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 Cimeira de Copenhague

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Romy

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MensagemAssunto: Obama apela a dirigentes para conclusão de acordo   Cimeira de Copenhague - Página 2 Icon_minitimeSex Dez 18, 2009 6:07 pm

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Obama apela a dirigentes para conclusão de acordo

por Lusa
Hoje

Cimeira de Copenhague - Página 2 Ng1231943

O Presidente norte-americano, Barack Obama, apelou hoje, em Copenhaga, aos dirigentes do mundo para a conclusão de um acordo de luta contra o aquecimento global, mesmo que "não seja perfeito".

Obama defendeu que, para que seja possível um acordo sobre as alterações climáticas, nenhum país poderá ter tudo o que quer.

"Não temos muito tempo. Nesta fase, a questão é saber se avançamos juntos ou se nos desagregamos, se preferimos as posturas à acção", disse o presidente norte-americano no seu discurso em plenário.

"O tempo de falar acabou: Nós podemos conseguir este acordo, dar um passo significativo em frente e continuar a refiná-lo e a construir em cima desta base... ou podemos escolher a demora e cair novamente nas mesmas divisões que impediram o caminho da acção durante anos", salientou.

O presidente norte-americano assegurou que todos os países "serão mais fortes e mais seguros" com um acordo sobre o aquecimento global, que deve incluir "acções decisivas" de "todas as principais economias" para reduzir as emissões de gases com feito de estufa e um mecanismo que permita verificar se os países cumprem os seus compromissos "de maneira transparente".

"Não importa o que acontecer em Copenhaga, pensamos que será bom para nós e para todo o mundo. Tudo será mais seguro se agirmos juntos", afirmou, lembrando que veio a Copenhaga "não para falar, mas sim para actuar".

"Estamos prontos para começar este feito hoje, mas tem de haver movimento de todos os lados para reconhecer que é melhor para nós agir do que falar", vincou Obama.

As negociações forçaram Barack Obama, que chegou hoje à capital dinamarquesa, a alterar a sua agenda e a reunir-se à porta fechada com 19 dirigentes mundiais para tentar chegar a um acordo de última hora sobre a luta contra o aquecimento global.

Ao início da manhã, alguns delegados culpavam tanto os Estados Unidos como a China pela falta de consenso de um acordo político que Obama, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e outros 110 dirigentes do mundo deveriam assinar dentro de horas.

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MensagemAssunto: Controvérsias científicas e as razões para a urgência   Cimeira de Copenhague - Página 2 Icon_minitimeDom Dez 20, 2009 6:40 pm

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Controvérsias científicas e as razões para a urgência

por LUÍS NAVES
Ontem

Cimeira de Copenhague - Página 2 Ng1232306

A opinião pública tem motivos para desconfiar da informação sobre alterações climáticas: o assunto é complexo, e a contaminação política aumentou a confusão. O Inverno frio parece desmentir a ideia de aquecimento global.

A urgência política da Cimeira de Copenhaga tem a ver com acu- mulação de provas científicas sobre alterações climáticas que resultam da acção do homem. Existe aumento do teor de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e das temperaturas globais, mas a politização da informação criou grande confusão na opinião pública.

As manifestações de ambientalistas radicais a baterem-se à porta da cimeira ou o Inverno frio não ajudaram a esclarecer as pessoas. No fundo, Copenhaga serve para discutir a aceleração da criação de uma nova economia, que dependerá menos da queima de combustíveis fósseis. A questão está em saber se a transição virá a tempo de evitar uma subida descontrolada das temperaturas do planeta.

Os cépticos das mudanças climáticas afirmam que há explicações benévolas para os dados científicos. Nas vésperas da cimeira de Copenhaga, foram divulgados mails roubados a cientistas por elementos desconhecidos. E a leitura sugeriu uma conspiração fraudulenta para provar o aquecimento global.

Os autores dos mails explicaram que estes estavam descontextualizados, mas isso não foi suficiente para evitar o escândalo mediático, o chamado climategate. A direita republicana americana aproveitou para tentar desacreditar a política da Casa Branca de propor cortes modestos na produção de gases com efeito de estufa.

