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 As famílias e a crise

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MensagemAssunto: As famílias e a crise   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Nov 19, 2008 5:32 pm

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2,1 milhões precisam de 2 anos de salários para pagar aos banco

As famílias e a crise 524179

RUDOLFO REBÊLO

Estimativas.

De Dezembro a Junho deste ano as famílias tiveram de pagar um aumento extra de 1,2 mil milhões de euros em juros. Portugal cresce 0,5% em 2008, mas no último trimestre entra em contracção económica. Investimento está a cair
As famílias portuguesas estão mais pobres e mais endividadas. Em seis meses "perderam" 10,1 mil milhões de euros na Bolsa e os empréstimos que as famílias contrataram à banca já atingiram um valor igual a dois salários anuais - descontados os impostos. Para as empresas o cenário é negro: 14,6% das firmas com créditos à banca têm prestações em atraso.

Para as famílias, a factura com a crise financeira é preenchida com cifrões enormes. Em sete meses, entre Dezembro de 2007 e Junho deste ano, as famílias portuguesas ficaram mais pobres ao "perderem" em acções cotadas - através da redução de valores em Bolsa - cerca de 10,1 mil milhões de euros, "cerca de 6% do PIB", diz o Banco de Portugal, ontem ao revelar as previsões de Outono. Cerca de 2,1 milhões de famílias com empréstimos à banca - cujas dívidas já atingem os 92% do PIB - viram os custos com os juros mensais - aumentarem 1,2 mil milhões de euros. É o reflexo do aumento das taxas de juro no crédito à habitação e ao consumo, logo a seguir ao subprime, quando as famílias americanas deixaram de pagar os empréstimos à habitação.

A dívida total das famílias portuguesas endividadas já significa cerca de 60% da sua riqueza. "É nas famílias de rendimento mais baixo" e nos jovens "que se observam valores particularmente elevados da dívida face ao rendimento".

O número de empresas "com dificuldades acrescidas no cumprimento do serviço da dívida estará a aumentar", diz o banco central. O endividamento das empresas já atinge os 113% do PIB, quando no final de 2007 representava 107%. Assim, 14,6% das empresas com empréstimos bancários em Junho último tinham falhado os pagamentos. Um acréscimo de 8,1% no primeiro semestre do ano e 14,1% em relação a Junho de 2007.

No final de Setembro, as prestações vencidas representavam, segundo o banco dirigido por Vítor Constâncio, 2,13% dos empréstimos concedidos pela banca às empresas. Esse o montante que já está em atraso, mas isto significa que a banca tem em risco cerca de 10,5% do total dos empréstimos concedidos às empresas, um aumento de 22,1% dos empréstimos em risco, em apenas seis meses. A crise atinge mais duramente as imobiliárias e a construção, diz o Banco de Portugal. É o reflexo do "actual contexto de crise financeira e da desaceleração da actividade económica".

A econo- mia portuguesa vai crescer este ano 0,5% em relação a 2007, de acordo com a projecção do Banco de Portugal. Isto significa que os técnicos do banco central esperam uma forte contracção da economia no último trimestre, depois do INE divulgar uma estagnação no terceiro trimestre. Assim, entre Outubro e Dezembro a economia deverá recuar 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado e cair 0,3% em relação aos meses de Julho a Setembro.

O que explica a anemia da actividade? Com as famílias mais endividadas e mais pobres, o consumo - em bens alimentares e duradouros - vai abrandar ainda mais. Pelo menos "enquanto não for possível", diz o Banco de Portugal, o aumento real dos salários. O Investimento (FBCF) cai este ano 0,8%, depois de crescer 3,2% em 2007 (ver quadro). É o reflexo da fraca actividade na construção - que representa 50% do investimento - e da contracção na actividade empresarial e do elevado endividamento à banca.

Sem poupanças internas, o défice externo deverá situar-se em 8,9% do PIB em 2008, em consequência de um agravamento do comércio externo e da balança de rendimentos a reflectir a transferência, para os bancos estrangeiros, dos juros dos créditos concedidos às famílias.

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MensagemAssunto: Saldos não convencem   As famílias e a crise Icon_minitimeDom Dez 28, 2008 11:12 pm

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Descontos de 70% não salvam os saldos

MARIA JOÃO ESPADINHA

Crise. A época de saldos, que começa hoje, deve ter um impacto negativo no comércio. Tudo porque as lojas apostaram em promoções de Natal agressivas e os consumidores não têm disponibilidade financeira para fazer mais compras

Últimos dias de Natal "correram bem" para as lojas

A crise vai afectar a época oficial de saldos que começa hoje. Apesar dos descontos que vão dos 30 aos 70%, as promoções feitas na época de Natal e a retracção do consumo deverão ter um impacto negativo no comércio. "As expectativas em relação aos saldos são baixas. No clima de retracção de consumo, seja por menor rendimento disponível seja por efeito da incerteza e da necessidade de fazer poupança, é de esperar um impacto pouco significativo da abertura da época oficial de saldos", explicou ao DN José António Silva, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Outro dos factores a prejudicar os saldos foram as promoções feitas no Natal. "Com a agressividade comercial a que se assistiu na época de vendas de Natal, com promoções na maioria das lojas para escoar produto, os saldos são este ano menos atractivos", acrescenta José António Silva.

Segundo Vasco de Mello, presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), o facto dos comerciantes terem feito descontos nesta época foi algo "atípico" e que será prejudicial para os mesmos. "Os saldos trazem uma diminuição da margem dos comerciantes. A expectativa nunca pode ser muito positiva", adianta o gestor. O presidente da UACS acrescenta ainda que as "regras são pouco claras" quanto a se poder fazer promoções seguidas de saldos, algo que se tornou possível graças à nova lei promulgada em 2007, pouco explicita quanto a estas questões.

No entanto, o facto dos saldos, com a nova lei, começarem ainda antes no final do ano pode trazer um impacto positivo, já que "há pessoas que mudaram os seus hábitos de Natal e trocam prendas no dia de Reis, o que já acontece em vários países, aproveitando os saldos para fazer as suas compras", explica Vasco de Mello, presidente da UACS.

Quanto às vendas de Natal, Vasco de Mello afirma que os últimos dias "correram bem", mas que ainda não é possível saber se "foram suficientes para salvar a época natalícia, que é uma das mais importantes do ano". Segundo um inquérito da UACS aos seus associados, os comerciantes da grande Lisboa previam, na sua maioria (58%), vendas de Natal inferiores às obtidas em 2007 e tem perspectivas pessimistas para 2009, acreditando numa baixa de vendas.

Segundo o presidente da CCP, há ainda outra razão para o impacto negativo dos saldos este ano. "Provavelmente os portugueses vão ter pouca disponibilidade para fazerem compras 'não essenciais' típicas dos saldos. Guardarão certamente algumas compras para este período, embora numa perspectiva de comprar o "que faz mesmo falta'", conclui José António Silva.

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MensagemAssunto: Saldos com muita gente mas poucas compras   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Dez 29, 2008 6:04 pm

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Saldos com muita gente mas poucas compras

MARIA JOÃO ESPADINHA

Comércio. Consumidores dizem que não vão comprar mais

El Corte Inglés recebeu uma grande afluência durante o dia de ontem

Muitos foram os portugueses que ontem decidiram ir aos centros comerciais no primeiro dia de saldos, mas poucos fizeram compras. E os que fizeram tinham objectivos definidos e dizem que não pretendem voltar. "Vim cá de propósito por causa dos saldos, para comprar um artigo que precisava", explicou ao DN uma consumidora que ontem esteve no El Corte Inglés, e que preferiu não ser identificada. "Acabei também por comprar um vestido, mas não penso comprar mais nada. É um ano complicado", acrescenta.

Com saldos que chegam até 60% em alguns artigos, o El Corte Inglés registou ontem uma "afluência surpreendente", contou ao DN um cliente que se dirigiu ao espaço comercial para fazer uma troca. "Acabei por comprar mais algumas coisas, mas talvez não volte aos saldos", confessa.

Já outra senhora que estava na zona da sapataria do El Corte Inglés confessa que guardou algumas compras para fazer no primeiro dia de saldos. "Vim comprar roupa para o meu filho, ele só veste marca Billabong, estava à espera dos saldos para o fazer. Agora vou comprar umas botas para mim e outras para o meu marido, mas não penso fazer mais compras. É uma etapa difícil", conta a cliente, que mais cedo já tinha estado no centro comercial Oeiras Parque, também a comprar roupa para o filho.

Também há quem não tenha comprado nada nos saldos e até quem desconhecesse que ontem foi o primeiro dia da época. "Raramente aproveito os saldos, porque nunca encontro o meu número. Hoje demorei imenso tempo a chegar, está muita gente, é uma confusão. Acabei por comprar o que precisava mas que não está em promoção", disse ao DN uma jovem.

Já um casal, que passeava pelo El Corte Inglés, sem sacos, desconhecia que ontem era o primeiro dia da época oficial de saldos. "Viemos conhecer o centro, se houver alguma coisa que se aproveite, talvez compremos", concluem.

