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João Soares nomeado Alto Representante para o Cáucasopor Lusa
Hoje
O deputado socialista João Soares foi nomeado Alto Representante para o Cáucaso da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pelo presidente da organização, Petros Efthymiou, disse hoje à Lusa o socialista. A Assembleia Parlamentar da OSCE terminou hoje em Belgrado a sua reunião anual, na qual João Soares chefiou a delegação de parlamentares portugueses e era candidato a secretário-geral mas não foi nomeado, ficando no entanto como representante da OSCE para países como a Geórgia, a Arménia e o Azerbeijão.
A Assembleia Parlamentar da OSCE aprovou a Declaração de Belgrado, com os votos favoráveis de 230 parlamentares de 53 países, que inclui um conjunto de recomendações para a própria OSCE com o objectivo de tornar a parte governamental da organização mais ágil e com maior capacidade de resposta em tempo útil.
"[As resoluções aprovadas] vão desde o tráfico de órgão humanos, e mais concretamente a questão do Kosovo nesta matéria, que é uma questão polémica, até a resoluções que têm a ver com a segurança na margem sul do mediterrâneo. Houve um conjunto de resoluções de natureza política e geoestratégica que foram aprovadas, mas o tema desta reunião em Belgrado era o tema da reforma da própria Organização para a Segurança e Cooperação na Europa", explicou à Lusa João Soares.
Segundo o também ex-presidente da OSCE, estas recomendações vão no sentido de "procurar conseguir do lado governamental a tomada de decisões em tempo útil, no quadro da presença de conflitos e outros".
Entre os pontos hoje aprovados pela Assembleia Parlamentar da OSCE está também uma resolução que exige ao regime da Bielorrússia a libertação imediata de todas as pessoas detidas por participarem em manifestações contra o regime do presidente Alexandre Lukachenko.
Cerca de 180 pessoas foram detidas pelas forças de segurança em Minsk e outras 220 noutras cidades da antiga república soviética na sequência de manifestações silenciosas contra o regime ocorridas na quarta-feira, segundo a ONG Viasna, com a Associação Bielorrussa de jornalistas a indicar que entre os detidos estão 25 jornalistas.
In DN