Em tudo isto, onde estão os mitos e os factos? Vejamos alguns dos conceitos que têm sido mais referidos:

Efeito de estufa


Este efeito está na origem do aquecimento do planeta. Parte da energia solar é reflectida e regressa ao espaço, outra fatia é absorvida pelas nuvens; 55% atravessam a atmosfera e 4% são ainda reflectidas pela superfície. Esta última parcela deveria regressar ao espaço, mas as suas radiações infravermelhas são absorvidas pelos gases com efeito de estufa, sendo os mais importantes o dióxido de carbono e metano, ambos com abundante produção humana após a revolução industrial do século XVIII.

A desflorestação e queima de combustíveis fósseis também contribuíram para aumentar o fenómeno. Um dos grupos mais perigosos de gases com efeito de estufa, os clorofluorocarbonos, viram o consumo mundial ser reduzido por um acordo que serviu para reparar a camada de ozono.

Em 1700, a concentração atmosférica de dióxido de carbono era de 280 partes por milhão; hoje, é superior a 380. O metano também está a crescer depressa, o que será agravado com o degelo do permafrost setentrional. Os cientistas não têm dúvidas: mais dióxido de carbono e metano é igual a maior absorção da energia solar, logo, a maior temperatura.

Temperaturas


O estudo do clima é feito por medições sistemáticas introduzidas em modelos de computador. São também usados métodos indirectos, nomeadamente sobre a composição atmosférica em núcleos de gelo que podem recuar 800 mil anos, além de alterações em certos locais. Todo o conjunto confirma a noção de alterações rápidas da temperatura. Os modelos sugerem um aumento entre 1 e 3 graus Celsius na temperatura média global.

Números compilados pela NASA, disponíveis em http://data.giss.nasa.gov/gistemp/, mostram um aquecimento gradual até à década de 50, onde se encontram os valores com menor desvio da média, seguindo-se um aquecimento mais rápido, com anomalias de 6 e 7 décimas de grau centígrado na actual década. Em 120 anos, as temperaturas médias parecem ter crescido quase um grau centígrado.

Os dados não indicam que 1998 tenha sido o ano mais quente, seguido de arrefecimento. Pelo contrário. A actual década foi a mais quente e 2005 o pior ano. Existe outra série de temperaturas, a da universidade britânica agora contestada no caso dos mails, mas o aumento de temperaturas é nesta série ligeiramente inferior ao da NASA.

Calotes polares

Os cépticos têm sustentado, sem dados sólidos, que a Terra aquece porque o Sol estará numa fase mais quente; outros falam em arrefecimento e dizem que os gelos da Antárctida estão a ficar mais espessos. Há quem afirme que houve aumento nas manchas solares (o que indicaria maior calor) ao longo dos últimos séculos, mas o estudo do Sol é recente e os dados antigos sobre manchas não são fiáveis. Os cientistas dizem que nos últimos 50 anos a actividade do Sol foi estável e, portanto, não está ali a explicação para o aumento recente das temperaturas.

Em relação ao gelo, há provas de que o Árctico derrete a ritmo elevado e de que a Antárctida arrefeceu meio grau centígrado entre 1957 e 2006. Há estudos mais antigos que indicam um aquecimento da península Antárctida e arrefecimento no interior do continente.

É importante perceber que as mudanças climáticas podem causar arrefecimento de certas regiões, invernos frios, e a Europa é um dos candidatos a tal fenómeno, caso seja interrompida a circulação da corrente no Atlântico Norte, responsável pelo clima ameno dos países europeus. Além do aumento do nível dos oceanos, as mudanças climáticas vão produzir mais fenómenos extremos, como tempestades e secas. O planeta estará entre mais frio e mais quente, terá oscilações de temperatura brutais, haverá quebras na produção agrícola, falta de água potável. É esta a urgência de Copenhaga.

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MensagemAssunto: O que se sabe até agora do novo acordo de Copenhaga   Cimeira de Copenhague - Página 2 Icon_minitimeDom Dez 20, 2009 6:46 pm

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O que se sabe até agora do novo acordo de Copenhaga

por Simon Urs Kamm, da Agência Lusa
Ontem

Cimeira de Copenhague - Página 2 Ng1232459

O texto final do novo acordo sobre alterações climáticas de Copenhaga fixa um aumento máximo da temperatura média em dois graus mas não estipula um prazo preciso nem especifica medidas a adoptar pelos países para alcançar esse objectivo.