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MensagemAssunto: Lei de 1945 ainda em vigor   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Fev 02, 2009 4:01 pm

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Parlamento tenta mudar lei de 1945 há quatro anos


SUSETE FRANCISCO

Habitação.

Na Assembleia da República discute-se desde 2005 a revogação de uma lei com mais de 60 anos, que regula a atribuição de casas a título precário a famílias carenciadas. Um decreto que ainda é usado como fundamento para desalojamentos. Número de pessoas abrangidas por lei é uma incógnita
A lei refere-se à "ocupação e atribuição de casas destinadas a famílias pobres" e traz uma assinatura que já não se esperaria - António de Oliveira Salazar. Estabelece que a concessão de casas a título precário, entre outros critérios, terá em conta "o comportamento moral e civil dos pretendentes". Ou que os ocupantes podem tornar-se "indignos" do direito à casa, nomeadamente os que "provoquem escândalo público". Um testemunho do passado? Não, uma lei ainda hoje em vigor.

Em vigor, e em discussão há quatro anos no Parlamento, sem que os partidos tenham ainda chegado a um consenso quanto à alteração. E isto sendo a revogação do decreto unânime. O que fazer a seguir é que está longe de obter consensos - é que além da atribuição das casas (e neste capítulo, o que era precário tornou-se definitivo), a lei define também as condições de desalojamento. E se no primeiro caso, há muito que a atribuição de habitação social se rege por legislação mais actual, no caso dos despejos a lei de 45 ainda parece fazer o seu caminho.

Foi o caso de desalojamentos no Porto, que acabaram num pedido de parecer à Procuradoria-Geral da República. Veredicto do Conselho Consultivo - "o decreto 35106 mantém-se em vigor, continuando a regular no seu artigo 12º o despejo dos ocupantes, a título precário, das casas para famílias pobres pertencentes aos municípios".

Actualmente, ninguém parece saber quantos casos haverá ainda abrangidos por este regime. "Serão situações em número relativamente reduzido", afirmou ao DN Pedro Farmhouse, deputado do PS que acompanha esta matéria na comissão parlamentar de Poder Local. António Carlos Monteiro, do CDS, reafirma a mesma ideia: "Ninguém sabe quantos casos são abrangidos, não há um inventário das situações em que o decreto ainda tem impacto".

Ana Sara Brito, vereadora da habitação social na câmara municipal de Lisboa, também não consegue quantificar quantos casos existirão na capital ainda abrangidos por este decreto, avançando que "não são muitos". A responsável da autarquia, garante, no entanto, que a lei de 1945 não tem tido aplicação em Lisboa, dado que a câmara adaptou, em despacho interno, os termos da legislação. Já no Porto, o decreto tem motivado uma acesa discussão entre o executivo e a oposição, que acusa Rui Rio de recorrer a esta lei para avançar com despejos nos bairros sociais.

No Parlamento, BE e PCP avançaram em 2005 com projectos para revogação do decreto (o PCP já tinha feito o mesmo na legislatura anterior). Chegou a ser constituído um grupo de trabalho, que chegou a um texto de consenso, mas o PSD e depois o PS avançaram entretanto novas propostas de alteração. Os socialistas argumentam que a mera revogação da lei de 1945 criaria um vazio legal, pelo que propõem um regime transitório (até que entre em vigor o novo regime de arrendamento social), definindo situações passíveis de desalojamento. "É preciso salvaguardar casos que ainda existam", sustenta Pedro Farmhouse.

Mas a solução socialista não merece o acordo nem do PCP nem do BE. "A possibilidade de retirar a casa a quem lá esteja sem recurso a um tribunal é inaceitável", diz o comunista José Soeiro. Posição contrária manifestou também o BE, pela voz de Alda Macedo. E o social-democrata José Eduardo Martins também se mostrou reticente à proposta socialista. A última reunião da comissão parlamentar de Poder Local acabou com novo adiamento desta matéria (o terceiro em três semanas). O assunto deverá voltar a debate esta semana. | Com HELDER ROBALO

In DN

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MensagemAssunto: Portas e a política fiscal de Sócrates   As famílias e a crise Icon_minitimeTer Fev 10, 2009 6:38 pm

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Portas diz que proposta fiscal de Sócrates trava ascensão social e desincentiva trabalho

Hoje às 17:11

As famílias e a crise Ng1118294

O presidente do CDS-PP defendeu, esta terça-feira, que a proposta do primeiro-ministro, José Sócrates, de limitar as deduções fiscais dos «mais ricos» em benefício da classe média trava a ascensão social e desincentiva o trabalho.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1141355

- Paulo Portas explica as diferenças entre o PS e CDS em matéria fiscal
- Paulo Portas diz que proposta de Sócrates põe em causa a mobilidade social do país

Em conferência de imprensa, na sede do CDS-PP, Paulo Portas alegou que o que José Sócrates pretende «é que os sete escalões do IRS tenham tenham deduções progressivas», dificultando que os contribuintes da classe média baixa à classe média alta de possam «subir legitimamente na vida».

Como alternativa, Paulo Portas reiterou a proposta do CDS-PP de criar um modelo de IRS «simplificado», com três escalões e «menos imposto a pagar para a maioria das pessoas", em que a contribuição seja calculada em função do número de filhos e em que as deduções sejam substituídas por um "valor de existência familiar».

Segundo o líder do CDS-PP, este modelo «é mais simples, mais competitivo, mais transparente e mais justo» e «permite uma espécie de via verde, de auto-estrada para o progresso" porque quem trabalhar mais «fica com mais rendimento para si».

De acordo com Paulo Portas, pelo contrário, com o modelo proposto por José Sócrates na sua moção ao Congresso do PS, «quem subir um bocadinho na vida vai pagar mais» e por isso «as pessoas não têm incentivo nenhum a trabalharem mais».

«Isto é inaceitável, põe em causa a mobilidade social no país», considerou o presidente do CDS-PP.

Portas argumentou que a limitação das deduções fiscais dos «mais ricos» referida por José Sócrates não pode afectar apenas os contribuintes abrangidos pelo escalão mais alto do IRS porque «se fosse apenas sobre o escalão dos 42 por cento isso não dava para redistribuir absolutamente nada vista a estrutura da receita em Portugal».

In TSF


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MensagemAssunto: Grande demagogo!   As famílias e a crise Icon_minitimeTer Fev 10, 2009 6:45 pm

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Este cavalheiro pensará, que temos memória curta? Question

Por que será, que não se lembrou de todas as medidas, que vai deitando cá para fora, durante o tempo em que integrou os governos da sua área politica?!?!? Question

Aí, sim, teria brilhado a grande altura! Shocked

Grande demagogo! Twisted Evil


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MensagemAssunto: Sócrates anuncia incentivos para famílias que instalem painéis solares em casa   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Fev 11, 2009 5:31 pm

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Sócrates anuncia incentivos para famílias que instalem painéis solares em casa

Hoje às 15:37

As famílias e a crise Ng1118584

O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares. Segundo José Sócrates, este programa pretende atingir 65 mil habitações em 2009, num investimento de 225 milhões de euros.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1142097

- José Sócrates anuncia incentivos para famílias que instalem painéis solares em casa
- José Sócrates diz que o objectivo do Governo é instalar painéis solares em 65 mil casas

Falando na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República, dedicado à economia, José Sócrates afirmou ainda que o Governo vai ordenar a realização de auditorias sistemáticas de eficiência energética nos edifícios públicos a partir de Março, abrangendo hospitais, universidades e instalações de Defesa Nacional.

Segundo o chefe do Governo, as famílias que entenderem instalar em 2009 painéis solares térmicos nas suas casas, poderão contar «com um triplo benefício».

«Pagarão menos de metade do custo do equipamento; verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20 por cento; e terão ainda um benefício fiscal de 30 por cento do custo de investimento do primeiro ano», apontou.

Neste capítulo, Sócrates adiantou também que estas famílias poderão recorrer ao crédito bancário para financiamento dos painéis «em condições preferenciais já a partir do próximo mês».

Sócrates disse depois que a meta é instalar painéis solares «em mais de 65 mil habitações».

«O investimento previsto chegará aos 225 milhões de euros, cabendo ao Estado uma comparticipação na ordem dos 100 milhões de euros. Estima-se também a criação de cerca de 2500 postos de trabalho», sustentou.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro referiu também que a actual crise económica mundial exige «investimento», nomeadamente «nas escolas e na qualificação, nas redes de nova geração,na eficiência energética e nas energias renováveis».

Por outro lado, ó primeiro-ministro afirmou que a Administração Central e autarquias já pagaram cerca de dois mil milhões de euros de dívidas às empresas, que também acederam a idêntico montante proveniente de linhas de crédito garantido pelo Estado.

Também de acordo com Sócrates, no que respeita ás linhas de crédito, «as empresas portuguesas já acederam a dois mil milhões de euros de financiamento».

