Situação económica mundial ameaça progressos na luta contra a pobreza

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Situação económica mundial ameaça progressos na luta contra a pobreza



O aumento dos preços dos alimentos pode aumentar em 100 milhões o número de pessoas em situação de pobreza extrema.

O abrandamento da economia mundial, em conjunto com a subida dos preços do petróleo e dos alimentos, ameaça os progressos conseguidos para reduzir a pobreza extrema para metade até 2015, segundo um novo relatório da ONU sobre os Objectivos do Milénio.

O documento faz um balanço de oito anos de esforços para alcançar os objectivos, revelando que há progressos significativos e sustentados para erradicar a pobreza extrema e a fome do mundo, mas estes desenvolvimentos estão directamente ameaçados pela actual situação económica mundial, noticia a agência Lusa.

“Enfrentamos um abrandamento económico global e uma crise de segurança alimentar de amplitude e duração incertas. O aquecimento global é mais visível. Estes desenvolvimentos afectam directamente os nossos esforços para reduzir a pobreza”, pode ler-se no documento.

O aumento dos preços dos alimentos, que até contribuiu para um crescimento económico notório em todas as regiões em desenvolvimento, pode em contrapartida aumentar em 100 milhões o número de pessoas em situação de pobreza extrema, refere o relatório.

O relatório identifica igualmente algumas áreas em que se registaram “progressos decisivos” e cujos objectivos deverão ser plenamente atingidos até 2015: a redução da pobreza extrema a nível global de 1,8 para 1,4 mil milhões de pessoas, o acesso ao ensino primário de 90% das crianças, os progressos no combate a doenças como o sarampo, a malária ou a tuberculose ou o acesso de mais 1,6 milhões de pessoas a água potável, entre outras.


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