O texto final com o esqueleto de um tratado global sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), negociado nas últimas duas semanas na cimeira da ONU sobre alterações climáticas, em Copenhaga, considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima, foi avaliado pela maioria dos 192 países que participaram nas negociações como um acordo politico minimalista.

Basicamente todas as decisões importantes, entre as quais as metas de redução de emissões globais, foram adiadas para a próxima reunião das partes da Convenção Quadro da ONU sobre as Alterações Climáticas, a realizar no final de 2010, no México.

A próxima fase de negociações ficou marcada para a cidade alemã de Bona, daqui a seis meses, enquanto as metas de redução das emissões até 2020 serão decididas em Janeiro do próximo ano.

Apesar de fixar os dois graus centígrados como o aumento máximo da temperatura global até 2050 para evitar as interferências mais graves no clima, relativamente aos níveis de 1990, e de exigir "cortes significativos" de emissões de GEE dos países, o documento, que não é juridicamente vinculativo, não estipula um prazo preciso ou especifica quais as medidas a adoptar para alcançar esse objectivo.

O texto final não só omite o montante global da redução das emissões de (GEE), ao contrário do que era exigido pela maioria dos países participantes, como também não leva em contra o objectivo estabelecido pela ONU de que o bloco dos países ricos adoptasse valores homogéneos de redução de emissões para 2020 e 2050.

Sob o título de Acordo de Copenhaga, o documento também não estipula o compromisso de conter as emissões poluentes até 2050, limitando-se apenas a recolher as propostas a médio prazo anunciadas voluntariamente por cada país.

No caso dos Estados Unidos isto significa uma redução de 17 por cento, relativamente aos níveis de 2005, o que corresponde a um corte de três por cento relativamente a 1990, os níveis de referência adoptados pela União Europeia, que vai reduzir as suas emissões em 20 por cento.

O acordo estabelece ainda que os países ricos transfiram um montante de 30 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) entre 2010 e 2012, e de cem mil milhões de dólares (setenta mil milhões de euros) a partir de 2012, até 2020, para financiar os países pobres e em desenvolvimento a mitigarem as suas emissões e adaptarem-se aos efeitos do aquecimento global.

A declaração fixa que desses 30 mil milhões de dólares nos próximos três anos, os EUA aportarão 3.600 milhões de dólares, a UE 10.600 milhões e o Japão outros 11 mil milhões de dólares.

O acordo alcançado atenua também as referências de textos anteriores aos mecanismos para a verificação dos compromissos que os países em desenvolvimento venham a assumir para controlar o aumento das suas emissões, ao qual a China se opunha, passando estes a ser referenciados como sistemas "internacionais de consulta e analise" que garantirão "que se respeite a soberania nacional".

O texto estipula ainda que os países que receberem ajudas de financiamento devem submeter as suas emissões a medições nacionais e comunica-las a cada dois anos a Convenção Quadro.

O acordo reconhece igualmente o papel crucial da redução das emissões pela diminuição do deflorestamento o da degradação das florestas, pelo que prevê a necessidade de destinar fundos "novos, adicionais e previsíveis" nesse sentido sobretudo as nações menos desenvolvidas, estados insulares do Pacífico e países africanos.

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Cimeira de Copenhague - Página 2 0002044C


Última edição por Admin em Dom Dez 20, 2009 6:55 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: As sete razões que impediram o acordo global e sério   Cimeira de Copenhague - Página 2 Icon_minitimeDom Dez 20, 2009 6:52 pm

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As sete razões que impediram o acordo global e sério

por JOÃO CÉU E SILVA
Ontem

Cimeira de Copenhague - Página 2 Ng1232303

A maior cimeira de sempre terminou ontem com um passe de mágica do Presidente Obama ao conseguir, duas horas antes da hora limite, desbloquear com o primeiro-ministro da China um projecto de acordo. O texto está muito abaixo das expectativas, vai ser continuado em Bona dentro de seis meses, mas foi o possível.


Fechados em gabinetes e longe da vista durante todo o dia, com os assessores a medir palavras que preconizavam o desaire das negociações mundiais em curso na Conferência de Copenhaga, só o automóvel presidencial de Barack Obama - estacionado em lugar proibido - provava que o homem que chegou cedo dos Estados Unidos para tirar um acordo do pântano de um debate promovido pelas Nações Unidas e a presidência dinamarquesa ainda estava no interior do Centro Bella a lutar por ele.