In TSF


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MensagemAssunto: Marcas brancas representam já um terço das compras   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Fev 25, 2009 4:27 pm

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Marcas brancas representam já um terço das compras

MARIA JOÃO ESPADINHA

Distribuição.

Os portugueses estão a comprar cada vez mais produtos das marcas próprias dos supermercados. Em 2008, estes artigos representaram 32% das vendas totais, registando um crescimento em valor de 21% em relação ao ano anterior, segundo dados da TNS Worldpanel
As marcas próprias (brancas) dos supermercados estão a ganhar terreno com a crise. Em 2008, estes artigos registaram um crescimento em valor de 21% face ao ano anterior. Segundo dados da TNS Worldpanel, estes produtos representam já 32% das vendas de artigos de grande consumo. Do lado contrário, as marcas de fabricantes registaram uma queda de 3%.

O preço é, assim, um dos principais factores que os portugueses têm em conta quando fazem as suas compras. Segundo uma pesquisa da TNS, 77% dos consumidores afirmam que comparam sempre os preços dos produtos, enquanto 87% utilizam cupões de desconto quando têm oportunidade. Assim, não é de espantar que as marcas próprias tenham registado, em 2008, quase o dobro do crescimento em valor obtido em 2007 - 21% e 9,5%, respectivamente.

Modelo é o que mais cresce

Quanto às vendas de marcas próprias por supermercado, o Modelo, da Sonae, foi o que registou um maior crescimento deste tipo de produtos - 37%. No entanto, esta cadeia é a quinta na lista das insígnias onde os produtos próprios têm mais peso (ver infografia). O Lidl lidera, com 68,5% de vendas de marca própria - mesmo assim, a cadeia tem introduzido mais produtos de fabricantes, tendo registado em 2008 um crescimento de 34% na venda destes artigos. Quanto aos produtos próprios, a cadeia alemã registou um aumento de 16% no ano passado.

O Minipreço é o segundo da lista, com as vendas divididas quase por igual entre marcas próprias e de fabricante. Neste caso, foram os produtos com a insígnia do supermercado aqueles que mais cresceram - 18%, contra os 10% de aumento das marcas dos produtores. Em terceiro está o Pingo Doce, em que os produtos próprios representam 46% das suas vendas e registaram um crescimento de 24%. Já os artigos de fabricantes aumentaram 8%.

Portugueses preferem supers

As lojas de proximidade, como supermercados e discounts, são as preferidas dos portugueses. Segundo a TNS, estes locais representam, juntos, 54,6% do valor das vendas em 2008, tendo registado um crescimento - de 37,8% em 2007 para 38,7%, no caso dos supermercados, e de 16,5% para 17,8% nas lojas de discount.

Os hipermercados estão em segundo lugar nas preferências dos consumidores, com 27,5% dos gastos em valor em 2008. No entanto, registaram uma ligeira quebra - em 2007 a percentagem era de 30%. Quanto aos espaços tradicionais, também em queda, obtiveram 6,7% das compras.

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MensagemAssunto: Sócrates anuncia redução de 50 por cento nas prestações da casa   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Mar 18, 2009 6:30 pm

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Sócrates anuncia redução de 50 por cento nas prestações da casa

As famílias e a crise 7F203FEFBBC7BD54FFFCB24BE4D04B

A medida é exclusiva para famílias com desempregados que durante o período máximo de dois anos terão uma redução de de 50 por cento nas prestações do crédito à habitação

O anúncio foi hoje feito por José Sócrates, no seu debate quinzenal na Assembleia da República e tem como objectivo dar maior apoio às famílias durante este período de crise.

O primeiro-ministro anunciou também ajudas extra para estudantes cujos pais estejam no desemprego e no caso dos pensionistas com rendimentos abaixo do salário mínimo será aumentada a comparticipação específica nos medicamentos genéricos de 15 para 30 por cento.

No que diz respeito à redução de 50 por cento no crédito à habitação, Sócrates explica que "o Estado, através de uma linha de crédito específica, financiará o custo decorrente desta alteração, a uma taxa abaixo da própria Euribor em 0,5 por cento”. A linha de crédito terá um período máximo de dois anos e os pedidos poderão ser feitos até 31 de Dezembro de 2009.

De acordo com as novas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, haverá mais apoio na Acção Social Escolar para famílias que tenham um dos seus membros desempregados. Neste sentido os alunos passarão “a ter 100 por cento dos apoios, quer no ensino básico quer no ensino secundário”.

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MensagemAssunto: Hard-discount   As famílias e a crise Icon_minitimeSáb Jun 06, 2009 4:42 pm

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Portugueses combatem preconceito para reduzir custos

As famílias e a crise 6B5693201AFC2AFF55548FFD0D376

Para os Portugueses o recurso ao “hard-discount” para as compras alimentares surge como uma medida que tem vindo a ser adoptada de modo a reduzir despesas face à diminuição do poder de compra. Se em tempos “Hard-discount” era sinónimo de “consumo de pobres”, hoje poder-se-á dizer que esta é considerada uma “opção inteligente” de consumo.

Para os Portugueses o recurso ao “hard-discount” para as compras alimentares surge como uma medida que tem vindo a ser adoptada de modo a reduzir despesas face à diminuição do poder de compra. Com 79% de opiniões favoráveis na média europeia, “hard-discount” deixou de ser sinónimo de “consumo dos pobres” na Europa, mas antes de “consumo astucioso”.

Segundo o Observador Cetelem, em Portugal 93% dos inquiridos não hesita em apontar o “hard-discount” como uma opção inteligente para aumentar as capacidades de consumo.

Nos últimos anos o consumidor português tem vindo a adaptar o seu comportamento de compra ao produto e frequenta tanto as marcas de “hard-discount”, conceito em desenvolvimento no país, como os hiper e supermercados tradicionais.

A nível europeu, é em Espanha (68%) e sobretudo na Polónia (62%) que os consumidores revelam ser menos adeptos do "discount". Nestes países, apenas menos de sete consumidores em dez se declaram prontos a entrar num supermercado de preços baixos, um valor que se encontra muito abaixo da média europeia.

Neste período de vacas magras e numa época em que novas rubricas orçamentais (telecomunicações, linha castanha de nova geração...) levam à redução da rubrica de despesas alimentares, o “hard-discount” consegue um bom desempenho, aproveitando a sua atractividade em matéria de preços. Além disso, com a recente introdução de algumas marcas nacionais nos lineares de alguns estabelecimentos, as lojas “discount” começam a ser vistas como qualquer outro supermercado, mantendo, no entanto, a sua imagem de distribuidor de preços baixos: os consumidores já não necessitam de se deslocar a dois tipos de lojas para encherem os seus cestos. Um ganho de tempo considerável para um consumidor sempre apressado.

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MensagemAssunto: Razões financeiras levam portugueses a fazer férias “cá dentro”   As famílias e a crise Icon_minitimeDom Jun 21, 2009 4:21 pm

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Razões financeiras levam portugueses a fazer férias “cá dentro”

As famílias e a crise 87BACDECCD1745CA28CF8DBFB987

Um terço dos inquiridos (30,5%) afirmou passar férias fora de Portugal com uma frequência inferior a uma vez de dois em dois anos.

Esta é uma das conclusões de um estudo do Hotels.com, o website de reservas de hotéis em mais de 100.000 alojamentos em todo o mundo, sobre as opções de férias dos portugueses, relativo a 2009.

Esta percentagem representa um aumento de 8,5% relativamente aos 22% que deram a mesma resposta em 2008, concluindo-se que existe uma tendência crescente para

fazer férias fora do país com menor frequência.

Adicionalmente, 31,5% da população reflecte uma tendência para fazer férias fora de Portugal uma vez por ano, um valor semelhante ao do inquérito de 2008 (30%).

No que respeita às razões pelas quais os portugueses optam por passar férias "cá dentro", estas prendem-se, acima de tudo, com o preço e o facto de ser mais económico (44,4%), mas também fortemente com o desejo de conhecer melhor o país (23,1%). A posse de uma segunda casa ou casa de família surge também como factor bastante relevante para a opção de férias no próprio país, principalmente junto dos inquiridos com mais de 65 anos.

Perante a hipótese de fazer férias, exactamente nas mesmas condições (mesmo valor dispendido, período de tempo e tipo de alojamento), 59% dos entrevistados preferia passar férias fora de Portugal e apenas 32,2% optaria por ficar em Portugal.

Junto dos que têm idades entre os 25 e os 34 anos, 65,3% optaria por sair de Portugal. Contudo, é de notar que quase um terço dos jovens (23,5%) optaria por passar férias em Portugal.

