010 11:10 am

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"Se um dia escrever um livro de memórias talvez conte porque saí do FC Porto"

por JOÃO MARCELINO
Hoje

Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Ng1354462

"Houve situações de alguma preocupação, nomeadamente na fase em que os clubes tiveram de apresentar os pressupostos financeiros para disputarem as competições profissionais. Foram momentos de envolvimento e de ajuda para resolver problemas na Segurança Social e no Ministério das Finanças. Houve alguma tensão e dificuldade para que todos pudessem participar nessas competições. Nestes quatro meses, creio que foi talvez o momento mais difícil"

A entrevista "explica" porque é que este economista de 58 anos, que trabalhou durante uma década na SAD do FC Porto com Pinto da Costa, foi também apoiado pelo Benfica e pelo Sporting para presidente da Liga, cargo que ocupa há quatro meses: Fernando Gomes pesa todas as palavras e não corre um risco! Só diz o que quer - e o que quer é afirmar-se perante os clubes do futebol profissional como um representante de todos eles, até na FPF, estrutura em que, sendo o primeiro vice-presidente, reserva a sua posição quanto a uma eventual recandidatura de Gilberto Madaíl. Dele, há a esperar um trabalho rigoroso e sério, de homem que conhece o negócio como poucos, mas nunca declarações bombásticas. Nisso, ele destaca-se e é um elemento atípico, por substantivo, no palavroso futebol português.

Como se consegue passar de colaborador directo do presidente do FC Porto para a Liga, apoiado por Benfica e Sporting, num ambiente de consenso? É mais de diplomata do que de economista...

Ao longo da minha vida, sempre procurei gerar consensos. Quando tomei a decisão de sair, foi uma decisão própria, tomada de forma ponderada, mas longe de pensar que poderia vir, passados quatro meses, a assumir o cargo de presidente da Liga. Na sequência da minha saída do FC Porto gerou-se um movimento de algum consenso dentro dos clubes profissionais.

Isso só é possível com o desenvolvimento de relações, que, durante anos, devem ter sido boas. Esse consenso do Benfica e do Sporting apareceu como?

Sempre norteei a forma de estar na vida no sentido do respeito pelas pessoas, tendo conta as minhas origens, uma pessoa que veio daquilo que se pode dizer "de baixo". Comecei a trabalhar aos 18 anos, fiz os estudos da universidade a trabalhar, sempre tive a preocupação de estabelecer com as pessoas uma relação de muito consenso. Quando saí do FC Porto podia dizer que tinha grande aceitação junto dos clubes e dos dirigentes.

Porque saiu do FC Porto?

As razões que me levaram a sair do FC Porto transmiti-as a quem tinha de as transmitir - ao senhor presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Não as vou divulgar. Ficam para mim e para essas pessoas. Talvez mais tarde as conte, se um dia vier a escrever o livro das minhas memórias. Neste momento, mantenho-as para mim e para a minha família, que sabe desde a primeira hora o que me levou a tomar tal decisão. Quanto à sua outra pergunta, o que posso dizer é que, ao longo dos tempos, enquanto dirigente do FC Porto, sempre procurei manter um relacionamento de proximidade com os dirigentes dos clubes. Aliás, são conhecidas reuniões conjuntas, nomeadamente com o Benfica e com o Sporting, em organismos estatais, na procura de sponsors. Sempre me preocupei em criar esse tipo de consensos, o que, naturalmente, depois de ter tomado a decisão de poder vir a ser presidente da Liga, foi extremamente útil. As pessoas sabiam que o Fernando Gomes era uma pessoa geradora de consensos e com quem se poderia traçar objectivos, ideias, discutir opiniões e, acima de tudo, encontrar as vias para resolver os problemas que a Liga tem.

Nos primeiros quatro meses que leva de presidente da Liga, já passou por algumas situações difíceis?

Sim, houve situações de alguma preocupação, nomeadamente na fase em que os clubes tiveram de apresentar os pressupostos financeiros para disputarem as competições profissionais. Foram momentos de envolvimento e de ajuda para resolver problemas na Segurança Social e no Ministério das Finanças. Houve tensão e dificuldade para que todos pudessem participar nessas provas. Nestes quatro meses, creio que foi talvez o momento mais difícil.

Mas o mais mediático foi a recente contestação do Benfica à arbitragem depois do jogo com o V. Guimarães?

Sim. Nomeadamente o comunicado que os órgãos sociais do Benfica produziram. Foi um momento de tensão, pela exposição pública.