Às 23.00, Obama apareceu para anunciar ao mundo que todos os países vão tentar salvar o planeta do aquecimento global através de um acordo muito aquém do que estava previsto. O rumor de que havia um acordo surgiu pelas 21.57, uma hora depois de o Presidente Lula da Silva ter abandonado o pavilhão e quatro horas após o primeiro-ministro russo ter partido para outra reunião. Os que ficaram mantinham-se no violente combate pelo acordo.

Este discurso de Obama entusiasmou mais do que aquele que proferiu a meio do dia, espelho do desaire mundial que se gerava com o desentendimento entre os 119 líderes de 193 países, que vieram até Copenhaga para ficar numa fotografia oficial que acabou por não ser tirada. O último dia da COP15 acabou por ser um dia Obama, porque sem a sua acção não teria sido possível arrancar o acordo desta megarreunião, condenada ao fracasso por tantos interesses que os mais ingénuos acharam ser possível ultrapassar após dois anos de intensas negociações prévias.

Só que o que está em causa vale muitos milhões de milhões de euros e sobretudo de yuans chineses e dólares americanos, bem como a mudança de estratégias económicas e industriais em todos os países desenvolvidos. Uma situação para além da força do apelo de Sarkozy ou de outros dirigentes que viram a sua força medida. Pela negativa.

O discurso de Obama e o acordo que obteve em Copenhaga só foram possíveis após uma tentativa desesperada para criar uma plataforma definitiva de entendimento: um telefonema ao primeiro-ministro chinês. Esse foi o factor que desbloqueou um impasse que, no último dia da COP15, já ninguém acreditava ser possível de ser ultrapassado e que foi tendo sucessivas etapas de esperança e desilusão. Obama foi claro na sua alocução ao mundo: "Pela primeira vez na história, as economias dos países desenvolvidos comprometeram-se na redução das emissões." Obama foi muito claro na liderança norte-americana para tornar possível o texto que vai suceder a Quioto, referiu imediatamente os seus efeitos na economia dos EUA e valorizou os benefícios que a "economia verde" vai promover na recuperação de milhares de empregos e de novos investimentos.

O Presidente revelou que os três grandes compromissos do texto são no âmbito da transparência, da mitigação e do financiamento. Alertou que estava distante do desejado, designadamente porque não era juridicamente vinculativo, mas "o Protocolo de Quioto era-o, e de pouco serviu". Quanto ao acordo, esclareceu que não é o suficiente e que precisa de mais interacção internacional, mas foi o que se conseguiu após um longo caminho, tendo, neste sentido feito questão de afirmar que o seu país tinha trazido o trabalho de casa feito, que há um ano que clarificara posições e que agora é a vez de enfrentar problemas internos para criar legislação.

Os louros da negociação foram atribuídos à actuação dos governantes da Etiópia (representante dos países africanos), à China, ao Brasil e à África do Sul - da União Europeia não se ouviu falar. Em seguida, respondeu a algumas perguntas - só a jornalistas do seu país - e despediu-se, lamentando não ficar para confraternizar com os outros líderes, mas "havia problemas atmosféricos em Washington" que exigiam que o Air Force One partisse imediatamente.

Nas várias questões levantadas pela imprensa americana estavam a limitação do aquecimento global não superior aos 2º e a quantificação de metas de reduções fixadas a cada país. Obama respondeu, mas remeteu-as para os negociadores, "que entendem mais disso do que eu", e fez questão de referir que a ciência vai ter um papel muito importante nos próximos tempos para dirimir as teses em torno das alterações climáticas.

Quanto ao texto do acordo o DN ouviu, pelas 19.00, a opinião de um dos negociadores que confirmou a sua baixa fasquia e até deu como exemplo que as "suas" três páginas do anterior texto tinham sido reduzidas a uma linha, sem significado. A próxima fase de negociações ficou marcada para Bona, daqui a seis meses e antes da COP16, no México, no final do próximo ano. As metas de redução das emissões até 2020 serão decididas já em Janeiro.

Acordo ambicioso

As Nações Unidas e a Dinamarca apostavam num Acordo de Copenhaga extremamente ambicioso, que fosse um passo muito à frente daquele que vigora desde 1997, o Protocolo de Quioto, que os EUA nunca o assinaram.

Tempo dos EUA

A actuação dos EUA face a Copenhaga foi mais complexa porque o seu timing não é o da Europa. Os EUA necessitavam de mais um ano para legislar no âmbito das alterações climáticas e enfrentar os poderosos interesses das empresas.