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MensagemAssunto: Instituições esperam crise mais grave em Setembro   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Ago 26, 2009 1:22 pm

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Instituições esperam crise mais grave em Setembro

por RITA CARVALHO
Hoje

As famílias e a crise Ng1183365

Muitas famílias, sem emprego há vários meses, ficarão sem direito a subsídio e mais empresas fecharão. Banco Alimentar e Cáritas temem que em Setembro problemas disparem, apesar de pedidos terem estabilizado durante o Verão

As instituições de apoio social prevêem um forte agravamento da situação de crise das famílias em Setembro e Outubro. Porque muitas pessoas que ficaram sem trabalho nos últimos dois anos vão agora perder direito ao subsídio de desemprego, e porque se estima que mais empresas venham a fechar. Além disso, quem dispunha de algumas economias, vê agora as reservas esgotarem-se.

A preocupação foi manifestada ao DN por Isabel Jonett, presidente do Banco Alimentar contra a Fome, que lembra que muitas famílias que têm sobrevivido desde 2007 com o subsídio de desemprego vão agora perder direito à prestação social. Além disso, acrescenta, "são pessoas que se enquadram no grupo dos novos pobres e que não são abrangidas pelo rendimento social de inserção". Famílias endividadas, com qualificações profissionais, mas sem emprego há muitos meses.

Luís Costa, presidente da Cáritas de Coimbra, partilha da mesma preocupação. "Espero estar enganado. Mas temo que no terceiro trimestre do ano a situação se agrave. Muitas mais pessoas vão ter a experiência do desemprego. E, para muitos, o período do subsídio termina agora." Estima-se ainda que algumas empresas que fecharam para férias não voltem a abrir.

Luís Costa diz ainda que, com o fim das férias e o regresso da sociedade à vida activa, muitas famílias vão ganhar mais consciência do drama que estão a passar. Além disso, acrescenta, o facto de a agenda política e mediática se focar noutros temas, como as eleições ou a gripe A, passará a crise para segundo plano. O que, tendo em conta que muitas instituições vivem de donativos, não augura boas perspectivas.

Os pedidos de apoio alimentar das famílias estabilizaram durante o Verão. Depois de um primeiro semestre em que os casos dramáticos dispararam em todo o País, Julho e Agosto têm sido mais calmos.

Ao Banco Alimentar de Lisboa não chegaram recentemente mais pedidos directos do que nos meses anteriores, confirmou Isabel Jonett. Contudo, Agosto é um mês atípico, pois mais de 40% das instituições estão encerradas ou a funcionar a meio gás. Com isso, são reduzidas as refeições servidas em centros de dia, lares e jardins-de-infância e diminuídos os cabazes alimentares distribuídos às famílias. Algumas instituições reforçam a distribuição de Julho e antecipam a de Setembro para evitar rupturas nos stocks familiares.

Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), considera também que em Agosto há uma redução significativa de pedidos de apoio e que podemos até estar a assistir ao "estabilizar" do problema. "Isso não quer dizer que a situação esteja melhor. Não tem havido tantos casos novos, como houve em Abril e Maio. Mas as situações complicadas mantém-se."

Algumas creches e jardins-de infância ficam com menos afluência ou encerram durante o mês de Agosto. Mas como a maioria das instituições não tem apenas uma valência aberta ao público, explica o presidente da CNIS, "na generalidade, o apoio às famílias continua a ser prestado".

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MensagemAssunto: Famílias mais aliviadas com descida da Euribor, diz DECO   As famílias e a crise Icon_minitimeSáb Out 10, 2009 4:35 pm

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Famílias mais aliviadas com descida da Euribor, diz DECO

Ontem às 09:46

As famílias e a crise Ng1201876

O gabinete de apoio ao sobreendividado da DECO diz que já recebeu mais pedidos de ajuda em 2009 do que em 2008. Contudo, Natália Nunes assinalou que a descida da Euribor fez com que muitas famílias possam agora pagar mais facilmente o seu crédito à habitação.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1385517

- Natália Nunes explica que a descida da Euribor ajudou muitas famílias

- João Ferreira de Almeida diz que não se sabe qual o futuro das taxas de juros

- Reportagem de Cristina Lai Men sobre uma família beneficiada com a descida da Euribor

O gabinete de apoio ao sobreendividado já recebeu em 2009 mais pedidos de ajuda do que na totalidade do ano de 2008, mas também sinais de que muito se alterou com a baixa da taxa Euribor para valores mínimos históricos.

«Para além do desemprego, uma das causas que também levou as famílias a sentiram mais dificuldades tinha a ver com a subida da Euribor que afectada a prestação do crédito à habitação, Com a descida da Euribor, este ano, as famílias estão mais aliviadas», explicou Natália Nunes.

Esta responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da DECO explicou que tinha recentemente falado com uma família que tinha pedido ajuda em 2008 e que agora consegue agora suportar perfeitamente o seu crédito à habitação.

«Agora, esta está preocupada se no futuro a prestação vier a subir e isso é algo que os consumidores têm que ter presente e têm que ter essa preocupação», lembrou Natália Nunes.

Sobre o caminho que poderão ter as taxas de juros, o economista João Ferreira do Amaral não quer dar certezas, tendo explicado que tudo depende do curso da economia europeia, que começa a dar «sinais ténues de que pode começar a haver alguma recuperação lenta».

«Se isso se verificar, julgo que não haverá tendência para novas descidas na Euribor ou pelo menos na taxa de referência do BCE. Duvido que haja descidas muito grandes se a evolução económica for de alguma recuperação», explicou.

Contudo, para este economista, «se a economia europeia continuar a estagnar e se estes sinais de recuperação não se confirmarem, então ainda é possível admitir alguma descida, embora pequena».

In TSF

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MensagemAssunto: Crise leva milhares a deixar de pagar condomínio   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Mar 22, 2010 10:58 pm

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Crise leva milhares a deixar de pagar condomínio

por DANIEL LAM
Hoje

As famílias e a crise Ng1269965

Os casos têm vindo a aumentar desde 2008. Multiplicam-se os processos judiciais.

Largos milhares de pessoas estão a deixar de pagar as mensalidades de condomínio das suas habitações e apontam o dedo à crise económica. O problema agravou-se desde há ano e meio e continua a aumentar o número de proprietários em falta. Para os obrigar a pagar essas dívidas, multiplicam-se os processos (ver texto abaixo) nas vias judiciais e as penhoras de salários e pensões, automóveis e outros bens, envolvendo até a própria habitação.

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses, que também presta serviços de administração de condomínios, confirma ao DN que "tem estado a aumentar o número de pessoas que têm deixado de pagar o condomínio mensal. Alguns proprietários dizem que, devido à actual crise económica, falta-lhes dinheiro para pagar o condomínio".

Manuel Soares, gerente da empresa MSPS - Administração de Condomínios, em Agualva-Cacém, concelho de Sintra, salienta que, "normalmente, quando as pessoas têm problemas financeiros, a primeira coisa em que cortam é no pagamento do condomínio". "Em 2008 e 2009 foi muito mau. A situação piorou muito", referiu, especificando que "em 2009 houve um acréscimo de 40 a 50% de valores em dívidas por falta de pagamento de condomínio". O problema "aumentou em 2009 e este ano está a aumentar ainda mais", sublinhou.

"A nossa empresa funciona com cerca de oito mil condóminos. E há milhares de casos. Mais de dois mil condóminos já estão em tribunal, a última fase de uma série de tentativas para as pessoas liquidarem essas dívidas", disse Manuel Soares.

Na sua opinião, "a zona da linha de Sintra é a pior em termos de pagamento de condomínio". "Até já deixei de administrar determinadas zonas do concelho porque algumas estão em situação mesmo muito má e só dão problemas e prejuízo", salientou. Segundo explicou, "há muitas urbanizações novas que foram adquiridas por casais jovens, mas as relações não aguentaram e acabaram por se separar. Ficam os dois em situações financeiras complicadas, aumentam as despesas e as dívidas. Como não se entendem nas partilhas da casa, do carro e de outros bens, vão acumulando dívidas e deixam de pagar o condomínio".

Fonte de outra empresa, na área da Amadora, também confirmou que "desde há um ano e meio, quase dois, está a aumentar o número de pessoas que deixam de pagar". "Até aqueles que pagavam certinho, com mais regularidade, já começaram a atrasar-se. Quando isso acontece, quase nunca voltam a ficar em dia", contou a mesma fonte. Quantificando, diz que "são muitos casos. Centenas. Temos quase cem prédios e, em média, um ou dois por cada edifício não paga". Considera que "o problema é geral, mas acontece com menos frequência nas classes sociais mais altas".

Numa empresa de gestão e administração de condomínios em Corroios, na Margem Sul, a situação também se "agravou desde há um ano. São centenas de casos de condomínios em atraso". "Os maiores atrasos

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MensagemAssunto: Famílias têm por pagar recorde de 3,8 mil milhões   As famílias e a crise Icon_minitimeTer Abr 13, 2010 5:15 pm

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Famílias têm por pagar recorde de 3,8 mil milhões

por PAULA CORDEIRO
Hoje

As famílias e a crise Ng1279404

Incumprimento das empresas volta a ultrapassar os cinco mil milhões.