Foi. Já não é? A tensão foi ultrapassada?

Não, a tensão existe, subsiste. Os recentes desenvolvimentos demonstram isso. Mas, na defesa da competição que lideramos e organizamos, temos de acautelar e eliminar eventuais focos de tensão.

Como reage o presidente da Liga quando vê o presidente de um clube, da organização que dirige, a apelar a que os adeptos - do Benfica, neste caso - não assistam aos jogos que se realizem noutros estádios que não o do Benfica?

Não é neste fórum que tenho de responder a isto, não vou comentar discursos de qualquer presidente. O que tinha de dizer ao presidente do Benfica, fi-lo pessoalmente, em sede própria, e não vou divulgar o que lhe disse. Posso acrescentar que essa conversa ocorreu exactamente há um mês, a 14 de Setembro. Expressei-lhe o meu entendimento sobre o que estava expresso no comunicado dos órgãos do Benfica e é a ele, só a ele, que o faço. Se ele entender que deve divulgar o que lhe transmiti, sem qualquer tipo de problemas. Mas fica exactamente nessa sede, quer com o presidente do Benfica, quer com qualquer outro presidente.

Face à polémica dos últimos dias, a Liga vai ter cuidados especiais na organização do FC Porto-Benfica de 7 de Novembro?

A Liga, no que respeita à organização do espectáculo, tem e terá todas as preocupações adstritas à sua área de responsabilidade. Tudo o que diga respeito à ordem pública, obviamente, não é da nossa competência.

Esse foi um tema abordado na recente reunião que juntou os presidentes de todos os clubes portugueses?

Não, porque não fazia parte da agenda que foi feita 15 dias antes da reunião. De qualquer forma, essa preocupação existe. Há sempre actuações e jogos... os mind games, à volta de determinado jogo. Procuraremos acautelar, articulando com as autoridades.

Tem prevista alguma démarche especial - falar pessoalmente com os presidentes dos dois clubes - para acautelar e pedir algum bom senso?

O que temos de fazer, já fizemos. Já lhe disse - há cerca de um mês tive uma conversa com o presidente do Benfica, sobre o que entendemos dever ser a nossa actuação. Fá-lo-emos também com outros presidentes, como já fizemos sobre outras matérias, noutros fóruns, noutras sedes. Se entender oportuno ter essa conversa para chamar a atenção ou de apelar a algum bom senso, não deixarei de o fazer.

Porque saiu a Taça da Liga do Algarve para Coimbra? Para ficar mais perto ou mais equidistante do Benfica e do FC Porto?

Não, não teve que ver com isso. Independentemente do apoio que durante três anos as autarquias do Algarve deram à realização da prova, houve um conjunto de matérias que não foram devidamente acauteladas. Dou-lhe só um, a título de exemplo: na época passada, a Liga teve de assumir o custo da remoção e instalação de uma parte significativa do relvado. Entendemos que, naquele local, a Liga já tinha feito e desenvolvido todos os esforços para promover uma região. Também sentimos que da parte das entidades - não as autárquicas, ou as do desenvolvimento turístico, porque essas sempre tentaram dar o melhor - não tivemos apoio suficiente para ali manter a prova. Procurámos por isso um espaço, noutra localização, que desse garantias de aproximação a uma faixa etária de espectadores que nós queremos chamar para os espectáculos que têm sido a Taça da Liga.

Quais os grandes projectos que tem para a Liga a curto prazo?

Nós definimos, no nosso programa, que uma das grandes preocupações era a sustentabilidade do futebol profissional. Essa sustentabilidade passa por criar condições económicas e financeiras aos clubes para que evitem problemas de cumprimento das suas obrigações e, a partir daí, dotá-los de melhores recursos para serem mais competitivos.

Como se consegue isso?

Pelo incremento de receitas. Nós tivemos, nestes quatro meses, oportunidade de criar condições de sustentabilidade, com a sponsorização das competições. Aumentando, por exemplo, na questão da Bwin Cup, essas receitas em aproximadamente 20%. E, a partir do modelo estabelecido de distribuição de receitas por essa via, aumentar os pecúlios a que os próprios clubes vão ter direito pela sua participação.

Portanto, patrocínios centralizados?

No caso concreto da Taça da Liga, permito-me dizer que é um bom modelo de funcionamento de uma receita centralizada, que permite potenciar essa receita. E, através do esquema de repartição, haver alguma solidariedade relativamente a todos os clubes.

Deveriam também os direitos televisivos ser um dia centralizados?

