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339 mortos e 329 feridos em festival no Cambojapor CÉU NEVES
Hoje
Dois milhões de pessoas foram à capital para a Festa da Água e muitos morreram na confusão. Comissão vai apurar causas.
Pelo menos 339 pessoas morreram e outras 329 ficaram feridas na Festa da Água, no Camboja. A maioria das vítimas são jovens que participavam no último dia do festival de três dias e que terão debandado perante a confusão na ponte que liga Phnom Penh à ilha de Diamante. O Governo diz tratar-se da maior tragédia dos últimos 30 anos e lembra que ainda estão por apurar as causas. O balanço dos mortos não é definitivo.
A agência noticiosa espanhola EFE cita testemunhos que indicam que o tumulto ocorreu como resultado da "aglomeração, calor intenso e humidade". Muitas pessoas desapareceram e outras tentaram escapar da confusão.
A Festa da Água terminava ontem, ao fim de três dias em que ocorreram à capital cambojana dois milhões de pessoas, segundo as autoridades, na maioria jovens. Estavam ali para assistir a concertos, a uma corrida de barcos no rio e ao fogo-de-artifício. Foi perto da ponte que liga as duas partes da cidade e que provoca um estrangulamento que se deu a confusão.
"Estávamos para atravessar a ponte para a ilha de Diamante quando as pessoas começaram a empurrar-se. Havia muitos gritos e pânico. Começaram a correr e a cair umas em cima das outras. Eu próprio também caí e sobrevivi apenas porque outras pessoas me seguraram. Muitas saltaram para a água", afirmou à AFP Kroun Hay, de 23 anos, transcreve a agência Lusa.
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sem, disse tratar-se da "maior tragédia ocorrida desde o regime de Pol Pot", que fez cerca de dois milhões de mortos, ou seja, que vitimou cerca de um quarto da população, entre 1975 e 1979.
Hun Sem apresentou as condolências às famílias das vítimas e determinando que o dia de amanhã seja dia de luto nacional.
O governante garantiu ainda que será constituída uma comissão para apurar os factos em que se deu a tragédia.
In DN