As dívidas de crédito dos portugueses à banca voltaram a agravar-se em Fevereiro, atingindo o valor mais alto de sempre. O malparado nas mãos de particulares ascendeu a 3,8 mil milhões de euros, um aumento absoluto de 21,6% face a Fevereiro de 2009 e uma subida de 17,3% no que respeita ao peso do seu rácio no total concedido pela banca às famílias. O saldo total de crédito concedido a particulares fixou-se em 138,6 mil milhões de euros, mais 4,7% homólogos, mantendo-se os crescimentos anémicos de há largos meses nos empréstimos.

De acordo com as estatísticas online ontem disponibilizadas pelo Banco de Portugal, num mês, os montantes de incumprimento bancário aumentaram 58 milhões de euros entre os particulares e 128 milhões de euros entre as empresas.

No segmento empresarial, o malparado voltou a ultrapassar o valor dos cinco mil milhões de euros (5006 milhões, concretamente), aproximando-se dos valores recorde de Outubro e Novembro do ano passado, quando chegaram aos 5,1 e 5,3 mil milhões, respectivamente.

O crédito total atribuído a empresas está praticamente estagnado, em 117,7 mil milhões de euros, mais 1,2% face a Fevereiro de 2009.

As variações dos montantes de empréstimos em incumprimento estão, no entanto, a crescer a níveis mais moderados. Isto porque no segundo mês do ano passado o cenário era já de forte aceleração do incumprimento.

Os 1,9 mil milhões de malparado resultante de crédito à habitação correspondem a uma subida absoluta deste valor de 14,5% e de 13,3%, no que respeita ao peso do seu rácio no total concedido.

O consumo de particulares continua a ser a finalidade de crédito com mais elevado nível de incumprimento. Cerca de 7% do total atribuído para financiar a compra de bens de consumo estão em cobrança duvidosa - ou seja, 1087 milhões de 15,7 mil milhões de euros - mais 26,2% que em igual mês do ano passado. No entanto, o peso deste incumprimento já apresenta sinais de redução.

Nas empresas, os níveis de malparado mais elevados continuam a ser registados pelo imobiliário (1,4 mil m milhões de euros) e construção (1,3 mil milhões).

A procura de novos empréstimos continua em forte queda no segmento empresarial. Nos montantes até um milhão de euros, as empresas pediram menos 15,2% de novos créditos em Fevereiro, face a igual mês do ano passado. Já para empréstimos acima de um milhão de euros , a queda em relação ao ano anterior é de 1,9%.

Entre os particulares, apesar de registar uma subida de 22,4% face a Fevereiro do ano passado, os novos créditos à habitação concedidos voltaram a cair , depois de alguns meses a subir. No segundo mês do ano foram concedidos 753 milhões de euros de crédito à habitação, bem acima do mínimo registado com Janeiro de 2009, que foi de 555 milhões de euros.

No consumo, a nova produção também apresenta alguma dinâmica, crescendo 9,4% face a Fevereiro de 2009.

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MensagemAssunto: Famílias cortam no 'super' e farmácia, não em telemóveis   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Jun 14, 2010 12:20 pm

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Famílias cortam no 'super' e farmácia, não em telemóveis

Hoje

Alimentação e medicamentos são os principais alvos de corte nos gastos das famílias portuguesas em crise. Curiosamente, poupa-se menos em bens supérfluos, como telemóveis ou televisão por cabo, tentando manter, pelo menos na aparência, o mesmo estilo de vida, refere a Lusa.

"Na alimentação, as pessoas começam a optar por marcas brancas e deixam de comprar alguns produtos mais caros", diz a Deco, que foi contactada, nos primeiros cinco meses do ano, por 5500 famílias sobreendividadas. Confrontadas com menos dinheiro, as famílias cortam também nos medicamentos, deixando de adquirir remédios necessários. "Nem substituem os medicamentos. Pura e simplesmente deixam de os comprar", frisa Natália Nunes, responsável da Deco. Já em serviços de telecomunicações e multimedia, as despesas tendem a manter-se. Outro exemplo é a "grande resistência" em vender o automóvel. "Há quase sempre a tentativa de manter o mesmo tipo de vida." As famílias que recorrem à Deco são, em geral, compostas por um casal com um filho, com rendimentos líquidos mensais médios de 1500 euros. A especialista aconselha as famílias a gerir melhor o dinheiro, assumindo uma postura crítica e activa para gastar menos, por exemplo, através da comparação e renegociação de valores com operadores de telecomunicações.

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MensagemAssunto: 31% das famílias no limiar da pobreza e sem expectativas   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Jun 28, 2010 2:23 pm

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31% das famílias no limiar da pobreza e sem expectativas

por DN.pt
Hoje

As famílias e a crise Ng1311457

Não são pobres porque ainda têm emprego, mas sentem muitas dificuldades em pagar as despesas correntes. Têm mais qualificações que os pais, mas sentem que socialmente estão em curva descendente. As "famílias-sanduíche" estão no limiar da pobreza e já representam 31% dos agregados portugueses.

Um estudo da Tese – Associação para o desenvolvimento, coordenado pelo Centro de Estudos Territoriais do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) revela que 31% das famílias portugueses se enquadra no escalão imediatamente acima do limiar da pobreza.

No estudo, cujas conclusões foram hoje noticiadas pelo jornal 'Público', estes agregados são classificados como “famílias-sanduíche”: ganham entre 379 e 799 euros, o escalão acima do limiar da pobreza, o que as impossibilita de beneficiarem de apoios sociais; mas têm filhos a seu cargo e têm de 'esticar' os rendimentos para conseguirem chegar ao final de cada mês.

Vivem maioritariamente nas áreas urbanas, não têm capacidade financeira para cobrirem despesas surpresa (21%) e muitas não conseguem comprar todos os medicamentos de que necessitam (12%).

Apesar de terem mais estudos e qualificações que os seus pais(muitos cumpriram ensino secundário e/ou superior) , estão “numa trajectória social intergeracional descendente”. Ou seja, sentem que estão a regredir socialmente em relação aos seus pais e têm receio de não conseguirem responder financeiramente às necessidades de formação dos seus filhos.

Para estas famílias, um dos factores para uma vida sem perspectivas de segurança financeira são os regimes laborais que provocam aumento da pobreza, como os “falsos recibos verdes”.

A taxa de pobreza em Portugal é de 21%, mas seria de 40% se este índice fosse calculado sem contabilizar os apoios sociais do Estado, adianta o mesmo jornal.

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MensagemAssunto: Mais impostos levam a cortar na escola e na saúde   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Jun 30, 2010 11:56 am

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Mais impostos levam a cortar na escola e na saúde

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

As famílias e a crise Ng1312231

Há muitas famílias que, não sendo consideradas pobres, vivem com grandes dificuldades. Com a subida dos impostos e a perda de apoios, já há quem tenha de cortar até no essencial

Uma família numerosa, em que os pais fazem todos os sacrifícios para dar aos filhos um "empurrão para a vida", em colégios privados, mas cujo orçamento limitado poderá obrigar a tomar outra opção.

Um casal com três adolescentes em casa, uma delas deficiente, que ainda não sabe se terá orçamento para mandar o filho de 19 anos para a universidade.

Um pai, com 60% de incapacidade, que já começou a cortar em alguns medicamentos e vai tentar comprar a prestações os manuais de que a filha, "aluna de quatros e cincos", vai precisar no 10.º ano.

Situações que irão agravar-se a partir de amanhã, dia em que entram em vigor os aumentos de impostos (ver exemplos).

Os três casos relatados pelo DN nestas páginas (ver textos) não encaixam no perfil de "pobreza", pelo menos segundo as definições estatísticas. Os rendimentos mensais destas famílias, entre os 900 e os 1500 euros, não lhes dão acesso aos abonos destinados aos mais desfavorecidos, nomeadamente na educação. Mas as dificuldades com que vivem não são menos reais por isso.

António Carvalho, Cristina Costa Dias e António Mendes têm realidades distintas. Há quem tenha assumido a opção de viver com menos regalias para realizar o sonho de ter uma grande família. E quem, por circunstâncias da vida, como a doença ou a perda de emprego, se tenha encontrado subitamente numa situação muito difícil, ampliada pelos aumentos de bens essenciais e a perda de alguns apoios. Todos partilham a experiência comum de viver com pouco, de procurar os produtos brancos e as promoções nas prateleiras do supermercado. Mas nem todos estavam preparados para as circunstâncias actuais, nem para o que aí vem.

"Quando pensamos nos produtos que vão aumentar, desde bens essenciais, como o pão e o leite, às energias, talvez não pareça muito", diz Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais. "Mas, se juntarmos tudo isto às dificuldades que muitas famílias já sentem, a situação complica-se", acrescenta.

O líder da Confap diz que há em Portugal "milhares de famílias a passar dificuldades" cujos rendimentos, "às vezes por uns cêntimos", as excluem dos apoios da Acção Social Escolar, que comparticipa os livros e as refeições escolares. Somada aos "anunciados cortes nas deduções à colecta nas despesas de Educação", essa realidade já está a ter consequências: "Há muitas famílias que tinham os filhos em colégios e os vão tirar. E muitas com dificuldade para pagar as despesas até do ensino público."