A centralização dos direitos é uma questão de difícil entendimento, porque vários clubes têm contactos para um período relativamente longo. Mas como presidente da Liga preocupa-me mais estabelecer mecanismos de solidariedade que não têm um valor tão significativo de direitos televisivos.

Portanto, uma receita mínima garantida?

Basicamente. Ou então - como existe por essa Europa fora - haver um percentual da receita global que será alocada ou distribuída ao abrigo de um mecanismo de solidariedade pelos clubes que não têm capacidade de gerar receita.

Porque têm os clubes grandes - que têm adeptos e geram maiores audiências televisivas - de subsidiar os pequenos?

Não digo que tenham de subsidiar. Digo é que a competição é global: os clubes grandes, apesar de terem muitos adeptos, não podem jogar uma competição se não existirem os clubes mais pequenos e os médios. Dentro deste princípio de solidariedade e complementaridade, os clubes pequenos que participam numa competição e que lhe dão corpo também têm de ser ressarcidos dessa participação. Preocupa-me mais uma justa repartição dos valores dos direitos.

Já está a trabalhar nisso?

Já estou e já estamos.

Está preocupado com a situação financeira de algum clube em particular?

Estou preocupado com a situação financeira global e, de uma forma mais específica, com a dos clubes da Liga Orangina. Os clubes da primeira liga, da Liga Zon Sagres - em função do conjunto de receitas que têm -, não fossem algumas situações herdadas do passado, teriam a sua situação equilibrada. Clubes como o Beira-Mar, o V. Setúbal ou o Portimonense, só para citar alguns exemplos, não estão perfeitamente equilibrados. Na Liga Orangina, há uma preocupação maior, fruto de situações do passado e de algum desequilíbrio que existe entre receitas e despesas.

Reuniu-se esta semana com a Comissão Interministerial para propor legislação ao enquadramento das apostas desportivas online em Portugal. Como correu a reunião? Houve avanços?

Desde a primeira hora que manifestámos a intenção de exigir ao Governo que legislasse sobre este tema. Esta actividade não é regulada em Portugal e há perdas de receitas brutais. Ao longo destes quatro meses, se calhar foi a área de mais intensidade na nossa actuação. Desde o ministro da Economia, a secretários de Estado do Desporto, do Trabalho, da Segurança Social e do Turismo, à própria Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tivemos reuniões para alertar para a necessidade de regular esta actividade, que gera receitas significativas, e da qual o Estado nada aproveita. Nas actuais circunstâncias em que vivemos não é desejável que exista uma actividade que pode gerar receitas, não só para o Ministério das Finanças, mas também para os clubes, sem acautelar o seu enquadramento e controlo. Quer para os clubes - naquilo que são os direitos das competições profissionais que são objecto dessas apostas - quer para o Governo, que vê esfumar uma parte significativa de montante decorrente dessa actividade.

É o primeiro presidente profissional da Liga. É esse um estatuto imprescindível para estar à frente do futebol português?

Não conseguia antever à frente de uma liga profissional, que pudesse haver uma gestão, uma liderança e uma presidência sem serem profissionalmente exercidas

http://dn.sapo.pt/desporto/interior.aspx?content_id=1688382

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MensagemAssunto: Entrevista: José Mourinho   Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Icon_minitimeQui Set 08, 2011 4:27 pm

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Entrevista: José Mourinho
Sporting "parte atrás" mas "precisa de manter a calma"


por Lusa
Hoje

Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Ng1635665

José Mourinho acredita que o Sporting tem mais caminho para percorrer do que FC Porto e Benfica, mas sublinha a qualidade de Domingos Paciência e dos novos responsáveis do clube, que "precisa de manter a calma".

Ao abordar o futebol português, numa entrevista à agência Lusa, o treinador do Real Madrid disse que o Sporting "parte atrás" de FC Porto e Benfica para a nova época, por tudo ser novo: treinador, direção, estrutura do futebol, jogadores e objectivos, neste caso "porque é tentar voltar aos objectivos de ganhar".

"Parte atrás. Agora, o treinador é óptimo, e provou que era óptimo treinando equipas de expressão diferente, as pessoas que estão na estrutura do futebol têm experiência, sabem o que querem, trabalham bem, precisam um bocadinho mais de tempo, eu acho", disse.

José Mourinho pensa que "o Sporting precisa de manter a calma, tem que se equilibrar, tem de confiar nas pessoas, tem que perceber que o caminho não era o caminho do passado, tem que dar tempo".

