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 Linha do Tua 2

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MensagemAssunto: Linha do Tua 2   Linha do Tua 2 Icon_minitimeSáb Fev 11, 2012 5:27 pm

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O futuro do Vale do Tua
Trás-os-Montes


«Descolonização» de Trás-os-Montes

Desde a década de oitenta, a região de Trás-os-Montes tem sido espoliada dos seus facilitadores económicos, entre os quais o caminho-de-ferro, fruto das políticas adoptadas que acabaram por ditar a diminuição da actividade económica, ficando condenada a uma morte lenta...

Fruto do abandono gradual da região, a mesma vê-se, presentemente, esvaziada de gente e com uma actividade económica moribunda, em que apenas a agricultura e o turismo ainda têm alguma expressão, estando à vista a sua extinção, por via da transformação do IP4 numa auto-estrada com custos para o utilizador, descontextualizada da realidade actual da economia de Trás-os-Montes, uma vez que as poucas empresas existentes já não têm capacidade de criação de valor suficiente para incorporar os custos associados às portagens, além de que estas representam uma barreira às viagens de turismo.

Não obstante ser este um cenário já por si bastante recessivo, o risco de ser retirado ao Douro vinhateiro o desígnio de Património da Humanidade, por via da construção da barragem do Tua, fará com que Trás-os-Montes se confronte com uma situação ainda mais difícil, porquanto a criação de valor associada à mesma será inferior àquela que adviria da exploração turística integrada do vale do rio Tua com o caminho-de-ferro que o percorre, cenário que nunca foi avaliado no Estudo de Impacte Ambiental e que se enquadra no touring cultural e paisagísticoe touring da natureza, eixos prioritários na aposta turística portuguesa.

Considerando os impactos e externalidades económicas negativas e irreversíveis, decorrentes da construção da barragem e do consequente risco de o Vale do Douro deixar de ser Património da Humanidade, das perdas que isso representará para a já débil economia local e a destruição definitiva e irreparável do Vale do Tua, os custos associados à suspensão imediata da mesma serão bem inferiores.

Atentos os impactos negativos referidos, a escolha recai entre dois cenários possíveis: a destruição do património natural único e de valor incalculável do Vale do Tua associada ao risco da perda de uma distinção da UNESCO, ou a preservação do mesmo, acrescentando aos dois desígnios já existentes na região - o Vale do Douro e as gravuras rupestres do Côa - um terceiro que se traduziria na candidatura da Linha do Tua a Património da Humanidade.

A suspensão imediata da construção da barragem do Vale do Tua torna-se, portanto, óbvia, sendo a única opção de bom senso. E se ainda subsistem dúvidas, os fundamentos que podem suportar tal decisão deverão ser estudados, nomeadamente no que respeita aos respectivos impactos económicos, caso contrário, estaremos perante mais uma decisão fatalmente penalizadora para Trás-os-Montes, para o Vale do Douro e para os seus habitantes, e mais um passo para a respectiva \"descolonização\" irreversível.

Por último atrevo-me a citar uma frase do livro Comboios Portugueses - Um Guia Sentimental, de Francisco José Viegas: \"Agreste a travessia dos vales ao longo do Tua. (...) São paisagens únicas, deslumbrantes, algumas delas apenas acessíveis ao comboio\". Nem a magnífica leveza do traço de Souto Moura será suficiente para atenuar a ferida que já cresce...

Por Alberto Aroso, 2012-02-10
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MensagemAssunto: Reactivação da linha do Tua só avança com 75 milhões de fundos comunitários   Linha do Tua 2 Icon_minitimeQua Abr 04, 2012 11:04 am

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Refere José Silvano
Distrito de Bragança


Linha do Tua 2 Jose_silvano_blog

Reactivação da linha do Tua só avança com 75 milhões de fundos comunitários

O plano de mobilidade para o vale do Tua, que contempla a reactivação da ferrovia, necessita de um investimento de 85 milhões de euros, só possível de concretizar com apoio comunitário, revelou hoje o responsável.

O projecto surgiu de uma imposição da Declaração de Impacto Ambiental que aprovou a barragem de Foz Tua como compensação pela submersão de um terço dos menos de 60 quilómetros da linha do Tua, que inviabiliza a sua utilização comercial, por cortar a ligação à linha do Douro e ao litoral.

A EDP, a concessionária da barragem, já disponibilizou 10 milhões de euros para o projecto, um valor oito vezes inferior ao necessário para remodelar e incluir na nova mobilidade da zona o que restará da linha do Tua, entre a Brunheda e Mirandela.

Os números foram avançados hoje por José Silvano, diretor executivo da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, um novo organismo, resultado de uma parceria entre a EDP e os municípios da zona, que vai coordenar projetos para o desenvolvimento local.

O plano de mobilidade é o mais emblemático, mas poderá “cair”, segundo admitiu hoje José Silvano, se não obtiver financiamento comunitário para o grosso do investimento necessário.

A agência está a trabalhar na elaboração de uma candidatura ao Programa Operacional do Norte para tentar a aprovação de um financiamento comunitário no valor de 75 milhões de euros.

O director executivo explicou que os dez milhões disponibilizados pela EDP serviriam para cobrir a comparticipação nacional que é sempre necessário assegurar neste tipo de candidatura.

O plano de mobilidade contempla a recuperação de um pequeno troço final da linha, entre a estação do Tua e a barragem, um funicular para subir a encosta da margem esquerda do rio até ao nível do coroamento da albufeira e barcos para transportar as pessoas até à cauda da mesma.

O grosso do investimento teria de ser feito na reabilitação do que resta da linha do Tua, a montante da barragem, para criar condições de segurança necessárias à circulação na ferrovia onde o comboio não viaja desde Agosto de 2008, a data do último de quatro acidentes com outras tantas vítimas mortais.

Já assegurados estão os dois milhões de euros necessários para a construção do museu da memória do Vale do Tua que está também a cargo da agência.

Outro processo em curso é o da criação de um parque da natureza e biodiversidade em torno da albufeira.

A agência vai também gerir o fundo financeiro correspondente a três por cento da produção de energia, que a EDP está já a aprovisionar e que deverá garantir cerca de um milhão de euros anuais durante 75 anos.

Este organismo é constituído pela EDP e pelos cinco municípios da área da influência da barragem: Mirandela, Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor.

A barragem de Foz Tua começou a ser construída há um ano, estando prevista para 2015 a sua conclusão.

Lusa, 2012-04-03
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