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MensagemAssunto: Número de famílias sobreendividadas bate recorde   As famílias e a crise Icon_minitimeSex Jul 09, 2010 11:44 am

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Número de famílias sobreendividadas bate recorde

por PAULA CORDEIRO
Hoje

As famílias e a crise Ng1316078

A queda dos juros não travou avalanche de pedidos de auxílio à Deco. Há cada vez mais salários penhorados.

Quase 1500 famílias sobreendividadas pediram ajuda à Deco - Associação de Defesa do Consumidor no primeiro semestre deste ano, o que faz antever um novo recorde nos processos de sobreendividamento no final de 2010. Uma novidade: muitas empresas estão a pedir conselhos devido ao crescente número de trabalhadores com salários penhorados.

Até final de Junho, o número de portugueses com dificuldades e dívidas de créditos em atraso com processos de auxílio abertos nos Gabinetes de Apoio ao Sobreen- dividado (GAS) da Deco atingia sensivelmente o mesmo registado em idêntico período do ano passado: 1461 processos em 2010 contra 1422 em 2009. Uma evolução que faz antever que o recorde de 2812 processos registados em 2009 voltará a ser batido.

Face ao primeiro semestre de 2008, o número de sobreendividados duplicou, apesar de o número de processos iniciados em Junho (203) ter caído em relação ao mês anterior.

Esta manutenção do elevado nível de sobreendividamento declarado é tanto mais preocupante quanto acontece num quadro de taxas de juro reduzidas, como refere ao DN Natália Nunes, jurista da Deco.

"As pessoas tiveram uma ajuda em 2009 e princípio de 2010, com a queda de Euribor, mas a situação vai agravar-se em 2011", prevê esta responsável, referindo-se à subida, já visível, das taxas de juro. Isto num quadro de continuado agravamento do desemprego, a principal causa geradora de novas situações de sobreendividamento, com 27,1% do total.

Segundo esta responsável da Deco, a folga que a queda das taxas de juro trouxe a algumas famílias não foi devidamente canalizada para a poupança, como aconselham técnicos e também o bom senso em época de crise. "As pessoas não alteram os seus hábitos e continuam a consumir e a endividar-se", refere, acrescentando que aos GAS da Deco continuam a chegar famílias com taxas de esforço (parte do rendimento mensal afecto ao pagamento de empréstimos) de 90% e outras já a braços com a justiça.

A Deco, nas diversas acções de formação e sensibilização que tem vindo a de-senvolver, depara-se com uma nova realidade. "São muitas as empresas que pedem a nossa ajuda a nível da sensibilização, pois confrontam-se com a penhora de salários dos seus funcionários", salienta.

Além do desemprego, a deterioração das condições laborais, 15,1%, e doença, 23,2%, são as causas mais comuns que levam ao sobreendividamento. Em média, cada família nesta situação paga ao mesmo tempo 5,3 créditos.

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MensagemAssunto: 6 dicas para poupar   As famílias e a crise Icon_minitimeDom Out 10, 2010 10:38 am

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6 dicas para poupar

por BRUNO ABREU, CÉU NEVES, JOÃO CRISTÓVÃO BAPTISTA e RITA CARVALHO
Hoje

As famílias e a crise Ng1351657

(CORRIGIDA) Saiba o que pode começar já a fazer para se preparar para os aumentos anunciados para o próximo ano.

As novas medidas de austeridade - apresentadas pelo Governo no fim de Setembro - estão a deixar muitas famílias com os cabelos em pé com a esperada diminuição de rendimentos e aumento generalizado das despesas que se perspectiva para 2011. Caso as propostas avançadas pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, entrem em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado, a partir de 1 de Janeiro, a vida ficará mais cara para todos: salários mais baixos, custo de vida mais caro, menos prestações sociais... Com a ameaça da subida do desemprego, muitos casais vivem no topo de um autêntico castelo de cartas. As famílias portuguesas têm agora pouco mais de dois meses para se prepararem para um 2011 que promete ser bastante sombrio.

O pacote de austeridade agora apresentado prevê a subida do IVA de 21% para 23%. As famílias vão senti-lo em cada ida ao supermercado. Além do aumento do IVA, em 2011 haverá um corte médio de 5,5% (a redução varia entre os 3,5 e os 10%) nos salários de quase meio milhão de funcionários públicos ou de empresas ligadas ao Estado. Medidas a que se junta ainda o corte nos abonos de família, o congelamento de pensões e o aumento de 1% nas contribuições dos trabalhadores do Estado para a CGA. Cortes e congelamentos que, muito provavelmente, se estenderão ao sector privado.

Se ainda não deitou contas à vida e aos ajustes que terá de fazer em 2011, o DN dá-lhe algumas dicas para se prevenir desde já para o novo aperto do cinto.

Trabalho

"Nunca se começa por cima no emprego"

Quando se está desempregado, raramente se consegue um emprego com a mesma função, salário e estatuto. É esta a realidade , sublinha Jorge Horta Alves, director da SHL, consultoria em gestão de recursos humanos. "As pessoas não podem ser muito exigentes e ter expectativas elevadas em relação a um novo emprego. Nunca se começa por cima". E há que subir os degraus da escada, ou seja, voltar a construir uma carreira, aconselha e justifica: "há mais de cem mil postos de trabalho que não são preenchidos. Não só porque há falta de qualificações , mas também porque as pessoas não têm disponibilidade e motivação". Consultar a Internet "detalhadamente e insistentemente" é outro conselho. Só se deve candidatar às funções a que aspira e acha que pode executar. O currículo deve ser "objectivo, sintético e verdadeiro" e não "uma obra de ficção de 40 páginas". E aproveitar o desemprego para adquirir competências, por exemplo, fazer voluntariado ou trabalhos temporários; tirar pós-graduações ou cursos em áreas técnicas e comerciais, mais procuradas. Ser persistente e enérgico.

Economia familiar

"Cortar todas as despesas inúteis"

"Esta é a altura certa para as famílias começarem a olhar de uma forma crítica para os seus gastos e cortar todas as despesas inúteis". De acordo com Natália Nunes, do gabinete de apoio aos sobreendividados da Deco, "é importante que as pessoas saibam exactamente quanto dinheiro têm e quanto gastam todos os meses", explica ao DN, recordando que "em 2011 a maior parte das famílias vai ter menos dinheiro disponível".

De acordo com a jurista, no tempo que falta até ao fim do ano, "as pessoas devem perder algum tempo a olhar para o seu orçamento familiar". "Têm que analisar as facturas que todos os meses pagam, desde a luz, aos telemóveis, às despesas com serviços de televisão por cabo ou os extractos bancários", adianta. Segundo Natália Nunes, "a ideia é perceber se o tarifário que está a ser usado é o mais adequado, se estão a ser cobradas taxas que não o deviam ser ou se é possível reduzir estas facturas de alguma maneira". A jurista da Deco recorda ainda que "esta pode ser também uma boa ocasião para renegociar os créditos bancários".

Aplicações financeiras

"Ganhar dinheiro com a poupança"

Em tempos de crise, a palavra poupança ganha uma importância especial. No entanto, tal como defendeu ao DN Diogo Lopes Pereira, da Money GPS, é possível "ganhar dinheiro com a poupança", mesmo numa altura em que as perspectivas de futuro são tão negras. "Neste cenário, os depósitos a prazo podem ser uma boa solução", defende ao DN o gestor, recordando que estes "não são instrumentos que exijam conhecimentos extensos" e que neste momento são aplicações "particularmente rentáveis".

"A falta de liquidez dos bancos nacionais - devido às dificuldades de financiamento que o sector tem vivido nos últimos meses - está a levá-los a praticar taxas bem mais atractivas do que as que eram apresentadas no início do ano", adianta. O CEO da Money GPS aponta ainda o investimento em certificados do Tesouro como outra das soluções acertadas para quem quer poupar nestes tempos de crise, já que que "estão com juros bastante elevados". "Nas maturidades a 10 anos, este tipo de certificados estão com juros muito próximos dos 6%", recorda, frisando, contudo, que o grande 'senão' deste tipo de aplicação é facto de o retorno se verificar ao fim de muito tempo.

Alimentação

"Congelados acabam por sair mais caros"

Fazer opções correctas no supermercado ajuda a poupar na carteira mas também na saúde. Por isso, trocar os produtos já confeccionados e congelados, como as lasanhas ou pizzas, pelos alimentos mais convencionais, como a batata ou o arroz, é a primeira dica deixada pela presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonett. É muito mais barato e saudável comprar batata, cebola e legumes para fazer uma sopa do que comer uma pizza ou refeição pré-confeccionada. "Um prato de sopa e um bocado de esparguete quase que substituem uma refeição. Mas as pessoas preferem comprar lasanhas que, parece que saem mais barato, mas acabam por sair caro." Isabel Jonett sugere também que se eliminem as batatas fritas, os Bolicaos e outras guloseimas, muito apetecíveis para os mais novos, mas que não contribuem para uma alimentação saudável e fazem pesar na carteira. A opção pelos produtos de marca própria em detrimento das marcas mais conhecidas também faz decrescer a conta de supermercado.