"Mas, de um modo muito pragmático e objectivo, acho que o Sporting tem um caminho a percorrer e o FC Porto e o Benfica têm um caminho mais pequeno a percorrer", defendeu.

Para Mourinho, o Benfica é "uma boa equipa", candidata a "ganhar o campeonato" e a "seguir em frente na 'Champions' em função do grupo em que está inserida", pois mantém o treinador pelo terceiro ano, a estrutura diretiva e "jogadores fundamentais".

"OK, perdeu também alguns, mas mantém alguns jogadores fundamentais, reforçou-se, não parte de zero", afirmou, adiantando que o campeão FC Porto "mudou de treinador, mas este treinador fazia parte da equipa técnica passada" e, segundo coisas que leu, "não era um treinador-adjunto normal, era mais do que um treinador-adjunto".

"Portanto, a mesma estrutura diretiva, a mesma estrutura de trabalho, os mesmos jogadores. Perde um grande jogador, mas o FC Porto é o FC Porto, portanto, na minha opinião, também um grande candidato ao título e candidatíssimo a andar para a frente na 'Champions League'", frisou.

Apesar das saídas de Falcao, do FC Porto para o Atlético de Madrid, e Fábio Coentrão, do Benfica para o Real Madrid, Mourinho considera que na Liga portuguesa continuarão a existir jogadores interessantes para os maiores clubes europeus.

"Há sempre jogadores portugueses que vão aparecendo, as equipas portuguesas, como não são muito, muito, muito poderosas economicamente, à partida devem cometer menos erros na selecção dos seus jogadores do que as equipas que são muito poderosas e têm o direito a errar", referiu.

Mourinho sublinhou que os clubes portugueses "fazem uma muito boa selecção principalmente dos jogadores sul-americanos" e, "apesar de não ter muita credibilidade" no estrangeiro, a Liga portuguesa "é um campeonato onde principalmente as equipas grandes jogam bem" e "será sempre um mercado de referência".

"Há um aspecto que também me parece fundamental, que é: os clubes grandes em Portugal são grandes. E os jogadores, apesar de jogarem a um nível de qualidade eventualmente mais baixo do que nos grandes campeonatos, vivem o dia a dia dos grandes clubes", sustentou.

Por isso, quando chegam aos grandes clubes europeus, "podem sentir um bocadinho a diferença ao nível desportivo, mas não sentem absolutamente nada ao nível da pressão de jogar num grande clube, da responsabilidade de jogar num grande clube, da responsabilidade de jogar para uma massa adepta exigente, da responsabilidade de viver com uma imprensa que é critica, que é exigente".

"Para o Fábio [Coentrão], sair do Benfica e chegar ao Real Madrid, por exemplo, não é uma diferença significativa, o jogador não sente grandes diferenças na sua vida e no seu trabalho diário", reconheceu.

José Mourinho desdramatizou a situação económica dos principais clubes portugueses, afirmando que se o FC Porto e o Benfica "tivessem uma necessidade gritante de fazer dinheiro, faziam", pois ambos têm "jogadores que podem ser comprados".

"Se não os vendem é porque não querem, se não os vendem é porque pensam que ganhar também aumenta o valor de mercado dos seus ativos e porque acham que ganhar é fundamental na história, no equilíbrio, no dia a dia dos clubes e dos adeptos", disse.

Segundo Mourinho, que citou os portistas Iturbe e James Rodrigues e o benfiquista Witsel, "há três, quatro, cinco jogadores por ali que, com crescimento sustentado em vitórias, em títulos, que projetam os jogadores para outras dimensões, valem muito".

"Pode-se ter o dinheiro no banco e pode-se ter o dinheiro no campo e, se calhar, eles têm pouco dinheiro no banco, mas têm bastante dinheiro no campo. Por isso, acho que é mais dramática a situação e a vida de clubes de menor expressão e também de menores receitas, do que propriamente a vida dos clubes grandes, que acabam sempre, com mais ou menos dificuldades, por encontrar soluções", concluiu.

In DN

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MensagemAssunto: Uma década de ouro no Sport Club Mirandela    Entrevistas desportivas 2010 - 2011 Icon_minitimeQua maio 16, 2012 3:44 pm

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Entrevista com Virgílio Gomes
Desporto


Entrevistas desportivas 2010 - 2011 13434_jn

Uma década de ouro no Sport Club Mirandela

Não há dúvidas, surpresas ou qualquer truque na manga. O presidente do Sport Club Mirandela deixa o cargo a 10 de Junho, data em que tomará posse a nova direcção.