China pouco clara

É uma das mais importantes economias emergentes e não pretende que lhe sejam criados travões ao desenvolvimento. Principalmente, não aceitam as regras de transparência exigidas pelos EUA, o grande óbice na concertação, na medição das suas emissões por uma entidade exterior.

África contestatária

Os países africanos são os que mais têm a perder porque serão os primeiros a ser afectados, mas, mesmo assim, não aceitaram as regras do financiamento. Vão ganhar mais.

União Europeia morna

Teve um papel de grande liderança, mas na COP15 perdeu a força negocial perante os EUA e a China.

Brasil emergente

Assumiu-se como das maiores potências mundiais e influenciou até ao fim o texto. O "negócio" que fez com Obama deixa-o mal na América Latina mas bem na geopolítica.

Plenário indeciso

A ausência de uma mão forte por parte da presidência dinamarquesa e um processo de gestão decisório ultrapassado no tempo por parte das Nações Unidas abriram uma brecha na condução do processo. Ainda por cima permitiu a politização com a expulsão das ONG.

In DN

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MensagemAssunto: ONU admite erro em dados sobre aquecimento global   Cimeira de Copenhague - Página 2 Icon_minitimeQui Jan 21, 2010 9:24 pm

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ONU admite erro em dados sobre aquecimento global

Cimeira de Copenhague - Página 2 Ng1245115


por LUÍS NAVESHoje


As previsões feitas em 2007 sobre os glaciares dos Himalaias estão a ser reavaliadas.

A maior autoridade mundial em mudanças climáticas admitiu ontem que foram cometidos erros no cálculo das estimativas sobre um dos principais indicadores de aquecimento global: o desaparecimento dos glaciares nos Himalaias.

Em comunicado, o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) reconheceu que no seu quarto relatório, publicado em 2007, certos "padrões de provas não foram aplicados correctamente".

Esta admissão de erro surge semanas depois do fracasso da Cimeira de Copenhaga e após a polémica que ficou conhecida por Climategate. Esta controvérsia, que começou com a divulgação de e-mails pondo em causa dados científicos, afectou profundamente a posição dos defensores da tese do aquecimento global. A semana já tinha sido marcada por notícias contraditórias sobre os glaciares no Alasca. Embora estes glaciares tenham perdido 42 quilómetros cúbicos de água entre 1962 e 2006, esse valor é um terço inferior ao previsto.

Mas o erro sobre os Himalaias deverá ser politicamente mais sensível. Em 2007, o IPCC divulgou uma relatório onde se afirmava que estes glaciares podiam desaparecer até 2035. A informação foi citada em todo o mundo, incluindo pelo DN. No entanto, segundo o britânico Sunday Times, a previsão sobre 2035 foi baseada numa história publicada na revista New Scientist, que por sua vez citava um cientista indiano que entretanto afirma que tudo não passou de "especulação".

A situação é mais grave tendo em conta o que afirma o autor da peça jornalística da New Scientist. Ele diz ter entrevistado Syed Hasnain após ler um artigo num jornal indiano. O cientista referiu a data de 2035, apesar da não a incluir no relatório científico, na altura (1999) ainda não publicado em revistas especializadas. Nesse relatório, Hasnain mencionava que as suas observações diziam respeito a uma parte dos glaciares, não a toda a região. A parte mais inacreditável desta história é como informação tão pouco sólida se transformou numa posição do IPCC.

O artigo do Times que levou o IPCC a retractar-se cita um cientista britânico que faz contas muito simples em relação aos glaciares da região: alguns têm 300 metros de espessura e se derretessem a uma média de cinco metros por ano, o seu desaparecimento levaria mesmo assim 60 anos. Ora, eles estão a perder gelo a um ritmo de decímetros ou mesmo centímetros por ano. Apesar da data ser irrealista e haver acusações de que se tratava de "ciência vudu", o IPCC ignorou as críticas.

O eventual desaparecimento dos glaciares nos Himalaias teria consequências gravíssimas no abastecimento de rios que servem um sexto da população mundial (ver gráfico). Há 15 mil glaciares na região dos Himalaias e a sua superfície total ronda meio milhão de quilómetros quadrados. O IPCC insiste que se trata apenas de um erro em 3 mil páginas.

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