Transportes públicos

"Oportunidade para ajudar o ambiente"

Para dar o exemplo, a presidente da Quercus, Susana Fonseca, usa o barco quando tem de viajar até Lisboa. "Usar os transportes públicos é uma forma de poupar dinheiro e ajudar o ambiente", diz como primeiro conselho. A ambientalista acredita que a crise pode ser uma oportunidade para se ganharem hábitos de poupança mas também hábitos de protecção da natureza. Comprar lâmpadas eficientes é um exemplo: apesar de mais caras que as incandescentes, permitem poupar a médio prazo. "Mas para que a poupança aconteça, convém certificar-se que desliga tudo em casa, incluindo os stand-by", diz enquanto sugere a utilização de tomadas com interruptor que permitem desligar mesmo tudo. Para quem tem jardim há duas coisas a fazer: aproveitar a água das chuvas para regar e plantar vegetais para não ter de gastar dinheiro em compras. Caso isto não seja possível, "comprar localmente permite ajudar os produtores nacionais e a própria economia", sugere a presidente da Quercus. Também fazer uma refeição semanal vegetariana garante alguma poupança. "Na internet há várias receitas nutritivas e temos de ter em conta que a proteína animal costuma ser a parte mais cara da refeição", explica a ambientalista.

Investimento

"Boa altura para abrir novos negócios"

De acordo com Francisco Maria Balsemão, presidente da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), "em cada crise há sempre uma oportunidade de negócio e esta não é diferente". Para este responsável, apesar da situação do País, "esta até pode ser uma boa altura para abrir novos negócios, nomeadamente quem se encontra desempregado", sublinhando que "o auto-emprego é uma excelente solução para sair da crise, já que reduz o desemprego e melhora a produtividade nacional".

Segundo Francisco Maria Balsemão, o ambiente é propício à criação de novas empresas de serviços, nomeadamente de consultoria. "Há muitas empresas que estão à procura de formas de reduzir custos e recorrem a este tipo de empresas. Se não for em consultoria, pode ser uma empresa que permita prestar serviços em outsourcing, já que esta é uma via muitas vezes usada para reduzir a despesa das empresas, adianta.

O presidente da ANJE recorda ainda que a criação de um novo negócio pode ser "o destino certo para quem foi despedido e recebeu uma indemnização". "É uma forma de investir o dinheiro, por um lado, e, por outro, de não baixar os braços e cair na depressão, como acontece tantas vezes", sublinha, referindo que "quem não tem dinheiro disponível, pode sempre recorrer à banca ou até enveredar pela solução do microcrédito".

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MensagemAssunto: "Vamos ter de cortar ainda mais"    As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Nov 01, 2010 1:36 pm

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"Vamos ter de cortar ainda mais"

por RITA CARVALHO
Hoje

Cortes no apoio às famílias entram em vigor hoje. Afectam principalmente as numerosas e dos escalões baixos

Na lista das compras do mês, à frente dos alimentos, Ana Fernandes põe a sigla que corresponde ao supermercado onde o produto é mais barato. "Tiramos o dia para ir às compras e demoramos mais tempo, pois vamos a três supermercados. Mas compensa", relata ao DN. São estes truques na economia familiar que permitem esticar o dinheiro até ao fim do mês para que nada falte numa casa onde há três crianças e dois adultos.

Com a redução de 21 euros no abono de família, a ginástica orçamental vai ter de ser ainda maior e, talvez, estender-se a domínios como as actividades extracurriculares das crianças.

A casa da família Fernandes é uma das muitas onde a partir de hoje vai entrar menos apoio do Estado. Com as reduções de 25% no 1.º e 2.º escalões do abono e com o fim do 4.º e 5.º, todos vêem baixar os seus rendimentos. A mudança passa ainda por novas fórmulas de cálculo dos rendimentos do agregado. Mas é nas famílias numerosas e pobres que o impacto será maior. É onde há menos para cortar.

Ana e Alexandre não são um exemplo de família pobre, apesar de estarem no 2.º escalão. Estão empregados, ele contabilista, ela auxiliar de educação infantil, e têm um orçamento de 1600 euros. Por isso, os 133 euros que recebiam de abono eram uma ajuda importante. "Com a vida de hoje, não dá para ter um pé-de-meia. Só dá para ir vivendo. E agora vamos ter de cortar ainda mais", lamenta.

Começar a dizer que não às festas de anos das crianças, reduzir ainda mais as idas ao McDonald's, ou acabar com a ginástica de Mariana, 9 anos, ou o karaté de Daniel, 7, são hipóteses a ponderar. Férias são luxos com os quais nem podem sonhar. "São cá em Cascais. Fomos para o parque de campismo do Guincho e divertimo- -nos imenso", conta, sem dramatizar. Os subsídios do ano são para o seguro do carro. Se a prestação da casa sobe há que tentar ir ao banco renegociar o empréstimo.

Ter menos filhos é algo que nunca lhe passou pela cabeça. Tal como ficar à espera dos incentivos do Estado para planear a dimensão da família. "Não sou apologista de filhos únicos. Tenho muitos lá na escola onde trabalho e bem vejo o descalabro que é", comenta.

Se estivesse a contar com os apoios do Estado, Patrícia Rodrigues, de 41 anos anos, também não teria cinco filhos. "Tinha-me ficado pelo primeiro", confessa. Felizmente, diz, o seu ordenado de professora e o do marido, gestor, chegam para cuidar das crianças de 5, 7, 9, 12 e 14 anos. O orçamento permite-lhes perder o direito ao abono de família - 60 euros pois estão no 5.º escalão - sem dificuldades. "Estou sempre a ouvir dizer que tenho cinco filhos só porque posso. É verdade. Mas penso naqueles que gostavam de ter mais e nunca poderão."

Manuel e Adelaide Líbano Monteiro conseguiram concretizar o projecto de ter uma família grande: nove filhos. Vão ficar agora sem a ajuda do Estado, porque como estão no 5.º escalão perdem direito aos 100 euros de abono. "É uma dupla diferença. Temos mais despesas do que uma família do mesmo escalão só de um filho e perdemos mais em termos absolutos", diz Manuel, criticando a política de família e de natalidade.

A poupança terá de passar agora, e ainda mais, pelas promoções de supermercados e por evitar desperdícios de gás ou luz. "Não digo que vamos sair menos nem deixar os cereais do pequeno almoço. Porque isso já fazemos. Tentaremos é não cortar na formação. É o mais importante", diz.

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MensagemAssunto: Menos 25 mil a receber RSI desde a nova lei   As famílias e a crise Icon_minitimeQua Dez 08, 2010 12:43 pm

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Menos 25 mil a receber RSI desde a nova lei

por CARLA AGUIAR
Hoje

As famílias e a crise Ng1397700

Os beneficiários do rendimento social de inserção já começaram a sentir os efeitos das novas regras: encolheram para 364 mil em Outubro, menos 32 500 que em Janeiro.

Desde que as novas regras de acesso às prestações sociais entraram em vigor, o número de beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) baixou em quase 25 mil até Outubro. Se em Julho os que recebiam aquela prestação se contavam em 389 mil, a partir daí deu-se uma contínua redução, até que, no fim de Outubro, ficaram reduzidos a 364 mil, menos 6,4%.

Mas a tendência deverá manter-se, tendo em conta que o Governo começou em Novembro a chamar os beneficiários para acções de formação em competências básicas, sob pena de perderem o direito à prestação, ao mesmo tempo que anunciou um reforço da fiscalização.

Para aquela quebra nos beneficiários contribuiu a entrada em cena de uma nova forma de calcular o rendimento per capita, que baixa a valoração, para efeitos de apoio, ao segundo adulto e terceiro filho da família. Por outro lado, o Governo alterou também o conceito de agregado familiar, que passa a considerar todos os que vivem em economia comum com o beneficiário, assim como o rendimento começou a englobar apoios à habitação ou bolsas de estudo.

Todas as alterações somadas originam não só uma redução dos beneficiários elegíveis, como também uma redução dos valores pagos por agregado. Até Setembro, a Segurança Social já contabilizava uma poupança na ordem dos dez milhões de euros.

Analisando os dez primeiros meses do ano, registam-se menos 32 507 beneficiários em Outubro face a Janeiro. Já se a comparação for entre Outubro e o mesmo mês do ano passado, a redução é menor, de cerca de 17 800. Até porque, este ano - com o agudizar da crise e o fim de muitas prestações de desemprego - estava a registar--se uma tendência crescente no número de beneficiários. Só para dar um exemplo, em Dezembro do ano passado a Segurança Social pagava aquela prestação a mais 51 507 pessoas do que em Janeiro do mesmo ano.