“Há ciclos em que um grupo de pessoas é importante e fundamental, e há alturas para sair, e é muito importante saber sair, para que novas ideias desenvolvam o clube, aproveitando o que está bom, o equilíbrio financeiro e o clima é de paz e união”, sustenta Virgílio Gomes.

Nordeste Desporto (ND) – Quem lutou em momentos difíceis, com o clube endividado e desacreditado no comércio e nas competições, não sente pena em deixá-lo numa altura em que tudo está bem?

Virgílio Gomes (VG) – O clube não é de ninguém e é de todos. É preciso que todos os mirandelenses passem pelo clube, e para que isso aconteça, é preciso que os que estão saibam sair. Ninguém é melhor que ninguém, pode é ter as ideias certas para o momento, gostar do clube e estar disponível para trabalhar, saber procurar os apoios e rodear-se das pessoas certas. O clube já teve grandes presidentes, e no futuro vai continuar a ter com toda a certeza.

ND – Mas tem consciência da mais-valia destes seus 12 anos de presidência?

VG – Obviamente que sim, como tenho consciência que foi preciso blindar o balneário algumas vezes e fechar mesmo o clube para o preservar e conseguir os objectivos que traçamos. Assim foi no princípio, mas nas Assembleias o clube era escancarado aos associados, as contas eram transparentes e não havia silêncios nas questões que eles colocavam. Hoje sou capaz de admitir que talvez o tenha fechado demais em certas alturas, mas se não houvesse esses cuidados, talvez o balanço não fosse o mesmo.

ND – Não dá para fazer mais 3 anos, nem mesmo com o apelo do presidente da Câmara de Mirandela para que ponderasse a sua continuidade?

VG – O Sport Club que encontrei podia possibilitar, mas o que deixo não admite um presidente em part-time, exige um presidente 100% presente… e a minha vida actual não me permite continuar a ser o presidente que tenho sido. São motivos pessoais do foro familiar e profissionais que neste momento não posso contornar.

ND – Portanto, bate com a porta aos próximos 3 anos. E no futuro?

VG – Não bato com a porta, e muito menos abandono o clube. Termino o período para que fui eleito e só me não recandidato… Deixo o clube equilibrado financeiramente, competitivamente em alta e com 90% do plantel sénior garantido, caso a próxima direção queira aproveitar o esqueleto da equipa. Deixo um clube respeitado a todos os níveis, pelos fornecedores, pelos adversários, pelos funcionários e atletas e, especialmente, pelos associados, com estruturas e capacidade para dar continuidade. Quanto ao futuro… esse a Deus pertence, mas se o clube precisar e as minhas disponibilidades forem outras, não descarto um possível regresso. Não estou cansado, não estou saturado, não continuo devido à minha vida privada, que tem de estar acima de qualquer colectividade. Estou preocupado com a conjuntura económica, e como qualquer empresário tenho de me dedicar a 100% à minha vida profissional e familiar.

ND – Tem preferência por alguém para lhe suceder?

VG – No meu núcleo duro, qualquer um dos meus vice-presidentes seriam do meu agrado, a par do tesoureiro. São associados e mirandelenses dedicados, competentes, honestos e com grande experiência e provas dadas de trabalho no clube para serem o próximo grande presidente do Sport Club.

ND – Mas não tem uma preferência entre as preferências?

VG – Se pen­sar naquela que iria ser a minha grande aposta, caso continuasse, seria a formação. Victor Noronha é a pessoa que tem mais experiência e dedicação à formação, fez um trabalho espectacular e sem grandes condições, e a sua experiência dá garantias de grande sucesso na fábrica de jogadores. Mas qualquer um dos outros tem qualidades para garantir o sucesso do Sport Club. E há um elemento, muito importante e válido, um “tubarão do futebol” que se lhe dedicou de tal forma, e sabe tanto, que é demasiado importante para o clube passar sem ele que é o Waldemar, criticado por uma parte dos associados, mas muito injustamente…

ND – Em 12 anos, com toda a certeza, grandes alegrias mas também algumas tristezas! Quer fazer o balanço?

VG – É verdade, alegrias em todas as vitórias, e tristezas nas derrotas, mas o futebol praticado pelo Sport Club Mirandela é, por si só, uma grande alegria como o foram todos os “miúdos” que saíram homens e grandes jogadores da formação do Sport Club Mirandela. Agora o balanço deixo para vocês, Comunicação Social, e para os associados.

Jornal Nordeste, 2012-05-16
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