A região do Porto é, de longe, a que concentrava, em Outubro, mais subsidiados pelo rendimento social de inserção, num total de 119 438, com mais de 30% do total do País. Segue-se Lisboa, mas a grande distância, onde se contam mais de 67 mil, seguida por Setúbal, com 25 mil.

O fenómeno de encolhimento deste universo de beneficiários é também visível na relação entre os requerimentos entrados e deferidos. Não só o número de pedidos apresentados baixou significativamente a partir do Verão deste ano, atingindo os 5826 em Outubro, como os deferimentos caíram a pique.

Enquanto em Outubro do ano passado tinham sido deferidos quase seis mil pedidos, em Outubro último estes não passaram dos 2997, ou seja, menos de metade.

Aquando do anúncio, em Julho, das novas regras de acesso às prestações sociais, a ministra do Trabalho tinha estimado uma poupança na ordem de 90 milhões de euros para este ano na despesa da Segurança Social.

Abrangidos pelas alterações estão igualmente o subsídio de desemprego e o subsídio social de desemprego - com regras mais difíceis para recusa de oferta de trabalho e o fim do prolongamento do subsídio social -, mas também as prestações familiares e o chamado abono pré-natal.

O corte a fundo nos apoios sociais, alguns deles anunciados escassos meses antes, integra-se no mais duro pacote de medidas de austeridade que Portugal enfrenta desde o final dos anos 70; além do referido corte nos apoios sociais, o Governo introduziu no Orçamento de Estado para 2011 reduções salariais para a função pública e um agravamento fiscal em sede de IVA.

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MensagemAssunto: Alguns 'luxos' dos Rodrigues ficam em 2010   As famílias e a crise Icon_minitimeSáb Jan 01, 2011 4:20 pm

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Alguns 'luxos' dos Rodrigues ficam em 2010

por RITA CARVALHO
Ontem

As famílias e a crise Ng1415807

Família vai viver com menos 172 euros por mês no próximo ano. O pai vai deixar o ginásio, os dois filhos cortam no telemóvel e a mãe admite prescindir da empregada.

O ano novo ainda mal começou mas para a família Rodrigues uma coisa já é certa: há pequenos "luxos" que vão ficar neste ano velho. Com o aumento do preço de bens e serviços, a maioria motivada pela subida de 2% do IVA, há que fazer contas à vida e aprender a viver com menos, pois o orçamento mensal vai encolher 172 euros. O salário vai baixar e o custo de vida vai enca- recer, com quase tudo a ficar mais caro: gás, luz, transportes, pão, telefones, etc.

Como muitos portugueses, Fátima e Paulo, na casa dos 40, e os filhos, André e Simão, 17 e 13 anos, cortarão no que não é essencial para esticar o orçamento familiar sem perder qualidade de vida. É nos rendimentos mensais da família - actualmente 2500 euros -, que começam os cortes. Paulo, militar, sofrerá a redução salarial aplicada aos funcionários públicos, e este mês já terá menos 142 euros na conta. Fátima é jornalista e perspectiva tempos difíceis no sector. Por isso, e para evitar surpresas desagradáveis, já começou a investir noutras áreas: tirou um Curso de Formação de Formadores, que lhe permitirá dar formação, e lançou-se no mundo dos eventos. "Há que agarrar novas oportunidades", diz, criticando os portugueses que "só sabem lamentar-se de não ter dinheiro e ficar em casa a lamber as feridas". Mas também aqui o esforço do trabalho trará menos rendimento, pois as deduções dos recibos verdes vão ser alteradas.

A primeira coisa a ficar já pelo caminho é o ginásio de Paulo. O de Fátima já tinha sido dispensado quando percebeu que era "um autêntico roubo". Agora, o marido optará mais pelos passeios de bicicleta, abdicando da mensalidade de 60 euros, que será agravada com a subida do IVA para 23%. "Um aumento de 17%! O ginásio, que é novo, fechará em três tempos!"

Como os Rodrigues são "virados para o campo" e adeptos de actividades ao ar livre, aqui o impacto não será tão duro. André vai continuar a fazer surf, a rasgar a roupa de marca nas andanças de skate e o curso profissional de fotografia não deverá sofrer alterações. Já Simão, na escola pública, e com aulas de canto e viola nas horas livres, espera que o professor não lhe cobre mais pelas lições. A contenção será no uso do telemóvel, já que as comunicações subirão 2,2%.

Nos transportes ainda não há previsões para aumento dos combustíveis, mas só os 2% de IVA sairão caros a quem gasta em média 330 euros de gasolina. O passe de André também passará de 19,50 para 20,18 euros.

Quando se consumar a subida do gás (2,6% a 4,1%) e electricidade (3,8 %), a despesa em casa subirá quase quatro euros: para 36 euro e 62,28 euros euro. Mas o maior impacto na carteira será na ida ao supermercado. Fátima gosta de cozinhar e os Rodrigues jantam sempre em casa, até por questões de saúde. Mas como apreciam queijos e iogurtes, deixam nas compras mais de 600 euros mensais. Se as cadeias reflectirem o aumento do IVA, a factura subirá 12 euros. Só em pão, são mais seis euros. Os truques para poupar já são todos usados: promoções, marcas brancas e compras em várias lojas. A margem para poupar é curta.

A sorte dos Rodrigues é não estarem à mercê das taxas de juro, pois pagam uma renda de 257 euros por uma casa do Exército.

Para já, sublinha Fátima, falamos de hipóteses, suposições. "Quando sentirmos a sério na carteira e no frigorífico, é que vai ser..." Se as despesas se tornarem incomportáveis, o corte seguinte será na empregada doméstica. "Volto a ser Gata Borralheira..."

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MensagemAssunto: Descer um escalão nos abonos custa 750 euros anuais   As famílias e a crise Icon_minitimeDom Jan 09, 2011 5:24 pm

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Descer um escalão nos abonos custa 750 euros anuais

por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje

As famílias e a crise Ng1422357

Com os novos métodos de cálculo, uma família carenciada pode passar do 2.º para o 3.º escalão sem aumentar rendimentos.

Um número redondo: 750 euros. É isto que um casal carenciado, com dois filhos e com pouco mais de 800 euros mensais passará a ter de suportar a mais em despesas de educação no próximo ano lectivo, devido à perda de abonos e apoios escolares. Isto mesmo sem aumentar os seus rendimentos num cêntimo.

As contas são do DN - mas resultam de valores anunciados pela tutela e diferentes estimativas feitas pela Confederação Nacional das Associações de Pais que, até ao momento, ainda não foram contestadas. Para chegar a este valor, pegámos num exemplo prático, que não anda longe da realidade de muitos milhares de famílias portuguesas. O casal Silva vive de um ordenado mensal de 857 euros brutos, ganhos pelo pai. Tem dois filhos, um rapaz e uma rapariga, que frequentam o 7.º e o 9.º ano de escolaridade. Há um ano, a família inseria-se no escalão 2 do abono de família. Em 2011, os seus ganhos não se alteram. Porém, com o novo método de cálculo do "rendimento capitalizável" (ver caixa) passou a integrar o escalão 3.

"É o que se pode definir como um enriquecimento virtual", sintetiza Hermínio Correia, da Confap. "Com base em nada mais do que uma nova fórmula matemática, o Estado passa a considerar que a situação desta família se alterou".

Infelizmente, para a família Silva, as consequências deste enriquecimento virtual serão bem reais. Desde logo no abono de família recebido. Antes desta "promoção" estatística, os abonos recebidos pelos dois filhos totalizavam 1159,34 euros anuais, já contabilizando um valor suplementar pago em Setembro. Na nova situação este valor descerá para 821,54. Uma quebra de 337,80 euros.

Mas há outra consequência, indirecta, cujo alcance é ainda maior. Desde 2007, os dois primeiros escalões da Acção Social Escolar (ASE) estão indexados ao abono de família. Assim, ao cair para o 3.º escalão do abono, os dois estudantes passam também para a terceira categoria da ASE, a C. E aqui o impacto é radical.

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MensagemAssunto: Crédito malparado sobe para máximos de 1998   As famílias e a crise Icon_minitimeSeg Set 05, 2011 10:42 pm

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Crédito malparado sobe para máximos de 1998

por Dinheiro Vivo
Hoje

As famílias e a crise Ng1632861

Os bancos têm um total de 4,38 mil milhões de euros de crédito malparado das famílias, o equivalente a 3,10% do total dos financiamentos. Segundo dados do Banco de Portugal, este é o nível de incumprimento mais elevado desde Maio de 1998.

No crédito à habitação, o incumprimento subiu para 1,77%, sendo este o valor mais alto desde Novembro de 2009.

Entre as empresas, o incumprimento representa 5,16% do total de empréstimos, o valor mais alto desde Novembro de 2010. A banca tem um valor total de 6 mil milhões de euros em crédito malparado das empresas.

Leia mais em dinheirovivo a sua nova marca de economia

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1976739&seccao=Dinheiro Vivo

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